Quando a Alexia me convidou para fazer parte da Scarlet, o meu primeiro impulso foi recusar – mentalmente. Não por não acreditar no projeto ou coisa assim, mas por questões pessoais. A responsabilidade de escrever para inúmeras mulheres temas de suma importância, era um pouco assustadora. Achava que não conseguiria, que de alguma forma não supriria as expectativas e que os meus assuntos eram insignificantes.
Eu sempre gostei de escrever, de ter conversas de todos os tipos com as mulheres à minha volta, mas fazer parte de uma revista tão fascinante, era algo que nunca se passou por pela minha cabeça. Sou uma mulher de 25 anos, que acreditava não ter vivido o bastante para contar histórias que pudessem mudar opiniões ou até mesmo, levar a alguma reflexão.
Hoje sou grata por ter resistido ao impulso de negar e ter decidido me arriscar. No fundo, devemos acolher a chance de fazer algo que possa trazer a diferença. Às vezes tudo o que uma mulher precisa, pode estar escondido em algumas linhas dentro de uma revista.
Ser uma Scarletiana é um compromisso com todas as mulheres; é abraçar seus medos, traumas, cicatrizes, inseguranças e dizer a elas que não estão sozinhas. Que nós a ouvimos, as entendemos e que estamos aqui. Que enfrentamos nossos dragões antes mesmo do príncipe pensar em sacar sua espada, porque vimos que o que faltava na princesa, era confiança.
“Ser uma Scarletiana é um compromisso com todas as mulheres; é abraçar seus medos, traumas, cicatrizes, inseguranças e dizer a elas que não estão sozinhas”
Abraçarei este projeto como uma garota escrevendo em seu diário para o resto do mundo, porque essa é a chance que tenho de fazer dos meus tropeços e falhas, um aprendizado para aquela quem me lê.
Garota, menina, mulher, ao abrir essas páginas, sinta-se acolhida.
Você é uma Scarletiana e para nós, você é importante.