2 min

Responsabilidade afetiva

Atualizado: 23 de jan de 2023

Já ouviu falar em responsabilidade afetiva? Entenda o que é e qual a diferença entre reciprocidade amorosa ou afetiva.

Uma das frases mais famosas do livro O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry é: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Ela tem tudo a ver com responsabilidade afetiva, entenda melhor do que se trata.

A responsabilidade afetiva é primordial para qualquer relação, seja amorosa, de amizade, familiar, ou até de trabalho. Significa ter honestidade e transparência ao assumir o seu papel nos acordos criados a dois. É não gerar falsas expectativas ou esperanças no outro apenas para alimentar o seu ego ou autoestima. Ter respeito pelo próximo e, sobretudo, empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro.

Ela se diferencia da reciprocidade amorosa ou afetiva, que seria a correspondência de sentimentos, pois ninguém é obrigado a retribuir o afeto e o desejo de outra pessoa, mas a partir do momento que se assume uma relação, um compromisso com alguém, é preciso ter consciência de que você se tornou responsável de alguma forma por tudo o que cativou.

Para construir um relacionamento saudável é importante logo no início que ambas as partes questionem a si mesmas e à outra o que espera daquele envolvimento, pois cientes do que sentem e desejam, poderão caminhar numa mesma direção de forma transparente.

A Psicóloga Vanessa Dockhorn, pós-graduada em Neuropsicologia e Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, diz em seu site:

“A partir do momento em que as expectativas estão alinhadas e o casal decidiu ficar junto — seja qual for o tipo de acordo feito entre ambos —, deve haver comprometimento com o que foi combinado. Nada é pior do que ver a quebra da confiança no relacionamento e os laços sendo rompidos. Psicologicamente, o abalo pode ser significativo.”

A psicóloga Adriana Nunan fala sobre o tema em matéria publicada no Estadão:

“Em termos mais amplos, (responsabilidade afetiva) significa comunicar-se de maneira direta e franca, respeitando acordos e não expondo o outro a situações desagradáveis ou constrangedoras”.

É possível e necessário ter responsabilidade afetiva nos diversos tipos de relação a dois. Em se tratando de envolvimentos amorosos, mesmo nos relacionamentos abertos ou quando um casal monogâmico decidir experimentar coisas “diferentes” para apimentar o cotidiano, como por exemplo, participar de um ménage a trois (relacionamento sexual a três) ou fazer swing (troca de casais).

“Para ter mais responsabilidade afetiva é importantíssimo ter empatia, saber se comunicar, expressar seus reais sentimentos e desejos, aprender a verbalizar suas insatisfações de forma clara, sincera e gentil.”

Como fala o ditado popular: “O combinado não sai caro”. Havendo consentimento de ambas as partes, respeito com o que sentem um pelo outro e a compreensão que o que desejam não afetará o que são enquanto casal, vale tudo para se divertir, sair da rotina e ser feliz!

Para ter mais responsabilidade afetiva é importantíssimo ter empatia, saber se comunicar, expressar seus reais sentimentos e desejos, aprender a verbalizar suas insatisfações de forma clara, sincera e gentil, evitar o individualismo excessivo, se colocar no lugar do outro e não fazer com ele o que não gostaria que fizessem com você.

Cuide com carinho e respeito de quem cativar!

Renata R. Corrêa para a coluna Universo feminino

Fontes de pesquisa.

https://psicologiadockhorn.com/blog/o-que-e-responsabilidade-afetiva/#:~:text=Responsabilidade%20afetiva%20%C3%A9%20assumir%20o,noite%2C%20decidir%20que%20quer%20terminar

https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,responsabilidade-afetiva-entenda-o-que-e-e-a-importancia-para-a-saude-de-suas-relacoes,70003506447

https://www.minhavida.com.br/bem-estar/tudo-sobre/36752-responsabilidade-afetiva