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- Redescubra sua libido
Mulher, quantas vezes você já se pegou pensando: "Onde foi parar minha libido?" Talvez ela tenha fugido no meio da loucura do dia a dia, se escondido entre as demandas do trabalho e da casa, ou até mesmo se perdido em algum episódio da sua série favorita. É comum que a libido oscile ao longo da vida, mas antes de se desesperar lembre-se que você não está sozinha! Isso acontece com mais frequência do que você imagina, hoje vamos explorar formas de entender e reconectar com esse lado tão essencial do nosso bem-estar. Quando a libido tira férias (e você nem sabe) Libido, o famoso desejo sexual, é um reflexo direto do nosso estado físico, mental e emocional. Algumas vezes ela está em alta, outras vezes em baixa, e isso é absolutamente normal. Alterações hormonais, estresse, noites mal dormidas e até o peso da rotina podem ser vilões nessa história. É importante considerar alguns aspectos como: Hormônios: Desequilíbrios hormonais podem interferir no desejo sexual, principalmente em fases como pós-parto ou menopausa. Saúde mental: Estresse, ansiedade e depressão são grandes inimigos da libido. Conexão consigo mesma: sentir-se bem no próprio corpo é um dos primeiros passos para redescobrir o prazer. Se você sente que a sua libido foi dar uma voltinha e não voltou, pode ser hora de fazer um "detox emocional" e descobrir o que está atrapalhando esse fluxo natural do desejo. Primeiro passo: Abandone a culpa e descubra seus gatilhos de prazer Antes de tentar solucionar, entenda que isso não é um problema seu ou algo que "você deveria resolver rapidamente". O desejo sexual é uma parte complexa e multifacetada da vida, influenciada por inúmeros fatores. Aceite esse momento com leveza e sem julgamentos. Permitir-se não ser 100% o tempo todo é libertador. A partir dessa aceitação, você pode começar a trabalhar na reconexão com sua própria sexualidade. Não existe fórmula mágica para aumentar a libido, mas existem caminhos que ajudam a despertá-la. Comece a identificar o que funciona para você: Toque e sensações: Explore seu corpo sem pressa, descubra o que te faz sentir bem. Fantasia e humor: Nós mulheres precisamos nos permitir a sonhar e criar cenários que estimulem o desejo. Momentos de leveza e diversão ajudam a aliviar tensões e trazer conexão. Rir juntos, seja de uma comédia ou de situações inusitadas do dia a dia, pode ser muito mais afrodisíaco do que qualquer jantar à luz de velas. Diálogo: Conversar com o parceiro (ou parceira) sobre suas vontades é fundamental para uma vida sexual satisfatória. O autocuidado é seu melhor aliado Cuidar de si mesma vai muito além de cremes e banhos relaxantes. É sobre se priorizar! Separe um tempo na sua agenda para você, para algo que lhe traga alegria como uma aula de dança, um encontro com amigas, uma caminhada ao ar livre ou simplesmente aquele momento de silêncio tão necessário. Quando você se cuida, o corpo e a mente agradecem, e o desejo começa a dar sinais de vida. Às vezes, recuperar a libido começa com algo tão simples quanto priorizar o seu bem-estar. Quebrando tabus Não subestime o poder de se tocar. Reconectar-se com o próprio corpo pode ser transformador. Comece com pequenos gestos, feche os olhos e respire fundo enquanto sente o toque em sua pele. São nesses momentos que você redescobre a relação consigo mesma, criando o ambiente perfeito para o desejo florescer. A libido é dinâmica, assim como as mulheres. Ela pode mudar com a idade, com as experiências e com os ciclos da vida. O importante é acolher essas transformações sem culpa ou cobrança, buscando soluções que respeitem seu momento. Converse sobre isso e procure ajuda profissional Se você está em uma relação, dividir como se sente pode fazer toda a diferença. Falar sobre suas emoções, suas inseguranças e suas expectativas abrem portas para mais cumplicidade e menos pressão. Quando o outro entende que a questão não é falta de interesse, mas sim um processo interno, o vínculo se fortalece. Porém, se você sente que a falta de desejo está prejudicando sua qualidade de vida ou seu relacionamento, é hora de procurar um especialista. Uma médica especializada, uma terapeuta sexual ou uma fisioterapeuta pélvica podem ajudar a identificar as causas e propor tratamentos adequados. Respeite o seu tempo: a jornada é sua Recuperar a libido é um processo pessoal e único, e não uma meta a ser cumprida com prazo definido. Celebre as pequenas mudanças e reconheça cada progresso que fizer. Mais importante do que "voltar ao normal" é descobrir o que funciona para você agora. Permita-se explorar, experimentar e se conhecer melhor. Afinal, o desejo é dinâmico, assim como você. E a boa notícia é que o prazer também é parte do autocuidado e uma das formas mais bonitas de celebrar quem você é. Mirella Bravo para a coluna Saúde Íntima Encontre-a no Instagram: @mirellabravofisio
- Prometo
Prometo retomar a dieta, aumentar a atividade física, fazer as pazes com aquela amiga, começar um novo curso, um novo projeto, uma nova viagem. O ano chega ao fim e planejamos mil e uma transformações, como se, na virada do dia 31, fôssemos nos tornar outra pessoa. Não vamos! Que tal, em vez de promessas vãs, a gente fazer uma lista de pequenas mudanças que estão ao nosso alcance? Prometo assistir a mais pores do sol, prestar atenção às borboletas e ao canto dos passarinhos. Prometo, de vez em quando, fechar os olhos e sentir a brisa fresca no meu rosto. Sorrir para um desconhecido, brincar com um cachorro ou gato na rua. Prometo escutar meu corpo e, quando ele disser "pare", não dar mais um passo. Quando ele disser "dance", dançar como se não houvesse mais nenhuma urgência. Quando ele disser "ame", amar sem restrições. Prometo escutar minha intuição e me afastar de situações e pessoas que já não me cabem mais. Ouvir o coração e me lançar à aventura sempre que ela chamar. Prometo abrir espaço para a delicadeza, a pausa e o suspiro. Prometo não me deixar levar pela pressa, pela correria e pelos conflitos que não me dizem respeito. Prometo não me deixar atropelar pela rotina e não esquecer nunca de mim. Prometo dar atenção a meus afetos e não economizar nas gentilezas. Prometo ser coerente com meus valores e crenças, mesmo que pareçam exóticos aos olhos dos outros. Prometo permanecer na presença o máximo possível e não ser devorada pelo celular e suas tentações. Prometo cuidar da minha saúde com amorosidade. Prometo circular pelo mundo respeitando as diferenças, os limites e as especificidades de quem me cerca. Prometo atuar e defender as causas que me mobilizam. Prometo gargalhar sem vergonha todas as vezes que puder. Prometo evitar comparações com os outros e não me diminuir frente a padrões inalcançáveis. Prometo valorizar e agradecer por tudo de maravilhoso que me cerca. Prometo priorizar o lado bom da vida. Mas, quando a tristeza chegar, abraçá-la e deixar que ela passe, sem pesar. Prometo me responsabilizar por meus atos, me desculpar por meus erros e não carregar culpas desnecessárias. Prometo que, se você conseguir botar em prática pelo menos metade dessa listinha, seu novo ano tem tudo para ser uma grande conquista! Bom fim de ciclo, feliz abertura para o novo e tudo de melhor para você. Adriana Moretta para a coluna Ciranda da Terapeuta Encontre-a no Instagram: @psi.e.corpo_adrianamoretta
- Uma dor inimaginável
Um dia isso tudo vai acabar. Um dia não vou mais existir neste plano da forma que me vejo, da forma que penso, da forma que sinto... mas sei que, até esse dia chegar, serei eu, em milhões de pedaços fragmentados, que rogará por uma brisa fresca nos seios da minha face exausta. Imagino a dor dos outros e penso sempre que sei o que significa sentir solidão dos seus, mas a verdade é que minha alma egoísta não consegue imaginar a dor verdadeira que é a perda de um filho. Graças a Deus não compartilho este sentimento, mas vislumbro pontadas de aflição, ensejadas em gotas fulminantes de amargor e uma profunda tristeza ao imaginar que alguém precisa suportar tamanha desolação. Todos nós, em algum momento, já perdeu alguém importante. E essa perda nos persegue pelas ruas sombrias por que vagam nossas almas nos momentos de silêncio. Mas hoje, esse silêncio tornou-se insustentável, a anunciada morte precoce de um menino do mesmo colégio dos meus filhos e com toda uma estrada pela frente a percorrer, dilacerou um pouco da minha alma e fez com que eu me deparasse com a fragilidade que é nossa plena felicidade frente as circunstâncias de uma energia mais forte, que determina a hora de vir e de partir. Hoje é um dia triste para a família que se despediu deste menino; e talvez assim será até o fim da existência de cada um deles... de certo, em algum momento eles encontrarão motivos para sorrir novamente, pois como já diziam os antigos; "a vida continua". Porém, sabemos que eles não mais existirão neste plano da mesma forma que se viam, que pensavam, que sentiam... Fui! (...)
- Saúde Íntima
Olá, mulher! Sabe aquela conversa entre amigas em que surge uma dúvida sobre saúde íntima e, de repente, o assunto fica meio desconfortável? Ninguém comenta em uma mesa de bar que tem escapes de urina, por exemplo. Como fisioterapeuta pélvica, sempre percebo que o tema disfunções do assoalho pélvico (períneo), essa região tão importante e, muitas vezes deixada de lado, acaba sendo um mistério para muitas mulheres. É justamente para descomplicar esse papo que estou aqui, como nova colunista de Saúde Íntima na Maria Scarlet! Meu objetivo é compartilhar conhecimento e acolher você, nessa jornada de autoconhecimento e autocuidado, de um jeito leve e transformador! Vamos mergulhar nesse universo fascinante e conhecer melhor a importância da musculatura do assoalho pélvico e os muitos cuidados que podemos adotar ao longo da vida. O Que é Assoalho Pélvico e Por Que Ele é Tão Importante? O assoalho pélvico é uma estrutura formada por músculos, ligamentos e tecidos que fica na base da pelve, sustentando órgãos essenciais como a bexiga, o útero e o intestino. Funciona como uma “rede” que mantém esses órgãos em posição e ajuda a controlar funções como a continência urinária e fecal. Além disso, o assoalho pélvico tem um papel fundamental na nossa vida sexual, influenciando diretamente o prazer e o conforto nas relações sexuais. Apesar de ser tão importante, o assoalho pélvico ainda é pouco falado, e muitas mulheres só descobrem sua existência quando enfrentam problemas como incontinência urinária, dor na relação sexual ou prolapso (quando os órgãos começam a descer). Esses problemas não são raros e afetam milhares de mulheres, mas podem ser prevenidos e tratados com o fortalecimento e o cuidado dessa musculatura. A Função do Assoalho Pélvico ao Longo da Vida O assoalho pélvico está presente em cada fase da vida da mulher, desempenhando diferentes funções conforme passamos por mudanças hormonais e físicas. Vamos entender melhor o papel dessa musculatura em cada etapa: • Na juventude: Mesmo em mulheres jovens e saudáveis, o assoalho pélvico pode ser afetado por práticas como atividades físicas de alto impacto, que podem enfraquecer essa região se não forem acompanhadas por um fortalecimento adequado. Por isso, é recomendável que as mulheres, desde cedo, pratiquem exercícios que fortaleçam o períneo. • Na gestação: Durante a gravidez, o assoalho pélvico é testado ao máximo. Com o crescimento do bebê, essa musculatura sustenta um peso adicional e precisa se adaptar a grandes mudanças. Trabalhar o fortalecimento durante a gestação ajuda a evitar desconfortos, facilita o trabalho de parto e acelera a recuperação no pós-parto. No entanto, é importante que o fortalecimento seja acompanhado por um profissional para garantir que os exercícios estejam sendo feitos corretamente. • No pós-parto: Após o nascimento do bebê, o corpo precisa de um período de recuperação, e o assoalho pélvico merece atenção especial. Essa musculatura passou por grandes transformações e pode precisar de exercícios de fortalecimento específicos para evitar problemas futuros, como incontinência urinária e prolapso. Aqui, a fisioterapia pélvica pode ajudar na recuperação do tônus e na reeducação muscular. • Na menopausa: Com a chegada da menopausa, a musculatura do assoalho pélvico tende a enfraquecer devido a queda nos níveis de estrogênio. Esse processo pode resultar em problemas como prolapso de órgãos pélvicos e incontinência urinária, além de afetar o prazer sexual. Nesta fase, o fortalecimento do assoalho pélvico é essencial para manter a qualidade de vida e evitar complicações futuras. Benefícios de um Assoalho Pélvico Forte e Flexível Manter o assoalho pélvico forte e flexível traz uma série de benefícios, não só para a saúde física, mas também para o bem-estar emocional e psicológico. Vamos conhecer alguns dos principais: • Controle Urinário: Um assoalho pélvico fortalecido e funcional ajuda a prevenir a incontinência urinária, permitindo um melhor controle da bexiga. Isso é especialmente importante para mulheres que estão na menopausa ou passaram por partos, já que essas fases da vida são particularmente vulneráveis a problemas de controle urinário. • Prevenção de Prolapsos: Um assoalho pélvico enfraquecido pode levar ao prolapso de órgãos como a bexiga, o útero e o intestino, causando desconforto e até dor. Ao fortalecer essa musculatura, você reduz significativamente o risco de prolapsos. • Saúde Sexual: O assoalho pélvico desempenha um papel crucial no prazer e no conforto sexual. Músculos fortes e flexíveis aumentam a sensibilidade e a consciência corporal, promovendo mais conforto e prazer nas relações. • Bem-estar Psicológico: Cuidar da saúde íntima aumenta a autoestima e a segurança com o próprio corpo. Muitas mulheres relatam que, ao conhecer e fortalecer o assoalho pélvico, sentem-se mais conectadas com sua própria feminilidade e ganham mais confiança em si mesmas. Exercícios Práticos para o Assoalho Pélvico Agora que entendemos a importância do assoalho pélvico, vamos explorar alguns exercícios que podem ajudar essa musculatura. Estes exercícios são fáceis de realizar e podem ser incorporados à sua rotina diária: 1. Respiração Diafragmática: A respiração profunda ou diafragmática, ajuda a aliviar a pressão sobre o assoalho pélvico. Para praticar, inspire lentamente, expandindo a barriga, e expire também de forma longa e controlada. Esse movimento ativa e relaxa a musculatura pélvica. 2. Alongamento da Pelve: Movimentos de alongamento, como a posição de borboleta (sentada com as solas dos pés unidas e os joelhos abertos), ajudam a aumentar a flexibilidade do assoalho pélvico. Esse tipo de alongamento é especialmente benéfico para gestantes, pois prepara a musculatura para o parto. 3. Fortalecimento do Assoalho Pélvico: Precisam ser personalizados para serem eficazes. Cada mulher tem características únicas, e apenas uma avaliação com um especialista consegue identificar o que sua musculatura realmente precisa. Esse cuidado é essencial para garantir que o fortalecimento seja seguro e ofereça os melhores resultados. Rompendo o Tabu e Criando um Espaço de Autoconhecimento Um dos objetivos mais importantes desta coluna é desmistificar a saúde íntima e mostrar que cuidar do assoalho pélvico é natural, acessível e fundamental. Quero criar um espaço seguro e acolhedor, onde você se sinta à vontade para conhecer melhor o seu corpo, fazer perguntas e entender que falar sobre essas questões é essencial para a nossa qualidade de vida. Mirella Bravo para a coluna Saúde Íntima Encontre-a no Instagram: @mirellabravofisio
- Dia da longevidade
Desde Agosto, venho recebendo convites para eventos do “Dia da Longevidade”. Mas, gente, que dia é esse? Fui pesquisar, e descobri que é o nome politicamente correto para o dia do idoso... Eu que, como as Avós da Razão (perfil do instagram, maravilhoso), chamo de Dia do Velho, achei que a longevidade aí acaba despersonificada. Não é a pessoa que está sendo celebrada, seus direitos, ou sua conquista com o Estatuto da Pessoa Idosa. É uma aleatoriedade, porque longevidade também não faz parte das políticas públicas para que todos possam envelhecer com dignidade. Celebramos neste dia a nossa visibilidade, que se materializou no Estatuto. Foi um enorme avanço, há 20 anos, que veio garantir pelo menos os direitos básicos para esta fase da vida. Hoje podemos usufruir de conquistas como o direito a atendimento prioritário, e facilidade na aquisição de bens e serviços. Mas também usamos a data para reiterar que são necessárias mais políticas públicas para garantir a qualidade de vida que as pessoas mais velhas merecem na velhice. Alguns candidatos e candidatas já incluíram em suas pautas a atenção à população idosa. Vamos a passos lentos para uma mudança, mas caminhamos! Nós, mulheres, somos as que mais sofrem com a falta de apoio. Porque somos nós, dentro da sociedade patriarcal atual, as que temos o papel de cuidadoras. Dos pais, dos filhos, dos maridos, até dos ex-maridos... Mas quando a mulher envelhece, grande parte das vezes se vê sozinha, sem ter quem cuide dela. São necessárias ações do Estado para garantir que todos tenham uma velhice digna! Cabe a cada um de nós cobrar estas políticas, e também agir, na nossa pequena parte, para que o respeito e o apoio aos mais velhos seja permanente. As avós da razão, junto com Mirian Goldenberg, propuseram uma série de reflexões para o Dia da Pessoa Idosa, que reproduzo resumidamente aqui, para pensarmos juntas: a violência física, verbal e psicológica que muitas pessoas idosas sofrem é dentro das suas próprias famílias. 50% dos casos reportados praticados pelos próprios filhos; existe também uma violência simbólica, relacionada ao desrespeito à autonomia, a solidão, a invisibilidade que sentimos quando não nos vemos refletidas na sociedade; e ainda quando somos tratadas no diminutivo, como velhinhas incapazes de acompanhar o ritmo da sociedade, ou com as “brincadeirinhas” que nos ofendem; o preconceito e estigmas no mercado de trabalho, entre muitos outros. Você, que já está com 50+ sofre algum destes problemas? Se for muito grave o abuso, procure ajuda! Você tem direitos! E se você ainda não chegou nesta fase, vale muito a pena refletir como você pode ser um agente transformador para uma sociedade menos etarista. Chega junto! Ana Lucia Leitão para coluna 50+ Encontre-a no Instagram: @aninhaleitao2
- Não me dê flor, por favor!
Qual a ação que você irá promover no dia das mulheres? Dar flor para as mulheres, por melhor que seja a intenção, somente reforça o estereótipo de gênero. Somente nos trata de forma segregada, quando o que queremos é equidade de gênero no trabalho. Antes que você já julgue esse texto como “mimimi de feminista”, deixe-me apresentar fatos: as mulheres são maioria na sociedade, maioria nos bancos das universidades, maioria entre os que concluem curso superior, mas ainda são sub-representadas nas empresas, são sub-representadas em funções de liderança e ainda mais em níveis estratégicos. Não tem algo estranho nisso? De acordo com o Global Gender Gap Report 2021, do Fórum Econômico Mundial, a disparidade de gênero na dimensão ‘participação econômica e oportunidade’ continua sendo uma das maiores lacunas e, com base nos avanços observados nas últimas edições, a estimativa é que levará mais de 267 anos para fechar esse gap. Sim, quase 3 séculos! Isto quer dizer que somente a sua tataraneta verá mulheres com a mesma representatividade econômica dos homens, e com sorte. Acho que nem precisaria lembrar, mas nunca é demais: não é uma questão de caridade nem filantropia, não. Já está mais que evidenciado em pesquisas de consultorias de renome e de entidades respeitadas mundialmente que igualdade de gênero impulsiona o negócio, pois eleva a produtividade, melhora o clima organizacional, estimula a inovação e alavanca o resultado. Não é sem motivo que o tema está na pauta do Pacto Global da ONU e conta com diversas iniciativas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com foco em reforçar a importância da liderança feminina nas empresas e impulsionar mecanismos de empreendedorismo e empoderamento econômico. Eu sei que tudo isso pode parecer muito etéreo ou longe demais do nosso dia a dia, mas o nosso papel está em justamente tornar essas discussões o mais simples possível, para provocar reflexões e mudanças de comportamento, mesmo começando com pequenas atitudes. (Inclusive, a começar pela sua casa, colocando seu filho para lavar a louça e dividindo responsabilidades domésticas, para trazer para o nosso cotidiano mesmo!) Quer dar flor? Então distribua para homens e mulheres. Isto terá mais impacto que uma ação exclusiva para as mulheres. Coloque uma mensagem que a empresa está comprometida com um ambiente em que mulheres e homens sejam valorizados. Ou dê para as mulheres com um bilhetinho para que elas escolham um homem para dar, aquele que merece o reconhecimento por promover a equidade no dia a dia, com sua postura profissional, ao ouvir respeitosamente as ideias e opiniões das colegas de equipe. Isso é fugir do óbvio. Isso é provocar reflexão. Sem contar que a flor reforça alguns estereótipos e vieses inconscientes que precisamos desarmar. A expectativa de gênero, que pressupõe a delicadeza das mulheres, é o que grita quando se oferece flores no ambiente de trabalho a todas as mulheres. A flor encerra associações que se queremos tratar o tema com intencionalidade para promover mudança de pensamento, devemos evitar. “Ah! Mas eu adoro flores!” Eu também, amiga. Mas estamos aqui tratando de forma abrangente e corporativa. Agregará mais no sentido coletivo se você receber flores dos seus amigos, da sua família, e não da sua empresa numa data que homenageia a luta das mulheres. Quantas vezes você já ouviu algum colega dizer: “Quando é o dia do homem?” Se você, colega homem que está lendo, nunca disse essa frase, certamente ouviu de outros colegas seus. Mesmo que num tom de brincadeira, esta fala denota a percepção de segregação, porque, de fato, as iniciativas tradicionais para celebrar o dia das mulheres não envolvem os homens. E quando envolvem, eles não se sentem incluídos. Já soube, por exemplo, de diversas empresas que promoveram eventos no auditório, rodas de conversa com mulheres da empresa para compartilhar suas histórias, que praticamente só tiveram participação feminina. Promover ações exclusivas ou subentendidas como voltadas para mulheres somente amplia o distanciamento. Esta não é uma causa de superioridade ou de estrelismo feminino. É de igualdade. Superar as barreiras depende muito dos homens, pois eles estão em maioria nas posições de decisão e influência. É preciso que os homens sejam envolvidos de forma direta e cabe às empresas criar condições para que eles enxerguem as distorções e assumam seu protagonismo nesta construção. Uma sugestão seria oferecer sessões de mentoria para impulsionamento de carreiras femininas, com homens em posições seniores. Isto promoveria a empatia e impulsionaria trocas e novas perspectivas, engajando diretamente os homens neste processo de transformação. É hora de transitar das tradicionais homenagens às mulheres nesta data para a implementação de ações de impacto coletivo. Menos discurso, menos simbolismo, mais ações inclusivas, mais efetividade. Temos um trabalho grande a fazer e os resultados não virão de um dia para o outro, mas cada ação que fazemos nos aproxima mais do mundo que queremos deixar para as próximas gerações. Não me dê flor. Me dê espaço para mostrar o meu valor. Érica Saião para coluna Mulher & Carreira Encontre-a no Instagram:@erica.saiao
- "Entre Vínculos e Abismos: Reflexões Sobre a Alienação Parental/Familiar da Pessoa Idosa"
Ao me deparar com o termo "alienação parental", minha mente inicialmente o associava a contextos de divórcios, àquelas disputas dolorosas pela guarda de filhos. Entretanto, é essencial que adentremos num território menos explorado, mas igualmente impactante: a alienação parental da pessoa idosa. Esse fenômeno complexo, muitas vezes negligenciado, não se trata apenas da erosão de vínculos familiares, mas da desintegração da identidade e autonomia dos nossos idosos. A Constituição de 1988 e o Estatuto do Idoso estabelecem a obrigação de amparar os idosos. Assim, a promulgação da Constituição de 1988 trouxe ao país e ao ordenamento jurídico como um todo, a preocupação com direitos e garantias individuais e coletivas inerentes a todos os cidadãos, mas sobretudo aquela parcela de pessoas que por algum motivo característico vive em situação de vulnerabilidade, a exemplo do idoso, que para a legislação, é aquela com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos . Podemos dizer que essa vulnerabilidade em si reside, por exemplo, no fato de que o cidadão com idade avançada tende a perder sua autonomia, muitas vezes por questões físicas, e ainda que essa não seja uma realidade geral, existem muitas pessoas nessa situação, e que precisam desse maior cuidado, ressaltando ainda que, este fato não necessariamente implica na limitação de suas atividades, restrição da participação social ou no desempenho do seu papel social. Para Maria Berenice “A idade avançada não implica em incapacidade ou deficiência”. Ela traz algumas limitações, o que facilita que alguém próximo ao idoso “ aproveite-se de sua fragilidade e passe a programá-lo para que venha a ignorar ou até mesmo odiar seus familiares”. Nesse contexto, a alienação parental, definida pela Lei 12.318/2010, que inicialmente surgiu para proteger crianças e adolescentes, encontra terreno fértil quando se trata da pessoa idosa. Nos últimos anos, essa lei tem sido discutida e aplicada na ausência de legislação própria, revelando a semelhança de tratamento dado pela lei aos idosos, crianças e adolescentes. Observo com tristeza casos em que os idosos se tornam vítimas silenciosas desse fenômeno. Não é apenas a diminuição gradual das visitas ou a exclusão de decisões importantes. É a manipulação cuidadosa de informações e situações inverídicas, um jogo cruel que os afasta de seus próprios círculos familiares. A alienação parental da pessoa idosa desafia a convicção de que os laços familiares se fortalecem com o tempo. Pelo contrário, nossos idosos enfrentam a dolorosa realidade de se tornarem mais vulneráveis à indiferença e manipulação emocional de seus próprios entes queridos. A idade avançada não deveria significar a perda de autonomia, mas é tristemente aproveitada para programar o idoso a ignorar ou até mesmo odiar seus próprios familiares. Imaginem Maria, uma mãe dedicada que ao longo dos anos investiu amor, cuidado e sacrifício em sua família. Entretanto, à medida que o tempo avança, surge uma sombra insidiosa que ameaça os vínculos familiares. Maria, de repente, se encontra afastada de seus filhos, não apenas fisicamente, mas emocionalmente. As visitas tornam-se escassas, as ligações são frias, e Maria, que dedicou sua vida ao bem-estar da família, vê-se agora à margem de decisões importantes. A sutil manipulação de informações e situações inverídicas cria uma barreira emocional entre ela e aqueles que deveriam ser seus confidentes. É doloroso perceber que o amor inquestionável que Deus compara ao amor de uma mãe pelo próprio filho, como registrado no profeta Isaías, é distorcido por motivos egoístas e financeiros. Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamentou? Deus nos lembra da inquestionável natureza desse amor, mas, em nossa história fictícia, as questões financeiras lançam uma sombra, transformando esse laço sagrado em uma triste narrativa de alienação. Assim como o texto bíblico destaca que a falta desse amor é um despautério, nossa história fictícia destaca a profunda desarmonia quando interesses financeiros manipulam os laços familiares. Maria, representando muitos idosos em situações semelhantes, encontra-se não apenas afastada de seus entes queridos, mas em uma batalha contra a incompreensão e a manipulação emocional. Ao refletir sobre essa narrativa, somos confrontados com a urgência de reconhecer a complexidade das relações familiares na terceira idade. Devemos questionar como a busca por vantagens financeiras pode distorcer os laços de amor, deixando os idosos à mercê da alienação parental. A falta de consciência sobre esse fenômeno específico é alarmante. Nossa sociedade precisa despertar para a complexidade das relações familiares na terceira idade, estar atenta aos sinais de alienação parental. Não podemos permitir que a maturidade se transforme em uma fase de isolamento emocional, onde os idosos se tornam meros espectadores de suas vidas, excluídos do calor humano que tanto necessitam. Nesta jornada, concluo que a conscientização e a ação são os primeiros passos para desmantelar as teias da alienação parental na terceira idade. Somente através do entendimento e da solidariedade podemos aspirar a um envelhecimento digno e pleno, onde a preservação dos laços familiares seja prioridade. Você já parou para pensar: como podemos, como sociedade, promover a empatia, a comunicação aberta e o respeito pelos idosos? A alienação parental da pessoa idosa não pode ser ignorada. Devemos erguer uma voz coletiva, compartilhando histórias e experiências, para proteger aqueles que já deram tanto à nossa comunidade. Nossos idosos merecem mais do que serem meros espectadores de suas vidas – merecem ser o centro de carinho, cuidado e respeito. Reflita sobre como podemos construir uma sociedade mais acolhedora e inclusiva para todos, independentemente da idade. Manuelly Mattos para a coluna Direitos das Mulheres Encontre-a no Instagram: @manuellymattos.adv
- Corpo místico
Colchas e lençóis devidamente passados em uma cama que sobrava espaço, faziam parte de um cenário de dois corpos, que se misturavam ao mesmo tom das paredes de um quarto vazio. Uma cama cortada ao meio, dividida pelo tempo. Carolina nunca deixou de se perfumar antes de dormir, uma mania antiga trazida de sua avó, mesmo com a idade e maternidade sentia-se orgulhosa de suas curvas generosas que enchiam suas mãos com suas carnes ao tocar sua própria pele. Um ritual solitário que gostava de manter, aquilo fazia contato com memórias de seu lado apenas mulher. Um rito que mantinha guardado. Uma forma que tentava se manter viva, tentando resgatar seu viver erótico, mais uma vez era impedido por um choro de bebê que ecoava pela casa, seu limite em ser mãe e mulher. Um abismo, uma contradição entre o corpo sexual e o corpo que alimenta. Uma escritora que via seu Eros morrendo, perdida entre fraldas, louça e papinhas. Anos de baby blues misturados à rotina do casamento. Não sabia mais se haviam passados meses ou anos, talvez 20 talvez 1. Flashes de memórias a visitavam feito insights levando a antigas lembranças. Transas nas escadas, nos bancos dos carros e dos motéis baratos, homens, mulheres... Carolina ri sozinha ao sentir sua vulva umedecer... - Que bom, algo meu ainda vive em mim. Seu corpo está fértil, quente. Era como se ele se abrisse mais uma vez dando passagem para que seus dedos escorregassem por instinto até a sua buceta, dedos que dançam por todas suas curvas, e boca, que pinga saliva ao sentir seus fluidos de desejo. Fecha os olhos e sente pulsar novamente, algo se ascendendo dentro dela. A única coisa que ainda ouvia era o som alto do ventilador que assoprava seus pelos da sua pele febril. Abruptamente seus olhos se abrem e pede que seu marido a COMA. Que coma forte, deixando marcas e que a chame de qualquer coisa menos de seu próprio nome. Enquanto transam se vê através dos olhos dele e não se reconhece, não reconhece aquelas duas pessoas, o que a excita a ponto de seus quadris movimentarem sozinhas feito uma cadela no cio. Arranca sangue de seus lábios, como quem sente vontade de engolir a presa. Eram presas, presas do tempo, da rotina e do tédio... Mas naquele momento eram dois animais selvagens, se comendo vivos numa tentativa de segurar o tempo com as mãos. Se mantinham inteiros, entregues até a última gota de seu suor e saliva. Transformando em gemidos os gritos que eram calados em sua garganta. Na garganta queria apenas o gosto daquele pau que sentia enterrado em sua goela, enquanto cravava suas unhas nas costas dele. Uma confluência, mistura, transformando seu suor em éter. Ele não aguentou segurar seu gozo, sentindo seu pau naquela boca grande e macia, que ele morria de saudades . Então GOZA, ao mesmo tempo chora ao ver seu gozo escorrendo pelo pescoço e cabelos de sua mulher. - Desculpa, não consegui segurar nem meu gozo nem minhas lágrimas! - Mas ainda posso te fazer gozar. - Nunca vi um homem chorar gozando. - Pois é, talvez euforia e saudades de você. Carolina ou qualquer outro devir mulher que ela tenha incorporado ali, a fez ter o orgasmo mais longo que já sentiu, com seus dedos finos enfiados em sua buceta, beijando lentamente a boca de seu marido, misturado ao gosto do gozo de seu rosto com as lágrimas que desciam em direção a seus lábios. - Você também tá chorando? - Sim, de saudades de mim. Gabriela Prux para a coluna Papo de Bordel Encontre-a no Instagram: @gabiprux
- Raízes dos divórcios – ressignificando relacionamentos
O livro explora um tema delicado e profundamente humano: a dissolução dos relacionamentos e os fatores que levam ao divórcio. Com uma abordagem inovadora e terapêutica, a autora nos conduz a uma reflexão sobre como as raízes dessas separações muitas vezes estão firmemente plantadas em nossa infância. Patrícia argumenta que as experiências da primeira fase da vida moldam não só quem somos como indivíduos, mas também a maneira como nos relacionamos com os outros, especialmente em contextos afetivos. Segundo a autora, os padrões de comportamento que aprendemos com nossos pais e figuras de referência desempenham um papel crucial na maneira como enfrentamos os desafios dos relacionamentos amorosos na vida adulta. A obra é rica em exemplos e análises, mostrando que muitas das expectativas, inseguranças e conflitos que surgem em um casamento têm origem em traumas ou dinâmicas familiares que nunca foram devidamente processadas. Patrícia Pimentell não se limita a analisar os problemas. Ela oferece caminhos para a ressignificação de relacionamentos e para a quebra desses padrões destrutivos. Por meio de exercícios práticos, exemplos de suas próprias experiências e algumas passagens bíblicas, ela propõe formas de identificar e curar feridas emocionais antigas, com o objetivo de melhorar a qualidade das relações atuais e futuras. O tom do livro é empático e acolhedor, oferecendo ao leitor uma sensação de que, apesar das dificuldades, é possível transformar o que está enraizado em algo positivo. Ao final da leitura, fica a sensação de que, ao entender melhor nossa própria história, podemos evitar a repetição de erros passados e construir relacionamentos mais saudáveis e duradouros. Raízes dos Divórcios é uma leitura essencial para aqueles que buscam não apenas entender os motivos pelos quais seus relacionamentos podem estar falhando, mas também para aqueles que desejam quebrar padrões e construir conexões mais profundas e significativas. Livro: Raízes dos divórcios – ressignificando relacionamentos Autora: Patrícia Pimentell Editora: Novo Século Páginas: 160 Andressa Adarque para a coluna Resenhas da Maria Scarlet Encontre-a no Instagram: @meuladoleitora
- A ROTINA DE UMA MULHER ORGÁSTICA
Olá, querida leitora! O que é ser uma MULHER ORGÁSTICA? É estar satisfeita com a própria sexualidade e com o prazer que se obtém através dela. É um estado de ser – estado de “FLOW” (estado mental sustentado de presença, sensação de energia, prazer e foco total no que se faz). Passo ZERO: Pare, respire e pense com honestidade e conectada com seus reais desejos: Aonde você quer chegar com sua sexualidade? Qual a sua intenção? Se a sua resposta tem a ver com: Sentir mais prazer Sentir mais orgasmo Melhorar a qualidade do orgasmo Melhorar o sexo com parceiros... O RITUAL PARA MULHER ORGÁSTICA COMEÇA COM: AMOR-PRÓPRIO E AUTOESTIMA Você tem amado seu corpo? Tem colocado energia no olhar para dentro? NÃO EXISTE MÁGICA PARA SER ORGÁSTICA – EXISTE DEDICAÇÃO, SAIR DA ZONA DE CONFORTO (OU DESCONFORTO) E ESCOLHER ONDE COLOCAR SUA LIBIDO. Segue aqui algumas dicas que valem ouro, para você começar a praticar já: 1- APRENDA A AMAR SEU CORPO Crie frases afirmativas (mantras) do que você precisa escutar todos os dias No espelho de corpo inteiro: Se olhe com calma, sem julgamento, com amor. Note que imperfeições e cicatrizes são parte de sua história. Acolha. Espelhinho para vulva: Olhe nos mínimos detalhes. Seja mais íntima de você mesma. Durma pelada. Desapegue de padrões (seja militante da beleza natural). 2- AUTOFOCAGEM DAS SENSAÇÕES Esteja atenta às sensações do corpo. Não existe outro caminho para o prazer, que não seja começar a prestar atenção no que seu corpo sente! Aproveite o momento do banho para sentir o sabonete, cheiros, texturas, toalha felpuda. Se trate com amor. Automassagem Respiração profunda sempre. Inspira lento e profundo abrindo o peito, expira com o som da vogal “A”. Dedique-se! 3- CONECTE-SE COM SEUS SEIOS 3 min de massagem diária libera ocitocina (hormônio do amor). Não seja mecânica! Conecte-se ao prazer! Ensine seu corpo a sentir. “Free the Nipples- Use o mínimo de sutiã possível. Use óleo de rícino se tiver alguma cicatriz. 4- EXERCITE SEU CANAL VAGINAL Faça contrações de assoalho pélvico diárias Ajudam na lubrificação Prevenção de incontinência urinária Prevenção de doenças Prevenção de atrofia Mais sensação Respire e conecte seus genitais junto com as contrações. 5- MASTURBAÇÃO CONSCIENTE (Ou Auto Toque Consciente) Se dê amor e prazer Descubra o que gosta e como gosta Não ter pressa – entenda qual o seu tempo Não use vibradores nessa prática Estimule lugares que você tem menos sensibilidade 6- ENTENDA O QUE COLOCA FOGO NO SEU PARQUINHO Use e abuse de ferramentas que te excitam! Desejo é fantasia! Quais são os seus? Mesmo que sejam sombrios... Acesse seu repertório Sexual: filmes, séries, livros, podcast, site... Ensine seu corpo a sentir. Saia da neutralidade estimulando seu corpo. 7- EXERCITE-SE! É difícil ser orgástica se você não faz exercício físico. Vou explicar: Liberação de endorfina: hormônio produzido na glândula hipófise e que gera sensação de recompensa e bem-estar no organismo Serotonina: satisfação e bem-estar. Suas principais funções incluem a regulação de humor, sono, libido, ansiedade, apetite, temperatura corporal, ritmo cardíaco e sensibilidade. Dopamina: A substância é conhecida como um dos hormônios da felicidade e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação Fazer exercícios físicos regularmente pode ajudar a baixar o cortisol e a reduzir o estresse, que é uma das causas de cortisol alto 8- DESCOLINIZE SEUS QUADRIS (RE-BO-LE MUITO!) Fique um pouco de cócoras diariamente. Se puder faça uma aula que tenha essa abordagem de soltura de quadril. Faça com prazer e não mecanicamente. Quanto mais se faz, mais solto seu assoalho pélvico vai ficar. Mais sangue circula. Mais energia circula. Mais memórias ruins são liberadas. Mais prazer você sente. 9- ENTENDA OS MOTIVOS QUE TE IMPEDEM DE SE APROXIMAR DOS SEUS DESEJOS E DISPEÇA-SE DELES. Terapia Psicoterpia Corporal Terapia Sexual Sexological Bodywork Estude Educação Sexual Esteja pronta para educar seus filhos! 10- SORORIDADE Respeite as escolhas de outra mulher sem julgar Não dispute ou estimule rivalidade Nunca reforce estereótipos ou reduza outra mulher Aprenda a respeitar e admirar mulheres ao seu redor Estenda a mão Elogie Mostre que você a enxerga de verdade Dê força para ela continuar projetos importantes 11- TERAPIA DO SORRISO Escolha sorrir para você e para seu corpo. Não seja o tempo todo séria. Brinque, fale bobagens, gargalhe, traga leveza para seu dia! Coloque despertadores ao longo do dia para pequenas pausas, para respirar profundamente, agradecer e sorrir para seu corpo, sua potência e sua feminilidade. O sorriso diminui o cortisol, o hormônio do estresse, e promove uma visão mais otimista das situações. Sorrir gera empatia e confiança nas pessoas ao nosso redor, tornando as relações mais harmoniosas. O sorriso ajuda a resolver conflitos de forma mais leve e eficaz, tornando-nos mais resilientes. Um beijo carinhoso, Lu Terra. Lu Terra para a coluna Terapia Sexual Encontre-a no Instagram:@luterra.terapeutasexual
- Coração de mãe
Hoje não foi uma terça-feira comum, acordei antes do habitual para levar meu filho ao exército, ele precisava se apresentar. Quando foi mesmo que ele virou um homem que eu nem percebi? Coração de mãe é mesmo complicado, ao mesmo tempo que dá um orgulho danado ver o desenvolvimento dele, dá também vontade de pegar no colo e cuidar, proteger, independentemente da idade ou da barba no rosto. Quem inventou isso de que as mães precisam deixar seus filhos voarem mesmo? Eu sei que é o certo, mas como é difícil! Deixei ele na porta do quartel aqui da cidade e voltei para casa sem saber como seria seu próximo ano. Não havia nada que eu pudesse fazer além de tomar o meu café habitual e aguardar. Esquentei a água, coloquei as três colheres cheias de café no filtro e meu olfato se deliciou por alguns minutos. O café desceu queimando a garganta, ou seria um choro querendo sair? Fiquei ali, saboreando meu momento favorito do dia enquanto um filme passava em minha mente: o nascimento, meus peitos sangrando para amamentar devido a mastite que tive, a primeira fruta, os momentos na praça em que eu corria atrás dele enquanto estava descobrindo o mundo. O primeiro dia na escola, meu coração apertado com a primeira viagem sozinho. Pensei no tempo das coisas e nos nossos momentos juntos que hoje são raros. Lembrei da minha mãe e como deve ter sido difícil para ela passar por tudo isso também. Percebi que o papel havia apenas se invertido, eu havia mudado de lado, só isso. Por um momento a culpa quis se aproximar e tomar café comigo “e se eu tivesse jogado mais bola” “e se eu tivesse feito mais carinho” “ e se eu tivesse cantado mais suas canções preferidas” “por que eu trabalhei tanto”? Não, não! Sem “e se” porque se a gente deixa a culpa tomar conta a mente pira de vez. Não, vamos esquecer os “e se”, ok? A gente faz o que pode, não é mesmo? Mães fazem o que podem!!! Damos nosso melhor com tudo que temos no momento e o que precisamos é de paciência para esperar e aproveitar o tempo que temos com eles, quando estão por perto. Bom, não demorou muito para aquela ligação que eu esperava: - Vem me buscar, mãe!? Meu filho foi dispensado do exército. Fui buscá-lo, comemos um pastel e ele pegou o ônibus para ir embora para a cidade grande. Foi viver a vida dele, passar pelas experiências que ele precisa passar. Existe uma pesquisa que diz que 90% do tempo que os pais passarão com seus filhos são antes dos dezoito anos, os outros 10% serão no Natal (com sorte), dia das mães ou aqueles momentos de “Oi mãe, passei rapidinho, mas já estou indo”. Não é pessimismo, é a vida acontecendo. Quando isso acontecer é sempre bom lembrar de como nós fomos quando batemos as asas da casa dos nossos pais. Ah, e nesse momento virá aquele pensamento à mente “agora eu entendo minha mãe”. Já aconteceu com você? Sigo daqui, esperando pelo nosso próximo encontro e confiando que dei meu melhor, afinal mães não são heroínas. Entre erros e tropeços, a maior parte do tempo a gente acerta. E sem manual de instrução. Deixo meu beijo no coração de todas as mães que lerão estas palavras. Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram:@euivebueno
- Arrisque ‘acessibilizar’
Quem já utilizou uma rampa para se locomover porque quebrou ou torceu o pé ou ainda porque está gestante ou está com alguma dificuldade de se movimentar – mesmo que temporária - sabe valorizar o bem que ela oferece. Cada metro concluído do trajeto é uma vitória da mobilidade autônoma. A acessibilidade não atende apenas às pessoas com deficiência. Ela também facilita e muito a vida de outras pessoas que não têm deficiência. A dinâmica de criar meios acessíveis às pessoas com deficiência fez nascer inúmeras soluções que inicialmente foram criadas com o foco nas pessoas com deficiência, mas acabaram sendo estendidas para objetivos além da inclusão e são muitos os exemplos. A máquina de escrever mecânica é uma dessas invenções. Sua criação tem diversas patentes e autores, mas uma delas é atribuída ao inventor italiano Pellegrino Turri. Em 1808, ele criou a máquina de escrever para se comunicar por cartas com a mulher por quem era apaixonado e que havia ficado cega, a condessa Carolina Fantoni da Fivizzono. Ela não escrevia mais as cartas à mão e a partir da nova invenção do amado, poderia corresponder-se sem a intervenção de terceiros. Somente decorando a posição de cada letra no teclado. Com os avanços da tecnologia, novos recursos foram criados especificamente para viabilizar o acesso das pessoas com deficiência ao mundo virtual, as chamadas tecnologias assistivas. Porém, muitos deles miraram as pessoas com deficiência e acabaram conquistando os demais usuários e transformando a nossa realidade com facilidades das quais não podemos mais abdicar. Esse é o caso das tecnologias touch e zoom, que permitem aproximar a imagem na tela do computador, do celular, do tablet, com o toque dos dedos para torná-la maior e mais visível. Essa facilidade foi desenvolvida para ajudar pessoas com baixa visão. Assim como as mensagens de textos nos celulares, criadas pelas operadoras para atender pessoas surdas. Os equipamentos de assistentes virtuais como a Alexa, também foram idealizados para ajudar pessoas com deficiência que não podem usar as mãos para interagir com o equipamento. Hoje, eles estão nas casas das pessoas em todo o mundo, nas empresas e oferecem inúmeras utilidades. Um time diverso na empresa faz da mistura de culturas, opiniões e vivências o aumento da competitividade nos negócios, traz mais inovações e mais conexões com seus clientes. A acessibilidade é um direito que beneficia além da pessoa com deficiência. Quando se escolhe não oferecer acessibilidade, escolhe-se excluir pessoas e a exclusão é responsabilidade de todos. Promover a acessibilidade em todas as suas oito dimensões é garantir que o capacitismo dê passagem (literalmente) a todo ser humano. Porque afinal, por onde passa uma pessoa cadeirante qualquer pessoa pode passar. ‘Acessibilizar’ é antes de tudo ‘dar passagem’. É humanizar! Carolina Ignarra para a coluna Corpos Sem Filtro Encontre-a no Instagram: @carolinaignarra


















