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  • Aos Olhos dos Outros

    Eu vi minha vida através dos olhos de quem eu amo. Vi momentos de felicidade, de tristeza, de gozo, de raiva. Vi minha vida sob a ótica deles, dos meus amores. Fui grande aos olhos dos meus filhos, mesmo quando estava com medo. Fui pequena aos olhos dos meus pais, mesmo quando me achava indestrutível. Fui esperta aos olhos da minha avó, mesmo quando recebi as notas mais baixas da minha vida… Fui extremamente infeliz com meus antigos romances, aos olhos do meu novo companheiro. E fui muito, muito feliz, aos olhos deles, meus ex-amores… Fui louca e esquisita aos olhos de vários amigos queridos, mas aos olhos deles também fui também muito doce e divertida. Fui especial para quem eu tanto amo e, sem acreditar direito, fui especial também para as pessoas anônimas que apareceram na minha vida, aquelas pessoas que nunca dei tanta bola, mas que sempre tratei com educação. Fui muitas, em várias circunstâncias da minha vida. E, de todas as pessoas vistas, a que mais me surpreendeu, foi aquela que eu vi no reflexo do meu espelho: a pessoa que eu enxergava em mim… Fui! (Me ver melhor…)

  • Renascimento

    Morri e renasci mil vezes na minha vida. Morro um pouco a cada dia quando penso nos erros que não podem ser mudados, pela culpa de ter machucado quem eu tanto amo. Morro a cada segundo quando penso em cada oportunidade que não aproveitei, ou quando lembro de cada escolha errada que tomei. Mas sempre depois de morta, consigo retornar ao mundo dos vivos e recomeçar. Abro meus olhos em direção ao meu futuro, que está cheio de várias possibilidades. Revivo a alegria de estar, de novo, na minha casa, ao lado dos que ainda estão aqui. Nesse momento só consigo recordar as escolhas acertadas e escuto no fundo da alma todos os “sim” que falei para a vida que construí. Os escuto de novo e de novo, até perceber que meus acertos são a prova de que vale à pena tentar novamente… Minhas mortes me ajudam a viver mais plenamente, a cada nova chance que eu me dou, a cada novo despertar. Fui! (viver…)

  • Meu Amor

    Meu. É exatamente o que você é: “meu”. Porque são minhas as suas emoções, as suas aflições e suas alegrias. É o meu amor que te transforma em um alguém melhor, aquele que reflete as minhas pretenções e o meu orgulho. Muitas vezes pensamos que se trata da sua vida, mas sempre foi sobre a minha vida que estávamos falando… Porque você é a continuação da minha existência. O seu pensamento e suas crenças são resultado de anos de trabalho para te fazer acreditar no que eu acredito. Para gostar do que e de quem eu gosto. São anos de dedicação para estender à você o melhor de mim, aquele pedaço mais pleno, sem manchas e vícios. E você pensa que quando tem um problema, deveria resolver sozinho? O seu problema é muito mais meu do que seu, porque me atinge em um grau muito maior do que a você. Então o problema é, no mínimo nosso. E as vitórias? Elas podem ser somente suas, eu te dou todo o mérito. Porque nós sabemos que tudo na sua vida é compartilhado, mas o sucesso, a conquista e o sorriso eu deixo só para você. Fico com a satisfação de ter nas minhas mãos a sua vida, desde o seu nascimento, através do meu corpo, até a sua morte, quando eu espero já não estar mais por aqui, através dos meus conselhos e do meu amor, que se eterniza a cada olhar, a cada prece… Fui! (agradecer…)

  • Pedaços de Mim

    Quando vejo meu futuro, vejo pedaços de mim espalhados pelo altar da minha coroação. São fragmentos da minha vida, misturados com sentimentos de euforia e agonia, conforto e solidão, prazer e culpa. Regozijo a poesia que foi minha vida, cercada por almas bondosas, que me emprestaram suas razões para continuarem vivas. Seres que me ensinaram através do amor ou da dor. São meus amigos de caminhada e meus inimigos de aprendizado fortuito. Ao final da trajetória, sou toda remontada para, enfim, seguir com a oratória de despedida. Vou feliz, observando esse mosaico de sentimentos que levo na minha bagagem, sem me importar com o peso dela… Fui! (providenciar pedaços mais felizes para o meu quebra cabeças do final…)

  • O que ela quer

    O que ela quer? Ela quer tudo e mais um pouco. Quer descobrir o Mundo com seus próprios olhos, mas quer segurança também. Ela quer comer doces, muitos doces, mas também quer um corpo perfeito. Ela quer ser rica, mas gosta de dormir até tarde… Ela quer acordar loira e dormir morena. Ela quer noites de loucura com muito sexo e paixão, mas também quer um amor verdadeiro que lhe dê a mão. Ela quer ter amigas, muitas amigas, mas sente saudade da sua avó… Ela quer ser culta, mas sempre acaba trocando seus livros pelos programas de culinária na tv. Ela quer mais da vida, mas tem uma preguiça gigante para ir buscar esse “mais”. Ela quer ser ela, mas não sabe ao certo quem é. O que ela quer? Acho que nem ela sabe direito… Fui! (descobrir o que eu quero…)

  • Colinho da Mamãe…

    A maternidade é algo lindo, divino. E se é divino, significa dizer que é algo de Deus. São elas, semi-deusas do cotidiano, almas envaidecidas pela responsabilidade de ter nas mãos seres completamente dependentes. E, mesmo que outra criatura do lar tente fazer algo similar, nunca, eu repito, nunca, será feito da mesma forma… “perfeita”. Porque as mães são… praticamente perfeitas. São aquelas cozinheiras que entendem tudo de temperos, mesmo quando a sua única opção é um “ketchup” rápido. São elas que sabem quando o filho não tomou banho, e as únicas a dar a permissão para o banho do dia seguinte… são elas, criaturas místicas, que prevêem o futuro somente com um olhar certeiro sobre a nova companheira do filho. Elas, as mães, são as donas do casa, mas são também escravas do tempo que não têm, que doam incessantemente para todos os seus, e que ficam, quando muito, com as sobras. São as rainhas do lar abençoado por gritos e chantagens, são atrizes na arte do drama e da comédia, são as coadjuvantes mais essenciais para a vida caminhar. Elas tentam dividir com os pais a árdua tarefa de educar. Talvez consigam alguma coisa… mas o lado mais quente da cama é sempre aquele perto do colinho da mamãe… Fui! (dormir…)

  • Na Minha Época

    Escuto dizer “na minha época” como se eu pertencesse sempre a um tempo passado. Como se o tempo legítimo da minha existência fosse apenas aquele em que eu desfrutava da minha vigorosa juventude. Como se a jovialidade marcasse nos ponteiros do grande relógio o tempo a que pertencemos, aquele tempo que podemos chamar de “nosso”. O nosso tempo, na “nossa época”. Esse tempo não é irreal nem contraditório. Ele é sim o nosso tempo, ou pelo menos parte dele. É um fragmento do tempo que temos, destacado pelos anos jovens que experimentamos viver bem, ainda que na clandestinidade da nossa tão invejada maturidade. Se é na juventude que definimos os nossos tempos, seria no mínimo ilegítimo vivermos tão plenamente os outros tempos que roubamos da vida. Mas a verdade maior é que não existe o “nosso tempo”.  O que existe é a nossa vida, dividida em momentos preciosos, nas diferentes etapas em que existimos. E o meu tempo, é o “agora”… Fui! (Comemorar a chegada de mais um ano novo da minha época!)

  • Tatuada na Alma

    Das coisas que aprendi na vida, a melhor foi me rebelar. Me rebelar contra tudo e todos. Não pensar muito para agradar aos achados importantes, porque sempre existe uma platéia cativa e, mesmo que você não faça nada para conquistá-la, ela estará ali… aplaudindo de pé. Aos que se levantam e se vão ou os que vaiam, ainda que sejam a maioria, não importam seu desprezo e repúdio. Porque somos nós, no começo e no final da estrada, que enfrentaremos nossos maiores medos e culpas. Somos nós que responderemos por nossos atos, então, vamos tatuar não só o corpo como também a alma. Vamos refazer a arquitetura perfeita de Deus dentro da nossa própria ótica, escrever a nossa história utilizando o nosso arbítrio e a nossa falta de juízo, porque responsabilidade é importante para preservar os que amamos e completamente dispensável para encontrar o caminho da tal felicidade. Se somos pretos ou brancos, não importa. Importam, sim, as marcas que a nossa vida nos traz; as marcas de todas as tristezas, afagos e ilusões. São elas, as marcas de uma vida vivida, mais exatas que a pureza de uma pele limpa, mais plenas que um bom corte de cabelo e mais perfeitas que a melhor maquiagem. Essas marcas, recebidas ou produzidas, são as nossas conquistas cicatrizadas no templo da nossa vida, nosso corpo machucado e rebelde. Fui! (fumar meu “pito”…)

  • O Tempo

    O tempo passa implacável por nós. Ele nos devora com a mesma intensidade em que nos inebria, que nos ilude. Pensamos ser senhores do nosso tempo, mas a verdade é que somos reféns dele, do marcador incostante que determina quando nossos amados sairão de cena e quando os novos brancos começarão a frequentar nossas cabeças. São tantas as recordações que queremos de volta, são tantos os abraços que nos faltam.Tudo o que acalma a alma é reflexo do que o tempo nos permite sentir. Nos sentimos anestesiados em cada lembrança e não conseguimos perceber a importância de cada momento, até que ele se esgote, até que a vida mude, até que o tempo pare. Nas lacunas da nossa vida está a saudade, a lembrança, as melhores partes da vida vivida ao lado dos nossos. E são essas recordações que gritam para que não paremos de caminhar. São elas, que nos mostram em cada reflexo, que precisamos seguir adiante. A força que nos move é a mesma que nos lembra de tudo que passou e de toda estrada que ainda deve ser percorrida. Mas quando nos sentimos cansados, olhamos um pouquinho através das frestas das nossas lacunas, pedimos permissão ao tempo e, paramos para admirar esse espetáculo, chamado vida… Fui! (Parar o tempo um pouquinho…)

  • A Reza do Mais Forte

    Rezemos todos a nova oração, entoada pelo hino do mais forte, guiada pelos santos consagrados na igreja da religião autorizada. Vamos agradecer ao novo senhor loiro, a chance que temos de servir. Seremos excomungados do ritual se não comprarmos, mas a nossa casa tem que ser bem mais distante do que era. O Mundo ficou pequeno demais para tantas cores, para tantos idiomas. Agora vamos unificar o pensamento e consumir mais supérfluos. Vamos gastar o que ainda nos resta, antes que a grande onda nos alcance… se remarmos contra a corrente vamos nos deparar com policiais brancos, entorpecidos com armas poderosas, que mais se parecem com guerreiros medievais. Do lado de lá, atrás da outra igreja, aquela que não prioriza o consumo, mas sim a obediência, estão os outros senhores, os de barba preta. Eles também oferecem a salvação da nossa alma se entregarmos nosso corpo, nossa mente e nossos filhos. São exércitos poderosos, fortes… mas minha mãe de santo me disse que isso tudo vai acabar logo, logo… e não importa a oração, não importa o tom, não importa a fé. Seremos todos engolidos pela humanidade, que de humana já não tem nada. Fui! (rezar a minha reza e pedir proteção deles, os senhores da intolerância…)

  • Crianças Felizes

    Feliz Dia das Crianças para todas as crianças! E feliz da criança que pode, além de estudar, trabalhar. Feliz da criança que recebe ordens duras, que é exigida além da sua capacidade infantil, que se supera na tentativa de aprender a lavar sua própria sujeira. Feliz da criança que possui pais à moda antiga, que limitam o uso intenso da tecnologia e, ao invés dela, obrigam o “pobre ser” a arrumar seu quarto, a recolher seu lixo e a buscar seu próprio copo de água. Sim, são felizes aquelas crianças que têm a oportunidade de aprender outras formas de comunicação, mais necessárias, inclusive, que o importante inglês, que é a linguagem da boa educação, rebuscadas por siglas fundamentais como “obrigado”, “por favor” ou “desculpe”… São felizes aquelas que têm a oportunidade de receber muitos “nãos”, porque deles virá a tão sonhada independência, da forma correta, com todos os limites necessários para uma vida adequada em sociedade. Para essas crianças, o dia das crianças é somente mais um dia feliz… Porque elas já crescem como o verdadeiro conceito de felicidade, aquele baseado nos valores mais arcaicos e obsoletos do ser humano: o conceito de servir à um propósito, ao próximo ou ao Mundo. Fui! (tentar criar filhos melhores…)

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