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1085 itens encontrados para ""

  • Vida de solteira

    Dia desses uma das minhas amigas que estava conversando com um carinha na internet, disse que eles estavam falando sobre o clima da noite, quando, do nada, ele enviou um nude. Francamente, os que me acompanham pelas redes sociais sabem que sou totalmente a favor da putaria. O que não significa, que quero a foto de uma rola quando estou sentada na fila de espera do dentista. Não sei em que momento alguns homens começaram a achar que a foto aleatória de um pênis deixará uma mulher gamadinha por ele, mas, provavelmente são dos mesmos criadores que acham que chamar uma mulher de gostosa no meio da rua, fará ela entrar em seu carro e decidir construir uma família. Encontrar uma pessoa legal hoje em dia para se ter algum tipo de relação, tem sido difícil, sei disso porque tenho amigas que procuram, mas não encontram alguém com quem conseguem trocar mais que dois diálogos. Por outro lado, também tenho o amigo que mandou apenas um “bom dia” para a garota que ele era afim – depois da própria ter pedido seu contato - e foi ignorado sem qualquer justificativa. As pessoas têm medo de conversar ou estão apenas traumatizadas por relacionamentos passados? Hoje mesmo me deparei com uma mulher que conheceu o homem dos seus sonhos e estava vivendo um conto de fadas, não havia nada de errado. No entanto, ela, traumatizada pelo que viveu anteriormente, deu um pé na bunda dele e o perdeu. Ele ficou sem entender o que havia acontecido e não quis dar uma nova chance. Compreendo os dois lados da situação. Uma pessoa traumatizada, tende a temer a felicidade. Por outro lado, um homem não deve pagar pelo erro de outros. Independente do que tenha feito essa mulher agir no impulso, talvez ela tenha perdido um cara legal por um medo que está na sua cabeça. Talvez tenha se jogado em um novo relacionamento, sem ter superado o anterior. Talvez tenha começado algo, por não querer ficar sozinha. Há muitas pessoas com medo da solidão e acabam se arriscando em relacionamentos sem estarem mentalmente preparadas. Esse medo pode a colocar em situações desagradáveis e que a impedirá de ser feliz. Não há nada de errado em estar sozinha. Uma pessoa sozinha, não é uma pessoa solitária e infeliz. Assim como uma pessoa solteira, não é uma pessoa em busca de amor (já voltarei a falar disso). Não sei se os caras dos nudes são pessoas traumatizadas ou apenas homens escrotos, mas sei que há muitas pessoas com medo de intimidade e acabam se fechando e impedindo que outras a machuquem. Elas já foram tão quebradas, que preferiram se tornar superficiais. Também há pessoas com medo de relacionamento, apenas porque o do amigo não acabou bem e medem a própria vida pela régua de outros. As pessoas não são todas iguais, há um mundo imenso e não podemos colocá-las em uma caixinha e dizer que ao dar uma nova chance para o amor, você saberá de que forma ele acabará. Além de estar sendo injusta consigo mesma, está sendo injusta com o próximo. Experiências servem para te amadurecerem, não para te empedrarem e impedirem que você seja humana e sensível outra vez. Não é porque uma pessoa te traiu, que a próxima não reconhecerá seu valor. Também não é porque está solteira, que deve se entregar para qualquer babaca que não sabe dizer mais que duas palavras sem antes mandar a foto de uma rola. Quando for mergulhar novamente nesse mar de seres humanos em busca de algo profundo, esteja certa do que quer. Não vá pela mente dos outros e não comece uma relação se não se sentir preparada. Pontuo isso porque é muito comum que quando uma pessoa fica solteira, os amigos tentam, a todo custo, empurrá-la para alguém como um objeto que estava sem estoque e que acabou de ficar disponível. Você é dona do seu próprio tempo e apenas você pode decidir com quem gastá-lo. Ou melhor, qual nude merece sua atenção. R. Christiny para a coluna Papo de Bordel Encontre-a no Instagram: @r_christiny

  • Salvador, BA

    Oxe! Aqui é Bahia! Uma mistura de muito axé embalado com culturas e ritmos, Salvador traz através da arte da dança e da sua rica história muita alegria no sorriso dos baianos, é lindo de se ver. Venha que vou lhe contar! E o que não falta lá são histórias para contar, e lugares belíssimos para conhecer. Lembrando um pouco da sua história, Salvador, foi também a primeira capital colonial do país. Fundada em 1549 por Tomé de Souza, foi sede da Monarquia Portuguesa. É caracterizada pelo grande mercado escravista no continente sul americano. Hoje toda sua história é “VIDA”, pois, turistas e visitantes do centro histórico da cidade se encantam da cidade alta à cidade baixa. Preparada para conhecer mais sobre este destino incrível no Brasil? Então, embarque nessa aventura que vou compartilhar com você as dicas para viver as melhores experiências na Grande Salvador, BA. Pontos turísticos tem muitas opções para você visitar como o Mercado Modelo com várias opções de lembrancinhas para os colecionadores de mimos de viagens. Eu particularmente amo comprar ímãs de geladeira, são várias lojas comerciais, lá se vende de tudo um pouco. Possui restaurantes com comidas típicas da região, música boa e um povo carismático e carinhoso. O elevador Lacerda tem um visual fantástico para a parte alta da cidade e a Bahia de todos os Santos. A praça da Sé e o Pelourinho são os principais pontos turísticos dos cartões postais. Quem passeia pelas ruas do pelourinho viaja no tempo através da sua arquitetura que chama atenção de todos que ali trafegam. E por falar em lugar famoso foi no Pelourinho que Michael Jackson gravou o clipe da música “They Don’t Care About”. O clipe teve a participação da banda baiana Olodum, estourou nas paradas de sucesso e até hoje é lembrado por todos. A igreja do Senhor do Bonfim com seu estilo neoclássico com a fachada em rococó, acompanhando o modelo das igrejas portuguesas dos séculos XVIII e XIX chama a atenção dos turistas. É parada obrigatória para agradecer pelas oportunidades e também fazer aquele pedido que você já vem buscando realizar faz tempo. Claro que fomos lá fazer o nosso pedido e registrar toda gratidão. Os visitantes e fiéis amarram as fitinhas no gradil externo e interno da igreja levando esperança e muita fé. Que Salvador vai além dos passeios históricos e culturais, a capital baiana tem inúmeras praias, mirantes , faróis e como não lembrar do pôr do sol no Farol da Barra onde está localizado o forte Santo Antônio da Barra e o Museu Náutico da Bahia. Caminhar na orla do Farol da Barra e saborear um delicioso acarajé é um belo convite para curtir o clima gostoso que Salvador transmite e sentir as boas energias. O Farol da Barra é palco do carnaval na Bahia e recebe milhões de foliões do mundo inteiro. Quem nunca ouviu falar do Carnaval de Salvador? Ninguém fica parado com o ritmo baiano. Salvador tem praias uma mais bonita que a outra, basta você escolher qual te agrada mais e curtir à vontade. A maravilhosa Praia do Forte é o cenário perfeito para quem busca praia com águas claras, boa temperatura, paz e sossego. O projeto Tamar é um passeio imperdível ideal para curtir com toda família e você vai ver muitas tartarugas por lá, é sensacional. O passeio para as piscinas naturais localizadas bem ali na Praia do Forte é praticamente em frente ao projeto Tamar, você não pode deixar de aproveitar. Esse foi um dos passeios que mais curtimos pois como vocês sabem, nós amamos estar juntinhos da natureza. Nosso roteiro foram de 3 dias e fizemos tudo programado que foram o centro histórico e Praia do forte em mata de São João. Existem outros lugares bem próximos a Salvador que vocês também podem explorar como: Morro de São Paulo, Ilha de Itaparica entre outros. Agora difícil mesmo é escolher o roteiro… rsrs! Em Salvador é possível encontrar pousadas, hostel, hotéis luxuosos. Você só precisa escolher qual tipo de hospedagem deseja. Nossa escolha foi no hotel bem localizado no Farol da Barra, pois, optamos em ficar ali pertinho do mar e ver o pôr do sol no final da tarde. E vamos falar da gastronomia baiana, que por sinal é bem quente e saborosa. O acarajé é o mais procurado e comentado por todos, ir para Salvador e não provar um suculento acarajé podemos dizer que você não esteve na Bahia. São muitas barracas espalhadas pela orla e por toda cidade. Oxente! Bora comer um Vatapá?! Esse prato tem presença garantida nos cardápios baianos, seja servido como acompanhamento ou como recheio de um crocante acarajé. Assim deu água na boca! Hum… isso é Bahia! Vai uma dica importante, preste atenção ao responder se prefere seu prato quente ou frio. Para os viajantes que não são familiarizados com a pimenta, é bom saber que: pedir “frio” é a opção menos picante. Já se você pedir “quente” prepare-se que a dosagem de pimenta é bem forte. Alguns pratos da culinária local como o mungunzá, é o doce de milho branco, conhecido em todo nordeste Brasileiro, já em outros estados e regiões o mungunzá ganha o nome de canjica. O caldo de sururu e a maniçoba também são uma delícia. Cada vez que escolho um destino para explorar pelo Brasil vou me apaixonando ainda mais pela arte, cultura e gastronomia. É tão bom compartilhar com vocês essa cultura baiana que bateu até saudades. O coração viajante é intenso, o presente é saber que em cada lugar vai colher frutos de uma vida que no futuro nunca será esquecida. Viajar é viver e se encontrar no paraíso que é particularmente seu, é eternizar momentos da sua vida. Convido você a viajar comigo e te espero em nossa próxima aventura! Vivi Freitas para a coluna Bolsa de Viagem Encontre-a no Instagram: @aventuras.vr

  • Border Não Mono

    Sempre me questionei muito, com diversas dúvidas a meu respeito, nunca tendo certeza do que eu queria pra vida ou para o amor. Será que estou fazendo isso porque minha amiga gosta ou porque eu gosto? Quero mesmo ir nessa balada ou estou indo porque é algo que meu namorado gosta de fazer e eu preciso gostar também? Assim também foi meu questionamento com a não monogamia; será que estou aceitando esse formato porque não quero perder a pessoa com quem me relaciono? Será que isso não passa de medo de ser abandonada? Refleti a respeito de isso e (ufa!) a não monogamia está em mim porque quero mesmo! Mas ela é bem menos leve do que deveria, na minha cabeça todo pequeno problema é um problemão que não consegue ser resolvido de jeito nenhum, os sentimentos ruins estão sempre no seu máximo beirando a raiva, o que me leva a ataques onde em alguns momentos acabo me machucando fisicamente, e machucando emocionalmente quem esteja comigo e tudo em vão porque os ataques só são da boca pra fora e dificilmente quero dizer tudo o que disse, mas o estrago já está feito, não consigo pegar as palavras que saíram e engoli-las como se nada tivesse acontecido. E para conversas olho no olho, preciso de atenção redobrada uma vez que meu cérebro decide dar uma passeada e não escuto uma palavra do que me foi falado, “eu juro que ligo sim para o que você tá falando, espera por favor, pode repetir?” Quando eu gravo vídeos falando de resoluções na relação, eu estou nos meus dias bons, onde a grama é verde, o sol brilha a pino, e tudo o que a gente quiser a gente pode fazer, mas esses dias são raros, uma escassez desenfreada, por isso tento aproveitá-los ao máximo. Eu sei que os match’s que dei não vão pra frente, não pelas pessoas serem ruins de papo, mas porque vou enjoar e não vou conseguir dar continuidade aos assuntos, sei que os amigos vão se afastar porque eu me afastei primeiro, sei que entrar em relacionamentos novos vão ser mais difíceis, porque sempre estarei paranoica com cada mísera coisa que o outro fizer, sei que vou ter que me controlar e estudar duas vezes mais e ter cuidado com as piadas autodepreciativas, não é todo mundo que vai entender o meu humor e achar graça. O border (Borderline) e a não monogamia vão de encontro muitas vezes, mas na não monogamia tenho espaço e apoio, alguns sentimentos são maiores que outros, mas posso ir e vir, ser o que quiser, e é por isso que sou. Giovanna Rodrigues para a coluna Não Monogamia Encontre-a no Instagram: @snaomono

  • Meu filho tem direito ao BPC?

    Como mãe, é natural que você busque o melhor para o seu filho e que queira garantir que ele tenha acesso aos recursos e apoios necessários para o seu desenvolvimento e bem-estar. Se o seu filho possui uma deficiência, é importante considerar se ele tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e como esse benefício pode ajudá-lo. O BPC é um benefício assistencial garantido pela Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993) e pelo Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007. Ele é destinado à pessoas com deficiência e idosos que se enquadram em determinados critérios socioeconômicos. Para determinar se o seu filho tem direito ao BPC, é necessário avaliar alguns aspectos: Deficiência: O BPC é direcionado às pessoas com deficiência que apresentam impedimentos de longo prazo, ou seja, limitações permanentes que os impossibilita de participar plenamente na sociedade. Se o seu filho se enquadra nesse perfil, ele pode ser elegível para receber o benefício. Critério socioeconômico: Além da deficiência, o BPC também considera o critério socioeconômico. A renda mensal per capita da família deve ser de até 1/4 do salário mínimo vigente. Isso significa que se a renda da sua família se encaixa nesse critério, o seu filho poderá ser considerado elegível para receber o benefício. Agora, vamos explorar como o BPC pode ajudar o seu filho: Assistência financeira: O benefício oferece uma ajuda financeira mensal para a família, que pode ser utilizada para suprir as necessidades do seu filho. Esse valor pode ser direcionado para a aquisição de medicamentos, tratamentos, terapias, material educativo adaptado, equipamentos e outros recursos que auxiliem no seu desenvolvimento e bem-estar. Acesso a serviços e suporte: Além do suporte financeiro, também pode proporcionar acesso a serviços e suportes adicionais. Por meio do benefício, você poderá buscar atendimentos médicos, terapias especializadas, acompanhamento multidisciplinar, entre outros recursos que sejam necessários para promover o desenvolvimento e a inclusão do seu filho. Melhoria na qualidade de vida: O benefício pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do beneficiário. Ajudando a garantir que as necessidades básicas sejam atendidas e que tenha acesso a oportunidades e recursos que promovam seu desenvolvimento, autonomia e bem-estar. Isso pode contribuir para uma melhor qualidade de vida e possibilitar que o beneficiário alcance seu potencial máximo. Lembramos que cada caso é único, e é importante buscar informações atualizadas junto ao órgão responsável pelo BPC, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para garantir que você siga os procedimentos corretos e obtenha todos os benefícios aos quais seu filho tem direito. Busque apoio de profissionais especializados e organizações de apoio à pessoas com deficiência para auxiliá-la nesse processo. Vou explicar de forma mais detalhada como uma mãe com filhos com deficiência pode requerer o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para o (a) filho (a): Compreenda a deficiência do seu filho: Antes de iniciar o processo de solicitação do BPC, é importante que você compreenda a deficiência do seu filho de maneira abrangente. Busque informações sobre a condição específica dele, suas limitações e como isso impacta sua participação na sociedade. Converse com profissionais da área de saúde e educação, e procure apoio em grupos de pais que tenham filhos com deficiência semelhante. Consulte um profissional especializado: Para obter um parecer mais completo sobre a elegibilidade do seu filho ao BPC, busque a orientação de um profissional especializado, como um assistente social ou advogado que tenha experiência em questões relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência. Eles poderão avaliar o caso do seu filho e fornecer orientações específicas para o processo de solicitação. Reúna a documentação necessária: Você precisará reunir a documentação adequada. Isso pode incluir a certidão de nascimento do seu filho, documentos de identificação (CPF e RG), comprovante de residência, laudos e relatórios médicos que atestem a deficiência e o impacto dela na vida do seu filho. É importante obter relatórios de profissionais da área de saúde que atendem seu filho, como médicos, terapeutas e psicólogos. Verifique os critérios socioeconômicos: O BPC também considera o critério socioeconômico, ou seja, a renda familiar. Verifique se a renda mensal per capita da sua família está dentro dos limites estabelecidos: Atualmente a renda per capita deve ser de até 1/4 do salário mínimo vigente. Caso a renda familiar ultrapasse esse limite, pode ser necessário buscar informações sobre possíveis exceções e flexibilizações, levando em conta as despesas adicionais relacionadas à deficiência do seu filho. Contate o órgão responsável: No Brasil, o BPC é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para solicitar o benefício, o responsável poderá entrar em contato com o 135, fazer o pedido pela internet, através do site Meu INSS, ou pessoalmente em uma agência da Previdência Social, através de prévio agendamento. Após iniciar a solicitação do BPC, acompanhe de perto o processo e mantenha-se informada sobre seu status. É possível que sejam solicitados documentos adicionais ou que ocorram entrevistas e avaliações para comprovar a elegibilidade do seu filho. Caso enfrente dificuldades ou tenha dúvidas durante o processo, busque apoio junto a organizações de apoio à pessoas com deficiência, grupos de pais ou profissionais especializados. Lembre-se de que cada caso é único, e o processo de solicitação pode variar dependendo de fatores individuais e da legislação em vigor. E o mais importante, saiba que você não está sozinha nessa jornada. Existem recursos e apoios disponíveis para auxiliar você e seu filho, e o BPC pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-los a superar desafios e alcançar uma vida plena e inclusiva. Manuelly Mattos Lourenço para a coluna Direitos Das Mulheres Encontre-a no Instagram: @manuellymattos.adv

  • A IA está aí. E agora?

    No início de maio, o Brasil, mais especificamente a cidade do Rio de Janeiro, sediou a primeira edição do Web Summit na América Latina, evento mundial realizado tradicionalmente na Europa. Grandes e pequenas empresas, startups, profissionais e estudantes compartilharam ideias numa grande arena de tecnologia e inovação. A grande protagonista desta edição foi a Inteligência Artificial (IA), e não sou eu quem está afirmando. Todas as mídias especializadas foram uníssonas ao apontar a IA como o principal tema do evento, que foi abordado em diferentes perspectivas, envolvendo benefícios, riscos, oportunidades, ausência de regulamentação, entre outros. O ChatGPT, obviamente, foi assunto nas falas e discussões, tanto dos especialistas quanto dos curiosos (como eu). Eu tive o privilégio de participar de todos os dias do evento, representando a Vibra Energia, uma das patrocinadoras do evento, que, diga-se de passagem, impactou com um estande que virou o point da inovação no evento (eu sei, não tem isenção alguma nesta minha afirmação), mas juro que este texto não é publi e que vou compartilhar minhas reflexões aqui. A inteligência generativa é realmente surpreendente, e você já deve saber que ela é capaz de escrever textos completos, de criar imagens que parecem obras de arte, de desenvolver vídeos incríveis (veja a campanha “Obra de Arte” da Coca-Cola), além de acelerar processos, só para citar algumas possibilidades que estão sendo exploradas. A IA está progredindo rapidamente e desempenhando um papel cada vez mais importante em diversos setores da sociedade, até mesmo na medicina. Diante de tantas oportunidades, imagino que você também já pode ter parado para refletir sobre o impacto da inteligência artificial na sua carreira. É natural a gente se questionar: “e agora?” Tem gente que enxerga a IA como uma adversária, assim como outros a enxergam como uma aliada. E você, também escolheu um lado? Eu não tenho dúvida que lutar contra os avanços tecnológicos é um esforço inócuo que só prejudica a nós mesmos. O melhor caminho é sempre surfar na onda e nadar no sentido da correnteza, para não “levar um caixote” e parar na areia da praia. Eu sou da geração que ia para a biblioteca pública e fazia pesquisas escolares usando as enciclopédias Barsa e vi a internet chegar e acelerar as minhas pesquisas de conhecimento (depois da meia-noite, em que o custo da ligação era menor – eram os velhos tempos da internet discada, que nem todos entenderão). Se eu, que vivi essa grande mudança, não consigo fechar os olhos para as oportunidades que inteligência generativa pode trazer para otimizar os processos no trabalho e até as minhas necessidades pessoais, imagina quem já nasceu vendo tudo mudando com a tecnologia acelerando e indo parar na palma da mão! Tudo que nos proporciona economia de tempo retorna para nós, seja com o alcance mais rápido das entregas profissionais, seja na possibilidade de direcionar mais tempo a atividades que dependem exclusivamente de nós (pessoas). Por isso, não podemos nos fechar para mais esta onda chegando. Sim, a IA irá transformar o mercado de trabalho. Algumas tarefas rotineiras e repetitivas continuarão sendo automatizadas, mas isto cria oportunidades para que os profissionais se concentrem em atividades mais complexas e criativas, que exigem habilidades humanas únicas, como pensamento crítico, resolução de problemas e empatia. Também não podemos esquecer que com a IA vem o aumento da demanda por profissionais especializados nessa área de desenvolvimento tecnológico, o que também impulsiona a necessidade de professores para formação na área em cursos e programas de treinamento e capacitação em empresas e instituições de pesquisa. Sem contar as questões relacionadas à regulamentação e à ética no uso da IA, como privacidade, segurança de dados, preconceito algorítmico e responsabilidade digital. Novas oportunidades surgem com essas discussões. Eu sei que nos parece que a IA tende a encolher os postos de trabalho mais operacionais e que as oportunidades que surgem estão concentradas em níveis mais especializados. Mas como eu prefiro olhar sempre o copo meio cheio, enfatizo que a introdução da IA não é sobre substituir postos de trabalho, mas sobre trabalhar em conjunto para alcançar resultados melhores e mais eficientes. A IA nos ajuda a escalar e oferecer mais soluções quando ampliar nosso alcance no modelo tradicional é inviável economicamente. E quando as organizações crescem, novas oportunidades aparecem. Quem é empreendedor e está iniciando um negócio, por exemplo, pode ainda não ter condição de contratar uma equipe de atendimento e vendas robusta, mas tem a possibilidade de se colocar numa vitrine virtual e ter comunicação simultânea com os clientes potenciais e gerar mensagens automáticas no whatsapp para facilitar a triagem do seu atendimento. Isto nada mais é que a automação ampliando o alcance e impulsionando pequenos negócios. Não estou negando que a IA possa ter um impacto significativo em funções específicas, como no passado o avanço da tecnologia também provocou em outras profissões. Com a chegada dos carros, no início do século XX, por exemplo, a indústria de carruagens e a atividade dos guias de carruagens foram impactadas. Os carros motorizados ofereciam uma forma mais rápida, eficiente e conveniente de transporte. No entanto, muitos guias de carruagens se tornaram motoristas, outros encontraram trabalho em garagens de automóveis, onde puderam aplicar suas habilidades de cuidar e manter os veículos, assim como alguns puderam migrar para o setor de turismo, aproveitando seu conhecimento sobre a história e atrações locais para se tornarem guias turísticos. Embora a forma de transporte tenha mudado, a experiência em cuidar dos veículos, transportar pessoas, orientar os viajantes e fornecer informações valiosas se manteve relevante. O mesmo aconteceu com as telefonistas, com a introdução dos sistemas de comunicação automatizados. No entanto, as telefonistas eram treinadas para fornecer um atendimento personalizado aos chamadores, tratando-os de forma cortês e profissional, e tinham conhecimento sobre a organização. Assim, muitas delas foram redirecionadas para outras funções dentro das próprias empresas, como atendimento ao cliente, recepção e suporte administrativo. Em resumo, tudo se concentra na capacidade de aplicar seus conhecimentos e habilidades, não necessariamente na forma de execução, bem como no profissionalismo demonstrado, independentemente da sua função. Estas são as condições básicas para estar preparado para surfar na próxima onda, e esta capacidade de adaptação e flexibilidade, essencialmente humanas, nos diferencia da IA. A onda está vindo. Quem vem? Érica Saião para a coluna Mulher & Carreira Encontre-a no instagram: @erica.saiao

  • A linha do tempo (Vergonhosa) do mundo LGBTQiAP+

    Este texto é tão somente para ilustrar a nossa vida com a história dos “avanços” conquistados pela população LGBTQiAP+. Se faz sim, para registrar ao menos aqui neste veículo até onde, como e o que falta ainda para alcançarmos o pedestal de honra da dignidade lógica da humanidade. Trazer um pouco da história dos gays, lésbicas, transexuais, travestis, intersex, queer, assexuados e etc...Trazendo uma pauta reafirmando a existência de todos nós. A necessidade de dizer quem somos está em assegurar o direito sobre nós mesmos, nossos corpos, mente e tentar combater a invisibilidade a nós imposta desde sempre. Temos uma história construída a base de muita força e resistência que vislumbra a transformação da sociedade de forma a transformá-la em um lugar mais humano. Utopia? Veremos! Esta população sempre foi submetida às mais absurdas violências no mundo inteiro. Terapia de choque, lobotomia, torturas de inúmeras formas e requintes assustadores. Existem países que ainda, pasmem, ainda, criminalizam e estes são condenados a pena de morte. Em alguns países, as mulheres assumidamente lésbicas sofrem estrupo coletivo. O dia 28 de junho, é um marco na vida dessas pessoas, que ainda buscam conquistas e direitos “BASICOS”. Até os anos 1960, era crime nos Estados Unidos da América ser homossexual. Estou falando dos EUA. 1978 – Tem início a organização do Movimento LGBT A Rebelião de Stonewall em 1969 nos EUA. No Brasil, a Ditadura Militar (1964 a 1985). O primeiro jornal de temática homossexual de circulação nacional “O Lampião da Esquina” na mesma época era fundado o Movimento Homessexual Brasileiro (MHB). Juntando a estes o Grupo de Afirmação Homossexual e mais um jornal de lésbicas, ChanaComChana. 1979 – Primeiro Encontro Brasileiro de Homossexuais Na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no dia 16 de dezembro, aconteceu o 1º Encontro de Homosexuais Militantes. A importância disso foi mostrar como o movimento LGBT estava crescendo e ganhando força. 1980 - Começa a ser questionado o termo “Orientação Sexual” no lugar de “ Opção Sexual” 1983 - Luta pela Visibilidade Lésbica Em São Paulo, bairro de Santo Antônio, Bela Vista, na capital paulista, o Ferro’s Bar, conhecido da comunidade LGBT, não era aberto a todas as pessoas desta sigla. Um grupo de lésbicas foi expulso ao tentar distribuir o jornal ChanaComChana. O dia 19 de agosto é um marco para as meninas lésbicas, por promoverem um protesto. Dia 19 de agosto também conhecido como o Dia do Orgulho Lésbico. 1985 - Despatologização da Homossexualidade e Luta Contra a AIDS Ser gay nesta época tornou-se muito pior que antes e que agora. Surgia a peste gay. Período bem difícil para esta população. Na Bahia nascia o Grupo Gay da Bahia (GGB), este grupo de extrema importância, inclusive com campanha conseguiu retirar da lista de doenças do Conselho Federal de Medicina do Brasil a homossexualidade. Surge o Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (GAPA), o Triângulo Rosa. 1992 - Fundação da Associação de Travestis e Liberados (ASTRAL) Travestis e Transexuais extremamente marginalizados, ignorados, perseguidos, no Rio de Janeiro é fundada a Associação de Travestis e Liberados (ASTRAL). Iniciando o movimento Nacional de Travestis e Transexuais e no Piauí é eleita a primeira travesti para um cargo público. A vereadora Katya Tapety. 1997 - Primeira Parada do Orgulho LGBT Junho, capital paulista, Avenida Paulista, um sol lindo, forma-se um rio humano. A 1ª Parada do Orgulho Gay. Uma forma de ampliar todas as vozes desta sigla. Ainda hoje, é considerada a maior parada gay do mundo, conseguindo reunir centenas de milhares de pessoas, sem comentar as cifras que o evento traz para a maior capital do país. 1999 - Proibição da “Cura Gay” O Conselho Federal de Psicologia proíbe os “tratamentos” chamados de “A cura gay” que tentavam impor a sexualidade heteronormativa. 2002 - Redesignação Sexual A cirurgia de redesignação sexual também conhecida como “mudança de sexo”, do sexo masculino para o sexo feminino, foi finalmente permitida pelo Conselho Federal de Medicina. 2010 - Redesignação Sexual – Do sexo feminino para o sexo masculino. A cirurgia de redesignação sexual também conhecida como “mudança de sexo”, do sexo feminino para o sexo masculino, foi finalmente permitida pelo Conselho Federal de Medicina. 2011- União Estável entre pessoas do mesmo sexo Apesar de estar na pauta do Supremo Tribunal Federal desde 1995, somente em 2011, os casais homoafetivos foram reconhecidos como entidade familiar e conseguiram assim, finalmente estabelecer oficialmente os seus relacionamentos e o direito inclusive de adotar filhos. 2013 - O Conselho Nacional de Justiça aprova resolução que obriga cartórios a realizar o Casamento Civil entre Homossexuais. 2016 -Transgêneros são permitidos ao nome social 2018 - Utransgêneros podem alterar o seu registro civil nos cartórios O Supremo Tribunal Federal autoriza a mudança do nome e sexo de registro de transexuais e transgênero, mesmo daqueles que não passaram pela cirurgia de redesignação sexual. 2019 - Criminalização da Homofobia 2019 - Liberação para a doação de sangue O número de assassinatos, suicídios, mais todas as arbitrariedades sofridas por esta população, ainda não sensibiliza a maioria de nós. Essas pessoas já foram descriminalizadas pelo simples fato de serem diferentes. Ser diferente assusta. A necessidade de amadurecermos os dogmas verdes e enraizados há uma centena de anos com informações retrógradas, machistas e veladas por posicionamentos maduros, sérios e atuais. Não é necessário aceitar, compactuar, mas sim respeitar. Muitas, inúmeras questões ainda estão em pauta, principalmente aqui em nosso Brasil varonil, que ainda é o país onde mais se mata transexuais e travestis em todo o mundo. E ainda cerca de noventa por cento da população de transexuais e travestis do país são empurradas para a prostituição como a única e principal possibilidade de subsistência. Sim, senhores e senhoras, são obrigadas por nossa sociedade a se prostituir para comer, viver ou melhor sobreviver. O Brasil é o pais onde mais se consome pornografia de travestis e transexuais. Percebe a ironia? O mesmo homem que consome, aquele que trepa, é o mesmo homem que mata. Precisamos reavaliar, repensar as nossas posturas e valores. Não precisa participar da putaria, mas é necessário respeitar essas pseudo putas! Jogê Pinheiro para a coluna Espartilho Trans Encontre-a no instagram: @jogepinheiro

  • Aprendendo um pouco sobre descrição de imagens

    Quando estamos na internet, por exemplo, recebemos fotos, vemos gráficos e infográficos nas notícias, ilustrações, memes e, não podemos esquecer, figurinhas nas conversas de whatsapp. Estamos tão acostumadas com esses recursos visuais, agindo como se sempre estivessem ali fazendo parte do nosso cotidiano. Mas, você já parou para pensar na quantidade de imagens que consome por dia? Com certeza não. Para uma pessoa que enxerga não há barreiras impedindo o acesso a essas informações, mas para pessoas com deficiência visual ou baixa visão, as imagens podem ser um grande entrave quando acessam sites e redes sociais. Isso acontece porque a maioria desses conteúdos não possuem texto alternativo para ser lido pelo leitor de tela (recurso de tecnologia assistiva), permanecendo inacessíveis para essas pessoas. Em virtude disso, pessoas com deficiência se mobilizam em seus perfis nas redes sociais explicando como a ausência de acessibilidade digital os prejudicam em seus trabalhos, lazer e aspectos pessoais das suas vidas. Alguns influencers e produtores de conteúdo com deficiência costumam dar cursos ou dicas para que mais pessoas aprendam a fazer descrição de imagem em suas postagens, se tornando aliados à luta anticapacitista. Muita gente acha que é difícil fazer uma boa descrição, mas resolvi fazer um pequeno passo a passo aqui para ajudar, ok? Primeiro ponto: seja objetiva e sucinta A descrição serve para narrar o que contém na imagem, por isso quanto mais direto for seu texto, melhor será para a pessoa com deficiência visual interpretar o seu contexto. Comece falando o formato da imagem, ou seja, se é foto, card explicativo, ilustração ou gif. Segundo ponto: respeite a hierarquia das informações Identifique os personagens da imagem, se forem famosos cite os nomes. Caso contrário, use palavras neutras como criança, jovem, adulto, mulher, homens dentre outros. Terceiro ponto: use o verbo no presente Ao explicar o que acontece na imagem, utilize verbos no tempo presente. Exemplo: a criança está segurando um livro. Quarto ponto: contextualize a cena Traga elementos simples para narrar o que está na imagem, tendo sempre em mente que o texto descritivo deve ser direto e conciso. Exemplo: A criança está sentada no jardim segurando um livro. Pontos para serem evitados: O propósito do texto alternativo é oferecer informações para que a pessoa com deficiência visual consiga entender o que está presente na imagem, formando suas próprias ideias e opiniões sobre o conteúdo exposto. Para isso, evite emitir comentários do tipo "a flor é linda" ou "um rapaz feio" porque esse tipo de percepção é pessoal e desnecessária. A descrição de imagem é uma ferramenta importante para acessibilizar a internet, tornando-a um espaço mais inclusivo, portanto devemos levar esse recurso a sério e tomar os cuidados adequados. Se você não conhecia, agora já sabe como começar. Bora acessibilizar o seu perfil? Depois me conta como foi. Fatine Oliveira para a coluna Corpos sem filtro Encontre-a no instagram: @fatine.oliveira

  • Eu casei com minha lista de desejos

    Tenho uma confissão para compartilhar em meu primeiro texto aqui na revista Maria Scarlet. Antes de revelar todos os detalhes sobre minha incrível jornada amorosa e como sou a prova viva de que a lei da atração é realmente poderosa, quero expressar minha gratidão e honra por fazer parte dessa comunidade de mulheres incríveis, livres e criativas que encontro nesta revista. Sinto-me profundamente feliz e privilegiada! Tudo começou em 2020, no auge da pandemia, quando decidi reorganizar completamente minha vida e consertar tudo o que estava fora do lugar. Foi quando participei de uma formação com a renomada coach Paula Abreu e ouvi falar sobre a importância de criar uma lista e como podemos atrair tudo o que desejamos se acreditarmos verdadeiramente que somos merecedoras. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, percebi que a lei da atração não é apenas para as pessoas famosas ou para os grandes motivadores que nos inspiram diariamente, mas também para uma mulher com uma vida tranquila em uma cidade do interior do Paraná, como eu. Embora já tivesse ouvido falar da lei da atração antes, nunca a levei tão a sério. Mesmo quando Paula compartilhou sua própria história de como encontrou o homem dos seus sonhos através dessa prática, parecia absurdo para mim no início. Eu pensei que seria uma perda de tempo, algo sem fundamento. Não queria gastar cinco minutos da minha vida fazendo algo que parecia tão irreal. Confesso que resisti por algumas horas, mas acabei cedendo e fiz a tal lista, descrevendo as características que meu futuro companheiro deveria ter. O que finalmente me convenceu foi ouvir durante a formação que a maioria das mulheres reclama de ter "azar no amor" ou de ter dificuldades em encontrar um parceiro, mas muitas delas nem sabem realmente o que querem. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, percebi que a lei da atração não é apenas para as pessoas famosas ou para os grandes motivadores que nos inspiram diariamente, mas também para uma mulher com uma vida tranquila em uma cidade do interior do Paraná, como eu. Essa frase foi um verdadeiro soco no meu estômago! Comecei a refletir e percebi que nunca havia dedicado tempo suficiente para considerar tantos detalhes (que, na verdade, são prioridades) na busca por um relacionamento. Eu não sabia o que realmente desejava genuinamente. Quem eu merecia? Como essa pessoa deveria ser e agir? Quais eram seus valores e estilo de vida? Suas crenças e todos os outros aspectos importantes que eu precisava levar em consideração para alguém merecer estar ao meu lado? Depois que eu entendi e aceitei que eu era merecedora de um relacionamento saudável e de alguém que valorizasse quem eu sou verdadeiramente, que amasse minha essência e todas as minhas peculiaridades, alguém que considerasse meu estilo extravagante de vestir uma qualidade e que compartilhasse valores fundamentais como lealdade e honestidade, que na minha opinião são essenciais para uma relação verdadeiramente feliz, eu fiz exatamente o que aprendi: criei uma lista de desejos com todas as características que eu imaginava em uma pessoa para ter um relacionamento. Entre outras coisas, incluí gostar de leitura (aliás, nós nos conhecemos porque Daniel leu meu livro - mas essa é outra história), apreciar música e arte em geral, sempre acreditei que conexões baseadas em interesses comuns ou, pelo menos, interesses semelhantes, têm mais chances de prosperar e levar a um nível mais profundo de relacionamento. Minha lista de desejos foi preenchida com todas as características que eu considerava importantes. Durante dois anos, não aceitei nada menos do que eu merecia. Conheci algumas pessoas nesse período, mas como eu já sabia o que esperava, não continuei adiante. Até brincava com o universo, dizendo: "Quer me enganar? Saiba que estou atenta e não aceitarei nada menos do que mereço!" Em setembro de 2022, conheci o Daniel e, a cada conversa, ficava mais impressionada com a conexão que tínhamos. Percebemos que enxergamos e sentimos a vida de maneiras semelhantes, compartilhamos ambições e metas de vida parecidas. Aos poucos, cheguei à conclusão de que ele era a pessoa da minha lista. Em um determinado momento, durante uma conversa sobre objetivos, contei a ele sobre a lista e, surpreendentemente, ele também tinha sua própria lista de desejos e me confessou que eu era exatamente o que ele procurava. Compartilho essa história porque ainda ouço muitas pessoas dizendo coisas como "desisti do amor" ou "não tenho sorte no amor", inclusive de amigas próximas. O que não percebem é que, na verdade, estão atraindo mais do mesmo. O que projetamos para o universo é o que recebemos em troca, ele entende aquilo que desejamos e nos envia mais experiências semelhantes, nós recebemos exatamente o que pedimos. Todas nós precisamos cuidar de nossos pensamentos, prestar atenção nas informações que enviamos ao universo, pois ele irá concordar e nos proporcionar mais experiências semelhantes. Todas somos merecedoras de relacionamentos saudáveis e felizes, onde sejamos respeitadas e amadas em nossa essência. Conexões verdadeiras e amor sincero existem, às vezes nós só precisamos limpar nosso filtro e começar a manifestar informações diferentes do que nos habituamos. Ah, Daniel e eu estamos morando juntos desde janeiro porque conexões assim a gente não pode ignorar, não é mesmo? Se ficou tentada, faça sua lista! Você será surpreendida pelos resultados maravilhosos que a vida pode oferecer quando você se coloca como merecedora e se permite atrair tudo o que deseja. Então, faça a sua parte e já vá visualizando como será. E desde já, seja grata! Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no instagram: @euivebueno

  • Mulheres x Mulheres, perdemos sempre!

    Não gosto de estereótipos, nem dessas pseudo verdades repetidas à exaustão para fazer a gente acreditar. Mas devo admitir: que classe desunida a das mulheres! A gente já avançou tanto nos últimos anos na questão do apoio mútuo, da sororidade, que me choca perceber que o clichê da disputa feminina está tão arraigado na sociedade que algumas mulheres, progressistas até, acham normal diminuir outras mulheres, por serem mulheres. Óbvio que apoiar incondicionalmente só porque é mulher não justifica! Tem mulher golpista, tem mulher oportunista, tem mulher falsa, tem de tudo. O problema é quando os ataques vêm pelo fato de sermos mulheres. E ainda tomando como parâmetro a régua das atitudes que devemos ter segundo as regras de conduta arcaicas que nos impõem. Como quando mulheres criticam outras pelo tamanho da roupa, por exemplo, isso para ficar num exemplo bem corriqueiro. Pior quando mulheres criticam outras por fazerem um aborto, por denunciar assedio ou relações abusivas... são mulheres fragilizadas que precisam de apoio, não julgamento, e é assustadora a quantidade de dedos femininos apontados na direção das que precisam de acolhimento. Me lembrei da jovem atriz que foi exposta, primeiro por uma mulher desonesta dentro de um hospital, ao revelar a história de sua secreta gravidez e entrega da criança para adoção, e depois por homens e até uma mulher, vendedores de notícias sensacionalistas por audiência. Em comentários de postagens, algumas mulheres, se sentindo juízas da vida alheia, cravam frases feitas como verdades absolutas, sem um pingo de empatia. É a forma de se sentirem superiores às outras, imagino, mas que necessidade danosa, é por vezes uma irresponsabilidade! Nós, mulheres maduras, tendemos a ser mais críticas. Temos a experiência, que pode nos fazer sentir-nos conhecedoras da “verdade” (como se houvesse só uma). Temos às vezes um ranço, mágoas, traumas gerados por outra mulher. Atacamos todas, mas na verdade nos referimos só a uma, que nem está nos ouvindo. Já fiz isso algumas vezes. Porque meu pai acabou saindo de casa para casar com a amante, e deixou minha mãe sem sustento e sem chão, eu rotulava todas as mulheres que eram amantes de homens casados. Quando me apaixonei por um, fui obrigada a revisar meus conceitos... Mas, de novo, sem generalizar. Tem sim mulher que vira amante por interesse, tem mulher que trai amiga pelo prazer da conquista, ou para se sentir superior. Eu mesma fui vítima de uma hipócrita - dessas que nas redes sociais é a ‘boazinha-defensora-de-minorias’ – que aproveitou um momento em que eu estava muito fragilizada e se fingiu de minha amiga, para obter informações sobre meu namorado e nosso relacionamento, e usar para trepar com ele. Pois é, foi só isso que ela conseguiu para ela. Para mim, ela conseguiu um livramento, pois apesar do relacionamento estar ruim, eu não conseguia sair dele (relacionamento abusivo é um tema interessante, qualquer dia vale falarmos sobre). Ela acabou me fazendo um favor, mas não era a intenção. "Nós, mulheres maduras, tendemos a ser mais críticas. Temos a experiência, que pode nos fazer sentir-nos conhecedoras da “verdade” (como se houvesse só uma). " Apesar de sermos as mais críticas, somos, nós mulheres maduras, alvo constante deste julgamento implacável. Já conversamos sobre isso: se fazemos plástica, queremos parecer garotinhas; se não fazemos, somos desleixadas; e por aí vai. Ana Lúcia Leitão para a coluna 50+ Encontre-a no instagram: @aninhaleitao2

  • Como funciona a resposta do corpo ao estresse

    O que é estresse? Todos nós experimentamos estresse em nossas vidas, embora possamos usar diferentes exemplos para descrevê-lo. Você pode associar o estresse a um trânsito intenso, uma doença preocupante ou uma discussão com seu parceiro. Se você fosse um médico, no entanto, você rotularia essas definições como exemplos de eventos e circunstâncias estressantes. Mais especificamente, você definiria o estresse como uma resposta física automática a tais eventos, ou mesmo a qualquer circunstância que exija adaptação à mudança. Se o estresse específico que você está enfrentando é um acidente, uma discussão difícil ou a perspectiva de uma cirurgia dolorosa, cada ameaça potencial ou real desencadeia uma cascata de hormônios do estresse que produzem mudanças fisiológicas bem orquestradas. As sensações lhe são conhecidas: o coração dispara, os músculos ficam tensos e a respiração acelera. Mas exatamente como e por que essas reações ocorrem e quais efeitos elas podem ter quando repetidamente evocadas ao longo do tempo são questões que intrigam os pesquisadores há anos. Walter B. Cannon, fisiologista da Harvard, foi um pioneiro na exploração da bioquímica do estresse. Há um século, sua pesquisa o convenceu de que o medo não estava apenas na mente, mas também envolvia uma resposta física (você pode saber mais detalhes sobre essa pesquisa no e-book disponível no final deste conteúdo). Um olhar sobre a resposta ao estresse Desde então, os cientistas aprenderam muito mais sobre a reação do corpo ao estresse. Ela envolve o cérebro, o sistema nervoso autônomo e uma cascata de hormônios e outras substâncias que regem as funções involuntárias do corpo, como a respiração, a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Enfim, é uma relação complicada, mas que vale a pena compreender. Sua resposta às ameaças começa no tálamo, uma parte do cérebro que recebe e processa informações dos sentidos. Instantaneamente, seu tálamo alerta o centro do medo no cérebro, a amígdala e outros centros emocionais do cérebro, que enviam sinais para o córtex motor. A partir daí, a mensagem para responder acelera as vias nervosas para os músculos, que ficam tensos, preparando-se para ações. Outro sinal da amígdala vai para o hipotálamo, uma parte do cérebro situada acima do tronco cerebral. O hipotálamo, por sua vez, transmite o alerta para a glândula pituitária próxima, que envia um mensageiro químico pela corrente sanguínea para as glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. Adrenalina, noradrenalina e cortisol Em resposta, essas glândulas secretam uma série de hormônios do estresse, incluindo a epinefrina, comumente conhecida como adrenalina, que ajuda a acelerar seu corpo. As glândulas adrenais também liberam um segundo hormônio do estresse, chamado norepinefrina ou noradrenalina. Outros pesquisadores acrescentaram uma terceira descoberta – o hormônio cortisol. Quando você se depara com uma situação estressante, todos os três começam a percorrer sua corrente sanguínea, produzindo uma ampla gama de respostas fisiológicas. A resposta ao estresse Essa onda de hormônios prepara seu corpo para reagir à ameaça iminente. No caso de um perigo físico imediato, como o aparecimento súbito de um animal selvagem, você responde preparando-se para defender sua posição e lutar, ou então, fugindo para um local seguro. Sua respiração acelera à medida que seu corpo absorve oxigênio extra para ajudar a alimentar seus músculos. Da mesma forma, a glicose e as gorduras, que aumentam a energia, são liberadas dos locais de armazenamento na corrente sanguínea. Sentidos aguçados, como visão e audição, deixam você mais alerta. Seu coração bate – duas a três vezes mais rápido que o normal – e sua pressão sanguínea aumenta. Certos vasos sanguíneos se contraem, o que ajuda a direcionar o fluxo sanguíneo para os músculos e o cérebro. As células do sangue (plaquetas) tornam-se mais pegajosas, de modo que os coágulos podem se formar mais facilmente para minimizar o sangramento de possíveis lesões. A atividade do sistema imune aumenta, antevendo uma possível necessidade de precisar combater a infecção de feridas. Seus músculos – mesmo os minúsculos músculos de arrepiar os cabelos sob a pele – se contraem, preparando você para entrar em ação. Os sistemas do corpo que não são necessários para a emergência imediata são suprimidos para concentrar a energia onde ela é necessária. O estômago e os intestinos retrocedem em suas operações. A excitação sexual diminui. A reparação e o crescimento dos tecidos do corpo diminui. O lado positivo (estresse de curto prazo) e o negativo (estresse crônico) Nem todo estresse é ruim. Como você pode perceber, a resposta ao estresse pode ser extremamente útil em tempos de perigo físico ou quando você tem uma tarefa urgente a cumprir, e essa condição está associada ao estresse de curto prazo. Quando seu corpo experimenta repetidamente a resposta ao estresse, ou quando a excitação após um trauma terrível nunca é totalmente desligada, a resposta ao estresse do seu corpo pode ser descrita como mal-adaptativa ou insalubre. Nessa situação, a resposta ao estresse entra em ação mais cedo ou com mais frequência do que o normal, sobrecarregando o seu corpo, questão relacionada ao estresse crônico. Isso pode levar a problemas de saúde preocupantes. Um excelente exemplo é a pressão alta – um importante fator de risco para doença arterial coronariana. Nivelando a balança: resiliência É impossível evitar todas as fontes de estresse. Nossas vidas estão cheias de desafios físicos e psicológicos que nos impulsionam e que às vezes nos trazem recompensas satisfatórias. Mas enquanto você não pode selecionar as fontes de estresse, você pode aprender a percebê-las e lidar com elas de forma diferente. Você faz isso ao aprender como reduzir o estresse e também desenvolver resiliência – sua capacidade de lidar e de se recuperar do estresse. Matéria da Dra. Silvana Lins feita em parceria com a Essentia Pharma Encontre-a no instagram: @drasilvanalins

  • LIDERANÇA FOCADA EM RESULTADOS!

    A liderança, mesmo para os que já nascem com suas características mais latentes, é um desafio diário em todos os contextos e cenários nos quais os líderes estão inseridos: cenário econômico, concorrência pessoal ou empresarial, crenças pessoais, cultura empresarial, perfil dos colaboradores liderados. E independentemente de onde vêm, de como chegam ou quais são esses desafios, o foco precisa ser o desenvolvimento de uma liderança voltada para o alcance dos objetivos e metas estabelecidos, mesmo que o cenário e o contexto mudam mais uma vez! Uma liderança focada em resultados faz toda a diferença dentro das organizações pois busca atingir os objetivos e metas empresariais da melhor forma e com o engajamento de toda equipe. Essa liderança conhece as estratégias da empresa e a importância de sua contribuição para o alcance dos resultados, trabalhando sempre na melhoria contínua, na elaboração de planos de ações, na melhor forma de comunicação, no desenvolvimento pessoal e profissional de sua equipe, na melhoria do clima organizacional, ou seja, em todos os fatores que influenciam o alcance e a entrega dos resultados almejados. O alcance dos resultados e metas empresariais é um desafio diário, e esses desafios são superados pelas pessoas, logo o líder precisa ter uma gestão eficiente para que a equipe alcance esses resultados e se sinta conectada com o propósito da organização. E esse resultado precisa ser meta comum de todos que a ela pertencem e aqui usamos um conceito de Peter Drucker para enfatizar o papel do líder no atingimento dessa meta: “Cada elemento da empresa contribui com algo diferente, mas todos devem contribuir para uma meta comum”. A liderança com foco em resultados não deve ser vista ou exercida como desumana ou agressiva, onde o líder almeja alcançar os objetivos e metas a qualquer custo, que sabe apenas dar ordens ou pressionar os colaboradores, ao contrário. O líder voltado para resultados sabe, acredita e pratica a liderança voltada para o envolvimento, comprometimento e desenvolvimento das pessoas! E como liderar com foco em resultados? Não tem mistérios e nem milagres! O líder precisa desenvolver uma equipe de alta performance, liderar com inteligência emocional e entender o impacto que suas ações causam nos resultados. E para ter uma equipe de alta performance, o líder também precisa ter alta performance, conhecendo seu estilo de liderança e as estratégias da empresa, compreendendo e valorizando a importância do seu trabalho e de sua equipe para a organização, assim consegue elaborar propor melhorias, implantando indicadores, otimizando as entregas, além mantendo a equipe motivada e comprometida. Podemos resumir que a liderança para resultados reduz custos, otimiza tempo, melhora processos, aumenta a produtividade, executa o planejamento estratégico, aumenta o envolvimento dos colaboradores, gera ganhos para todos! E como implantar esse modelo de liderança nas organizações? Simples: desenvolva e valorize as pessoas, assim seus resultados virão! “Liderança não é sobre títulos, cargos ou hierarquias. Trata-se de uma vida que influencia outra” (John C. Maxwell) Mara Stocco para a coluna Negócios & Empreendedorismo Encontre-a no Instagram: @marastocco.consultora

  • Pelo direito de estar cansada!

    Já viram que todos os posts que exaltam a velhice mostram velhos ativos, dançando, superando limites físicos e ousados? Entendo como um estímulo para que a gente não se deixe levar pelas limitações físicas da idade e se desafie, se impulsione. Mas temo que isto crie um novo estereótipo para a velhice, uma espécie de “super-velho”, que de maneira nenhuma não nos representa. A passagem dos anos cobra um preço. Aliás, tudo cobra seu preço... A velhice traz muita coisa boa, mas também traz um desgaste natural das articulações e dos músculos. Algumas pessoas sofrem com o desgaste de algum órgão, ou questões de saúde física mais severas, sem falar nos desgastes emocionais de tantas batalhas que travamos. Tem uma hora em que a gente quer sossego! Em todas as idades, nós precisamos de pausas. Para nos recuperarmos das demandas rotineiras que acabam se tornando excessivas. O perigo do discurso de “super-velhos” é transformar esta necessidade de pausas em uma demonstração de fraqueza, nos forçando a superarmos obstáculos para além do nosso limite. Temos que cuidar para que nossa narrativa da potência e capacidade da velhice não caia em armadilhas. Alguns amigos maduros se sentem incomodados quando alguém demonstra educação e oferece lugar no transporte público, ou oferece ajuda para atravessar a rua, por exemplo. Encaro apenas como um reconhecimento de que a idade pode trazer limitações. Muito diferente foi o movimento que ocorreu em 2021, quando a OMS cogitou classificar a velhice como doença. Isso sim é uma associação perversa e irreal, que traz embutido um preconceito etarista. O termo aprovado foi “envelhecimento associado a declínio na capacidade intrínseca”, que acrescenta uma condicionante que corresponde de forma mais clara a uma consequência real do processo de envelhecer. Eu entendo a velhice saudável como um ponto de equilíbrio entre as nossas necessidades e capacidades frente às inevitáveis perdas do passar dos anos. Um ponto importante, a meu ver, é não negar estas perdas, mas encará-las para melhor lidar com elas. E, sim, exaltar as conquistas, exibir suas superações e o resultado do cuidado com o corpo e a mente com orgulho nas redes sociais, claro! Porque somos nós que sabemos “onde nos apertam os calos”, para usar uma expressão antiga e tão certa. A mensagem de motivação dos velhos ativos é aquela clássica: não se deixe abater pelas dificuldades. Mas elas existem, não temos que ignorá-las, e tudo bem se a gente não consegue rebolar até o chão como a velhinha do vídeo viral. Tudo bem se a gente acordar sem forças para ir ao treino, e ficar na cama dormindo mais. Tudo bem se a gente distendeu a coluna porque carregou compra de supermercado. E tudo bem se a gente aceitar o lugar no ônibus, porque o joelho dói inexplicavelmente quando você fica em pé. Isso não minimiza em nada nossas conquistas, que são vitórias na batalha diária da vida. Ana Lúcia Leitão para a coluna 50+ Encontre-a no Instagram: @aninhaleitao2

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