top of page

Resultados da busca

1085 itens encontrados para ""

  • Seres Críticos

    Todos nós somos, de alguma forma, e, às vezes, de forma inteira, seres críticos. Somos capazes de criticar o que não faz parte do nosso universo, de reacionar frente ao distinto, de manifestar que a conduta de certos grupos é errada ou não apropriada. Ou ainda, ridícula e vexatória. Somos seres humanos e, por isso, na maior parte das vezes, irracionais, movidos pela tentação de implicar ou de sabotar. Somos pequenos e frágeis. Somos todos críticos de nós mesmos. Não aceitamos os viciados em drogas, mas nós mesmos nos drogamos com outras formas de drogas… Quando não são os viciados em drogas, são os viciados em malhação que criticamos… Os corpos cheios de músculos e intervenções plásticas para ficarem parecido a um manequim de loja de produtos para ganhar massa muscular… Mas, se não é o nosso corpo nem o corpo do nosso companheiro de cama, por que a implicância??? Fazemos questão de ter milhões de contatos em nossas redes sociais, mas quando aparece um cartaz com a frase: “Temos várias vidas, a minha, a que os outros cuidam e …” geralmente não resistimos e copiamos em nosso “mural”… então por que se abrir ao mundo em artifícios sociais, se não temos o interesse que os outros nos “cuidem” ou “vigiem” ??? É, como diriam os atores: o preço da fama… Por que é incrivelmente insuportável a felicidade de um filho quando é ao lado do desafeto feminino? Da mulher bela e jovem, que, sem pedir permissão, “roubou” o filho companheiro e se apoderou dele… aí a crítica é realmente inevitável…. Existem vários outros tipos de críticas em famíla, como irmãos que vivem criticando, primos que acusam, tios que lamentam… Mas é no ambiente de trabalho onde as criticas ganham mais ibope. E os chefes são sempre vítimas. Não que não mereçam, mas… para que criticar tanto a pessoa que lhe provê “o pão nosso de cada dia”. Chefes são, por definição, chatos e irritantes; então, não precisam de críticas constantes, pois já as possuem de forma intrínseca… Em alguns momentos pensamos que viver é difícil, e viver, sem criticar a absolutamente ninguém ou nada a nossa volta, torna mais difícil ainda a tarefa de viver “esses alguns momentos”… Ser um ser completamente benevolente e com muita tolerância também cansa, e o ato de “não criticar” torna mais difícil suportar o que é intolerante aos nossos olhos. Criticar tudo o tempo todo não dá! Mas não criticar também é difícil… Então por que não tentar criticar o que realmente é absurdamente banal? Como a Luiza do Canadá por exemplo… Fui! Obs* Crônica antiga, datada de 02/01/2012, aposentada no site Mariascarlet.com

  • Leveza

    Ódio, raiva, revolta, mágoa. Todos sentimentos justos que nos inspiram a lutar pela nossa verdade, pela nossa causa (ainda que a nossa luta seja por retribuir um injusto xingamento de trânsito…). Essa atmosfera nos traz calor, nos aproxima do caos necessário para a construção ou a reconstrução da nossa, muitas vezes, apagada identidade. Mas ao nos afastarmos um pouquinho, ao considerar uma pequena pausa nessa selva de macacos loucos nos deparamos com uma verdade inesgotável: a de que a vida é mais fácil quando a levamos com “leveza”. Não digo desconsiderar por completo o absurdo de ser ultrapassado em uma fila, mas talvez, só talvez, deixar passar sua frente aquele apressado mal-educado que vai te fazer franzir sua testa “recém-botoxiada” e te fazer encher de adrenalina seu corpinho que acabou de passar por uma massagem revitalizante. Viver por si só é extremamente complexo e desafiador. A aventura de manter o equilíbrio em ambientes hostis obrigatórios, como o trabalho e a casa da sogra, já são armadilhas suficientemente perigosas para nossa saúde emocional. Manter-se asilado do universo deseducado do “Faroeste Caboclo” em que vivemos não é covardia, é na verdade, estratégia. “Estratégia de guerra” onde o objetivo não é a luta em si, mas manter a munição guardada e as armas intactas para o tiro certeiro. Até lá, uma boa cerveja gelada e um sorriso na cara para espantar as grosserias do dia a dia… Fui! (sorrir, rir, gargalhar e me esbaldar!)

  • Destino

    Carmas e Dharmas. Livre arbítrio. Destino. Nunca sabemos ao certo até que ponto somos os responsáveis pelo nosso caos, ou se esse caos já estava programado há muito tempo, em outros tribunais e conselhos. Por que algumas mães são premiadas com filhos “perfeitos” enquanto outras trazem o fardo pesado de ver sua cria sem as mesmas oportunidades que saltitantes e energéticas crianças? Por que algumas pessoas simplesmente não dão certo na vida profissional? São preguiçosas ou apenas sem sorte? Por que muita gente, apesar de tentar com todas as suas forças, termina sempre só no final do domingo? Culpa delas ou do destino? Em contraponto existem os felizes, os sortudos, os realizados na vida. Esses são a exceção invejada de uma vida cobiçada. São a dura constatação de que o céu é o limite para alguns, enquanto a realidade de tantos outros é bem diferente. Para fazer de um limão uma “boa” limonada é necessário açúcar e gelo, não somente boa vontade… E assim empresas do mundo todo fazem rios de dinheiro, investindo em “sonhos” para ajudar a muitos, a fugir, ainda que temporariamente, do seu carma. São elas, empresas de cosméticos, de produtos light & diet, de informática, de cigarro, de remédios, de novelas, de criação de ídolos. Há sempre um produto certo para alguém que precisa amenizar as cicratizes da sua vida. E há, por fim, o melhor de todos os produtos para curar ou tratar as dores da alma, de um destino irreparavelmente, bege: a espiritualidade. Ela nos ajuda a compreender melhor os porquês da vida e, se ainda assim, não conseguimos entendê-los, há sempre aquela frase reconfortante que diz que o “destino” era esse… Fui! (comprar quilos de chocolate para compensar meus dramas carmáticos…)

  • Obrigada Filho

    Obrigada mãe? Eu diria, na contramão das homenagens, um “obrigada filho”! Porque ser mãe, dar, prover, entregar é fácil. Depende de nós, “mães”. O difícil na vida não é dar, é justamente o contrário, é saber “receber”. É tanto amor, tanta dedicação, tantas projeções em cima desse “pobre” filho, que o agradecimento merecido deveria recair no elo mais “fraco”, ou mais frágil da relação: o projeto. Porque quando nasce um filho não nasce somente um ser, nasce uma mãe. Uma mãe cheia de ideias, cheia de vontades e cheia de traumas também. Nasce junto com o ser bendido a promessa de um futuro e a responsabilidade de cada criança em manter-se viva e saudável. A responsabilidade de cada criança tornar-se um adulto bem resolvido e feliz. Em cada nascimento existe o milagre da vida e a tabuada decorada a ser proferida na data especial. Em cada história existe ela, a mãe, incubindo no ser criado por ela a explicação da sua vida. A razão de tudo o que fez e faz, de tudo em que acredita e de tudo que o é na realidade: mãe. Fui! (agradecer meu filho nesse “Dia das Mães”…)

  • Ego

    Ego. Muitas vezes o problema da nossa vida se resume a essas três letras. Quantas vezes seguimos caminhos opostos a alguém amado só porque "ele", o Senhor Ego, não nos permite abaixar, recuar, perdoar? Existem por aí na vida, muitas "Monalisas" prontas para abandonar de vez seu lugar cativo na arquibancada para seguir seu amor próprio em busca de um pouco de dignidade... Mas o que não conseguem enxergar no momento em que abraçam seu orgulho com todas as forças, é que existem muito mais peças nesse quebra-cabeça do que simplesmente a sua figura recomposta. Conheço um caso de uma mulher de fibra. Valente e corajosa. Forte o suficiente para abandonar o esteriótipo de coitada, com pena de si pelo infortúnio do tesão alheio e lutar com todas as suas armas contra seu próprio Ego. Se reinventou. Criou uma versão de si própria mais adequada à sua nova realidade. Não se rogou de vencida: venceu. E venceu do pior inimigo que poderia ter... a amante do seu marido? Não. Venceu da sua vontade de esconder-se atrás da sua fraqueza, onde impunha a si própria a máscara de vítima e a roupa do seu orgulho, confeccionadas por seu "Ego"... Fui!

  • Roda Viva

    “Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião” já dizia a canção do querido Chico. E, se Chico soubesse como a letra de sua música conta verdades incontestáveis sobre o comportamento humano não seria ele, Chico cantor. Seria Chico doutor. Ou Chico Deus… Muitas vezes pensamos que somos soberanos, grandes. Aí vem a roda da vida, que nos derruba e nos acorda. Nos mostra que ninguém sabe “tudo de tudo”. E que o poder a nós concedido é, meramente, transitório. Nos ensina que não somos donos de nada nem de ninguém. Essa roda funciona para nos dar o equilíbrio do hemisfério central, da coerência, da humildade. Se vamos ao céu, descemos à terra. E se nela já estamos, aí o caminho é só subida. Mas se subimos muito rápido, a roda gira mais rápido ainda, e escorregamos… E bom mesmo é saber que, se hoje somos pagadores das ofensas e mágoas que gerimos, no outro dia, um dia, que pode ser amanhã ou daqui a dez anos, somos nós que vamos poder cobrar as ingratidões e imperfeições dos antigos cobradores. E, se ainda assim não os encontramos, não importa. A culpa deles já é suficiente para o troco, e a gorjeta fica por conta… Fui! (parar de cobrar o que um dia eu vou ficar devendo…)

  • Puritana, eu?

    Sem pudor e sem meias-palavras… Desbocada e sincera. Meia deusa, meio demônio. Sou assim… Meio gente, meio “pomba-gira”. Me lembro da última vez que me confessei. Foi “literalmente” há séculos. Se salvaram a minha alma? Claro que não. Eles nunca salvam ninguém. São, mal comparando, igualmente criminosos aos laboratórios de remédios para emagrecer ou, pior ainda, aos traficantes que te garantem a “salvação da sua felicidade” em troca da sua fidelidade. Se rezar 10 ave-marias e 10 pai-nossos fosse garantia de me livrar do inferno, rezaria 100 vezes e não 10. Mas a única garantia que há, de fato, é a de que estarei por mais 10 anos em dívida para poder me candidatar à compra do ingresso Vip do paraíso. E isso se eu me dedicar bem. Se for coerente com o que prega a Santa Fé Católica de que, se eu me casar, devo conservar este estado até que o bom Deus resolva me buscar. Não importa se eu for infeliz nesse meu casamento. O que o homem escreve não pode ser apagado. “Borracha” não existe nessa missa, o “Deus Católico” deve ter uma quedinha por caneta ou pilot… Casar de novo? Nem pensar! Só mesmo se eu quiser ser excomungada dessa maravilhosa e (casta) recreação psicológica. Camisinha? Não deveria… Método anticoncepcional é crime para a Santa… Santa o quê mesmo? Ah… “Santa Fé”. É… tem que ser Santa, e de preferência ter muita Fé. Se sou católica? Claro que sou, no Brasil todos são católicos nos formulários de busca de emprego ou para celebrar uma cerimônia de casamento ou bastimo. E pensar que a ex-mulher do meu marido, que prostituiu os próprios filhos em um tribunal para garantir um carro novo a cada ano, frequenta todo domingo a Santa Fé, na missa do Padre Bento. E nesse contexto puritano, quem se salva mesmo é a Carminha da novela das 9… Fui! (Confesar mais um pecado!)

  • Egoísmo

    Seja egoísta! Sim, Egoísta. Depois de muito caminhar por esse Mundo e ver coisas que até Deus (e o Diabo também) duvida, sugiro mesmo que você seja “egoísta”. E egoísta não significa, em hipótese alguma, ser uma pessoa má. Significa apenas, ser partidário do seu time. A benevolência está aí, parada na esquina para te pedir esmola e, ao mesmo tempo, preparada para reclamar da pouca esmola que recebeu. Não digo que todo e qualquer tipo de caridade seja algo prejudicial à saúde, mas o uso indiscriminado dela traz sim muitos malefícios à sua prosperidade matriarcal, conjugal e, até material. Ser cuidadoso com a aceitação de pedidos de ajuda limita o risco de fracasso, seja no campo de trabalho ou mesmo no pessoal. Não vamos generalizar ou ampliar a gama de desserviços à sociedade, mas vamos nos ater à produtividade da nossa vida, buscando em nossa essência o que nos traz felicidade, realmente e coerentemente. Sejamos todos adultos para entender que ajudar não significa anular-se, e que dizer não, muitas vezes, não é pecado inconfessável ou motivo de vergonha social irreparável. Isso porque não ser prestativo a outra pessoa não significa ser um alguém “imprestável”. A prestação de contas está muito mais na nossa mente culpada do que nos nossos “não-atos”. Sermos autênticos no que nos faz feliz dentro de toda a nossa preguiça é mais legítimo do que se esforçar para entregar o que nosso corpo e, muitas vezes, nossa alma pede para guardar. Vamos ser solidários em causas que nos comovam, vamos ser sociais em eventos que nos estimulem, mesmo optando por uma festa fútil e não beneficente. Mas vale viver de forma correta com seus interesses e princípios do que construir uma imagem aprovada por institutos falidos e já descredenciados da verdade e regra de etiqueta. Se sou egoísta? Completamente. Comigo e com os meus. Meu cercado é enorme e com um cadeado reforçado. Mas também o abro para caridade. Aos sábados, porque domingo é meu dia de não fazer nada para ninguém, só para mim… Fui! (ser mais egoísta e menos hipócrita…)

bottom of page