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Atualizado: 17 de dez de 2022
Nesse momento estou sentada aqui em cima de uma pedra, acabei de fazer uma trilha e agora estou olhando para baixo e vendo montanhas, vales, assistindo o sol se por e a imensidão. Só sei que isso me acalma, então é bom. Fico contemplando e pensando na vida e tudo que já passou. Olho para traz e penso “será que dei o verdadeiro valor para minha família?”
As nossas raízes mais profundas são a nossa própria família, principalmente os nossos antepassados. São eles que carregam consigo parte da nossa história. Desta forma conhecemos quem foram essas pessoas e quem nós somos.
As famílias são constituídas através dos laços sanguíneos, o que determina o nosso DNA, e pelos laços afetivos que são as nossas escolhas, afetos e até os desafetos. Para mim uma família de verdade tem pessoas diferentes, que pensam diferente, mas elas precisam ajudar uns aos outros. Uma família é constituída através de pessoas reais, cada um com os seus sentimentos e seu jeito de ser. Às vezes penso que o ambiente familiar é um ensaio para vivermos em sociedade.
Há muitas situações que a fé une a família; como celebrações, agradecimentos, dificuldades e no dia a dia quando oramos à noite. Estes momentos de orações nos ajudam a refletir e a pensar nos acontecimentos e como lidamos com cada um deles.
De repente bateu uma brisa e meu pensamento se voltou para uma cena em que eu tinha mais ou menos quatro anos de idade, em que minha vó materna segurava a minha mão e simplesmente caminhava comigo. Essa lembrança tão terna me transmite segurança e é a última lembrança que tenho dela, faz parte da minha história de família.
No mesmo momento, meus pensamentos se voltaram para a minha árvore genealógica e percebi como as minhas raízes são profundas. Isso me dá firmeza, me dá uma segurança, uma cobertura e principalmente um lar. Ver como as raízes são profundas e tão grandes posso dizer que me dá mais coragem para continuar em frente, com a minha caminhada. Pois, só de vê-las me sinto forte o suficiente para enfrentar o mundo lá fora. Se cair, sei que posso me levantar e continuar em frente.
“Meus pensamentos se voltaram para a minha árvore genealógica e percebi como as minhas raízes são profundas. Isso me dá firmeza, me dá uma segurança, uma cobertura e principalmente um lar.”
É muito importante ter uma família, pois é com ela que nos desenvolvemos e nos preparamos, tanto para o mundo e sociedade, como também, para o nosso futuro profissional e principalmente pessoal. Ela é a nossa base.
Quando os nossos pais nos dão irmãos ou irmãs estão nos proporcionando novas experiências. Aprendemos a compartilhar as nossas coisas, temos um companheiro para as brincadeiras, entre tantas outras coisas. Se bem que aqui em casa não é bem assim, meu irmão e eu temos 9 anos de diferença, então quando éramos menores essa diferença de idade não nos ajudou a sermos companheiros, nossos interesses eram totalmente diferentes. Mas agora adultos sinto que estamos mais próximos, conversamos sobre o trabalho e outros assuntos. Vibramos com as conquistas um do outro.
Uma família é tão importante, que fico triste de ver as crianças, bebês e jovens jogados, abandonados no mundo. Também fico sensibilizada de ver famílias tendo que morar na rua. Às vezes fico pensando… “por que o mundo tem que ser assim?” E você já parou alguma vez para pensar nessas pessoas? Crianças, jovens ou até mães e pais de famílias pedindo esmolas nas ruas para poder sobreviver. Na minha cidade aumentou muito os moradores de rua. Que tristeza ver tudo isso!
Por outro lado vejo muitas famílias que mesmo com dificuldades lutam uns pelos outros, se ajudam mutuamente e ainda ajudam outras pessoas. Isso me dá esperança!
Existem famílias que são formadas de diferentes formas. Como a minha família é formada? Como a sua é formada? Isso não importa e sim que as pessoas sejam felizes, se deem bem e principalmente se respeitem, independente de como ela é formada.
A família é, ou deve ser, o nosso porto seguro!
Fernanda Machado para a coluna Páginas do meu diário
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