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Sua Brisa…


Andando por essa estrada vazia, percebo que voltei ao ponto de partida. Escuto vozes por todos os lados e tento me lembrar de como era a vida quando você ainda estava aqui… me vejo tão pequeno que quase não me reconheço! Sou eu quem deveria dizer adeus de forma definitiva, mas não consigo parar de pensar em como meu sorriso ficava grande ao ouvir suas piadas e em como meus olhos ficavam molhados cada vez que percebia que nosso tempo estava terminando. Voltei para te dizer “oi”, mas sei que você não vai escutar daí de cima. Então resolvo fazer um gesto para tentar chamar sua atenção, mas você continua sem responder ao meu chamado. Dou uma volta em torno da casa de tijolos e tento entrar pelos fundos, mas a maçaneta está presa. Entendo, por fim, que tenho que seguir meu caminho. E, enquanto ando, sinto uma leve brisa acariciar minha face, marcada em parte, pela dor da saudade que tenho de você; o vento que sopra suave abraça meu corpo como se eu ainda tivesse sete anos de idade. Ele me diz, sussurrando, o quanto você me ama e o quanto te custa não me acompanhar desta vez. Devolvo o sopro de esperança que ganhei com o ar quente que sai da minha alma. Entrego meu amor à frequência que me acompanha e peço que enderece a você meu beijo de saudade, aquele que explica o porquê da minha visita. Fui! (sentir o vento me beijar…)

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