Por um momento pensei em sair às ruas e gritar. Por um momento pensei em esquecer meu passado de desgostos e viver o presente que é possível viver. Por um momento entendi a dimensão do “possível”. Não estive satisfeita com o que tinha até o momento em que perdi esse pouco, que era tanto, mas que se mostrava insuficiente frente a minha ganância. E é atrás desse pouco que agora corro em passos largos, tentando reaver minha história, ou ao menos fragmentos dela. Sou mais forte e mais veloz quando percebo que tenho mais a perder do que imaginava. E no meio de tantas batalhas, no meio de tantas guerras, busco uma trégua com eles, meus desejos insensatos e irracionais. Hoje sou menos fútil e mais verdadeira. Conquistei a liberdade dos meus sonhos mais encantadores, aqueles que me aprisionavam em uma vida que jamais existiria, que vivia somente na minha imaginação. Sou sim, do tamanho dos meus sonhos. Mas sou do tamanho dos sonhos possíveis, aqueles que não me machucam quando penso neles. Aqueles sonhos que serão, muito provavelmente, realizados. Os sonhos concretos que me trarão o conforto de poder abraçá-los ao final da caminhada. Sonho com o “possível”, que além de original, também é lindo. Fui! (Buscar o meu “possível”…)
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