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O Tabu do Sexo Anal

Atualizado: 28 de out de 2022

Toda vez que vejo esse assunto circular em algum lugar, seja em redes sociais ou em uma roda de amigos, ele sempre gera uma onda de críticas e caras de repulsa.

É sabido que toda mulher, em algum momento da sua vida, se deparará com a pergunta: “Você já fez sexo anal?” Ou com algum boy pedindo por ele como se pedisse por um doce.

Querida amiga, me fizeram essa pergunta um dia desses e o que posso afirmar, é que eu tenho vontade e vergonha nenhuma em admitir. A questão que quero abordar aqui, é: “Dói? Afinal, há fissuras e rasgos”.

Falando com algumas amigas que já tiveram tal relação, descobri que a maioria que experimentou, não abandonou a prática da sua vida. Afirmam que é extremamente prazeroso, se for bem-feito e se a mulher consentir, claro.
 

 
Bem-feito? Como assim?

Nós chegaremos lá…

Antes de nos aprofundarmos no assunto de forma espontânea, vamos aos alertas: essa é uma prática que pode propagar mais facilmente infecções, deste modo, é muito importante o uso do preservativo desde o começo até o final da penetração. E o dedo ou o pênis após ter tido contato com o ânus, não deve ter contato com a vagina, para evitar que bactérias sejam levadas de um lugar para o outro.

Agora que estamos de acordo, vamos voltar ao assunto anterior.

Às vezes em que tentei – sim, foram algumas ao longo do meu relacionamento – eu estava no clima, o momento era propício, a excitação estava lá em cima, mas na hora do vamos ver… travei e, então, veio a dor. Juro que meu primeiro pensamento foi que as pessoas diziam ser bom, só por dizer. Eram mentirosas.

Além disso, o feito não deve acontecer de forma brusca. Quero dizer, amiga, que você não pode cavalgar no boy sem preparar seu terreno antes. Ou seja, relaxar a musculatura. Utilizar de brinquedos ou dedos para não surpreender seu adorável traseiro com algo grosso e ereto de uma vez.

Em seguida, após as brincadeiras picantes e apalpadas, chega o grande momento, isto é, a penetração do pênis. Diferentemente do sexo normal, no anal a penetração deve acontecer de forma lenta e gradual para não gerar aquele incômodo insuportável como se estivéssemos pisando em labaredas.

“…eu estava no clima, o momento era propício, a excitação estava lá em cima, mas na hora do vamos ver… travei e, então, veio a dor.”

Fiz parecer horrível, não? A verdade é que muitas pessoas evitam a prática por medo da dor na penetração porque em alguma tentativa, fizeram sem o devido cuidado. É extremamente essencial estar relaxada para evitar contrações involuntárias e ter estímulos para que o ânus seja associado ao prazer e não, dor. Abusar de lubrificantes e fazer aquela “chuca” antes para não ter medo de sair detritos fecais.

Já que tocamos no assunto, essa era outra dúvida que fui atrás. Que diabos é isso?

Pesquisando na internet, descobri que a tal da chuca, consiste em introduzir água dentro do ânus com chuveirinho para retirar resíduos. No entanto, isso não garante que algum acidente aconteça e que o que deve ser feito neste caso, é conversar com o parceiro e tratar a ocorrência com naturalidade – afinal, é um cu.

“É extremamente essencial estar relaxada para evitar contrações involuntárias e ter estímulos para que o ânus seja associado ao prazer e não, dor.”

Também ouvi muitos mitos de que a prática do sexo anal, deixava o ânus mais largo (???) ou incapaz de segurar as fezes. Apesar de nunca ter acreditado, acho necessário afirmar que não é verdade. Não há nenhum dano em praticar quantas vezes tiver vontade. Se joga, colega.

Além dessas dicas, especialistas recomendam para iniciantes ser penetrada por trás, na posição de conchinha, para que assim, você possa ditar o ritmo e ir aumentando conforme sua confiança e prazer.

A verdade é que o sexo anal, se feito da forma correta, pode por si só levar ao orgasmo e é tão normal quanto qualquer outro. Admito que após tantas descobertas, estou curiosa para tentar do jeito certo e tirar minhas próprias conclusões.

E você?

Encara essa?