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- LIDERANÇA FOCADA EM RESULTADOS!
A liderança, mesmo para os que já nascem com suas características mais latentes, é um desafio diário em todos os contextos e cenários nos quais os líderes estão inseridos: cenário econômico, concorrência pessoal ou empresarial, crenças pessoais, cultura empresarial, perfil dos colaboradores liderados. E independentemente de onde vêm, de como chegam ou quais são esses desafios, o foco precisa ser o desenvolvimento de uma liderança voltada para o alcance dos objetivos e metas estabelecidos, mesmo que o cenário e o contexto mudam mais uma vez! Uma liderança focada em resultados faz toda a diferença dentro das organizações pois busca atingir os objetivos e metas empresariais da melhor forma e com o engajamento de toda equipe. Essa liderança conhece as estratégias da empresa e a importância de sua contribuição para o alcance dos resultados, trabalhando sempre na melhoria contínua, na elaboração de planos de ações, na melhor forma de comunicação, no desenvolvimento pessoal e profissional de sua equipe, na melhoria do clima organizacional, ou seja, em todos os fatores que influenciam o alcance e a entrega dos resultados almejados. O alcance dos resultados e metas empresariais é um desafio diário, e esses desafios são superados pelas pessoas, logo o líder precisa ter uma gestão eficiente para que a equipe alcance esses resultados e se sinta conectada com o propósito da organização. E esse resultado precisa ser meta comum de todos que a ela pertencem e aqui usamos um conceito de Peter Drucker para enfatizar o papel do líder no atingimento dessa meta: “ Cada elemento da empresa contribui com algo diferente, mas todos devem contribuir para uma meta comum”. A liderança com foco em resultados não deve ser vista ou exercida como desumana ou agressiva, onde o líder almeja alcançar os objetivos e metas a qualquer custo, que sabe apenas dar ordens ou pressionar os colaboradores, ao contrário. O líder voltado para resultados sabe, acredita e pratica a liderança voltada para o envolvimento, comprometimento e desenvolvimento das pessoas! E como liderar com foco em resultados? Não tem mistérios e nem milagres! O líder precisa desenvolver uma equipe de alta performance, liderar com inteligência emocional e entender o impacto que suas ações causam nos resultados. E para ter uma equipe de alta performance, o líder também precisa ter alta performance, conhecendo seu estilo de liderança e as estratégias da empresa, compreendendo e valorizando a importância do seu trabalho e de sua equipe para a organização, assim consegue elaborar propor melhorias, implantando indicadores, otimizando as entregas, além mantendo a equipe motivada e comprometida. Podemos resumir que a liderança para resultados reduz custos, otimiza tempo, melhora processos, aumenta a produtividade, executa o planejamento estratégico, aumenta o envolvimento dos colaboradores, gera ganhos para todos! E como implantar esse modelo de liderança nas organizações? Simples: desenvolva e valorize as pessoas, assim seus resultados virão! “Liderança não é sobre títulos, cargos ou hierarquias. Trata-se de uma vida que influencia outra” (John C. Maxwell) Mara Stocco para a coluna Negócios & Empreendedorismo Encontre-a no Instagram: @marastocco.consultora
- Pelo direito de estar cansada!
Já viram que todos os posts que exaltam a velhice mostram velhos ativos, dançando, superando limites físicos e ousados? Entendo como um estímulo para que a gente não se deixe levar pelas limitações físicas da idade e se desafie, se impulsione. Mas temo que isto crie um novo estereótipo para a velhice, uma espécie de “super-velho”, que de maneira nenhuma não nos representa. A passagem dos anos cobra um preço. Aliás, tudo cobra seu preço... A velhice traz muita coisa boa, mas também traz um desgaste natural das articulações e dos músculos. Algumas pessoas sofrem com o desgaste de algum órgão, ou questões de saúde física mais severas, sem falar nos desgastes emocionais de tantas batalhas que travamos. Tem uma hora em que a gente quer sossego! Em todas as idades, nós precisamos de pausas. Para nos recuperarmos das demandas rotineiras que acabam se tornando excessivas. O perigo do discurso de “super-velhos” é transformar esta necessidade de pausas em uma demonstração de fraqueza, nos forçando a superarmos obstáculos para além do nosso limite. Temos que cuidar para que nossa narrativa da potência e capacidade da velhice não caia em armadilhas. Alguns amigos maduros se sentem incomodados quando alguém demonstra educação e oferece lugar no transporte público, ou oferece ajuda para atravessar a rua, por exemplo. Encaro apenas como um reconhecimento de que a idade pode trazer limitações. Muito diferente foi o movimento que ocorreu em 2021, quando a OMS cogitou classificar a velhice como doença. Isso sim é uma associação perversa e irreal, que traz embutido um preconceito etarista. O termo aprovado foi “envelhecimento associado a declínio na capacidade intrínseca”, que acrescenta uma condicionante que corresponde de forma mais clara a uma consequência real do processo de envelhecer. Eu entendo a velhice saudável como um ponto de equilíbrio entre as nossas necessidades e capacidades frente às inevitáveis perdas do passar dos anos. Um ponto importante, a meu ver, é não negar estas perdas, mas encará-las para melhor lidar com elas. E, sim, exaltar as conquistas, exibir suas superações e o resultado do cuidado com o corpo e a mente com orgulho nas redes sociais, claro! Porque somos nós que sabemos “onde nos apertam os calos”, para usar uma expressão antiga e tão certa. A mensagem de motivação dos velhos ativos é aquela clássica: não se deixe abater pelas dificuldades. Mas elas existem, não temos que ignorá-las, e tudo bem se a gente não consegue rebolar até o chão como a velhinha do vídeo viral. Tudo bem se a gente acordar sem forças para ir ao treino, e ficar na cama dormindo mais. Tudo bem se a gente distendeu a coluna porque carregou compra de supermercado. E tudo bem se a gente aceitar o lugar no ônibus, porque o joelho dói inexplicavelmente quando você fica em pé. Isso não minimiza em nada nossas conquistas, que são vitórias na batalha diária da vida. Ana Lúcia Leitão para a coluna 50+ Encontre-a no Instagram: @aninhaleitao2
- Me descobri bissexual bem antes de muita coisa em minha vida vir à tona
Brincava com amigas de casamento, de namoro e para mim era normal. Gostei de mulheres antes de gostar de homens, e me masturbei pensando nelas primeiro. Meu primeiro “namoro” foi virtual, e foi com uma ex de uma amiga da escola (essa amiga da escola já tinha a visto pessoalmente, então eu sei que realmente era outra menina da minha idade), minha primeira paixão e minha primeira desilusão amorosa foram com alguém que nunca vi pessoalmente. Ela era de São Paulo, uma cidade vizinha à qual os meus parentes paulistas moravam, orquestramos tudo de acordo com minha próxima ida para lá. Íamos ao cinema juntas na cidade dela e eu daria meu primeiro beijo (finalmente), mas, o quão devastador foi descobrir que minha mãe não me deixaria ir sozinha e que nenhum parente ia poder me levar. Chorei horrores, minha mãe sem entender nada, e eu sem poder dizer que chorava tanto porque a amiga, na verdade, era minha namorada. Porém, o tempo passou e eu superei, acabei me apaixonando de novo. A próxima paixão estudava comigo e por causa desse amor fui obrigada a contar para minha mãe que era bi. Acontece que um cara que estava interessado em nós duas não ficou muito contente em descobrir que as duas meninas que tinham rejeitado ele, agora, estavam juntas. Meu desespero foi enorme. Minhas primas estudavam na mesma escola que eu. E se minha mãe descobrisse? Pior, e se meus avós descobrissem? O quão devastador seria para eles? Minha avó da igreja e meu avô super conservador. Eles ficariam arrasados. Minha solução? Contar para minha mãe já que ela sempre dizia que eu poderia contar tudo e ela seria minha amiga. Eu confiei, né? Fui lá e contei, falei tudo, e fui proibida de sair. Era da casa para a escola e da escola para a casa. "Você com certeza só está confusa, logo logo isso passa, só parar de ver fulana que tudo passa”, minha mãe dizia, só que não parei de ver fulana, e eventualmente terminamos. Ela achava que por eu ser bi, ela tinha mais chances de ser traída (ela me traiu no final das contas). Sim, eu ainda era monogâmica. Acabei não deixando de me apaixonar por mulheres e meu medo de repressão foi embora assim que meus avós se foram. Eles eram as únicas pessoas pelas quais eu tinha temor, as quais eu não queria desapontar e não queria levar bronca. Sendo assim, eu, me abri pro mundo e decidi falar aos quatro ventos que era (sou) bissexual. E estando num relacionamento não mono, os questionamentos também vieram: "Você é bi mesmo? Ou só tá falando isso para vocês arranjarem alguém?" e “Nossa, que vontade que tenho de sair com duas mulheres” (essa última frase foi dita por um homem na nossa primeira troca de mensagens após um match num aplicativo de namoro). Primeiro eu não podia expor quem eu era, agora que eu posso e faço, eu sou questionada pelo o que sou? É isso? Uma vida de questionamentos nunca podendo ter certeza de nada? É cansativo, sabe, mulheres que vêm até mim porque sou uma forma de chegar no meu parceiro, mulheres que vão até ele por ser um meio de chegar até mim. Eu quero uma conexão direta, sem questionamentos. Gio para a coluna Não Monogamia Encontre-a no instagram: @snaomono
- As Mães que encontramos pelo caminho...
Dia das mães chegando e, como sempre, celebramos a existência de nossa majestosa e icônica "mãe". Lembramo-nos também do muito que somos quando recebemos esse título por mérito e amor entregue. É, sem sombra de dúvidas, um dia a ser comemorado e, mesmo com toda a carga comercial a que este dia remete, não podemos nos negar a entregar algumas doses de emoção ao tema maternal... afinal, somos todos filhos do sagrado feminino, aquele que nos mantém aquecidos até o momento em que adentramos este mundo congelante, mesmo com seus 40° Celsius! E, entre abraços e lembranças confortantes, remeto-me a alguns momentos em que a figura materna assumiu um outro rosto, um diferente da origem que sempre acompanhou a palavra mãe durante minha jornada: o rosto delas, que me acomodaram gentilmente em seu colo nos momentos em que eu mais precisava. Elas são as mães que encontrei pelo caminho, as mães que me apoiaram nos obstáculos que a vida me impôs, as mães que me fizeram amadurecer quando me cobraram uma resposta melhor do que a desculpa que eu tinha para me esconder sob meus infinitos problemas... elas, as mães que me suportaram nos momentos em que eu mesma não conseguia escutar o tom da minha voz e, por fim, elas, as mães que me consolaram quando nada mais havia para ser feito. Para essas mães eu entrego meu mais profundo amor, minha gratidão e meu reconhecimento. Afinal, foram elas também que me entregaram o que eu eu tanto precisava para chegar até aqui; foram elas, as mães que eu encontrei pelo caminho, que me ajudaram a me transformar em um alguém muito melhor do que eu havia planejado e que me deram a oportunidade de devolver ao universo um pouco desse amor incondicional chamado "amor de mãe". E você? Têm sido mãe para alguém durante essa jornada chamada "vida"? Fui! (Agradecer...) Cris Coelho para Crônicas da Maria Scarlet
- Dicas para gastar menos com enxoval, chá de bebê, aniversários...
A maternidade! Ah, a maternidade! Como essas exclamações, repetidas vezes, terão significados diferentes? Nasce uma criança, nasce uma força chamada mãe. Um amor que até então, não se conhecia. Não existem roteiros ou manuais de instruções. Cada filho é único! São desafios diários, rotinas distorcidas...mas aquele olhar, aquele sorriso e estamos prontos para começar tudo outra vez. Mas não devemos romantizar. Não é uma historinha ou conto de fadas. É real! Verdadeiro! E me pergunto se não poderia ter sido mais simples? Deus criou um filho para cada mãe e isto basta! As cobranças e comparações nos fazem achar que nunca é suficiente. Tem que ter mais! Fazer mais! E agora, percebo que não é bem assim. Vou compartilhar algumas dicas que poderiam ter tornado minha vivência mais prazerosa, tranquila e com menos dívidas. O enxoval - Sempre fui econômica. Mas quando soube que teria meu primeiro filho, meu perfil financeiro saltou para a gastadora. Na segunda gestação, quando descobri que teria uma menina, me tornei a maior gastadora do planeta! Estourei o limite do cartão de crédito e quando esqueci a senha do cartão, meu marido ergueu as mãos aos céus e agradeceu imensamente. Eu achava que deveria comprar tudo de melhor e mais bonito. Quando o menino nasceu, entendi que as roupas mais bonitas eram mais trabalhosas. Tudo precisava ser prático. E o pior: quando minha filha nasceu, com mais de 4 kg, nada do que comprei serviu. Doei tudo e precisei comprar outra vez. Dica : Compre roupas práticas para o dia a dia. Não precisam ser muitas nem caras. Eles crescem muito rápido. O quarto - Papel de parede, nichos, quadrinhos, trocador, cômoda, armário e bichinhos de pelúcia. As crianças nasceram alérgicas. Pediatra e alergista pediram para minimizar o quarto! Sim! Para facilitar a limpeza, manter o ambiente arejado e evitar poeira. Gente, e as cortinas? Comprei. Lindas! Coloquei para lavar, amarrotaram de tal forma e davam tanto trabalho para recolocar que só usei uma vez, acredita? Dica : Pense em um ambiente confortável que facilite a limpeza e os cuidados com o bebê. Faça pesquisas antes de comprar, inclusive em brechós. Por que não? Você, também, pode disponibilizar os móveis do seu bebê nestes estabelecimentos e fazer um dinheiro quando desejar trocá-los novamente. Chá de Fraldas ou chá revelação - É muito comum comprarmos ou pedirmos itens que não teremos tempo para usar. Eu cismei com garrafa térmica e algodão para limpar os bebês com água morninha. De onde saía tanto cocô, meu Deus! Nunca usei. Nunca!!!! Bom mesmo foi o lenço umedecido. Dica : Faça uma lista racional. Peça o que terá condições de utilizar. Cuidado com o orçamento de festas como Chás de Revelação e de Fraldas. Lembre que ainda tem muitas coisas para acontecer até o nascimento. Bolsa para a maternidade - Eu levei 3 bolsas para a maternidade, nas duas vezes. Isso mesmo! Não aprendi nada, não é mesmo? Sempre achava que poderia precisar de algo. Conclusão: perdi a manta linda que minha avó mandou fazer de presente. Acho que esqueci na maternidade. Sei lá? Tantas bolsas. Dicas : Faça uma lista com o que pretende colocar na bolsa. Feito isso, faça um corte na lista. Faça o segundo corte e se necessário, o terceiro. Amiga! Na correria, até quem se preparou para te ajudar, se atrapalha. Normal. Festa de 1 ano - Esta festa é para os pais, não para o aniversariante. Lembre-se que é o primeiro aniversário, de muitos. Planeje-se com antecedência. Procure um bom ambiente para as crianças brincarem. Deixe espaço para correrem, pularem, se sujarem. Deixe serem crianças! Não extrapole seu orçamento. Além disso, depois de mais 12, 24, 36, 48 meses virão outros aniversários e você não vai deixar passar em branco. E vai sempre dizer: é só um bolinho. Dica : Faça um planejamento. Não feche com o primeiro lugar que te encantar. Faça vários orçamentos e negocie. Não faça gastos que não pode suportar para que a primeira festinha do seu bebê não se torne um momento estressante. Vocês não merecem isso. Depois ainda virão a escola, a natação, o ballet, o inglês, as férias, os natais, os dias das crianças, as festas dos amiguinhos e assim vai por toda linda jornada dos nossos amores. Mas isso é assunto para uma nova pauta. Cíntia Azara (colunista convidada) para a coluna Desabafo de Mãe Encontre-a no Instagram: financascomindependencia
- Cartagena, Colômbia
Cartagena das Índias, a cidade mais linda da Colômbia! Vocês não imaginam o tanto que eu sonhei com Cartagena! Em andar por aquelas ruazinhas lindas e floridas, caminhar sobre sua muralha, assistir seu inesquecível pôr do sol e lógico, conhecer aquelas praias caribenhas de tirar o fôlego. Minha sina por Cartagena começou logo após uma viagem para a ilha de San Andrés - também na Colômbia - em 2016. Na ocasião, não consegui incluir Cartagena no roteiro e desde então fiquei com aquele sentimento de “vou ter que voltar à Colômbia em breve”. E voltei mesmo! E foi incrível ver de pertinho a beleza ímpar dessa cidade, que superou todas as minhas expectativas. Para quem desconhece Cartagena das Índias, ou simplesmente Cartagena, a cidade foi fundada em 1533 pelo espanhol Dom Pedro de Heredia e já chegou a ter o porto mais importante da América. Do porto de Cartagena era transportado todo o ouro encontrado no interior da Colômbia até a Espanha, e isso começou a chamar a atenção dos piratas, que passaram a atacar constantemente a cidade. Para proteger as riquezas da Coroa Espanhola contra esses ataques, foram construídas muralhas e fortificações que ainda hoje permanecem de pé. Atualmente, Cartagena é a cidade mais importante da Colômbia em termos de turismo, e se tornou fonte de inspiração para vários artistas como Gabriel García Márquez. Por ano, são cerca de 4 milhões de pessoas que a visitam, todos em busca de seu centro histórico, com casas e prédios coloniais, assim como as ruínas do Castillo de San Felipe de Barajas. Por conta de sua riqueza histórica, Cartagena ganhou o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco. Para conhecer o melhor de Cartagena e ainda aproveitar suas belíssimas praias, o recomendado é ficar no mínimo 4 dias inteiros. A localização mais interessante para se hospedar é justamente no centro histórico, que é dividido em 4 bairros, são eles: Centro, San Diego, Getsemaní e La Matuna. Centro e San Diego ficam dentro da Cidade Amuralhada, enquanto que os outros dois se encontram do lado de fora das muralhas, porém bem próximos, praticamente atravessando a rua. A Cidade Amuralhada, também conhecida como Cidade Murada, é a menina dos olhos de Cartagena. É ali que se concentram a maioria dos hotéis e restaurantes, onde tudo funciona em favor do turismo e onde também você irá sentir a verdadeira magia do lugar. Assim que atravessar a porta de entrada das muralhas, respire fundo e prepare seu coração para ser transportado para algumas centenas de anos atrás. Andar por aquelas ruas faz a gente realmente achar que está em outra época, os casarões super preservados e as carruagens passando pra lá e pra cá só intensificam esse sentimento. Uma vez dentro da Cidade Amuralhada, não deixe de conferir os seguintes pontos: La Torre del Reloj, que é a porta de entrada das muralhas que falei acima; o bairro de San Diego, considerado o mais lindo de Cartagena, com suas casas de fachadas coloridas e floridas mais lindas da vida; o bairro central, onde se encontram vários casarões típicos, além de muitas igrejas, praças e museus; e as Las Bóvedas, uma linda obra do período colonial, composta por 47 arcos e 23 abóbadas, que atualmente abriga galerias de arte, barzinhos e lojas de artesanato. É um bom lugar pra comprar souvenirs. Outro local imperdível dentro das muralhas e ponto principal para se assistir a um belo pôr do sol, é o Café Del Mar, uma espécie de bar/restaurante super badalado, localizado em cima das muralhas e com uma vista privilegiada do mar. Assistir ao pôr do sol dali chega a ser arrepiante, a música que toca no momento que o astro rei vai descendo te envolve completamente e a vontade é de pausar aquela cena pra sempre. Sério, é emocionante demais! Fora da Cidade Amuralhada, outro bairro que também chama muita atenção é Getsemaní. Outrora, taxado como um bairro perigoso e marginalizado (herança do final da década de 40, onde predominavam a violência, a prostituição e o tráfico de drogas), hoje ele é considerado o bairro mais descolado de Cartagena e o preferido da galera viajante (principalmente os mochileiros), por conta das opções de hospedagens mais em conta. Caminhar pelas ruas de Getsemaní, tanto de dia quanto à noite, rende um passeio super bacana. Por lá também é possível encontrar ruas fofinhas, com as fachadas das casas floridas e coloridas, além de muita arte de rua em seus muros e paredes. Inclusive, Getsemaní ficou internacionalmente conhecida pelos seus grafites, tendo sido a sede do Festival Internacional de Arte Urbana em 2013. Fora do centro histórico, fica o Castillo de San Felipe de Barajas, um dos pontos turísticos mais famosos de Cartagena. O castelo é a maior obra militar do Novo Mundo e teve um importante papel em várias guerras. Sua função era proteger a cidade dos ataques marítimos, e por isso sua localização estratégica, que permitia observar os inimigos vindos tanto do mar quanto por terra. Igualmente interessante é o Convento Santa Cruz de La Popa, que se localiza no ponto mais alto de Cartagena, a exatos 148 metros sobre o nível do mar, e além da linda arquitetura, o lugar ainda possui uma vista incrível da cidade. Muitas pessoas fazem essa dobradinha do Convento com o Castillo de San Felipe de Barajas, já que ambas são as atrações mais distantes da área turística. E depois de curtir toda a parte histórica de Cartagena, será a hora de aproveitar suas belíssimas praias. Afinal, você estará no Caribe, né? Isso mesmo, pra quem não sabe, Cartagena faz parte da região localizada no Caribe Colombiano, então espere encontrar muitas praias e ilhas paradisíacas por lá. Só tenha em mente que as praias da cidade não são lá grandes coisas, então você terá que pagar um passeio que te leve a uma das praias privativas das Islas del Rosário ou até a Playa Blanca na Isla Barú. Como a Playa Blanca é mais próxima do continente e, portanto, bem mais movimentada com grande fluxo de turistas, eu acabei optando pela tranquilidade das Islas del Rosário, um arquipélago composto por 27 ilhas - a maioria com praias privativas de hotéis que oferecem day use e onde é possível também se hospedar. Cada ilha e hotel oferece uma estrutura (e experiência) diferentes, e as mais famosas e recomendadas são a Isla Grande, Isla del Pirata e Isla del Encanto. Os passeios para as ilhas privativas têm um valor mais alto, mas pra quem quer aproveitar um dia relax em uma autêntica praia caribenha, vale muito a pena. Eu tive a oportunidade de conhecer dois lugares incríveis nas Islas del Rosário. O Resort Gente de Mar possui estrutura de hotel, com todas as regalias que se espera de um lugar assim: welcome drink geladinho e saboroso, toalhas brancas limpinhas, massagistas, espreguiçadeiras de frente pro mar, tudo isso em uma praia tranquila e com limite de visitantes, o que confere uma experiência bem exclusiva ao hóspede. Já o Bora Bora é um beach club super badalado, com camas-bangalô de frente pro mar, happy hour com direito a drinks variados e DJ tocando músicas animadas. Apesar das propostas diferentes - o primeiro mais pra relaxar e o segundo mais pra badalar -, eu amei ter conhecido ambos. As praias eram maravilhosas e com aquela vibe caribenha gostosa que eu adoro! Então como puderam ver, Cartagena é aquele tipo de destino que entrega uma rica história cultural, praias lindíssimas, atrações de cair o queixo, além de uma ótima gastronomia com pratos típicos colombianos. Confesso que sou muito apaixonada pelo país, por seu colorido, energia boa, moradores sempre prestativos... É um país muito parecido com o Brasil em vários aspectos, e só posso dizer que quem ainda não conhece, que trate de colocar na sua listinha de destinos dos sonhos. Já estive por lá duas vezes e sigo sonhando com a terceira, quarta, quinta... Clara Azeredo para a coluna Bolsa de Viagem Encontre-a no Instagram: @claraazeredo
- Tensão pré-segunda-feira (TPS)
Se no fim de domingo, quando começa a abertura do Fantástico, você sente um calafrio e pensa “Ai, meu Deus! Amanhã é segunda-feira!” e se já começa a contar os minutos para chegar a sexta e postar aquele “sextou!”, não se aflija. Você não é a única. Preferir estar em casa, tornando a vida um eterno fim de semana, seria a escolha natural da maioria. A própria Bíblia, que independentemente da crença, é o livro mais conhecido do mundo, diz que o trabalho foi colocado na vida do homem como um castigo... Segundo o livro de Gênesis, quando Deus criou o mundo e viu que tudo era bom, Ele não havia instituído o trabalho. O trabalho só veio depois, como punição a Adão: “do suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gênesis, 3:17). Então, não se puna se você não conseguir achar o trabalho a maior diversão da sua vida! De acordo com a história das civilizações, nunca foi. Mas também não deveria ser uma tortura. Mais do que uma questão de sobrevivência, por atender as nossas necessidades básicas (alimentação, moradia, etc), o trabalho também complementa nossas necessidades sociais, de autoestima e realização (numa referência à Hierarquia de Maslow!). Se o trabalho é um meio de sobrevivência, social e emocional, não pode ser um catalizador de doenças. Não pode ser um fardo, não pode fazer mal. Se isso acontece, algo está errado. Ter estresse no dia a dia se tornou cada vez mais comum. A pressão do tempo, a velocidade das informações, as metas a serem atingidas e as diversas tarefas do dia deixam as pessoas cada vez mais aceleradas e exigem que estejam sempre conectadas. O trabalho ficou mais estressante. Mas, se você parar para refletir, a vida, de uma forma geral, que ficou. Até aqui, tudo normal. O problema está em como você reage a essas situações de estresse. Muitas vezes, as situações de estresse desencadeiam um comportamento proativo e dirigido, provocando um efeito positivo, que leva o indivíduo à superação. É como se você tivesse levado o seu organismo à carga total para atingir determinado objetivo. O resultado é bom, porém, essa condição não pode ser permanente. Não dá para se manter a 100% de capacidade o tempo todo. E aí começam os efeitos negativos do estresse, quando o seu organismo começa a dar sinais de que precisa reduzir o ritmo. Inicialmente, surgem a tensão, a impaciência, a ansiedade. Depois, a insônia, o desânimo, o cansaço crônico. Mais à frente, doenças como enxaqueca, dermatite, gastrite e outras “ites”. Nada necessariamente nesta ordem, claro... Até chegarmos no esgotamento (ou burnout), que até pouco tempo mal era conhecido e agora já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença do trabalho. E como é que você se protege de tudo isso? Primeiro, se pergunte: o estresse é inerente ao trabalho ou é você que se estressa com o trabalho? Que qualquer organização tem metas e que as pessoas estão lá para atingi-las, todos concordam. Lidar com a pressão por resultado é uma exigência do mundo corporativo. Mas você está preparada para isso? Se não está, o que pode fazer para se capacitar? Para lidar melhor? E se não tem perfil, por que não mudar de área? Outro aspecto importante a se refletir é se o estresse está relacionado às atividades que você desempenha ou ao ambiente de trabalho. É fruto de uma convivência ou ambiente tóxico? Identificar o fator catalizador de estresse é o primeiro passo para você conseguir se blindar contra seus efeitos ou tomar uma decisão sobre como eliminá-lo da sua vida. É possível gostar do seu trabalho, mas ainda assim estar insatisfeito com alguns fatores. A questão está no que você fará para melhorar o que não está bom. Segundo, não se exija tirar 10 em tudo. Busque sempre fazer o seu melhor, mas seja gentil consigo mesma e tolerante com suas falhas. Aja como você agiria se fosse com outra pessoa. Como líderes, nós identificamos quando algo não se realiza como o esperado e oferecemos o suporte para que seja na próxima vez. Por que você precisa acertar sempre e de primeira? Não se martirize. Aprenda com seus erros e faça melhor na próxima. Terceiro, lembre-se que há vida fora do trabalho. Quando estiver com a família, esteja! Aproveite plenamente o tempo em que está com quem você ama, que já é tão escasso. Procure uma atividade prazerosa, uma ocupação, ou mesmo uma “desocupação”! Isso mesmo! Gaste um pouco de tempo consigo mesma. Nem que seja fazendo nada. Se permita um tempo e desconecte-se de vez em quando. Mas deixe o celular ligado, para não ficar estressada por isso... (Perdoe o gatilho de workaholic em recuperação!). Enfim, a vida é uma só... E, como dizem, o trabalho é um meio de vida, não um fim. Seria maravilhoso se todos pudessem trabalhar com aquilo que mais amam, mas nem todos têm esse privilégio. E tudo bem. O que não podemos é sofrer com o trabalho. Não precisa ser (e ficarei aliviada em saber que não é) a atividade mais prazerosa da sua vida, mas também não deve ser uma tortura. Se for, aí sim, algo está errado. Simples assim. Já diz o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, conhecido como precursor do estudo do flow , que o problema na relação do trabalhador com o emprego parece residir no modo como percebemos nossas metas em relação ao trabalho. Quando sentimos que investimos atenção numa atividade contra a nossa vontade, é como se nossa energia psíquica fosse desperdiçada e isso gera a insatisfação. Já quando percebemos que esta atividade pode nos ajudar a conquistar nossos próprios objetivos, o trabalho deixa de ser um fardo imposto, um fim em si mesmo, e se torna efetivamente um meio, uma alavanca. Amanhã é segunda-feira, feriado do dia do trabalho, e muita gente estará trabalhando. Sim, muitas atividades não param e você deve conhecer alguém que também estará trabalhando. Especificamente hoje, domingo à noite, uma parte do meu time estará atuando em plantão noturno, na virada da meia-noite, na implantação de um projeto. Eu, inclusive. Nem vai dar tempo para TPS! rs Espero que você reconheça no trabalho a sua alavanca. Um bom domingo, sem TPS! Érica Saião para a coluna Mulher & Carreira Encontre-a no Instagram: @erica.saiao
- ChatGPT e criação de conteúdo
O CHATGPT AI é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela #OpenAI e especializado em diálogo. Propus ao ChatGPT escrever sobre o tema do livro que estou escrevendo sobre "Relações Contemporâneas, Amor, Sexo e Aplicativos de Relacionamento". São 3 anos de pesquisa: comportamento do consumidor do "mercado" de solteiros e estratégias de apps como Tinder, Bumble, Inner Circle e Happn. Reuni histórias reais das dores e benefícios dos apps. Em segundos, a IA entregou um texto consistente, com dados e ponderações que refletem meus estudos nesses 3 anos. Eu achei fantástico. É o fim do meu livro que nem foi publicado? Pesquisadores vão perder seus empregos? Obras autorais perdem relevância? Alunos vão copiar textos do ChatGPT nos trabalhos da escola? O tema é polêmico. Fiquei provocando o ChatGPT numa briga “mulher-máquina”. Queria mostrar que a IA não poderia roubar meu lugar de escritora, autora e pesquisadora. Acredito que a tecnologia facilita a vida humana. Algumas facilitarão tanto que teremos substituição do homem no trabalho. Teremos que lidar com as consequências do digital nas nossas vidas. Na minha humilde rápida interação com a IA, respondo às minhas inquietações: 1. Não é o fim do meu livro, pois a originalidade da obra está nas minhas ideias, sentimentos e experiências. 2. Pesquisadores não perderão seus empregos. Eles são fundamentais para pensar nos insights sobre a transformação da sociedade. 3. Alunos podem copiar os textos sim. Cabe aos professores repensarem como fazê-los exercitar o pensamento e não encontrar a solução na IA. E você, já usou o ChatGPT? O que acha? Compartilhe comigo suas percepções. Maria Helena Carneiro para a coluna Sociedade Encontre-a no Instagram: @mhelenacar
- Dirty Dancing, 35 anos? Forever.
Provavelmente, você, se tiver sido adolescente nos anos 90, não precise de explicações quando eu menciono “Dirty Dancing”. Mas se não é o seu caso, eu detalho: Dirty Dancing é um filme que foi lançado em 1987 (sim, completou 35 anos), cuja música-tema é “(I’ve had) The time of my life”, que ganhou o Oscar de melhor canção e se tornou um dos hits da década. O filme é estrelado por Patrick Swayze (o mesmo do filme “Ghost – Do outro lado da vida”, que se tornou galã de Hollywood) e Jennifer Grey, que teve a carreira marcada por sua personagem “Baby” no filme. Faz uma busca no youtube que você vai encontrar a cena final do filme, em que os protagonistas dançam ao som da canção. Alta probabilidade de você já ter visto a cena antes. Eu contei no meu livro “Mais que um Parque” que o filme Dirty Dancing tem um papel especial na minha vida. Sempre que eu estou estressada ou precisando colocar minha cabeça em ordem, eu costumo me jogar numa sessão de Dirty Dancing. Minha família já até sabe que quando eu estou assistindo o filme, certamente não estou no meu melhor momento, mas que vou ficar em poucas horas. Após este momento particular, eu saio renovada, energizada para encarar o que estiver me afligindo. Não, o filme não é de autoajuda. E dificilmente vai ter o mesmo efeito sobre você. Mas tem para mim e eu nunca havia refletido sobre o porquê (até agora). Recentemente, dois amigos do trabalho comentaram sobre o filme comigo. Com um deles, estávamos falando sobre a importância de ter nossos próprios rituais e ele comentou “como o seu Dirty Dancing” - que soube ao ler o livro -, e eu me surpreendi ao saber que ele tinha registrado esta passagem. O outro, ao me enviar seu feedback após a leitura do livro, completou com “espero um fim de semana sem a necessidade de Dirty Dancing”. Ri sozinha ao ler! Como estes dois momentos aconteceram em uma mesma semana, me peguei tentando elaborar por que Dirty Dancing, especificamente este filme em tantos outros que eu adoro (e olha que sou viciada em filmes desde a infância), consegue este efeito sobre mim. A suposição mais óbvia seria que eu tinha um crush por Patrick Swayze, mas posso afirmar que não, ele passava longe da minha idealização juvenil. A outra hipótese seria que eu sentisse conexão com alguma personagem, especialmente a protagonista Baby. Embora até em alguns momentos eu percebesse algo em comum - como no medo que ela tinha de decepcionar os pais -, no geral, a história da personagem nada tem a ver com a minha e eu teria feito algumas escolhas diferentes na trama. Então por que Dirty Dancing? Confesso que ainda não tenho a resposta exata, afinal, é muito difícil racionalizar emoções. Mas acho que encontrei o meu fio da meada. Eu era pré-adolescente quando o filme estourou e, como muitas meninas na virada dos anos 80/90, fazia aulas de jazz. “The time of my life” foi uma das músicas coreografadas e, junto com minhas amigas, ouvi e dancei incontáveis vezes. Acho que consigo fazer a coreografia mentalmente até hoje. Das gargalhadas, quando estávamos aprendendo (e errando) a coreografia, passando pela persistência e superação, no esforço para atingirmos a precisão e o sincronismo dos movimentos, até os aplausos nas apresentações - nosso grand finale! -, sempre ao lado das minhas melhores amigas, tudo me marcou. Nossos sonhos de menina eram tão simples quanto sermos reconhecidas pela nossa professora de dança. Quem sabe, pelo público (majoritariamente de familiares) nas apresentações. Acredito que assistir Dirty Dancing é como a abertura de um portal para mim. Eu me reconecto com a Érica do passado, que tinha muitos sonhos, mas que nunca poderia imaginar a vida que eu tenho hoje. Ao me reconectar com aquela menina, assistindo o filme, e retornar aos dias atuais, sou inundada por uma gratidão tão grande que me reenergiza. Eu me reconheço feliz. Faz sentido? Como tenho estudado o tema da felicidade no âmbito da minha pesquisa acadêmica, vou tentar fundamentar (ainda que superficialmente) esta minha hipótese. A psicologia positiva, corrente científica que se baseia na psicologia e na neurociência e tem como um dos seus pioneiros o psicólogo norte-americano Martin Seligman, aborda que a felicidade (ou o bem-estar subjetivo) é um conjunto de 5 fatores: emoção positiva, engajamento, sentido na vida, realização positiva e relacionamentos. A combinação desses fatores impulsiona ou arrefece o que chamamos de felicidade, segundo o pesquisador. Assim, gerenciando esses fatores, é possível encontrar a receita individual mais apropriada e impulsionar nossa felicidade. Em resumo: a vida plenamente feliz é uma utopia, mas a gente pode usar as ferramentas que dispõe (se as conhecermos) para desarmar (ou arrefecer) os momentos infelizes. Refletindo então sobre a minha relação com o Dirty Dancing, o filme me proporciona emoção positiva, me reconecta com meus ideais mais simples da vida e me permite enxergar minhas realizações a partir daquele olhar. Tudo isto está relacionado aos fatores da felicidade e, por isso, esta combinação impulsiona o meu sentimento de felicidade. Enfim, Dirty Dancing, reconhecidamente um clássico do cinema, acabou de completar 35 anos, com direito a evento comemorativo e retorno às telas, sendo relançado com novos recursos de tecnologia ultra HD. Não há dúvida do seu papel para a história do cinema. Mas, para mim, é parte da minha vida e acredito que seguirei assistindo, porque Dirty Dancing é um dos meus antídotos da infelicidade. Já parou para pensar quais são os seus? Érica Saião para a coluna Universo Feminino Executiva, Professora e Autora do livro "Mais que um Parque - Aprendizados da Disney e seu Fundador para Você e sua Empresa". Encontre-a no Instagram: @erica.saiao
- Juntas somos muito mais fortes
Gostaria de compartilhar com vocês uma historinha super organizada e planejada sobre como cheguei até aqui, mas não foi nada disso que aconteceu, e não posso mentir. Aos 14 anos de idade fui à uma taróloga, Dona Dinorah, escondido da minha mãe, e ela fez algumas previsões impossíveis naquele momento. Disse que eu me casaria aos 19 anos, teria dois ou tres filhos, e disse também que me um dia falaria para muitas pessoas, mas que para isso teria que correr atrás de estudar o que eu havia ignorado por muitos anos. Como assim? Eu sou super tímida! Impossível! Eu saí de lá arrependida de ter corrido o risco de ser pega na mentira por escutar aquele monte de baboseiras. Meu futuro estava certo, eu me tornaria uma grande executiva de uma multinacional, e me casaria depois dos 30. Dei de ombros e me esqueci do assunto, como qualquer adolescente com algum juízo faria. Aos 17 entrei na faculdade de administração com ênfase em comercio exterior e vislumbrei uma carreira longa e ascendente no meu futuro próximo. Meses depois de fazer 19 anos, numa noite de sexta feira, indo para a Lime Light, uma balada famosa dos anos 90 em São Paulo, conheci um carinha de um carro para o outro, sabe aquela paquera tipo “abre o vidro” (naquela época podíamos baixar os vidros sem temermos ser assaltadas). Encurtando a historia, uma semana depois começamos a namorar, em um mês ele me pediu em casamento, um mês depois eu aceitei, e em menos de seis meses de termos nos conhecido, estávamos subindo ao altar. Por que? Sei lá! Paixão, vontade de sair de casa? Pressa em começar a vida adulta? Talvez todas as respostas sejam válidas. Eu sei que dois anos mais tarde tive meu primeiro filho, Felipe e antes dos 30 era mãe de três crianças e tinha abandonado completamente minha vida profissional. Por que eu estou te contando isso? Porque eu quero que você saiba que sim, é possível e viável a gente recomeçar, em qualquer tempo, a qualquer hora, quando abrimos o coração e nos trabalhamos para nos conhecermos, focamos e nos dedicamos a nos priorizar sem culpa, a gente encontra espaço para nos amar e para construir algo muito positivo, do qual nos orgulhamos e pelo qual somos respeitadas, sem ter que sentir um caminhão de culpa ou abrir mão de sermos amadas e exercermos a maternidade, mas sem idealizações, não estou contando a história de uma família margarina, estou compartilhando com vocês um caminho, singular, verdadeiro, de uma pessoa que vem superando os desafios e agradecendo os aprendizados. Aos trinta eu sabia que o que eu tinha de melhor a compartilhar com a humanidade era o meu bom senso, minha intuição, e o desejo de ver todas as mulheres do mundo vivendo em paz com elas mesmas, prosperando, abrindo mão de culpas, enxergando com clareza os embustes que aparecem, e por fim mas não menos importante, aprendendo a dizer não. E foi aí que a Dona Dinorah acertou de novo. Para viver meu propósito tive que voltar a estudar, e estudar muito, compensar o tempo “perdido” (entre aspas porque não acredito que tempo algum seja perdido nessa vida, mas isso fica para outro dia), e amealhar muitas ferramentas, que juntas me ajudassem a ajudar outras mulheres, para que elas também pudessem transformar as dores das suas almas em força, e se tornassem exemplos de uma vida sem comparação, mas com uma história contada com orgulho pelo coração aberto. Abri meu consultório de psicanálise e dediquei horas da minha semana ao Instagram, onde eu podia compartilhar amor em forma de conhecimento para um numero maior de pessoas do que eu seria capaz na minha agenda tradicional, atendendo presencialmente um numero muito limitado de pessoas. Dentro de mim sempre habitou um desejo, na verdade, uma certeza de que eu precisava encontrar formas de tocar ainda mais corações, e para isso precisaria encontrar canais onde eu pudesse compartilhar as verdades que curam a alma feminina para milhares de pessoas ( e não é que a danada da D. Dinorah tinha acertado de novo). As dores da alma feminina não têm limites, e precisamos de um mundo onde todas as pessoas que abraçam essa causa, falem em megafones, para milhares de pessoas, que acolham a todas as mulheres que tanto precisam de ajuda, da forma que for, do jeito que der. Ao abrir meu coração muitos convites vem surgindo, “caindo do céu” como anjos que abençoam uma missão. E assim foi também com a Maria Scarlet. Conheci a Cris Coelho sem saber quem ela era, o que ela fazia, num grupo de whats, a partir daquele encontro frugal, passamos a nos seguir no Instagram e a nos admirar mutuamente. O desejo de fazermos algo juntas seguia semeado em segredo, mas os corações abertos e com um propósito altruísta dão um jeitinho de se materializarem, o que algumas pessoas chamam de coincidências, eu chamo de certezas. Nem tudo na vida segue o script que planejamos. Nem tudo faz sentido o tempo todo. A grande verdade é que tudo que tentamos controlar materialmente, nos escorre pelos dedos como água, e só nos resta de verdade a confiança em nós mesmas, e em um Universo que sabe orquestrar exatamente aquilo que está alinhado com a nossa verdade e com a nossa trajetória e caminho. E quando eu digo nossa, não se iluda, isso funciona de forma complexa, atendendo às necessidades de todos os seres humanos, em nível consciente e inconsciente ao mesmo tempo e em todo tempo lugar. Sim, eu sei, parece loucura, mas eu vivi anos demais e testemunhei vidas demais para não acreditar na sincronicidade da vida e acreditar em coincidências. E aqui estou, feliz em estar aqui, de coração aberto e alegre em poder me conectar com cada uma de vocês, mulheres maravilhosas dessa comunidade poderosa. Juntas somos muito mais fortes sempre. Contem comigo! Fabi Guntovitch para a Revista MS Disponível nas colunas: Psicanálise Feminina Universo feminino Encontre-a no Instagram: @fabianaguntovitch


















