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Atualizado: 18 de fev de 2023
Você vive um relacionamento monogâmico ou não? Como anda sua vida a dois? Estando em um relacionamento sério, já teve vontade de transar com outras pessoas?
Nos tempos atuais, muito se tem falado sobre as relações abertas, swing e o poliamor. Será
o fim da monogamia?
Monogamia é a relação estabelecida e desenvolvida com um só parceiro. Pode se dar a partir do matrimônio ou de qualquer relacionamento estável e duradouro. É uma construção social que criou a segurança da transmissão dos bens entre descendentes consanguíneos, aumentando o poder patriarcal.
Assim como no mundo, no Brasil, cada vez mais outras formas de relacionamento vêm sendo praticadas. O conceito de família tem evoluído durante todo o período histórico, trazendo maior representatividade para o nosso contexto atual, sendo este um grande desafio tanto para o legislativo quanto para o judiciário, que tentam dar vazão a essas novas configurações familiares que a sociedade nos apresenta.
Em matéria publicada no site Psicologias do Brasil, especialistas falam sobre o assunto:
“Somos seres com ligações de longo prazo e temos a família como grande valor. Entretanto, ressalto que não somos estritamente monogâmicos.” (Diogo Lara – psiquiatra)
“No início da história da humanidade, nós éramos poligâmicos. Temos uma natureza poligâmica ligada ao instinto e ao desejo. A monogamia foi criada ao longo da história, devido às mudanças biológicas e culturais, para a sobrevivência da espécie. Há resquícios poligâmicos dentro de nós, que estão presentes no nosso dia a dia.” (Carmita Abdo – sexóloga)
A não-monogamia é um termo amplo que envolve práticas que rompem com o padrão monogâmico, entre elas estão o poliamor, o relacionamento aberto e o swing.
“Sexo ainda é tabu mesmo nos dias de hoje e tudo que foge do “convencional” pode assustar e escandalizar a sociedade tradicional. Mas ninguém manda no coração e às vezes é difícil refrear alguns desejos e sentimentos.”
Poliamor é a definição de um tipo de relacionamento afetivo-sexual simultâneo entre três ou mais pessoas, com o conhecimento e consentimento de todos.
Relacionamento aberto é aquele no qual duas pessoas estão juntas, mas “abertas” ao possível envolvimento físico com outros indivíduos. Não há exclusividade e ambos concordam que podem se relacionar com outras pessoas sem que o fato seja considerado como uma traição. É preciso ter regras, muita maturidade e companheirismo para abrir um relacionamento, ou isso poderá resultar em ciúme e até culminar com a separação do casal.
Swing significa troca de casais. Foi a primeira forma organizada de não-monogamia moderna. Por mais que haja relatos de trocas de casais em séculos passados, ela ganhou fama nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960, na esteira da revolução sexual.
É um movimento que cresce em todo mundo, inclusive no Brasil. É uma forma de romper com a monogamia ao mesmo tempo em que reforça e mantém o vínculo afetivo do casal, já que a experiência é sempre vivida a dois, diferentemente das relações abertas, onde cada parceiro tem a liberdade de sair sozinho com outras pessoas.
O conceito do swing é libertação, imaginação, ressignificação de valores, respeito e validação sobre o desejo do outro. A prática pressupõe que o amor e o prazer podem ultrapassar barreiras e proporcionar uma relação muito mais satisfatória e harmoniosa. Mas antes de transformar a fantasia em realidade é preciso que o casal converse muito, que ambos estejam tranquilos com a decisão e combinem seus limites, o que aceitarão ou não na hora da troca, para evitar chateações, ciúmes, inseguranças e arrependimentos depois.
Alguns casais quando estão em um relacionamento de muitos anos, mesmo que ainda se amem, podem sentir vontade de ficar com outras pessoas e de ter novas experiências sexuais. Para evitar a traição, muitos optam por abrir a relação ou por praticar swing. No entanto é fundamental que haja muito diálogo antes de tomar essa decisão, além de confiança, transparência, respeito e que ambos deixem claro seus desejos e interesses e até que ponto estão dispostos a ir e o quanto se sentem prontos e confortáveis para vivenciarem outras práticas que vão além do tradicional sexo a dois.
“É engano achar que quem parte para um relacionamento aberto faz isso porque não está bem; é o contrário. Casais que tomam essa decisão estão muito bem entrosados, caminham juntos no mesmo objetivo. Os riscos emocionais vão existir, como em qualquer outro relacionamento. De repente, um pode se encantar por outra pessoa que ache interessante, mas não necessariamente. Quanto mais entrosados, menor o risco de isso acontecer”, avalia a sexóloga Carla Cecarello, em matéria para o portal Uol.
“Esse estilo de vida (swing) fortalece o casamento, aproximando os casais, e eleva a percepção da qualidade da relação. Também melhora a vida sexual, aumenta o desejo pelo parceiro e propicia uma comunicação mais aberta e honesta.” Ressalta a antropóloga e escritora Maria Silvério, em outra matéria publicada pelo portal Uol.
Sexo ainda é tabu mesmo nos dias de hoje e tudo que foge do “convencional” pode assustar e escandalizar a sociedade tradicional. Mas ninguém manda no coração e às vezes é difícil refrear alguns desejos e sentimentos. E quando há afeto, respeito, consenso e companheirismo entre o casal, toda forma de amor e de prazer é válida. O importante nessa vida é a gente ser feliz!
Beijos e até a próxima!
Renata R. Corrêa para a coluna Não Monogamia
Encontre-a no Instagram: @renata_rcorrea
https://www.significados.com.br/monogamia/
https://www.psicologiasdobrasil.com.br/afinal-o-ser-humano-e-monogamico-ou-poligamico/
https://www.significados.com.br/poliamor/
https://www.naomonogamiaresponsavel.com/post/voc%C3%AA-conhece-a-pr%C3%A1tica-do-swing
https://jus.com.br/artigos/70815/direito-das-familias-uniao-poliafetiva
https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/o-fim-da-monogamia/
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