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O impacto da síndrome de Burnout nas mulheres…

Atualizado: 23 de jan de 2023

…na sexualidade e nos seus relacionamentos afetivos.

A síndrome de Burnout é um esgotamento físico e emocional relacionado ao trabalho desgastante e excessivo. Já escrevi outro texto aqui para a minha coluna falando sobre ela e hoje volto a abordar o assunto, mas com o foco no impacto da doença nas relações afetivas e na sexualidade feminina.

Os principais sintomas da síndrome de Burnout são cansaço extremo, acompanhado de dores de cabeça e no corpo, distúrbios do sono, desânimo, sensação de falta de reconhecimento no trabalho e de fracasso, negativismo e ceticismo quanto ao futuro, distanciamento afetivo e intolerância à companhia de outras pessoas, ansiedade e até depressão.

A doença pode acometer tanto homens quanto mulheres, nas mais diversas faixas etárias, mas comumente afeta mais a população feminina jovem e adulta. Isso é fácil de compreender, já que nós mulheres muitas vezes acumulamos funções como mães, donas de casa, além de profissionais que precisam se esforçar para provar seu valor no mercado de trabalho.

Além do cansaço, a irritabilidade constante e a vontade de ficar a sós têm um impacto importante nos relacionamentos afetivos, principalmente nos amorosos. Por mais que a mulher goste do companheiro ou companheira, ela se distancia, passa a compartilhar menos sobre o seu dia a dia e sobre seus sentimentos. Além disso, a fadiga física e emocional derruba a libido, o que prejudica ainda mais a vida a dois e a vontade de fazer sexo.

“Os principais sintomas da síndrome de Burnout são: cansaço extremo, acompanhado de dores de cabeça e no corpo, distúrbios do sono, desânimo, sensação de falta de reconhecimento no trabalho e de fracasso, negativismo e ceticismo quanto ao futuro…”

Em matéria publicada pela revista Claudia, a psicóloga e sexóloga Gabriela Daltro explica:

“Nesse estado de tensão e fadiga é praticamente impossível para corpo e mente funcionarem bem para o sexo. Os efeitos colaterais de uma crise de abstinência de desejo sexual são baixa autoestima, diminuição do humor, até aumento de risco de transtornos emocionais. A falta de desejo afeta toda a relação gerando um afastamento não apenas sexual, mas sobretudo emocional.”

Para se livrar da crise, além de buscar tratamento para o Burnout, é importante que o casal converse e exponha de forma franca seus sentimentos. Que haja empatia, paciência e sobretudo carinho. Vale tentar sair da rotina, experimentar fazer coisas diferentes com a outra pessoa e resgatar a parte da paquera e do romance da época em que se conheceram, como irem ao cinema ou ao teatro e depois saírem para um barzinho ou para jantarem juntos e quem sabe terminarem a noite em um motel. É preciso dedicar um tempo a sós com o companheiro ou companheira, de preferência em que possam não só conversar, mas também terem momentos de relaxamento e propícios a carícias e a entrega ao prazer.

Ainda para a mesma matéria, a sexóloga Cátia Damasceno diz: “Com um pouco de esforço e preocupação, você pode detectar a tempo quando seu relacionamento está esfriando e voltar a amar e ser amada, desejar e ser desejada”.

Em matéria publicada no site Oficina de Psicologia, a psicóloga Rita Torres afirma:

“Uma vida sexual ativa e satisfatória fará com que se sinta emocionalmente e fisicamente melhor, através da liberação de certos neurotransmissores, como a dopamina. Uma sexualidade positiva está também relacionada com menor tendência para se isolar.”

Se você tem se sentido esgotada e sem ânimo e isso está prejudicando não só seu desempenho profissional, mas sua vida amorosa, procure ajuda!

Renata R. Corrêa para a coluna Universo feminino

Fontes de pesquisa

https://claudia.abril.com.br/amor-e-sexo/como-o-burnout-afeta-a-vida-sexual-das-mulheres/

https://www.oficinadepsicologia.com/burnout-e-sexoo-que-ha-de-errado-aqui/