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Violência contra a mulher


A violência doméstica é um problema de saúde pública que traz prejuízos à saúde mental da mulher e à sua integridade. A violência contra a mulher é caracterizada por cinco categorias: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A definição dessas formas de violência é dada pela Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, artigo 7º.


"A violência doméstica é um problema de saúde pública que traz prejuízos à saúde mental da mulher e à sua integridade."

Existem leis que teoricamente estão disponíveis para proteção e auxílio da mulher em situação de violência. Mas será que elas realmente oferecem segurança àquelas que denunciam? Ou será que a violência continua acontecendo mesmo após a denúncia? Não vindo do abusador, mas sim da sociedade.


Quantas vezes ouvimos e vemos na mídia mulheres que denunciaram algum artista, por exemplo, e foram julgadas como mulheres que “querem fama” ou “querem dinheiro”? Quantas amigas você conhece que já passaram por uma situação violenta em algum relacionamento e nunca fizeram nada a respeito, por medo do que os outros iam pensar?


E é aí que está o problema: a forma como as pessoas enxergam a vítima da violência; vítima que sempre tem os dedos apontados para ela, em vez de eles serem apontados ao agressor.


O assunto violência contra a mulher está sendo, sim, mais comentado e conversado – vemos constantemente pessoas influentes fazendo campanhas, falando, conversando –, mas e no dia a dia, na mediocridade? O que está sendo feito? De que forma as informações acerca da violência chegam a todas? Muitas mulheres também não denunciam pois mal sabem que vivem uma relação violenta.


Mas tudo bem, passando por essa problemática, o que acontece depois que a mulher faz a denúncia? Qual o sofrimento emocional que pode surgir?


"De que forma as informações acerca da violência chegam a todas? Muitas mulheres também não denunciam pois mal sabem que vivem uma relação violenta. "

Idealmente, a denúncia deveria ser feita e, como consequência, deveríamos nos sentir seguras, amparadas, tranquilas; e não, não nos sentimos assim. As pessoas têm o costume de duvidar da fala da vítima por conta da banalização da violência que acontece há muito tempo e continua até hoje.


Enxerga-se a violência como algo irreal, que não aconteceu de verdade; tentam achar motivos para justificá-la, desvalorizando completamente o relato da vítima.


Além disso, é muito comum jogar a responsabilidade na mulher, como se ela fosse culpada pela violência que sofreu.


Quando uma mulher faz efetivamente a denúncia, ela sofre diversos julgamentos. Será que a violência aconteceu mesmo? O que será que ela fez para sofrer a violência? O que será que ela quer ganhar com essa denúncia? Com essas afirmações e julgamentos, a mulher sofre uma repressão social, é isolada, sofre com olhares tortos e tem sua integridade e seu caráter duvidados e violados, trazendo impactos emocionais e psicológicos na sua vida.


A mulher, quando tem sua palavra desvalorizada e invalidada, pode desenvolver diversos sintomas, como baixa autoestima, insegurança, medo, isolamento social, dificuldade de confiar, perda de interesse, sintomas depressivos, ansiedade social, entre outras coisas.


E agora você está se perguntando: “Poxa vida, mas, se vamos sofrer tanto assim, será que vale a pena denunciar?”. E eu entendo, mas, SIM, vale a pena, é necessário, é IMPORTANTE.


Precisamos com muita urgência quebrar o ciclo no qual a violência contra a mulher se encontra e normalizar cada vez mais esse processo. De formiguinha em formiguinha, vamos criando uma comunidade, uma rede de apoio, e vamos ficando mais seguras das decisões que tomamos.


"É muito comum jogar a responsabilidade na mulher, como se ela fosse culpada pela violência que sofreu. "

Rodeie-se de pessoas que te ofereçam suporte e que sejam sua rede de apoio, e, a partir daí, vamos tentando quebrar a banalização que acontece com a violência contra a mulher.


Se você está passando por algum problema, precisa de ajuda ou quer conversar, procure um profissional.


Canais de denúncia:

-180: Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência;

-190: Central da Polícia Militar.


Antonella Borghesi para a coluna empoderamento feminino

Encontre-a no Instagram: @psi_antonella

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