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- E mesmo cansadas, lutamos...
Fim do ano se aproximando e sempre vem à nossa mente a retrospectiva de tudo que fizemos e de tudo que deveríamos ter feito. A lista do que não fizemos é sempre a maior, fato. Isso acontece comigo também, mas também penso em todas as lutas e problemas que passamos sendo mulher. As notícias são sempre piores na próxima, e isso tem dado medo. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, foi assediada esta semana. Isso mesmo: presidente. A falta de respeito e o sentimento de posse que muitos homens têm não respeitam nem a hierarquia. Faço parte de um clube do livro formado por pessoas (mulheres em sua maioria, mas temos homens também) que desejam aprender mais sobre o feminismo e o matriarcado. Lá, compartilhamos inúmeras experiências e percebo que há um sentimento comum em todas as mulheres e, depois do que aconteceu com Claudia Sheinbaum, em mulheres de todo o mundo: o sentimento de medo misturado ao da luta. Ser mulher é ficar atenta 24 horas para se manter viva, respeitada e segura. Mesmo dentro de casa. Pensando sobre isso, chego à dúvida: e se cansarmos? Se a gente não quiser mais lutar, o que acontece? Será que os direitos conquistados até aqui vão sumir? Não sei, mas a maior certeza que tenho é que eu não queria ter que lutar todo dia. Também não quero que as novas gerações de mulheres precisem ter essa luta constante. Porém, se baixamos a guarda, como fica a nossa segurança? Esta semana eu ouvi da Luana Piovani a frase: “Nós, mulheres, somos o portal da existência.” Fala melhor do que essa não há. Só há vida porque as mulheres existem, mas tenho certeza de que muitos homens estão se esquecendo disso. A impressão que dá é que eles estão com ódio e precisam, a todo custo, se vingar com xingamentos, assédio, agressão etc. Eu estou com medo do rumo que tudo isso está tomando. Eu, sinceramente, passei a ter nojo e repulsa de certos comportamentos masculinos, e já ouvi isso de outras mulheres também. Mas, mesmo cansadas e muitas vezes com medo, não podemos parar. Eu me sinto em dívida com as mulheres que lutaram no passado para termos o que temos hoje, e é por elas que sigo lutando. Luto também por todas que não podem ter voz, que são oprimidas pela religião, família, maridos etc. Que no próximo ano as lutas sejam menos pesadas, menos constantes e que tentem nos oprimir menos. Ser mulher é uma dádiva, uma arte, e é uma pena que muitos não vejam isso, inclusive as próprias mulheres. Eu, uma mulher preta com deficiência, estou cansada e irritada com todo o machismo que enfrentamos diariamente, mas seguirei lutando. A minha voz não será calada! Ser mulher é ficar atenta 24 horas para se manter viva, respeitada e segura. Mesmo dentro de casa. Flávia Albuquerque para a coluna Empoderamento Feminino Encontre-a no Instagram: @flavia.albuquerqueoficial
- Desejos de renovação
Esses dias eu fiz aniversário, e como sempre acontece nessa época, um monte de pensamentos e sentimentos vieram à tona. Eu vejo algo de mágico nesse período… como se a vida, de repente, fosse abrir as janelas para deixar entrar novos ares, encontros inesperados, pessoas diferentes, situações que parecem sussurrar: “vem, tem coisa boa chegando” “tem vida para acontecer”. É um tempo que me desperta, me dá vontade de dançar, de recomeçar. Esse momento traz uma mistura curiosa. Por um lado, tem a alegria de estar viva, de celebrar mais um ciclo, de reconhecer tudo o que já foi conquistado, de valorizar os números que mudam e representam que estou viva. E eu valorizo, acredite! Nunca me incomodou falar sobre idade como muitas mulheres que têm essa preocupação em “ficar mais velhas”. Mas por outro lado, surgem aqueles pensamentos silenciosos: “E aí? É isso mesmo? Eu queria estar vivendo outras coisas. Eu queria me sentir mais inteira, mais presente na minha própria vida ” É como se, nesse dia, uma parte de mim olhasse para dentro e fizesse um balanço honesto, às vezes leve, às vezes doído. E quando chega o dia em si, tudo muda de tom. Enquanto muita gente espera festa, eu geralmente sinto vontade de ficar quieta. Evito mensagens, ligações, encontrar as pessoas… não por desamor, mas por necessidade. Isso também acontece com você? Acho que é porque o aniversário tem esse poder de nos colocar frente a frente com nós mesmos. É como se fosse um espelho simbólico, refletindo quem fomos, quem somos e quem desejamos ser. E isso mexe com o corpo, com o coração… com tudo. Depois, quando o dia passa, eu respiro fundo e percebo: foi só mais um dia. A vida segue, do jeitinho dela, me chamando de volta à realidade, para os meus planos, afetos e sonhos. Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram: @euivebueno
- Dor na relação: quando o corpo diz o que a boca não consegue
Mulher, você lembra da primeira vez que percebeu que algo estava diferente? Talvez tenha sido num toque, num olhar, ou naquele instante em que o prazer virou receio. Você tentou disfarçar. Disse a si mesma que era normal, que passaria com o tempo. Mas o corpo, esse sábio mensageiro, começou a falar, e o que ele dizia era simples e profundo: tem algo em mim que precisa ser ouvido. A dor na relação sexual é um grito silencioso. Ela mora entre as pernas, mas nasce muito antes, em cada momento em que você precisou se calar, se adaptar, se enrijecer. É o corpo tentando proteger o que a mente já não consegue nomear. Atendo diariamente mulheres que chegam com a mesma expressão: um misto de vergonha e esperança. Elas me dizem: “Dói, mas acho que é normal.” “Meu médico disse que é psicológico.” “Desde o parto, nunca mais foi igual.” E quando eu as escuto, percebo que por trás de cada relato há uma história: de entrega, de culpa, de sobrevivência e, acima de tudo, de desconexão. O corpo fala o que a boca cala A pelve é um território de memórias. Ela guarda as dores, os toques invasivos, as pressas, as culpas, os “não quero” engolidos. Cada vez que uma mulher aperta o abdômen para caber em um padrão, segura o xixi porque está ocupada demais, ou finge prazer para evitar conflito, ela ensina seu corpo a se contrair. E esse corpo, treinado para se defender, depois não sabe mais se entregar. A penetração, que deveria ser um encontro de presença e prazer, passa a ser percebida como uma ameaça. A dor aparece, não como inimiga, mas como um pedido de pausa. Um pedido para olhar para dentro e perguntar: o que em mim ainda precisa relaxar? O prazer que adormeceu com o medo A dor na relação (chamada dispareunia) e a dificuldade de permitir a penetração (vaginismo) têm causas que vão muito além do físico. Podem envolver traumas emocionais, tensão muscular crônica, desequilíbrios hormonais do pós-parto ou da menopausa, e até a forma como a mulher se relaciona com o próprio prazer. Quando o corpo sente medo, ele contrai. Quando a mente associa o sexo à dor, o corpo obedece. E quando não há escuta, o prazer se apaga, não porque some, mas porque se protege. É comum que essas mulheres sintam culpa, vergonha ou até a sensação de não serem mais as mesmas. Mas o prazer não morre. Ele apenas adormece. E com o cuidado certo, ele desperta de novo. A fisioterapia pélvica como ponte para o reencontro O tratamento não é apenas técnico, é humano. Na fisioterapia pélvica, trabalhamos com toques conscientes, exercícios de respiração, reeducação da musculatura e tecnologias como o biofeedback. Mas o que realmente transforma é o olhar. É o espaço onde a mulher pode dizer “dói” e ser acolhida, não julgada. Onde ela reaprende a habitar o próprio corpo com curiosidade e não com medo. A reabilitação do prazer começa quando ela entende que não é fraca, nem exagerada, nem difícil. Ela apenas carregou demais, e agora, o corpo pede leveza. O despertar do prazer é o despertar de si Curar a dor na relação é, no fundo, curar a relação consigo mesma. É reencontrar o toque sem culpa, a respiração sem pressa, a entrega sem medo. É olhar para o espelho e reconhecer que prazer não é luxo. É saúde, é conexão, é direito. Quando uma mulher volta a sentir prazer, não é apenas o corpo que floresce, é a alma que se reconecta à própria força. Porque o prazer é isso: uma forma de voltar para casa. E toda mulher merece voltar para si. Mirella Bravo para a coluna Saúde Íntima Encontre-a no Instagram: @mirellabravofisio
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- Maria Scarlet | Revista Ms
Somos uma revista feita por escritoras cariocas para todas as diversas mulheres do Brasil. Somos inclusivas e diversas, e lutamos pela quebra dos padrões sociais. Somos todas Maria Scarlet. Revista MS. Acesse a edição Mulheres Autênticas Mulheres Diversas Mulheres Eróticas E mesmo cansadas, lutamos... Desejos de renovação Dor na relação: quando o corpo diz o que a boca não consegue Destaques do Mês: Empoderamento Feminino E mesmo cansadas, lutamos... Leia a matéria Universo Feminino Desejos de Renovação Leia a matéria Papo de Bordel Paredes Finas Leia a matéria Saúde Íntima Dor na Relação Leia a matéria Mulher & Saúde O Poder Invisível da Ocitocina Leia a matéria Contos Literários O Inonimado Leia a matéria Lifestyle Livros & Filmes Sexo & Prazer Maternidade Viagem Relatos Femininos Edições da Maria Scarlet: Reconhecida por sua versatilidade, que transforma emoção em movimento, voz em verdade e cena em poesia. Clique na imagem para ler a edição Edições anteriores Acesse nosso podcast Mulheres Autênticas Maria Scarlet é autêntica, e por isso convida mulheres destemidas a falar sobre suas visões de mundo, com ousadia, provocação e liberdade. Mulheres Diversas Cada mulher é única em suas diversidades e em suas maravilhas! E cada uma contém um universo inteiro dentro de si. Mulheres Eróticas Maria Scarlet utiliza seu erótico feminino como ferramenta de diálogo entre mulheres, sem limites, sem tabus e com um universo de possibilidades em busca do prazer. INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER Inscrever Obrigada por se inscrever!
- Tatiane Alves | Revista MS
< Back Tatiane Alves Várias Vozes Tatiane Alves é jornalista em formação, aspirante a escritora e empreendedora. Atua como jornalista desde 2016. Todos os seus esforços e ações estão direcionadas para melhor comunicar, seja como jornalista ou como empreendedora na comunicação. Ao longo dos últimos dois anos organizou várias atividades, aprofundou seu conhecimento em música e, em 2019, criou a Domas Comunicação. Agência de comunicação estratégica voltada para artistas da área da música. Está continuamente em busca de aperfeiçoar seu trabalho e não vê a hora de se formar. Encontre-a no instagram: @tatialvesreal
- R. Christiny | Revista MS
< Back R. Christiny Papo de Bordel R. Christiny, 26 anos, paulistana, sagitariana, apaixonada por animais e escritora de livros picantes que acumulam mais de 8 milhões de páginas lidas na Amazon. Quando criança, sonhava em ser uma investigadora do FBI e em determinado momento se questionou: “E por que não escrever?” Começou contar histórias aos 16 anos, um suspense chamado “Não conte a ela”, que foi o seu pontapé inicial. No entanto, apesar de amar enredos de arrancar os cabelos, sentia falta de uma paixão avassaladora. E foi quando decidiu se arriscar em livros de tirar o fôlego e fazer as leitoras chorarem – não pelos olhos. Aos 23, lançou o seu primeiro romance erótico chamado “Um escocês no meu caminho”, que foi o divisor de águas em sua carreira. Começou a criar bad boys de caráteres duvidosos e mocinhas não tão mocinhas assim. Histórias que fazem as leitoras suspirarem e se identificarem, ao mesmo tempo em que refletem sobre questões reais. Procura em cada livro, enaltecer a força feminina e mostrar que as mulheres também tem desejos sexuais, sonhos, pensamentos e que também podem ser seres perigosos quando desafiadas. Vê seus livros, não apenas como hobbies ou trabalhos, mas como a oportunidade de dar vozes a cada tipo de mulher e, dessa forma, contribuir para a conquista de nosso lugar de direito. Encontre-a no Instagram @r_christiny e no Facebook: @Rechristiny












