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1079 itens encontrados para ""

  • Nhoque da vovó com molho carbonara

    Receita vencedora do concurso Você Na Cozinha da MS Ingredientes: Nhoque Massa Nhoque 300g de batata Asterix 2 gemas de ovo 100g de farinha 150g de parmesão ralado Molho carbonara: 6 gemas 200g barriga de porco 200g de parmesão ralado Gordura da barriga de porco Para marinada da barriga de porco: 50ml de shoyu 30ml de mostarda 5g de sal 20ml de suco de limão  Modo de preparo: Nhoque: Colocar as batatas em uma assadeira, cobrir com papel alumínio e levar ao forno até que estejam macias. Isso vai depender da potência do forno. Assim que estiverem cozidas, retire a casca (com cuidado, mas precisa ser quente), passe as batatas em uma peneira de ferro para não ter grumos. Depois das batatas frias, misture as gemas, a farinha e o parmesão, sempre apertando com as mãos (massa de nhoque não pode sovar), até que ele fique homogêneo e liso. Cortar a massa em porções menores, amassar mais com as mãos. Colocar em uma bancada com pouca farinha, fazendo rolinhos com a mesma espessura, como se fossem várias cobrinhas iguais. Polvilhar com farinha em cima, e rolar a massa para que agregue farinha em todo o rolinho de massa.  Cortar em pedaços iguais, com dois dedos de comprimento. Para grelhar, aqueça uma frigideira anti aderente com manteiga e folhas de sálvia. Coloque os nhoques dentro até que eles formem uma crosta marrom e crocante. Reservar. Barriga de porco: Retirar a barriga da marinada e cortar em cubos grandes. Em uma frigideira, colocar a barriga para grelhar, a primeira gordura que sair, devemos reservar para fazer o molho. Depois disso, ir regando com a marinada, até que fique cozido por dentro. Dependendo da espessura do corte, leva em torno de 20-30 minutos. Reservar a barriga. Para o molho carbonara: Misture as gemas, o parmesão em uma tigela, com o auxílio de um fouet, e aos poucos agregando a gordura da barriga de porco até que fique homogêneo. Caso tenha problemas, coloque pequenas colheres de sopa de água quente para emulsionar. Dica: não pode colocar muita água para não cozinhar as gemas e talhar o molho.  Leve ao fogo baixo para aquecer e deixar o molho liso e fluido. Montagem: No prato, disperse os nhoques grelhados separados em toda base do prato. Regue com o molho por cima. Posicione os pedaços de barriga entre os nhoques. Para finalizar, caso tenha, passe o maçarico por cima para dar um gosto de defumado maravilhoso. Servir bem quente! Receita de Raquel Santos Silva Moura

  • A sabedoria poliamorosa

    É com muito prazer que continuo a nossa conversa sobre relacionamentos não monogâmicos consensuais. Eu tinha dito que traria algumas impressões baseadas no último livro da Jessica Fern, Polywise e aqui estou eu, sorrindo - porque expandir sabedorias faz muito bem e achei o título gracioso. Mas, afinal, o que define a sabedoria poliamorosa em um mundo onde o padrão monogâmico prevalece, trazendo consigo expectativas de exclusividade, suficiência e contenção? Antes de responder a essa pergunta, recomendo ter em mente que paradigmas religiosos, econômicos, políticos e culturais enquadram as nossas realidades, guiam expectativas, marcam nossas preferências. Você acha que relacionamentos monogâmicos são “mais naturais” e “moralmente corretos”, nos pergunta a simpática Fern? Na era vitoriana não nos era tampouco permitido pensar, enquanto mulheres, questões relacionadas à liberdade, prazer sexual, ou algo tão simples e fundamental como tocar os nossos próprios corpos com lascívia. Podemos notar como as normas sociais e culturais restringiam — e em muitos lugares, ainda restringem — a liberdade individual, especialmente no que tange ao prazer e à expressão da sexualidade das mulheres. Vocês têm percebido como o tema das não monogamias tem aparecido mais nos discursos contemporâneos? A ascensão das conversas sobre não monogamias e nos discursos contemporâneos é um sinal dessas mudanças. Mas a transição entre paradigmas não é trivial. É um processo que exige tempo, reflexão e paciência. Desconfie de quem espera que de um dia para o outro, por mais que racionalmente inclinadas, as pessoas vão se sentir seguras e plenas e “descontruídas”. Além disso, fatores bio-psico-sócio-culturais influenciam as nossas escolhas, pesquise. Tendo em vista que o paradigma predominante é monogâmico, sabemos o que é esperado nesse formato de relacionamento: uma pessoa por vez, exclusividade, olhos e desejos apenas para ela, atenção, tempo e prioridades também. A projeção de ser “suficiente” para o outro passa a ser um requisito precioso. “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”, lembro de ouvir o conselho quando jovenzinha. A sabedoria monogâmica seria conter os impulsos para fora da relação, restringir contato ou intimidade emocional ou sexual para fora do relacionamento, “valorizar e contentar-se com o que se tem”, fazer escolhas, abrir mão. Para pessoas que optam por relacionamentos abertos (em sua multiplicidade de formatos), qual seria a expectativa de sabedoria? Jessica Fern, que escreveu também o festejado Polysecure (Segurança poliamorosa), retoma temas como o estabelecimento de acordos justos, o enfoque massivo na comunicação, reconhecer gatilhos pessoais, gestão de conflitos, administrar o tempo, ficar atento às negligências, saber navegar nas águas tumultuadas do ciúme, o foco na autoestima e a chave de ouro: a prática de mindfulness. É impressão minha ou todas essas propostas soam interessantíssimas também para quem vive em laços monogâmicos? Acredito que você tenha pensado o mesmo: independente do formato da relação escolhida, um profundo trabalho de autoconhecimento, autoestima e desejos são muito bem-vindos. A sabedoria poliamorosa tem o seu charme. Te espero! Referências: Fern, Jessica. Polywise: a deeper dive into navigating open relationships. Scribe: 2023. Fer, Jessica. Polysecure: attachment, trauma and consensual nonmonogamy. Fotografia de Andrea Belluso Ilana Eleá para a coluna Não Monogamias Encontre-a no Instagram: @ilanaelea

  • O árduo caminho de uma mulher rumo à liberdade

    Houve um tempo que ser mulher significava ser de alguém, ser mulher de alguém era imprescindível à existência, ainda que este alguém fosse Deus, a igreja ou o convento. Ser mulher era especialmente determinada pela posse de alguém sobre nosso corpo, sobre nossa vida. Hoje talvez a maioria de nós não se identifique mais como posse de um homem só, mas sem perceber, diariamente somos determinadas pela sociedade com não menos crueldade. A pressão de ser determinada e subjugada à estereótipos fabricados à revelia nos adoece a alma, a saúde física, mental e emocional se esfarela a olhos vistos, e o mais triste é que seguimos como se nada estivesse acontecendo, normalizando e romantizando os rótulos, as caixas e as gaiolas. Diante da mídia e da sociedade, eu te pergunto: o que determina seu valor? A sua idade? A sua magreza? A sua beleza padronizada? A sua maquiagem ou a sua cara lavada? Seu status social, ou seu estado civil? Sua conta no banco? Sua profissão? Sua família? Sua maternidade? O peso do seu silicone? A marca das suas roupas e bolsas? O quanto você sorri e diz sim? Quantos seguidores você tem? O tamanho do seu decote ou a falta dele? Com quem você se relaciona, a sua sexualidade? Sua percepção de si mesma ou seus órgãos genitais? Sua religião ou seu partido político? O que faz de você mulher? O que ou quem te determina? Será que é você mesma, ou será que lutamos tanto para deixar de ser posse de pai e marido, e passamos a ser objetos moldados por mãos gananciosas e ainda assim extremamente limitantes? Há décadas lutamos para não mais precisar ser de quem quer que seja para existirmos, e estamos ganhando essa batalha, ainda que muitas vezes a duras penas, e pagando altos preços, até mesmo com nossas vidas, como no caso do feminicídio, crime tantas vezes motivado pela frustração de homens que não aceitam não terem poder absoluto sobre as mulheres com quem se relacionam e preferem jogar suas vidas no lixo, leva-las a morte à deixa-las livres. Não se iluda, estamos longe de sermos livres. Liberdade seria existir a partir da auto-determinação, livre de aprisionamentos pessoais e também sociais, nos bastando e nos amando incondicionalmente. Ainda estamos longe, mas não abandonaremos o caminho. Enquanto uma única mulher não tiver espaço para ser quem ela é, sem reservas ou ressalvas, estaremos todas lá, ao lado dela, lutando por ela e por todas que ainda estão por vir para esse planeta tão surpreendente com seus desafios e também cheio de oportunidades de conquistas, de coexistência e de aprendizados. Fabiana Guntovitch para a coluna Psicanalista da MS Encontre-a no Instagram: @fabianaguntovitch

  • O Começo

    “quem és? Perguntei ao desejo. Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada.” Tínhamos um pacto firmado em meio a uma crise de que estávamos autorizados a possíveis liberdades, diante de uma conversa honesta. Com muito frio na espinha e uma curiosidade misturada com medo feito uma criança no primeiro de escola, nos permitimos. Aos poucos começamos a deixar nossa porta entre aberta, do tipo saia sem fazer barulho. E assim fomos, primeiro eu e depois ele... No começo nosso tesão era muito mais sobre a escuta, sobre o imaginário de pensar no outro com outros corpos. Mas em uma noite na casa de amigos conheci Pedro, me apaixonei por ele, suas mãos, sua boca, sua pulsão erótica de ser. Enquanto ele falava eu fazia sexo com suas palavras, me sentia comida por sua profundida de existir. Não quis Pedro só para mim, quis apresentá-lo à Marcelo. Desde então quando possível eram três corpos em estado de contemplação, não tínhamos mais frio na alma apenas calor. Nossos corpos de sal, nossos corpos sol. Éramos três, sem nenhum medo e nenhum controle, não tínhamos limites. Nossas carnes respiravam juntas, feito vento que lambia nossas peles, não tínhamos contornos, não sabíamos onde começava o eu ou o outro, a risada era alta e o olhar lacerava a alma. O perfume da sala emanava nosso sexo, que ficava íntima de nossas paredes. Bethânia cantava para nós enquanto dançamos nus ao meio a conversas profanas, e junto sentia a força bruta de quatro mãos entre minhas coxas e quadris fazendo com que gemesse alto de dor e prazer. Me chupavam até eu não sentir mais minhas pernas deixando minha essência escorregar pelo chão, era violento, visceral um desejo faminto de gozar com meu corpo inteiro e assim fazia. Liberto-me de moralidades, sem vestes prazer que vem do corpo, me deitava diante daqueles homens de pernas abertas, respirando fundo até ser engolida inteira enquanto via suas bocas vermelhas se lambuzarem entre eles e assim ao meu deleite vê-los gemendo de amor. Aquilo tudo era só a gente que sabia, assim como um livro místico se desfez. Aquelas formas eram obras de arte, feito água, chuva e vento que se acabam. Gabriela Prux para a coluna Papo de Bordel Encontre-a no Instagram: @gabiprux

  • Carbonara de abacate

    Este mês eu decidi trazer a minha versão do tradicional carbonara, onde incluo o abacate como base junto das gemas! Super versátil! Fonte de gorduras boas! Use a massa de sua preferência, normal ou integral! Ingredientes: 1 abacate 1 limão espremido 100 ml de água 50 ml de azeite de oliva Sal e pimenta a gosto 2 gemas de ovos 1/3 do pacote de espaguete 1 concha de água do cozimento da massa 1 xícara de queijo parmesão ralado na hora Bacon bits, o bacon vegano que faz bonito no lugar do bacon comum, mas é opcional. DICA EXTRA: Lembrando que essa base de molho de abacate (sem as gemas) pode ser usada como molho de salada… se deixar mais consistente serve como maionese. Modo de preparo: Coloque no recipiente do mixer para bater: o abacate, limão, azeite, a água, o sal e a pimenta. Bata até formar um creme lisinho. Leve este creme para a panela, ligue o fogo baixo e adicione as gemas, mexendo sempre até incorporar as gemas com o creme, bem homogêneo. Desligue o fogo, adicione mais um fio de azeite, o queijo ralado e mexa bem! Adicione a massa já cozida e coloque um pouco da água do cozimento para deixar tudo mais cremoso e fluido. Coloque no prato, finalize com pimenta do reino moída na hora e o bacon. Roberta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha da MS Encontre-a no Instagram: @abetaqfaz

  • O amor para além da exclusividade

    A primeira vez que ouvi o ted talk com a psicoterapeuta belga Esther Perel, estávamos meu marido, os nossos dois filhos pequenos e eu fazendo uma linda viagem por várias cidades no sul da Itália. Nós dois na ocasião, juntos por 7 anos, eu tinha me mudado do Rio do Janeiro para a Suécia depois de tê-lo conhecido pela internet, uma história de amor comovente, que inclusive virou livro, o Encontros de neve e sol. Embora nos amássemos profundamente, era nítido que a paixão vulcânica tinha dado lugar a um outro sentimento, mais tranquilo, satisfatório, caseiro, menos erotizado. Esther Perel falava sobre a morte de Eros e o difícil balanço entre a domesticidade, a segurança em uma relação e o desejo por novidade e aventura. A fala da carismática terapeuta nos pareceu perturbadora porque parecia espelhar o que estávamos sentindo. Lembro de termos ficado em silêncio, um pouco constrangidos - mas intimamente curiosos para saber mais, era uma semente sendo plantada. Naquela ocasião, eu ainda não tinha sido apresentada às possibilidades para além da monogamia compulsória e normativa: nunca alguém tinha me dito que era possível, ou muito menos correto, se envolver seja emocionalmente ou sexualmente com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Que essa prática pudesse contar com o consentimento das partes envolvidas então, muito menos. O que era familiar? Conceitos como traição, adultério, pecado, pouca vergonha, falta de caráter. Mas como poderíamos nomear as relações amorosas que buscavam se aproximar da honestidade, comunicando abertamente sobre as asas do desejo, buscando acordos, combinados, novas experiências de mergulho na expansão do amor e erotismo para além da exclusividade seja afetiva ou sexual? Aos poucos fui entendendo que diferentes formas de amar vinham sendo nomeadas e estudadas a partir do conceito guarda-chuva de “não monogamia consensual” o que inclui uma variedade de práticas, sendo “swing” (ou troca de casais), “relacionamento aberto” e “poliamor” os mais representativos. No Brasil, a “não monogamia política” tem tido bastante força atualmente, embora os adeptos dessa corrente descartem a ideia de fazer parte do conceito guarda-chuva. Essas formas de se relacionar, embora distintas em suas dinâmicas, acordos e estruturas, compartilham pelo menos como intenção, o pilar comum do consentimento mútuo e da comunicação honesta. No conhecido formato “monogâmico”, alinhado com o machismo estrutural, muitas de nós podíamos apenas aceitar os véus, as exigências de “virgindade”, os cintos de castidade, os apedrejamentos e pena de morte em caso de envolvimento extraconjugal, ou o estigma e a perda da respeitabilidade se nos comportássemos para além da castidade, enquanto homens passeavam tranquilamente entre cortesãs, frequentando bordéis e amantes sem serem punidos. A minha coluna na MS sobre Não Monogamias vai se dedicar a explorar os diferentes aspectos de relações contemporâneas, seja trazendo resumos de pesquisas acadêmicas e livros atuais sobre o tema, quanto reflexões pessoais e um convite à inspiração para novas perguntas. A psicoterapeuta Jessica Fern fala que assumir que o amor romântico precisa ser monogâmico e heterosexual para ser genuíno é um julgamento apressado, equivocado e normativo. Ela inicia o seu último livro, Polywise (2023), com as perguntas mais comuns feitas às pessoas não monogâmicas: “você não tem medo de sentir ciúmes?”, “o que está faltando na sua relação para você querer abrir?”, “seria o primeiro passo para o divórcio?” Fern argumenta que a transição para a não monogamia é menos sobre o que falta em uma relação e mais sobre a expansão da visão de mundo e do entendimento sobre o amor. É sobre o livro dela que vou falar na próxima coluna. Você tem uma pergunta até lá? E ah! O mais importante: se você se identifica e está suave e alinhada com a monogamia, aproveite a sua escolha, abrace a sua preferência. Todas as formas de amar consensuais e honestas são bem-vindas! Aguardo ansiosamente o contato de vocês. Ilana Eleá para a coluna Não Monigamias Encontre-a no Instagram: @ilanaelea

  • FLAN DE CACAU RECHEADO - GLÚTEN FREE

    Essa sobremesa é feita com apenas 3 ingredientes e pode levar o recheio que você desejar. Ingredientes: 1 banana nanica madura grande ½ barra de chocolate 60 ou 70% 1 colher de sobremesa de óleo de coco derretido Ingredientes do recheio: 1 colher de chá de pasta de amendoim em cada forminha. Pode usar morango, pedaços de tâmara, castanha do Pará, doce de coco, doce de leite pastoso etc Modo de preparo: Prepare o chocolate: quebre-o em pedacinhos e leve ao microondas por 30 segundos. Retire e mexa bem para espalhar o calor do recipiente. Leve mais uma vez ao microondas por mais 30 segundos. Retire e misture bem até estar completamente derretido. Reserve. No processador, bata a banana até virar uma pasta mole. Adicione o óleo de coco e o chocolate derretido. Bata até virar uma massa homogênea. Coloque metade da massa em forminhas de silicone. Recheie e cubra com o restante da massa. Dica: salpique flor de sal para acentuar o sabor (opcional). Leve ao freezer por 2 horas ou em geladeira por 8 horas. Desenforme e sirva! Rende até 3 porções. Roberta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha da MS Encontre-a no Instagram: @abetaqfaz

  • QUEM NÃO QUER GOZAR?

    Olá, queridíssima leitora! É um prazer estar aqui com você! No ranking da procura pelas minhas sessões, essa está em primeiro lugar: Dificuldades em acessar o orgasmo. Mas, antes quero começar esclarecendo a diferença entre essa dificuldade e uma anorgasmia: Anorgasmia é uma disfunção sexual caracterizada por não se conseguir atingir orgasmo - ou mulher nunca atingiu ou parou de atingir há mais de 6 meses. E para entender a dificuldade precisamos entender se é só com parceiro (a), ou se sozinha também é difícil. E ainda: A dificuldade é somente na penetração e você sente estimulando o clitóris? Ou vice e versa? Tudo isso é relevante. Antidepressivos e outros medicamentos são importantes de serem considerados também. Eles podem acabar por mexer na libido, deixando as mulheres um tanto quanto “anestesiadas”. Mas, afinal o que é o orgasmo? O orgasmo é a conclusão do ciclo da resposta sexual – corresponde ao momento de maior prazer e logo depois entramos no relaxamento. CICLO DA CURVA ORGÁSTICA:  DESEJO – EXCITAÇÃO (CARGA) – ORGASMO (DESCARGA) – RELAXAMENTO. Para a mulher atingir esse ápice ela precisa estar com os genitais cheios de sangue e isso leva na média em torno de 14 minutos. Veja só, para o sangue chegar ao pênis do homem a ponto de ele ficar ereto o tempo médio é de 3 minutos – uma quantidade próxima a 5 ml. Para a mulher a quantidade aproximada é de 200 a 500 ml. MUITA DIFERENÇA, né? Gosto de explicar isso para que fique claro (com algumas exceções) que a mulher leva realmente mais tempo e precisa das famosas “preliminares” para chegar no platô de excitação ideal antes do orgasmo. E você pode me perguntar: Todo mundo quer gozar? Por que o orgasmo é tão importante assim? Além da sensação deliciosa que se espalha pelo corpo todo, os espasmos são tão poderosos que fazem com que a energia libere alguns bloqueios corporais principalmente na área da pelve. É nessa área que muitas das emoções ficam guardadas sabia? Esse assunto com certeza será pauta para outra coluna. E os hormônios?  Os hormônios liberados são espetaculares para saúde física e mental fortalecendo até nosso sistema imunológico. Uma pesquisa recente diz que esses hormônios podem durar até́ 48h no nosso corpo. Dopamina = prazer, satisfação e felicidade. Ocitocina = amor, vínculo e confiança. Endorfina = antiestresse, antidepressivo e melhora de humor. Você pode pensar: Ok Lu, mas tenho dificuldade, como eu acesso ao orgasmo? O “Sexological Bodywork” nos ensina ferramentas muito importantes para acessar no corpo tudo o que quisermos. Essas ferramentas são: Respiração, som, movimento e foco nas sensações (presença). No caso do orgasmo, independentemente do tipo que se deseja, é necessário profundo autoconhecimento, a partir do auto toque e masturbação consciente. Tire no mínimo 1 hora semanal para você estimular seu corpo e genitais, principalmente a área que tem mais dificuldade. Faça isso sem vibrador, sem música, sem velas, sem estímulo visual (pornografia) e com total foco no que está sentindo. Registre tudo o que sentir, abra espaço para novas conexões neurais do prazer. Se possível escreva! Faça um “diário do amor-próprio”. Esse momento não invalida os outros momentos sexuais e/ou de masturbação. Mas é um passo importante para que você desperte ou resgate o sentir de forma educativa. Fez sentido para você? Compartilhe comigo ou deixe perguntas e sugestões na caixinha no Instagram, ok? Beijos, Lu! Lu Terra para a coluna Terapia Sexual Encontre-a no Instagram: @sexandsoma

  • Como anda a sua sexualidade?

    Olá, muito prazer! Eu sou a Lu Terra, educadora sexual somática (Sexological Bodywork), psicoterapeuta corporal bioenergética e pós-graduanda em Terapia Sexual na Saúde e na Educação. Estarei escrevendo uma coluna mensal na Maria Scarlet chamada “Terapia Sexual”. Antes se começarem as nossas “sessões” quero falar um pouco do trabalho que faço, o quanto aprendi e como acho que posso melhorar a qualidade da libido e sexualidade das mulheres. Não foi à toa que escolhi esse caminho, eu mesmo tive minhas questões e afirmo que, apesar de estar em constante processo de expansão em relação ao autoconhecimento, hoje me sinto mais inteira e pronta para me relacionar com o mundo de forma leve, gostosa e ao mesmo tempo segura. O Sexological Bodywork é uma abordagem terapêutica que trata as questões da sexualidade humana. Foi criada pelo americano Joseph Kramer em 2003 e hoje reconhecida em muitos lugares do mundo. Se você já assistiu a série da Gwyneth Paltrow no Netflix “Love, Sex and Goop” já tem uma ideia do que é meu trabalho. Eu me especializei em desenvolvimento na sexualidade feminina (ou pessoas com vulva) e já atendi muitas mulheres que puderam sentir uma enorme felicidade ao resgatarem o que eu digo que é nosso por direito: NOSSO PRAZER! Muitas mulheres hoje não conseguem vivenciar sua sexualidade com plenitude por questões vividas no passado e principalmente por estarmos inseridas numa sociedade patriarcal e machista. Traumas gerados por eventos mais graves como abusos, outros por tabus e até por palavras castradoras trazidas muitas vezes pela própria família, fazem com que o corpo reaja e se defenda de várias formas. Trazemos sem perceber essas defesas para vida adulta e pela falta de informação (educação sexual) acabamos guardando e não tratando. Essas defesas podem gerar bloqueio, desconexão com corpo, dor, culpa e vergonha. As sessões individuais que faço com mulheres possibilitam um olhar e um sentir com segurança, delicadeza e amor-próprio. Com foco, presença, respiração e movimento, novas conexões neurais podem ser formadas e as “couraças do corpo” flexibilizadas e até dissolvidas. Quando fui convidada para iniciar essa coluna meu coração quase explodiu. Minha intenção aqui não é falar “sacanagem” objetificando ainda mais a mulher. Vou escrever sobre as formas de acessar, tratar e expandir o prazer feminino a partir do autoconhecimento. Sei que o acesso às terapias em geral não é possível para todas as mulheres então uma vez por mês estarei na Maria Scarlet. Além de escrever, teremos uma caixinha de perguntas no perfil da revista no Instagram que podem até gerar conteúdo para um próximo mês. Espero trazer informação de qualidade para que as leitoras entendam e se apropriem dos seus corpos, sentindo a plenitude ter autonomia sobre o próprio prazer. Eu estou muito animada! Vamos juntas? Um beijo, Lu. Lu Terra para a coluna Terapia Sexual Encontre-a no Instagram: @sexandsoma

  • A síndrome do ninho

    O tempo parece passar cada vez mais rápido. Como disse uma amiga querida, ele não está mais linear. O tempo agora parece um sobe e desce, como se a linha do tempo fosse um gráfico de um eletrocardiograma em plena atividade. Outro dia estava levando meus filhos à escola, fazendo a lancheira, dando banho! Hoje eles vão a pé para a escola, (sozinhos!), fazem a sua própria comida, dão banho no cachorro, tem seus programas, suas baladas, suas viagens com os amigos! Meus filhos cresceram. Cada um já tem a sua vidinha! Estão soltos no mundo! Prontos para voar! E o mais gostoso disso tudo, é que eles voam e voltam! Voam e voltam! Querem sempre estar comigo e eu com eles. Eu tenho o privilégio de ter 3 filhos, adolescentes e semiadolescentes, que não me dão trabalho (pelo menos até agora, rsrs, oremos), mas não dão! São muito legais! Gente boa mesmo, sabe? Somos uma família parceira! Não tem aquela coisa de eca de beijo de mãe, ou “me deixa aqui para ninguém te ver!” Amo muito tudo isso! Não somos a família Doriana, somos a família McDonalds, a família Méqui. Eu amo ser mãe de adolescente! Ir ao cinema, jogar um jogo, assistir uma série ou um filme, fazer churrasco, conversar. Eu sempre quis ter uma família grande. Sou filha única e por isso, meu coração se enche de alegria quando a minha casa está cheia. Mas quando engravidei do terceiro filho quase fiquei doida! Pensei, será que vou dar conta? Sabe aquela frase, cuidado com o que você pede para Deus que às vezes ele dá?  Ele me deu! Me deu uma família linda. Me deu a Nina, o Ian e o Otto. Me deu 3 filhos! A família grande que eu sempre quis, mas que por diversas vezes pareceu assustador! Imagine a responsabilidade de ser mãe de 3! Tive que aprender a dar tempo ao tempo. Saber que nem sempre daria conta de tudo. Que tenho apenas duas mãos para três! Que em alguns momentos eu e as minhas vontades teriam que ficar para depois. O terceiro filho nos liberta porque somos uma só, e está tudo bem! Outro dia li sobre a síndrome do ninho vazio. É quando as mães entram em uma tristeza profunda e não sabem o que fazer quando os filhos saem de casa ou deixam de depender delas. Então pensei: Aí está uma síndrome que eu não vou ter! Meu ninho não vai ficar vazio. Eu fico muito feliz por ver eles se soltando aos poucos, conquistando seus espaços, novas responsabilidades. Por isso, vou continuar trabalhando dia a dia a minha relação com eles para que o nosso ninho permaneça cheio, um verdadeiro entra e sai, um ponto de encontro, um posto de decolagem, um lugar onde a gente é livre para ir e vir. Filhos que querem estar com a mãe por prazer é uma verdadeira benção. E o fato de um dia eles saírem de vez para seguirem as suas vidas, será mais uma alegria. Porque assim como eles, nós mães não podemos nunca deixar de ter também a nossa vidinha independente deles. Afinal, antes de sermos mãe somos mulheres. Então, por que não aproveitar que nossos filhos estão indo para o mundo para ir junto com eles? Sem despedidas. Sempre chegadas e partidas. Cuide do seu ninho que eles sempre voltarão. Meus filhos ainda estão longe de sair de casa. Ainda são adolescentes! Tem 15, 13 e 12 anos. Mas do jeito que a vida está passando rápido, daqui a pouco eles serão adultos, terão construído seus próprios ninhos e esta coluna vai se chamar Desabafo de vó! Marcela Pagano para a coluna Desabafo de Mãe Encontre-a no Instagram: @marcelapaganoinsta

  • A vida é sobre equilibrar pratos!?

    Queridas leitoras, Hoje quero falar sobre uma dificuldade que quase 100% das mulheres do mundo passam. Desde criança percebi muitas mulheres da minha família – tias, avós, amigas da minha mãe e minha própria mãe - tentando equilibrar os pratos todos: ser mãe, esposa, trabalhar “fora”. E hoje sou eu passando pelas mesmas questões, pelas mesmas dificuldades femininas enfrentadas desde que o mundo é mundo, como dar conta de tudo? Como mulher moderna, sei muito bem como pode ser complexo navegar entre as exigências da carreira e a busca por relacionamentos significativos e saudáveis. Vivencio e luto constantemente para encontrar esse equilíbrio, passo por vários desafios todos os dias, assim como várias de vocês que leem agora essas palavras. Trabalhar longas horas e dedicar-se apaixonadamente à carreira, ao mesmo tempo em que se tenta construir e manter um relacionamento amoroso ou ser uma boa mãe, pode parecer um ato de malabarismo. Há momentos em que me sinto dividida entre ser a profissional que desejo ser e a parceira que quero ser, e acredito que muitas de vocês, compartilham dessa experiência. Vivemos em uma época em que as expectativas profissionais para as mulheres são mais altas do que nunca. O mundo nos cobra e nós fazemos o mesmo. Colocamos um peso enorme em como precisamos ser como pessoas, quanto precisamos ganhar, como nosso corpo precisa estar, o quanto precisamos estudar todos os dias, entre outras cobranças. Ao mesmo tempo, queremos relacionamentos que sejam igualmente enriquecedores e satisfatórios, o que é importantíssimo para nossa satisfação pessoal. Claro que não podemos esquecer de sermos mães atenciosas, motivadoras, amigas. A pressão para "ter tudo" – uma carreira de sucesso e relacionamentos felizes – pode ser esmagadora. No entanto, tenho aprendido algumas lições valiosas ao longo do caminho. Primeiro, a comunicação aberta com meu parceiro sobre minhas ambições e desafios tem sido essencial, assim como com meu filho. É importante que para que se viva relações saudáveis, todos os envolvidos entendam e respeitem as demandas uns dos outros, tanto no trabalho quanto em casa. Além disso, estabelecer limites saudáveis tem sido excelente para mim. Aprender a dizer "não" e a priorizar o tempo para os relacionamentos, assim como para mim mesma, é crucial. Não é sobre encontrar um equilíbrio perfeito, mas sim sobre fazer escolhas conscientes que reflitam o que é mais importante para mim em diferentes fases da minha vida. E, claro, o autocuidado não é apenas um clichê. Permitir-me momentos de descanso, leitura, criação e lazer tem sido vital para manter minha energia e minha sanidade, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Por fim, quero encorajar cada uma de vocês a redefinir o que significa "ter tudo". Talvez, em vez de buscar um equilíbrio perfeito, possamos buscar um equilíbrio que seja autêntico e verdadeiro para nós mesmas. Cada uma de nós tem seu próprio caminho e suas próprias escolhas a fazer. E isso está tudo bem! Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram: @euivebueno

  • A mecânica do amor

    Encontrar nosso caminho, entender o que gostamos ou não de fazer, pode ser algo extremamente difícil, principalmente na juventude, quando tudo parece imenso, conflituoso e impossível. Isabel (Bel), já está na reta final da escola e sua resistência a escolha da faculdade e do que quer ser quando “crescer” é visível. A única coisa que consegue pensar é que adora criar e montar coisas e que entende bem de mecânica. Além da pressão sobre o futuro ela tem que lidar com o turbilhão de emoções que a separação dos pais vem causando. Vendo seu potencial e indecisão, uma professora decide incentivá-la a participar da equipe de robótica da escola, na intenção dela, talvez, se descobrir, e junto com o incentivo vem um alerta. “ – O mundo não é muito justo com garotas inteligentes – comenta ela. – Na maioria das vezes, ele vai tentar forçar você a caber numa caixinha. Mas peço que não dê ouvidos para esse tipo de coisa.” Agora, com essas palavras em mente, cabe a Bel decidir se vale ou não a pena fazer parte do grupo liderado por Mateo (Teo). Teo ao contrário de Bel, tem tudo programado em sua vida, não consegue imaginar viver sem planejar cada passo. Um jovem promissor, que em tudo dá o seu melhor. Reconhecendo, também, o potencial de Bel, ele não hesitou em colocá-la na equipe, porém, quando começam a trabalhar juntos no projeto, algo não sai como planejado e tudo vira do avesso para os dois. Com uma narrativa intercalada entre a visão de Bel e Teo, somos envolvidos facilmente em seus dilemas, experiências e questionamentos. Acompanhar o processo de amadurecimento, descobertas e aceitação de Bel foi digno de admiração. Teo não fica para trás, sabemos que nada é tão perfeito quanto parece, mesmo com sua vida toda programada ele também precisa lidar com questões conflituosas, com a pressão e cobrança tanto dos outros quanto de si mesmo, além de questões familiares. “...acho que meu pai não gosta de crianças. Acho que talvez ele goste de mim quando eu for adulto. Acho que ele presume que eu vá ser funcionário dele em algum momento, na verdade, e, até lá, meio que está esperando que eu vire alguém mais útil.” A autora com sua escrita leve e fluida não se limita em mergulhar o leitor apenas nas lutas de Bel e Teo, ela reforça alguns temas importantes através das experiências dos outros personagens, dessa forma, enriquecendo ainda mais o enredo. Uma obra que retrata bem o desafio da mulher em se posicionar perante as pessoas e a sociedade, que fala sobre empoderamento, não de forma equivocada, mas de maneira leve e com propriedade. Uma história bem escrita que passeia pelo amor, descobertas e mostra que o lugar da mulher é realmente onde ela quiser! Agradecimento da autora: .... "Escrevi esta história por nós, pelas garotas que somos e pelas garotas que fomos. Pelas mulheres que seremos; pelas muitas que virão depois de nós e que descobrirão, se fizermos um bom trabalho, que existe espaço para elas aqui...Por aquelas que tentam e estão exaustas, mas que têm esperanças e aspirações, porque nós, para o bem ou para o mal, somos dotadas daquela qualidade rara, do dom da criatividade, da curiosidade e da admiração." Livro: A mecânica do amor Autora: Alexene Farol Follmuth Páginas: 384 Editora: Editora Alt Classificação: +12 anos Gênero: Romance contemporâneo Andressa Adarque para a coluna Resenha da Maria Scarlet Encontre-a no Instagram: @meuladoleitora

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