Muitas vezes tenho a ilusão de que morri.
Morri e morro todos os dias na minha ilusão. A minha parte pior, aquela que não consegue evoluir, morre sem piedade, mas a parte boa, aquela que ri sem parar de tudo o que é realmente bobo e desnecessário, essa parte também morre… e morrem as frases não faladas, as danças não dançadas e os abraços não dados.
Morre ao meu redor toda a vida não vivida, de todos os dias em que optei por morrer.
Morro de desgosto do que vejo, e morro mais ainda quando prefiro não ver.
Morro pela culpa do que fiz de errado e, morro mais pela ansiedade do que “faria”.
Morro dentro de mim em todos os instantes que me imagino longe da minha essência.
Sou menos possível aos olhos de quem me enxerga e mais real dentro das minhas ilusões.
Fui! (viver…)