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Meu Eu Mais Autêntico

Por tanto tempo busquei me encontrar; por tanto tempo investi em coisas que me levassem para mais perto de mim, como roupas da moda, cortes de cabelo, diferentes propostas de trabalho e amores ideais para acomodar minhas aflições mais urgentes…


Por esse longo tempo busquei a minha melhor versão, a mais magra, a mais bela, a mais adequada. Por tanto tempo quis encontrar paz com o meu eu mais certo, aquele mais pleno e vencedor e, durante todo esse tempo, tentei enganar minha mente dizendo que estava tudo bem, que eu era quase perfeita, ainda que na minha visão míope…


Encontrei, anos depois, uma versão bem mais leve e autêntica de mim, que comungava minhas vontades com a essência que eu carregava na alma: diferente, curiosa e forte.

Demorou muito para entender o verdadeiro significado de ser autêntica, e, ainda que com ressalvas, resolvi ser fiel às dores e excessos que carrego no corpo cheio de cicatrizes e memórias prazerosas; entreguei minhas culpas ao abismo do esquecimento, para onde não posso voltar e de onde parti com novos amigos chamados esperança, plenitude e amor próprio.


E depois de tanto tempo posso, finalmente, olhar-me nua na frente do meu espelho sem reclamar de nada que vejo, e percebo, quase sem querer, que minha alma dança mais leve dentro do meu corpo, em doses plenas de harmonia e em compassos de liberdade.


Fui! (Me enxergar de verdade…)

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