Experiência de uma apaixonada por livros.
- flaviasantosalbuquerque
- 19 de jul.
- 2 min de leitura
Bienal do Livro 2025 – Rio de Janeiro
De 13 a 22 de junho, o Riocentro se transformou em um verdadeiro templo da literatura com a Bienal do Livro do Rio 2025. Em meio a estandes, painéis, encontros e sorrisos, cerca de 130 000 m² foram tomados por histórias, leitores, autores, profissionais do livro e aquela energia quase mágica que só a paixão pela leitura consegue criar. Foram mais de 570 expositores espalhados pelos pavilhões, um número que impressiona e mostra que, mesmo em tempos digitais e acelerados, o livro continua pulsando forte no coração das pessoas.
É impossível não se emocionar ao ver famílias inteiras circulando pelos corredores, jovens vibrando a cada livro recém-comprado, crianças encantadas em contações de histórias e adultos descobrindo novos autores. Como leitora, me vi completamente envolvida por esse ambiente, tomada por uma alegria difícil de descrever.

E como profissional do livro, foi fascinante testemunhar o quanto o mercado editorial está apostando em novas formas de se conectar com o público. Grandes editoras investiram em experiências imersivas e criativas, transformando seus estandes em verdadeiros universos à parte. A Bienal se tornou quase um parque literário, com atrações como a roda-gigante “Leitura nas Alturas”, o “Labirinto de Histórias”, o “Escape Bienal” e a “Praça Além da Página”, espaços onde a literatura ganhou forma, cor e movimento. Tudo isso potencializou o clima de encantamento e tornou a Bienal uma celebração viva da leitura. E não foi só o Brasil que brilhou: estandes internacionais, como o da China, reforçaram o alcance global do evento e mostraram que o livro é, de fato, uma linguagem universal.
No meio de tanta gente, tanta história e tanto movimento, a Bienal reafirmou algo essencial: o livro continua sendo uma das formas mais poderosas de conexão. Entre sorrisos, autógrafos e filas animadas, ficou claro que a Bienal não é apenas uma feira — é encontro, comunidade e amor pelos livros. Há algo mágico em dividir o mesmo espaço com milhares de apaixonados por histórias, onde cada conversa vira uma nova recomendação de leitura e cada compra carrega a promessa de novas descobertas.
Para quem acha que o livro perdeu força em um mundo cada vez mais digital, a Bienal provou o contrário: histórias continuam sendo likes para a alma. Mais do que nunca, o livro mostra que tem o poder de unir gerações, criar diálogos e transformar momentos simples em memórias inesquecíveis. E foi impossível sair dali sem a sensação de que, enquanto houver leitores, haverá esperança — e páginas esperando para serem viradas.
Andressa Adarque para a coluna Resenhas da Maria Scarlet
Encontre-a no Instagram: @meuladoleitora










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