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  • FELIZ VIDA

    Feliz VIDA Feliz hoje, ontem e amanhã. Felizes momentos ao lado de quem é importante para nós e de quem sentirá nossa falta quando não mais estivermos por aqui. Felizes todos os dias de sol, mesmo sabendo que raramente podemos mergulhar em um mar gelado, com a brisa do vento para refrescar nossa face mais real e menos séria. Felizes todos os inconvenientes que nos fazem atrasar mais do que podíamos, mas que, de alguma forma, nos impedem de seguir viagem rumo a algum perigo. Felizes deles, que nos tiraram algo que pensávamos ser valioso, mas que só quando se foi, percebemos a insignificância disso ou daquilo. Felizes, mas felizes mesmo, somos todos nós, que buscamos paz nos arredores dos sonhos que plantamos. Aqueles que sabemos que dificilmente se realizarão, mas que nos acompanham durante a nossa jornada, tão vivos e tão presentes que reluzem mais coloridos ainda, como se fossem relances de um trailer de um desses filmes que nos inspiram a seguir, mesmo quando as luzes estão fracas. Feliz de mim, que, mesmo na sua ausência, consigo sentir seu calor; feliz de mim, que tenho as lembranças reais de uma vida cheia de você. Felizes de nós, que formamos essa imensa família diversa, heterogênea e incrivelmente farta de divergências deliciosas e inspiradoras. Felizes das cores que carregamos, que precisam destacar-se dos tons de cinza que os nossos afetos trazem para escurecê-las, e que, sem percebermos, acabam compondo a mais linda pintura. Feliz de quem pode, no final da estrada, em um compasso de amor e nostalgia, depois da espera que pareceu levar uma eternidade, ver esse sorriso lindo refletido no espelho de casa, cada vez que você sente felicidade… Fui! (Ser feliz…) www.mariascarlet.com

  • Você Fez A Minha Vida Tão Maravilhosa…

    Você me emprestou seus batimentos por alguns meses, me ensinou a ficar acordada de madrugada, me tirou a paz das tardes silenciosas e me deu um novo corpo. Você ultrapassou todos os limites da minha paciência e fez sucumbir a última gota de animação que eu ainda tinha para sair com meus amigos. Você me mostrou um novo universo, cheio de desafios e enigmas impossíveis de decifrar; você impôs o seu ritmo e fez com que eu precisasse me ajustar, me pediu mais quando eu pensava já ter te dado tudo… e não parou por aí: você me fez rever todos os conceitos que eu tinha arquivado na estante da minha sala de estar, aqueles que são “imutáveis”, ou que eram, até você chegar. Você espalhou todas as peças deste grande quebra-cabeças chamado vida e me fez remontá-lo inteiro ao seu lado. E depois de pronto, você trouxe um novo, cheio de novas peças, cheio de novas formas de ver a vida. E assim vamos seguindo, nesse jogo eterno que não vai terminar nunca, nem mesmo quando a jogadora master sair de cena. E quem terá ganho? Nós dois, em uma troca que se eternizará em todos os batimentos compartilhados, em todas as horas não dormidas, em todos os jogos não concluídos, em toda a vida que vivemos juntinhos. Porque você fez a minha vida tão maravilhosa, que uma existência é pouco para definir a sua importância nela… Fui! (Agradecer…)

  • O Balanço da Minha Vida

    Quando penso em mim, enxergo um mosaico de vários momentos cheios de vida e com fortes emoções no decorrer da estrada que caminhei. Vejo as oportunidades que perdi, as que criei e as que agarrei com toda força, para que pudesse hoje ser essa pessoa inteira, com a complexidade e a facilidade necessárias para suprir minha extrema carência de aplausos e olhares… Sou eu, em uma profusão de cores e movimentos, que agora grita para manter-se ativa neste mundo cheio de prós e contras, com ecos que ressoam as vozes dos antigos, mas que profanam a palavra dos novos apóstolos, sempre prontos para demarcarem os limites dos nossos passos, em doses maciças de mau-humor e prepotência. No meu balanço de vida, percebo que fiz muito por quem não merecia, mas também deixei alguns capítulos incompletos quando o assunto era entregar um pouco da minha boa-fé no caminho de alguns… superei meus obstáculos e reconstruí minha imagem perante o espelho de bronze, que emoldura a entrada da minha tolerância, com o cuidado de perdoar os descuidos que tive com a minha pele, todas as vezes em que não coloquei aquele filtro solar, que estava disponível na minha bancada. Nesse balanço, sigo buscando mais ar para preencher os espaços que ainda considero vazios, e encontro na superfície da minha paz, os motivos para continuar a movimentar-me. E assim continuo, por vezes rápida e cada vez mais devagar, tentando completar minha história de vida, para fazer com que ela seja plena, mesmo sabendo que esse balanço é apenas um passeio… Fui! (Aproveitar…) #continuaramovimentarme #históriadevida #momentoscheiosdevida #balançodevida #mundocheiodeprósecontras #estradaquecaminhei #vida

  • Fugindo da Vida

    Hoje eu acordei pensando nela, na mulher que tanto amei e que ainda amo. Penso em todos os momentos ótimos que compartilhamos e tento fugir do final trágico que levou embora as risadas cotidianas da nossa família; ela era a alegria constante em todos os eventos, uma pessoa sempre disposta a entreter e a fazer com que nossa caminhada fosse a mais leve possível, muito embora ela mesma estivesse sobrecarregada… Ela era luz pura para todos nós, mas dentro dela havia uma escuridão sem fim que tomava o espaço sagrado da sua fé e a fazia acreditar, cada vez mais, que precisava fugir desta vida para encontrar sua tão sonhada paz. Nunca acreditamos que essa fortaleza um dia se dobraria, mas foi o que aconteceu: em um dia qualquer de uma terça-feira soubemos que ela havia, finalmente, conseguido fugir da vida dela. E tudo ficou tão cinza deste a sua partida, tudo ficou tão calado, tão frágil. Superamos a cada dia a sua ausência e tentamos nos refazer do desastre que é ter uma pessoa próxima que resolve fugir para sempre. Sabemos que ela não tomou essa decisão para nos magoar, pelo menos não totalmente, mas foi a forma que ela encontrou para aliviar a dor imensa que já não suportava mais carregar. Dizem que os que fogem da vida são covardes, mas eu penso diferente. De certo não são corajosos por tomarem uma decisão baseada no desespero, na tristeza profunda, em um momento em que todas as portas parecem estar fechadas, mas tampouco são covardes. Minha tia não era covarde! Jamais foi! Ela era uma mulher corajosa, audaciosa, destemida e com uma forma única de enxergar o mundo. Ela foi a primeira mulher da nossa família a se assumir lésbica, em um momento em que todas se escondiam atrás de casamentos falidos. Ela pilotava uma moto como ninguém e foi responsável por uma enormidade de projetos, desde obras de embelezamento para a cidade até roteiros de cinema. Sim, ela foi uma mulher fantástica, apesar de toda a amargura que lhe conferiu a perda do apetite pela vida, no final do seu trajeto… Espero que hoje que ela esteja bem, que sua alma possa aproveitar cada segundo de todos os momentos infinitos que desfrutamos neste plano, que com certeza se tornaram eternos com suas piadas oportunas e risadas em alto e bom som. Por muito tempo tive raiva dela; raiva por nos deixar assim desta forma estúpida, como um soco no estômago que não esperamos receber e que parece doer sempre que o tempo vira e um vento gelado sopra. Agora entendo que não se trata de nós, que nunca foi sobre o que nós sentiríamos depois da sua fuga. Sempre foi sobre ela e sua saída inesperada e voluntária da sua própria vida. Hoje não gostaria de falar em suicídio, em tristeza, em morte. Gostaria de falar sobre a vida, a nossa vida, que é cercada de bons e maus momentos. Gostaria de falar sobre a superação das nossas dores e sobre o entendimento para os que não conseguiram superar a si próprios. E por fim, gostaria de falar sobre o perdão. Não o nosso perdão, mas o perdão dos próprios fugitivos de suas vidas, para que consigam se perdoar por desistirem em alguma etapa do percurso… Fui! (Agradecer todos os infinitos momentos ao lado dela e continuar firme em minha caminhada, pois eu não vou fugir para lugar nenhum.) * Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio #Ajuda #DiaMundialdePrevençãoaoSuicídio #SetembroAmarelo #Suicídio

  • O Palhaço da Vida

    Feito de giz está o esboço do pobre moço, aquele que se perdeu no seu olhar para o Mundo. Se despediu da alegria cotidiana e entregou a quem interessasse seu destino e suas opções. Mudou o discurso contraditório e fez valer a rigidez cinza dos moralistas de plantão. É mais uma cria da vida medíocre que engole os sonhos de quem se atreve a querer. O palhaço da vida se esquivou do abismo da sorte e foi buscar abrigo no colo da mesmice, aquele que consagra os tolos e esconde o brilho dos diversos. Se foi para sempre quando entendeu a indecência que é a vida próspera e sagaz, quando viu o feio nos olhos azuis do bom moço e quando encarou a triste verdade que é a censura aprovada e replicada. O palhaço deixou a vida livre para se esconder dentro de um alguém apático, de um alguém que quer o mesmo que todos, que nem sabe o que quer e que de nada tem certeza. É ele, um ser mutilado, o desvalido indecente que se escondeu da vida que não lhe pertencia. O palhaço se foi, mas antes, abençoou o injustiçado, beijou o inocente e perdoou seus governantes. Caminhou por horas a fio até a bota preta desgastar, até seus pés racharem, até cair. Nessa hora, olhou para o céu azul e pediu que um sinal viesse em seu auxílio. Foi quando apareceu um menino negro com olhos enormes e sorriso largo. Estava entregue a resposta que tanto buscava... a esperança que viu refletida no rosto de um qualquer, que poderia nunca chegar a lugar algum, mas que jamais deixaria de sorrir. O pobre palhaço conseguiu perdoar a si próprio pela descrença na sua alegria e seguiu adiante sorrindo para o Mundo que lhe proibiu de acreditar... Fui! (Consagrar aquele que me faz sorrir...)

  • A Vida Depois do Covid-19

    Uma nova oportunidade surge em meio à tempestade que assola nossa pequena vila sem piedade. Emergimos de palácios feitos de barro, esculpidos de vaidade e bonança, pintados com orgulho e boas doses de prepotência... Somos todos reféns de um sistema impiedoso, onde o erro do outro nos alcança onde quer que estejamos, na fila de espera ou mesmo na sala "vip" de um aeroporto qualquer... pedimos perdão pela imprudência de quem não conhecemos, e odiamos o outro que nos deixou à deriva, sem razão ou motivo, apenas para satisfazer a própria vontade de beber mais uma dose, de conversar um pouco mais, de ter um pouquinho "mais" de algo que nem deveria ser tão fundamental. Perdemos aquilo que nos era tão caro, ainda que não contabilizado ou percebido: perdemos a nossa liberdade e tudo o que deriva de seu significado. Perdemos a liberdade de sermos quem éramos, de propagar as nossas regras cheias de adornos e espaços vazios a serem preenchidos, perdemos a liberdade de não absorvermos todos os dramas cotidianos dos nossos filhos, perdemos a chance de equacionar as nossas conversas com aqueles que amamos, que nos roubam tanto do nosso novo "eu" que optamos por enviar curtas e rápidas mensagens para eles. Perdemos a oportunidade de apertar as mãos de quem não gostamos de verdade, mas que procuramos agradar para não parecermos antipáticos; agora seremos nós e eles em olhares diretos, palavras e atitudes que nos definirão genuinamente. Andaremos pelo meio-fio com medo do toque, com medo do ar, com medo da vida do lado de fora da nossa janela. Seremos mais acessíveis do que nunca pelo mundo digital e nele viveremos até o final dos novos tempos. Nossa casa será cada vez mais completa de acessórios e bem menos cheia de corpos com fluídos e secreções inoportunas. Seremos mais e teremos mais, não importa o que aconteça do lado de lá da rua. Porque o mundo que conhecíamos nos afastou dos outros para nos forçar a encontrarmos nós mesmos, no meio dessa tempestade maldita, que veio com o vírus da coroa, mas que espetou nossa alma em um nível bem mais profundo que as incômodas faltas de ar momentâneas. Fomos forçados a limpar nossa sujeira, a dividir nossa comida e a enxergar o próximo, que estava tão próximo que já nem notávamos sua presença... E no meio deste dilema ganharemos a oportunidade de nos reinventarmos um alguém pouquinho melhor, e teremos, ainda, a oportunidade de agradecer por termos sobrevivido a nós mesmos depois dessa quarentena, em que somos obrigados a nos olhar de forma crua, visceral e verdadeira. Fui! (Rezar...)

  • A Vida no Novo Mundo

    Nosso mundo acabou e agora temos que seguir com novas roupas e um novo protocolo. Somos obrigados a mudar e a nos adaptar em meio aos caos que se instaurou na nossa rotina. Somos nós quem vamos ditar as cores da nova estação que estará estampada nas roupas que usaremos nas próximas décadas; provavelmente a moda será um mix de várias coleções passadas, repaginadas para o novo momento de consumo mundial, onde o novo será um reflexo de tudo que já foi criado e experimentado. Seremos nosso próprio salão de beleza ambulante, que faremos as vezes de cabeleireiros, manicures e depiladores; de certo, não faremos muito bem nenhum dos papéis propostos, mas nos esforçaremos para encontrar um meio termo entre uma tintura mal-feita e uma cutícula maltratada. Nossos cortes ultra-modernos e os tons loiros serão artigo de luxo, para um mercado que certamente estará acima do nosso nível financeiro. Nos tornaremos cozinheiros de mão cheia e inventaremos nossas próprias receitas. Aprenderemos a cozinhar o que antes acreditávamos ser impossível. E, quando for mesmo impossível nos sobressairmos melhor que aquele restaurante famoso, teremos a opção de encomendar sua deliciosa e já não tão cara comida, afinal, todo produto e serviço vergonhosamente caro será transportado a uma nova realidade econômica, para um mundo onde só os justos sobreviverão. O conceito de marca será transformado, assim como o conceito de luxo e conforto. Será valorizada a empresa que optar pelo conceito do reciclável, do verde, do saudável. Será visto com bons olhos pela nova sociedade as marcas que expuserem sua preocupação com a qualidade de vida de uma sociedade sustentável, que se alimenta de insumos mas que não os extermina para isso. A preocupação com o bem-estar estará ligada aos pilares do afeto, da moradia confortável e da segurança com a saúde. No quesito afeto serão a família e os amigos mais próximos que preencherão o vazio da solidão, e que, ironicamente, se conectarão com mais frequência dentro da própria casa, através de um contato visual genuíno do filho com a mãe, ou através dos vários contatos virtuais com os amigos de longa data, que sempre estiveram ali, a dois toques do celular... As moradias serão transformadas em lugares de referência, onde ainda restará um consumo legítimo, ainda que consciente, em prol do conforto e da estabilidade emocional dentro das poucas paredes que conterão os sonhos de liberdade que sempre sonhamos. A liberdade será absorvida de outras formas e com outros moldes. Por certo, existirão viagens, aviões e hotéis. Mas serão artigos de luxo, desenhados para momentos super importantes, em um ou dois episódios durante a jornada de vida dos novos humanos. Será a saúde, o passaporte mais desejado na nova era pós-pandemia. A forma com que as pessoas se relacionarão, a forma com que farão suas transações econômicas, com que trabalharão, como se alimentarão e praticarão exercícios, tudo será relativizado em função do pilar da saúde. O monitoramento de todo sistema do indivíduo será compartilhado e o custo da sua saúde determinará a sua sobrevida neste planeta. Sua genética alinhada aos hábitos saudáveis, sua capacidade em se adequar às novas circunstâncias, seu contentamento diante do que não pode ser mudado e, por fim, a qualidade da sua saúde mental determinarão seu espaço na nova sociedade. O ser humano terá sua habilidade em fornecer ajuda avaliada com sua necessidade em absorver essa mesma ajuda. Serão escolhidos os que conseguirem atingir um equilíbrio dentro da nova cadeia de consumo; aqueles que melhor se adaptarem e que melhor entenderem como será a nova vida que se apresenta, serão os que ditarão o ritmo do novo século que foi recém-inaugurado. E os que não o entenderem? Esses ficarão para trás, obsoletos e ultrapassados, como um "bip" que já não terá utilidade nem energia para dialogar com os futuros humanos que habitarão este novo mundo. Fui! (Atualizar-me e continuar...)

  • Que Bom!

    Que bom que você resolveu voltar... bom saber que ainda somos um em meio a tantos. Que bom que não nos perdemos de nós, como fizeram nossos pais e os amigos deles. Bom pensar que ainda temos motivos para acreditar no caminho que escolhemos, aquele mais íngreme e tortuoso, mas igualmente encantador. Bom poder me olhar no espelho e encontrar seu rosto, aquele que me acalma e me traz serenidade. Que bom ser completa em um dia tão complicado como esse... que bom que tenho você para escutar as músicas antigas que tanto gosto e que nos envolve como uma sintonia inebriante. Que bom estarmos juntos nesse quarto frio, assistindo os programas sem graça e comendo aquela comida gordurosa que satisfaz meu corpo cheio de impurezas cotidianas, mas redondamente feliz por absorvê-las. Que bom saber que você não me abandona quando a vontade de estragar mais um pouquinho minha rotina rígida, toma conta de mim . E que bom saber que você está aí, quando eu retomo as boas práticas que estabeleci para a minha vida. Bom saber que você me acompanha, na suavidade das cores claras que envolvem minha aura feliz e na escuridão dos tons negros que envolvem minhas tristezas profundas, que estão escondidas lá no fundo da minha alma, mas que insistem em sair para passear de vez em quando... Que bom ter você ao meu lado, durante todo o percurso, do começo ao fim, desde sempre e para sempre. Para você, meu amigo imaginário, também chamado de "autoestima", te peço um pouquinho mais de paciência... a quarentena já está acabando. Fui! (Ficar quietinha ao meu lado...)

  • Sua Brisa…

    Andando por essa estrada vazia, percebo que voltei ao ponto de partida. Escuto vozes por todos os lados e tento me lembrar de como era a vida quando você ainda estava aqui… me vejo tão pequeno que quase não me reconheço! Sou eu quem deveria dizer adeus de forma definitiva, mas não consigo parar de pensar em como meu sorriso ficava grande ao ouvir suas piadas e em como meus olhos ficavam molhados cada vez que percebia que nosso tempo estava terminando. Voltei para te dizer “oi”, mas sei que você não vai escutar daí de cima. Então resolvo fazer um gesto para tentar chamar sua atenção, mas você continua sem responder ao meu chamado. Dou uma volta em torno da casa de tijolos e tento entrar pelos fundos, mas a maçaneta está presa. Entendo, por fim, que tenho que seguir meu caminho. E, enquanto ando, sinto uma leve brisa acariciar minha face, marcada em parte, pela dor da saudade que tenho de você; o vento que sopra suave abraça meu corpo como se eu ainda tivesse sete anos de idade. Ele me diz, sussurrando, o quanto você me ama e o quanto te custa não me acompanhar desta vez. Devolvo o sopro de esperança que ganhei com o ar quente que sai da minha alma. Entrego meu amor à frequência que me acompanha e peço que enderece a você meu beijo de saudade, aquele que explica o porquê da minha visita. Fui! (sentir o vento me beijar…)

  • Maternar

    De todas as pessoas que busquei neste mundo, de todas as que quis estar perto, foi você quem eu escolhi para compartilhar a maior experiência da minha vida: a minha transformação em matéria, a minha formação como ser humano, a base para a minha jornada neste plano que costumamos chamar de “vida”. Você foi a ponte que fez meu diálogo com o mundo, que me apresentou as coisas boas e que suportou ao meu lado todas as ruins. Você foi meu alicerce, minha casa e o sopro de alívio para todas as minhas feridas. Você buscou me dar tudo o que você teve, tudo o que não teve, tudo que eu quis e tudo que você achou que seria importante para mim. Você tentou me dar “tudo”; e nesse tudo veio junto a sua dedicação, a sua preocupação e, até mesmo, a sua chatice em tentar me transformar em um alguém perfeito. Sim, você sempre disse que eu era perfeito para você, exatamente da forma que eu vim para o mundo, mas que você precisava que eu superasse ainda mais as minhas expectativas, para que o mundo conseguisse enxergar o que você via de forma tão clara e transparente… Você me incentivou e me estimulou a ultrapassar todos os limites que eu ou eles me impuseram, você acreditou em mim quando eu mesmo já havia perdido as esperanças e chorou em silêncio cada vez em que meu fracasso era inevitável. Você encontrou palavras para me encorajar e me fazer seguir, mesmo quando você já não tinha forças para se levantar; e você me disse que era fácil, mesmo com tantas dúvidas na sua mente. Você errou muito também… ah! como errou. Mas eu não posso julgar seus erros, pois eles foram feitos por uma pessoa que tentava acertar; eles foram o resultado do amor extremo que você sentia, que acabou se transformando em medo. Então, chego a conclusão de que até seus erros estão embasados na categoria de amor, aquela que transforma tudo de ruim em algo bom demais, assim como quando escutamos o som do seu nome, que é tão universal quanto particular para você: “Mãe”. Fui! ( Comemorar minha vida dentro e fora do seu corpo…) Assista a crônica no Canal do Youtube: Link para a Crônica “Mãe”

  • Mãe

    De todas as voltas que dei no mundo, você, simplesmente, foi a melhor de todas! De todos os amores que conheci, foi você quem fez meu coração bater mais forte, pois senti seu coração bater junto ao meu, dentro e fora de mim, em todas as vezes em que sentia você sorrindo, chorando, desejando e se conectando com a maravilha que é a vida que nos cerca. Sei que tenho imensa responsabilidade pelo seu bem-estar, pela sua identidade e pelos sonhos que você vai buscar alcançar, pois sei, que lá no fundo, você vai projetá-los para encontrar um pouco de mim neles, seja por admiração ou por birra. Sim, você vai tentar ser igual a mim em várias coisas e vai tentar me empurrar para o mais longe que conseguir em tantas outras; você vai lutar contra minhas regras a vida inteira, até entender o que é ser mãe. E você vai, enfim, sentir-se completa quando esse dia chegar. E nesse dia, você vai tirar de mim a responsabilidade pelo sucesso da sua existência e vai entregá-lo a uma outra pessoa, uma que estará conectada com você para sempre. Essa pessoa vai nortear a sua busca pela felicidade e seu seu coração vai bater mais forte a cada nova conquista dele, a cada malcriação, a cada refeição e a cada apresentação de colégio. Seu coração vai acelerar todas as vezes em que perceber que seu filho corre algum perigo ou que ele pode se magoar; e seu coração vai se acalmar todas as vezes que perceber que ele está feliz e saudável. Sua programação de férias vai sempre contemplar a presença dele e, quando você não quiser levá-lo na garupa da sua moto, uma parte sua vai te lembrar que algo valioso estará faltando nessa viagem. Porque você não será só mãe, você será um conjunto de todas as versões que você inventará para você nessa existência, mas essencialmente, você será uma mãe. E esse adjetivo sempre será o mais importante, saiba disso. Você vai desejar que o tempo passe mais rápido a cada febre, a cada choro, a cada lágrima ; mas a cada sorriso e a cada abraço você vai desejar que esse mesmo tempo pare. E você vai eternizar esses momentos dentro de você para poder saboreá-los quando o tempo mudar e você já não for mais essencial para ele ou para ela… Você vai desejar renascer mil vezes para viver isso que chamamos de maternidade. Vai pedir para voltar como mãe e vai encarar de novo as torturas dos cuidados com um recém-nascido, com uma criança ativa, com um “aborrecente” e com um adulto com personalidade própria. Você vai voltar para esse instante todas as vezes em que se sentir sozinha no meio de uma multidão de outros amores com outros sentimentos, porque os instantes com seu filho, todos eles, são tão únicos e especiais, que só ali você consegue se conectar profundamente com sua melhor versão; aquela para a qual você foi destinada a viver: a sua versão “Mãe”. Fui! (Agradecer sua existência…) #diadasmães #mãe #MATERNIDADE

  • Minha mãe

    Mãe, minha mãe. Hoje me sinto mais forte e mais segura; me sinto mais capaz e mais determinada. Hoje sou eu quem reclama da bagunça na casa, quem regula a quantidade de açúcar e quem reza para pedir a proteção dos meus, toda vez que saem por essa porta. Mãe, hoje eu enxergo todas as manhas que fiz e besteiras que falei; hoje entendo que tudo o que você fez foi sempre pensando no meu bem, ainda que indiretamente. Hoje entendo o quanto o meu barulho em excesso te incomodava e imagino o quanto o meu silêncio, na minha saída de casa, te deixou aflita... Mãe, hoje eu sei o porquê daquele olhar ameaçador: porque você queria que eu pensasse que você seria cruel comigo, para que eu não descobrisse o quanto o mundo é cruel de verdade. Hoje sei que o almoço sem graça que você me dava durante a semana era para eu valorizar as delícias que viriam no final de semana. Percebo que a vovó era boa demais porque você a havia transformado em uma espécie de "Santa", uma muito especial que podia quase tudo, menos sobreviver à própria partida. Eu me lembro do sabor da minha infância, recheado de paz e harmonia, e rodeado de dramas que me pareciam distantes, apesar de se passarem bem na minha frente. Lembro-me de você me dizer que estava tudo bem, mesmo quando não estava... não consigo esquecer daquela vez em que te vi chorando no quarto, abraçada com a almofada de crochê que a dinda te deu, depois que cheguei da casa da vovó. Você nunca me disse o que havia acontecido, só me falou que tudo ficaria bem. E, desde então, todas as vezes em que estou triste penso nas suas palavras, vejo você e enxergo em seus olhos o conforto que tanto busco. Você não vai me trazer a solução para os meus problemas, mas vai me mostrar o caminho que tenho que percorrer até lá dentro da minha alma, para encontrar a fortaleza que você ajudou a construir... Fui! (Respirar um pouco de você...)

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