Depois de séculos de evolução nos encontramos involuídos… Somos todos omissos ao dizer sim, quando deveríamos dizer não. Somos omissos ao não dizer nada. E somos omissos por permitir que a violência entre em nossoas vidas através do nosso olhar negligenciado do Mundo.
Somos todos culpados. Somos culpados por não frear a insistente força que permanece entre nós, seres humanos. A força pela sobrevivência da espécie se solidificou em um “nós” que não mais reconhecemos. São aqueles conselhos da vovó, aqueles velhos e com cheiro de naftalina que sopram providenciais códigos para a nossa já tão esquecida “civilidade”.
Somos mais vicerais e menos, muito menos, formais. A educação esbarra no quesito prazer e se transforma em praticidade, em uma licença poética sem fim. Estamos amargurados e estressados. Precisamos de drogas para nos mantermos de pé. Precisamos de drogas para dormir. E, muitas vezes, precisamos de drogas até para respirar.
Somos todos medrosos diante da ameaça, mas valentes diante do oportuno. Somos a massa movida em peso pelo sabor da gula, com doses cavalares de manteiga e açúcar. Mas nos esquecemos que precisamos somente de “bom senso”. O bom senso para entender que é urgente nos readequarmos, nos reinventarmos, nos reanimarmos diante da vida.
Usamos a sobrevida que nos resta, diante dos horrores apocalípticos do final deste Mundo condenado.
Estamos todos condenados a sucumbir pelos pecados alheios, sem nos darmos conta de que, ao falarmos sobre estes, estamos nós mesmos atribuindo a eles a nossa descrença e a nossa indiferença.
E a cada indifereça pela dor do outro é um pouco mais da nossa culpa que deixamos pelo caminho.
Fui! (rezar…)