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Atualizado: 5 de set de 2022
A maioria das pessoas pensam que a comunicação só acontece se emitirmos ou escutarmos alguma coisa, mas existem outras formas de transmitirmos nossas ideias sem precisar do som. No caso das pessoas surdas, essa forma de expressão acontece graças ao uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Em 1993, foi regulamentada como linguagem gestual codificada, sendo oficialmente aceita por lei, nove anos mais tarde. Porém foi em 2005 que foi determinada, por meio do decreto nº 5.626, como disciplina curricular obrigatória para os cursos de licenciatura e fonoaudiologia.
Como é um assunto desconhecido pela maioria da população, resolvi trazer algumas dúvidas e curiosidades sobre ele. Vamos nessa?
Mímica é um tipo de performance com finalidade lúdica e artística, para imitar objetos e situações. Por outro lado, Libras é uma língua que possui estrutura gramatical própria, como os outros tipos de línguas oralizadas.
Ainda que algumas palavras ou objetos possam ser reproduzidos com o alfabeto manual, a Libras não depende apenas dele. Cada palavra, substantivo ou ação possui um sinal correspondente.
Nem toda pessoa surda se comunica por sinais. Algumas ainda conseguem ter alguma percepção do som, sendo chamadas de “surdos oralizados”. Há quem tenha perdido a audição após um tempo de exposição a altos ruídos, por exemplo. Nesses casos, elas preferem ler lábios ou utilizar implante coclear, dispositivo que fornece a percepção do som. Além disso, infelizmente há pessoas surdas que não tiveram acesso ao ensino em Libras.
Assim como os idiomas oralizados, cada país possui a sua língua de sinais. Nos Estados Unidos, por exemplo, usa-se a ASL – American Sign Language. Segundo uma pesquisa realizada pela Ethnologue – organização fundada nos Estados Unidos para estudo, desenvolvimento e a documentação de línguas – existem 136 tipos de línguas de sinais em todo o mundo! Incrível, não é?
Agora que você já aprendeu algumas coisas sobre a língua de sinais, que tal aprender a se comunicar com a comunidade surda? Existem muitos ativistas que oferecem este tipo de formação por aí, com certeza vai encontrar algum que te atenda.
Fatine Oliveira para a coluna Corpos sem filtro
Encontre-a no Instagram @fatine.oliveira
Fonte: QUADROS E KARNOPP. Mitos em relação às línguas de sinais. <http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/linguaBrasileiraDeSinaisI/scos/cap18749/2.html>