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  • Meu olhar embaçado

    Caminhei por tanto tempo buscando acertar, buscando agradar a quem me era tão caro; caminhei tentando ser melhor do que conseguia e fazendo aquilo que eu achava que era necessário. Caminhei tanto tempo para receber as migalhas de um mundo em eterna construção, cercado por mágoas e desamores constantes, carente de abraços, de aconchegos e de bolos de avó, feitos com carinho em uma forma velha... Caminhei até aqui para encontrar nos meus amores a versão mais poderosa de toda a minha existência, aquela que se recusa a desistir e que é mais leve do que eu jamais fui. Mas, ainda assim, percebo que os passos deles jamais alcançarão os quilômetros que percorri, com todas as dores e decepções que cercam minha jornada, que fora vivida intensamente e de forma incondicional em busca de emoções vivas e inseguras. Sou eu, uma forma de poesia que insiste em reinventar-se a partir de um passado que já não volta e cujas memórias já não consigo mais acessar plenamente. Sou eu, um objeto contemplativo que chora em momentos possíveis e degusta sabores impossíveis de uma menina que buscava entender o mundo com seu olhar embaçado e com uma vontade genuína de conquistá-lo. Agradeço a caminhada e a estrada; agradeço os passos e as risadas. Agradeço o colo e os pedaços de bolo que acalentaram meu coração machucado. E agradeço a cada um deles, que, por vezes, me fizeram enxergar melhor o caminho que eu deveria seguir (mesmo com meus muitos graus de miopia...) Fui! (seguir...) Cris Coelho para a coluna Crônicas Encontre-a no Instagram: @ crisreiscoelho

  • Tudo novo, de novo.

    A cada fechamento de ciclo lembro que existe um outro, inteiramente novo que se inicia. E para nossa sorte, ele vem recheado de várias palavras que juntas, formam um só conceito: esperança. Porque esperança é o que nos move em direção ao desconhecido, tendo fé de que são as coisas simples, as melhores. E nessa vastidão de sentimentos, podemos perder-nos um pouquinho nos ecos das nossas versões antigas, que nos diziam para não esperar pelo amanhã porque ele nunca chega de verdade. É sempre o hoje, um hoje novo, de novo... E quando paro para pensar sobre minha vida, o que já vivi e o que ainda quero viver sigo apenas com uma única certeza palpável: a de que me acompanha a esperança de poder fazer tudo que desejo, conservando aquilo que tanto quero e que me é tão valioso, na prateleira dos meus desejos infinitos. Sou eu, em uma versão tão plena, que pede insistentemente pela concretização de todos os meus desejos, fazendo luzir em cores fortes a verdade que tanto busquei e que agora me é revelada sem pressa e sem dificuldade. Essa verdade é a que me diz em um sussurro que tudo vai correr bem, talvez não do jeito que planejei, mas de acordo com a minha vontade mais genuína. Porque estou abastecida de toda sorte do mundo e permito-me saborear os descompassos que circundam minha passagem por essa estrada, afinal, os ciclos são apenas pequenos avisos de que o hoje é somente tudo que temos e que tudo será novo em breve, de novo e sempre. Fui! (começar de novo...) Cris Coelho para a coluna Crônicas Encontre-a no Instagram: @ crisreiscoelho

  • Bússola

    Pensei muito sobre seu presente e, depois de algum tempo encontrei aquilo que combina mais com esse momento: uma bússola. Sim, uma bússola! Porque mais importante que os presentes para vestir o corpo ou alimentar o ego, é uma ajuda providencial para que você encontre seu caminho. Em um mundo em constante transformação é fácil nos perdermos em um grande labirinto emocional e nos depararmos com grandes paredes brancas que nos limitam e não nos deixam seguir com nosso propósito. Aliás, propósito é algo que também se confunde constantemente com vontade e é importante entender que nem tudo na vida vem através do prazer; na grande maioria das vezes é através da persistência em seguir nosso caminho que alcançamos o verdadeiro propósito da nossa existência. E, se em alguma bifurcação da nossa vida pretendemos mudar de caminho e tomar um outro rumo? Tudo bem se você estiver com sua bússola nas mãos, aquela que vai te guiar pelos caminhos mais difíceis e nebulosos sem deixar que você perca sua essência. Esse "eu" selvagem que mora dentro de você e que insiste para que não pare de sorrir mesmo quando tudo parece estranho e pálido; aquele mesmo ser que faz com que você continue a respirar mesmo quando parece te faltar ar nos pulmões e, ainda, aquele seu "eu criança", que faz com que você acredite que tudo vai dar certo mesmo com todas as probabilidades contra. Esse seu amigo, que possui o seu rosto em uma versão sem preocupações e que te leva para o rumo certo, segura firmemente sua bússola e indica que existe uma forma de sair deste enorme labirinto. Esse presente é seu e deve ser usado com cuidado. Ele não pode servir a mais ninguém senão a você próprio e precisa ser cuidado como seu fosse sua própria vida, pois ele é a solução para quase todos os seus problemas; ele é a razão, a orientação, o chamado. Sua bússola é a palavra que você sempre buscou na sala de aula, nos templos religiosos que frequentou, nas palavras que saíam da boca dos que lhe pareciam sábios e para quem você creditava toda a confiança. Sua bússola é a orientação que você busca desde sempre para seguir seu caminho e fazer desta existência a melhor que você puder, dentro das crenças e valores que você cultiva nessa grande estrada chamada vida... Fui! (Me orientar...) Cris Coelho para Coluna Crônicas da Maria Scarlet Encontre-a no Instagram: @crisreiscoelho

  • Várias de Mim

    Dentro de mim existe uma imensidão de sentimentos, todos povoados por lembranças peculiares e vontades genuínas, embalados na esperança de que um dia volte aquilo que me fez tão bem e que se vá para muito longe todo sofrimento que me levou embora o meu “eu” mais alegre. Despeço-me de algumas histórias para dar lugar à outras mais recentes, mas sei que ainda existo nas lembranças que escondi de mim, em lugares tão inacessíveis quanto minha vaidade egoísta ou minha fraqueza habitual. E se procuro melhor, consigo encontrar este lugar singelo em que habita não uma, mas várias de mim, em uma dimensão difícil de explicar, mas tão verdadeira quanto a minha voz mais rouca… são elas, as versões mais verdadeiras e menos complicadas, que se esforçam para sanar as dores que não consigo esconder de mim, e que me fortalecem à medida em que respiram o mesmo ar poluído que eu. Sou inteira essa profusão de sentidos, todos inebriantes e cansativos como um pedido de desculpas ambulante; sou plena e vasta quando enxergo todas as milhões de vezes em que posso ser eu mesma, e em que posso sentir essas várias versões tomarem forma com o rosto que costumo olhar todos os dias no espelho da minha casa… Fui… (“Reunir-me”) Cris Coelho para a coluna Crônicas da Maria Scarlet Encontre-a no instagram: @crisreiscoelho

  • Em defesa da pluralidade!

    Pessoas queridas, Tenho percebido um insistente policiamento e tribunal nas redes sociais afirmando categoricamente que a monogamia não é apenas um modelo de relacionamento, mas um sistema de controle e exploração estatal, capitalista, colonial e neoliberal sobre nossos corpos e desejos. A hierarquização dos afetos seria um vício, os acordos, limites e vetos, um câncer. Essa visão tem o seu valor, chamando atenção para desigualdades e tem sido agregada nas premissas da chamada “não monogamia política”, uma corrente que ganhou visibilidade no Brasil recentemente, agora no início dos anos 2010, inspirada em figuras como Brigitte Vasallo, escritora espanhola que apresenta um discurso com linguagem belicosa e confrontacional. Ela descreve a monogamia como uma "prisão" e uma "ferramenta de opressão", e critica fortemente qualquer forma de hierarquia nos relacionamentos. O seu livro “Desafio Poliamoroso” faz uso de metáforas de batalha e resistência, posicionando a não monogamia política como uma luta contra um sistema opressor. Para os seus seguidores, a verdadeira não monogamia deve ser desprovida de qualquer vestígio de controle ou posse sobre o outro, o que inclui a rejeição de vetos e acordos que limitem a liberdade de cada parceiro. Até aí tudo bem, porque as pessoas têm o direito de se organizar a favor de abordagens com as quais mais se identificam, vivendo como acreditam. O que me incomoda é que, ao ganhar espaço no Brasil, a “não monogamia política” tem se proliferado na discussão sobre o que seria “verdadeira não monogamia”, tentando tomar para si o termo “não monogamia” exclusivamente para quem se alinha com os seus princípios. Para quem escolhe o swing, relacionamento aberto ou poliamor, tem se manifestado de forma polarizada, enraivecida, vexatória, zombando de todas essas outras formas de amar.  A monogamia, no entendimento de muitas áreas do conhecimento como primatologia, biologia, antropologia e psicologia, é definida como a prática ou estado de ter um único parceiro sexual ou romântico durante um período de tempo. Entre seres humanos, historicamente a monogamia significava casar-se virgem e permanecer com o mesmo cônjuge até a morte. Nem preciso sublinhar que a exigência de virgindade no casamento era aplicada às mulheres, refletindo normas sociais que associavam a pureza e a honra femininas à virgindade, enquanto a sexualidade masculina era tolerada, machismo estrutural gritando. Hoje em dia, quando falamos em monogamia, estamos nos referindo a ter um único parceiro por vez (o que sabemos ser um ideal dificilmente alcançado e promessas constantemente corrompidas) mesmo quando a prática de exclusividade emocional e sexual seja um princípio. Já quando falamos em relações não monogâmicas consensuais, estamos nos referindo à possibilidade (e não à necessidade) das pessoas terem múltiplos parceiros com o consentimento e conhecimento de todos os envolvidos. Qual seria a polêmica então? Militantes argumentam que todas as formas de “não monogamia consensual” (como swing, relacionamento aberto e as principais vertentes do poliamor) seriam na verdade “monogamias gourmet”, tendo em vista que regras, acordos, vetos, hierarquias e ciúmes fazem parte dessas formas de amar: marcas capitalistas. Mas vamos devagar: no reino animal há espécies que são monogâmicas sociais, o que significa que formam pares para cuidar da prole, mas podem ter relações sexuais com outros parceiros (90% das aves, 3% dos mamíferos e os primatas gibões). Outras são monogâmicas genéticas, formando pares exclusivos tanto social quanto sexualmente (como lobos e roedores). Existem também muitas espécies que são claramente não monogâmicas, com múltiplos parceiros ao longo de suas vidas (como os bonobos, leões, elefantes marinhos). Essas estratégias não são influenciadas por estruturas capitalistas, coloniais ou neoliberais, mas sim por necessidades biológicas e evolutivas. Dizer que a monogamia social encontrada no reino animal seria fruto do capitalismo é uma simplificação notável. Sendo assim, amores, o termo monogamia pode até ser sequestrado pela corrente da não monogamia política, porque sempre teremos correntes sectárias, por mais bem intencionadas que sejam, exigindo exclusividade e fé nas suas verdades - mas cabe a nós buscarmos lentes ampliadas de análise. Quando em dúvida, lembre que as não monogamias consensuais (consensual non monogamy, em inglês) têm sido estudadas por diversas áreas do conhecimento há muitos anos e sempre significaram a não exclusividade afetiva ou sexual com o consentimento de todos os envolvidos. Essas práticas são reconhecidas e validadas por uma longa trajetória de pesquisa acadêmica e experiências pessoais. Estudos longitudinais têm explorado essas formas de relacionamento, elas já existem. As dinâmicas propostas pela não monogamia política estão focadas na construção de um futuro diferente e imaginário. Ainda em semente - para um tom oposto do adotado por Vasallo, sugiro que acompanhem a beleza do pensamento da psicóloga e ativista guarani Geni Núnez e a sua proposta de reflorestamento do imaginário e descolonização dos afetos - visam a criação de relações desprovidas de hierarquias e vetos, com a intenção de redefinir e reinventar as dinâmicas afetivas e sexuais. Essas ideias podem ser poéticas inspiradoras, mas é importante lembrar que elas estão em estágio de desenvolvimento e experimentação, pelo menos em sociedades industrializadas com a nossa. Não temos ainda estudos sobre como na prática seriam esses relacionamentos. Por isso, eu diria, um pouco de parcimônia seria gentil e adequado. Se você se identifica com a monogamia ou com as não monogamias consensuais tradicionais, saiba que há uma riqueza de estudos, recursos e redes de apoio disponíveis para você. Não se sinta diminuído ou menos válido por suas escolhas. Muito menos por priorizar parcerias ou hierarquizar afetos. Sobre esse assunto inclusive tenho novidades. Mês que vem vou focar apenas nos aspectos da neurociência que indicam ser previsível sentir paixão por alguns e amizade por outros, falaremos dos hormônios do amor!  Somos indivíduos complexos influenciados por fatores biológicos, psicológicos, histórico-sócio-político e culturais.  A pluralidade das experiências humanas é vasta e todas as formas de amor consensuais e respeitosas merecem o seu lugar.  Ilana Eleá para a coluna Não Monogamias Encontre-a no Instagram: @ilanaelea

  • Duologia: Divinos Rivais e Promessas Cruéis

    A duologia composta por "Divinos Rivais" e "Promessas Cruéis" da autora Rebecca Ross é uma combinação encantadora de fantasia, romance e mitologia. A duologia explora temas profundos como guerra, amor, destino e o poder das palavras, tudo envolto em um mundo ricamente detalhado e emocionante.  Até onde o amor e o poder das palavras podem chegar e salvar?  No primeiro livro, "Divinos Rivais", mergulhamos em um mundo onde a magia e os Deuses Antigos ainda exercem uma grande influência. A trama gira em torno de dois jovens, Íris Winnow e Roman Kitt, que trabalham em um jornal renomado da cidade e, inicialmente, disputam por uma vaga como colunista. No entanto, a tensão entre eles se transforma em algo mais complexo à medida que se envolvem em uma guerra que ameaça devastar seu mundo.    Iris está desesperada para encontrar seu irmão, que desapareceu na guerra, e acaba encontrando consolo em cartas misteriosas que começam a aparecer magicamente. Essas cartas, que oferecem apoio e conselhos, acabam por revelar uma conexão profunda entre ela e Roman. À medida que a guerra avança, Íris e Roman devem unir forças para enfrentar uma ameaça divina que pode mudar o destino de todos.  Já na sequência, em "Promessas Cruéis", Íris e Roman continuam a jornada, agora unidos não só pelo amor, mas também pela missão de salvar seu mundo dos Deuses tirânicos. Este livro aprofunda a mitologia e os conflitos divinos, colocando os personagens em situações ainda mais perigosas e desafiadoras.  Os protagonistas enfrentam escolhas difíceis e sacrifícios dolorosos enquanto lutam para encontrar um equilíbrio entre suas questões pessoais e o destino do mundo. A narrativa é intensa e cheia de reviravoltas, mantendo o leitor preso do início ao fim. O desenvolvimento dos personagens é um ponto forte, mostrando seu crescimento e resiliência diante das adversidades. Os demais personagens também dão vida a essa narrativa tornando ainda mais rica a história.  Rebecca Ross constrói um universo envolvente com uma narrativa lírica e emotiva, com personagens bem desenvolvidos, proporcionando ao leitor uma leitura instigante e emocionante.  A autora com sua escrita poética, nos presenteia com uma história linda, que explora o poder do amor e das palavras, mas que também mostra a força da amizade e dos laços familiares e a importância de tudo isso em meio a grandes conflitos. Tanto "Divinos Rivais" quanto "Promessas Cruéis" são obras cativantes e uma leitura obrigatória para os fãs de fantasia que apreciam uma boa história de amor e batalhas épicas contra forças divinas.  Duologia – Divinos Rivais e Promessas Cruéis - Autora: Rebecca Ross   Páginas - Divinos Rivais: 464 / Páginas - Promessas Cruéis: 552   Editora: Alt   /  Nota Duologia: 5/5   Andressa Adarque para a coluna Resenha da Maria Scarlet Encontre-a no Instagram: @meuladoleitora

  • Por que você trabalha aqui?

    Foi com essa pergunta que um instrutor abriu um fórum de desenvolvimento que reunia líderes da mesma empresa: “Por que você trabalha aqui?” Desafio. Perspectiva de carreira. Flexibilidade. Propósito. Estas foram algumas das respostas. Não tinha certo ou errado. A resposta era pessoal e envolvia a motivação genuína de cada um. Mas surgiu uma resposta que silenciou o grupo: “Porque eu sou dono.” E antes que você pense que era o sócio fundador, investidor master ou herdeiro, já adianto que se tratava de empresa de capital aberto, pulverizado na bolsa. Então, no máximo, ele poderia ter ações da empresa na sua carteira de investimentos. Mas ele se sentia dono. Senso de dono tem sido um comportamento muito comentado e desejado no meio corporativo, que representa o sentimento de propriedade e responsabilidade do colaborador em relação ao trabalho e à organização. Um colaborador com mentalidade de dono não apenas cumpre suas tarefas, mas se empenha para ir além da sua atribuição e contribuição individual, buscando impulsionar o que for necessário para o alcance dos objetivos da organização. Se é para ir além da atribuição, ter senso de dono então significa trabalhar 12 horas por dia e respirar trabalho? Claro que não! Senso de dono está mais relacionado à sua atitude perante o trabalho do que ao tempo dedicado ao trabalho. Quem tem senso de dono é proativo, busca se antecipar aos problemas e não fica esperando que os outros resolvam. Ao contrário, ao identificar oportunidades de melhoria, toma a iniciativa para solucionar, promove discussões e participa ativamente quando convidado, com ideias e feedbacks construtivos. Quando os problemas acontecem, não procura apontar culpados, mas sim, assume a responsabilidade de contornar junto a situação. Entende que o sucesso da empresa vem da satisfação do cliente e que esta é uma missão coletiva, por isso trabalha de forma colaborativa com as demais áreas, promovendo a confiança e valorizando o papel de cada um para esse objetivo. O senso de dono obviamente não confere os “direitos” de quem é dono de fato. Não necessariamente as coisas serão do seu jeito. (E, na real, ai das empresas se seguissem estritamente a visão do dono! Os ritos de governança nas organizações são justamente mecanismos para proteger desse risco.) Para ter senso de dono é preciso baixar a guarda e até engolir alguns sapos. Exige que você esteja sempre aberto a ideias novas e melhores para fazer as coisas, enxergando que nem sempre a sua visão é a única ou a melhor para a empresa. Quando os funcionários se sentem donos de seu trabalho, eles não apenas executam suas tarefas, mas também se tornam agentes de mudança e crescimento, promovendo uma onda que torna a empresa um ambiente mais engajado, produtivo e inovador. Na prática, ter senso de dono não é defender suas ideias a todo custo em prol do que você acha certo para a empresa, tá? Esta seria uma visão simplista e, a depender do grau, envolve o risco de você ser percebido como resistente e avesso a mudança. A linha é tênue. O que qualifica como senso de dono é a direção, ou seja, a perspectiva de que potencializa o efeito coletivo e o resultado da empresa. É preciso estar aberto e ouvir todos os pontos de vista, pois pode ser que você enxergue a melhor solução para o seu departamento, mas não necessariamente esta seja a melhor solução como empresa. O senso de dono é uma alavanca poderosa que pode transformar a dinâmica e o sucesso de uma organização. Quando os funcionários se sentem donos de seu trabalho, eles não apenas executam suas tarefas, mas também se tornam agentes de mudança e crescimento, promovendo uma onda que torna a empresa um ambiente mais engajado, produtivo e inovador. E quando o coletivo avança, as oportunidades de realização individual vêm a reboque. Mas é claro que isso não acontece num estalar de dedos. Impulsionar esse sentimento requer um esforço coletivo da organização, com forte atuação da liderança, promovendo empoderamento, reconhecimento, desenvolvimento das pessoas e alinhamento de valores, para que cada vez mais todos se sintam donos e estejam alinhados com a direção apontada pela empresa. Só assim as pessoas vão se sentir remando a favor da correnteza e não contra a maré... E alguém tem dúvida que chegarão mais longe e mais rápido? Voltando ao início deste texto, quando aquele líder disse "porque eu sou dono", a força da resposta não foi exatamente pelo que ele disse, e sim, pela forma como ele age. Quem tem senso de dono é reconhecido como tal, dispensando justificativas. E ele, inquestionavelmente, é. Você se sente dono do seu trabalho? Não precisa responder. Só pensa nisso e no que você pode fazer a respeito. Isto também é sobre protagonismo de carreira. Érica Saião  para a coluna Mulher & Carreira Encontre-a no Instagram: @ erica.sa iao e no LinkedIn: @ericasaiao

  • Nós

    Eu amo cada pedacinho teu, amo a tua voz e teu sorriso largo, tua risada gostosa, amo tuas mãos quando me tocam e também quando estão longe de mim, eu amo pelo simples fato de serem tuas. Eu amo a neve em seus cabelos. Eu amo como o teu perfume fica em tua pele e o cheiro do teu corpo suado quando está junto ao meu.  Eu amo quando me traz sorvete na cama e quando sai para comprar pão para o café. Eu amo você de boxer andando pela casa. Eu amo ainda mais quando inventa uma desculpa boba para me ver durante o dia e também quando me liga apenas para ouvir minha voz.  Eu amo os momentos de filmes, de vídeos, de músicas e quando você toca violão e canta no sofá da sala para mim. Eu amo as inúmeras mensagens e amo muito todas as vezes que a palavra amor sai da tua boca. Eu amo ouvir dos seus lábios que está com saudade. Eu amo quando pergunta se fiquei com saudade. As buzinas na rua, amo você cantando para mim e me mandando áudio enquanto viaja.  Eu amo teu beijo molhado e amo dormir de conchinha contigo. Eu amo nosso sexo, nossos abraços e nossa falta de pudor. Amo transar no capô do carro e amo fazer amor em todos os cômodos da sua casa, ou da minha.  Amo nossa cumplicidade. Amo ser a pessoa que mais te conhece no mundo, aquela que o conhece verdadeiramente, com todos os medos e segredos. E também amo a ideia de você saber tudo sobre mim. Amo termos passado a noite de seu aniversário juntos. Eu amo você esquecendo teu relógio na minha casa só para usar como desculpa e me ver no dia seguinte.  Eu amo tua respiração e amo como não se importa com meu ronco. Eu amo tua ânsia em tirar minha roupa e teus beijos pelo meu corpo. Amo nosso banho, o fato de ter que usar a mesma toalha e teu sorriso maroto me esperando na cama. E amo nossa contação de histórias antes de dormir. Amo nossos telefonemas nas noites que não estamos juntos e suas ligações de vídeo durante o dia. Eu amo quando dança pra mim.  Eu amo a gente junto. E amo nossa loucura, amo as noites, as manhãs e as tardes que são nossas, amo o que temos e a ideia do que ainda não temos, eu te amo muito mais do que um dia achei possível. Eu amo amar você! Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram: @euivebueno

  • VAGINISMO E VULVODÍNIA

    Olá, queridíssima leitora!  Chegamos a um assunto que incomoda, que dói, e atrapalha muito os relacionamentos. São várias as mulheres que vivem com isso e que não entendem que é uma disfunção muito relevante, e que pode ser tratada. Recebo mulheres que, desde sempre se sentem inadequadas no sexo porque não conseguem sentir prazer, e sim dor. Muitas vezes o tesão que costuma vir nas preliminares vai se esvaindo e é até trocado por ansiedade por já saber que a hora H não vai ser gostosa. Estou falando de duas disfunções muito comuns: Vaginismo e Vulvodínia. Vamos falar sobre isso? Vaginismo acontece quando o canal vaginal se contrai a ponto de não dar espaço para o pênis. As vezes não dá espaço para nem um dedo mindinho, e chega a ser uma tortura ir fazer um exame ginecológico. Junto com essa contração vem a dor.  Essa contração é involuntária e quase sempre nasce a partir de uma questão emocional. O corpo que já viveu um trauma “entende” que precisa se defender e como resultado, ele se fecha.  Esses traumas podem ser desde abusos, violências sexuais físicas ou verbais, repressão extrema por parte da família e religião, até experiências sexuais com parceiros ruins, tóxicos e agressivos na relação. Não preciso falar o quanto nossa sociedade ainda é machista e não vê o prazer da mulher como algo tão natural quanto ao do homem, né? Infelizmente... Existe também a possibilidade de o canal atrofiar por conta de outros fatores como tratamento para câncer, menopausa e algumas doenças. Existe a possibilidade de a mulher ter um nervo pinçado ou um tendão que “repuxe” o tecido do canal. Até cirurgias com tecido cicatricial muito rígido, sem flexibilidade podem causar dor. E isso tem cura? TEM SIM! Sabe como? Com meu trabalho como terapeuta e educadora sexual, reeducando seu corpo a relaxar e sentir prazer, a partir da neuroplasticidade do nosso cérebro. Dependendo da origem do vaginismo, pode ser necessário um trabalho em conjunto com uma fisioterapeuta pélvica. Mas saiba desde já que NÃO É NORMAL SENTIR DOR NOS SEUS GENITAIS. Já a Vulvodínia é algo que acontece do lado de fora do canal vaginal, ou seja, na vulva. Essa dor ou incômodo pode vir de várias formas como fisgadas, ardência, sensação de alfinetadas e fissuras. As causas podem ser diversas também. Além da mesma questão emocional que citei no vaginismo, existem outras várias possibilidades. Gravidez é uma delas, a partir do peso do bebê. Algumas ISTs podem causar essa disfunção, principalmente a herpes genital. Varizes na vulva, exercícios físicos e “cistos de Bartholin” (nas glândulas próximas ao intróito vaginal) podem ser causas também. E isso tem cura? TEM SIM! Dependendo da causa, a cura pode ser um pouco mais lenta e pode exigir mais sessões e investimento da sua energia. Alguns exercícios indicados pela fisioterapeuta pélvica podem ser feitos em casa inclusive.  O ideal é que, aliado a qualquer tratamento, você tenha um acompanhamento terapêutico.  É importante saber que sentir dor ou incômodo nas relações é algo que mexe com a autoestima profundamente. Mulheres se sentem defeituosas, não dignas de sentir prazer e até, sentem-se inferiores aos parceiros(as) por conta desse problema. É necessário resgatar o amor-próprio, acolher a dor e o desconforto e cuidar com carinho, atenção e dedicação. Se você tem alguma dúvida e precisa de ajuda, não deixe de escrever para mim, ok? Um beijo carinhoso! Lu Terra para a coluna Terapia Sexual Encontre-a no Instagram: @luterra.terapeuta

  • CARPACCIO DE ABOBRINHA

    INGREDIENTES:  1 abobrinha brasileira inteira ou 2 abobrinhas italianas  1/2 xícara de amêndoas cruas laminadas  50 ml de azeite Raspas de 1/2 limão siciliano Raspas de 1/2 limão Tahiti   1/2 limão siciliano espremido  1 xícara de queijo parmesão  1 colher sopa de mostarda 1 colher de chá de mel  Pitada de sal Pitada de pimenta do reino MODO DE PREPARO: Prepare o molho e reserve: Azeite, sal, pimenta, mostarda, mel e suco de limão. Pique e toste as amêndoas na frigideira e reserve para o final da receita. Corte as abobrinhas em lâminas no cortador de legumes. Disponha as lâminas organizadas em uma travessa. Jogue raspas de limão sobre as abobrinhas, e despeje o molho por cima, delicadamente. Salpique bastante queijo parmesão e finalize com as lâminas de amêndoas tostadas. Roberta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha da MS Encontre-a no Instagram: @abetaqfaz

  • FLAN DE CACAU RECHEADO - GLÚTEN FREE

    Essa sobremesa é feita com apenas 3 ingredientes e pode levar o recheio que você desejar.     Ingredientes:  1 banana nanica madura grande  ½ barra de chocolate 60 ou 70%  1 colher de sobremesa de óleo de coco derretido     Ingredientes do recheio:   1 colher de chá de pasta de amendoim em cada forminha.  Pode usar morango, pedaços de tâmara, castanha do Pará, doce de coco, doce de leite pastoso etc    Modo de preparo:  Prepare o chocolate: quebre-o em pedacinhos e leve ao microondas por 30 segundos.  Retire e mexa bem para espalhar o calor do recipiente.   Leve mais uma vez ao microondas por mais 30 segundos. Retire e misture bem até estar completamente derretido. Reserve.  No processador, bata a banana até virar uma pasta mole.  Adicione o óleo de coco e o chocolate derretido.  Bata até virar uma massa homogênea.  Coloque metade da massa em forminhas de silicone.  Recheie e cubra com o restante da massa.  Dica: salpique flor de sal para acentuar o sabor (opcional).  Leve ao freezer por 2 horas ou em geladeira por 8 horas.  Desenforme e sirva!  Rende até 3 porções.  Roberta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha da MS Encontre-a no Instagram: @abetaqfaz

  • Maternidade sem véu

    Ser mãe nunca é fácil. Vocês podem romantizar, se quiserem. Mas para quem escolhe ter filhos e ser presente, ser presença visceral, mão na massa, dia a dia, a realidade quase nunca é simples. Meu primeiro susto veio logo no puerpério: por que ninguém me avisou que seria tão difícil?  Há quase 30 anos a maternidade ainda era coberta por um véu santificado e idealizado, onde tudo seria um idílio infinito. E quando não era? A gente sofria horrores, em silêncio, achando que o problema era só nosso, que éramos falhas e imperfeitas. Uma vez atravessados os anos da infância, quando construímos as bases do vínculo, nos deparamos com os desafios de criar adolescentes. Nosso espaço e influência na vida dos filhos diminuiu, o mundo deles se amplia e seguimos margeando, contornando, apoiando o que for necessário e possível. E um dia eles crescem. Tornam-se adultos, saem de casa, mudam-se para longe.  E agora? O que fazemos com nossa enorme capacidade de amar e cuidar no cotidiano, quando não estamos perto? Não dá mais para fazer aquela gentileza, aquele agrado, aquele mimo. Os encontros se tornam preciosos, mas nunca, nem de longe, preenchem o vazio que essa separação deixou. E a gente não fala sobre isso, porque entregar os filhos ao mundo é nossa missão primordial como mães. Fizemos o melhor possível, dedicação intensiva e intensa, justamente para que eles não precisem mais de nós todos os dias. Para que possam seguir levando dentro deles o cuidado de mãe introjetado. Que se lembrem de escovar os dentes e passar protetor solar. Que evitem pessoas tóxicas e riscos desnecessários. Que sejam sérios, comprometidos e responsáveis. Que sejam gentis e respeitosos com todos. Que aproveitem o bom da vida.  A gente ensina, repete, insiste e depois apenas confia. Vai, filho, vai ser feliz onde o vento te levar. Vai, filho, vai seguir seu destino, seu rumo, seus sonhos.  Vai, filho, vai brilhar onde sentir o chamado da sua alma. A mamãe fica aqui, nos bastidores do seu caminho, na primeira fila da torcida, sempre pronta a correr para o abraço. A mamãe inventa novos projetos, novos vínculos, novos desafios. Tem uma vida plena de afetos e propósito. Mas lá, no cantinho escondido do coração, habita uma saudade imensa que em certos dias transborda pelos olhos, turva a vista, torna as horas mais longas. Então a gente escreve, faz contato, planeja visitas, encurta distâncias como puder. E segue. Porque esse é o fluxo natural da vida. E quem somos nós para atrapalhar?  Adriana Moretta especialmente para o Mês das Mães Encontre-a no Instagram: @noticiasdocorpo_adrianamoretta

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