Resultados da busca
1133 resultados encontrados com uma busca vazia
- Pecado
Pecado, do verbo “pecar”. E, diferente de muitos filósofos eruditas que consagram o pecado na categoria dos incômodos sociais imorais e indecentes, classifico o pecado original como algo fortuito e genuinamente simples de se aplicar. Pecado é tudo aquilo que renega o bom samaritano, que prega o que é certo ou errado dentro das doutrinas instituídas há milênios, e não ou nunca, por ele próprio, “samaritano”. Pecado é também a medida do descompasso dado ao benefício da dúvida, que se consagra medíocre quando o assunto é puramente sexual. Pecado para ser pecado deve necessariamente conter algum prazer perverso e nebuloso no meio de toda faceta, mesmo que esse prazer acarrete em culpa. É pecado não pecar em causa própria, mas mais pecado ainda é pecar em causa própria com argumentos impróprios. Pecado por pecado, fico com os meus daqui do lado escuro da rua, onde o puro não é necessariamente inocente, mas é legítimo em seu pleito e não mente para angariar votos… Fui! (Pecar, pecar e pecar. Porque não há nada mais prazeroso do que pecar, sem culpa claro…)
- Wild & Free
Selvagens e Livres. Sempre pensei em heróis e heroínas com esse jargão. Levando no peito a bandeira da rebeldia, sempre em descompasso do politicamente certo em tons de drama, e com requintes de “crueldade”. O selvagem pode ser educado e refinado. Pode ser contemporâneo e erudita. Pode ser estratégico e decente. Mas nunca, nunca em sua vida, ele pode ser um alguém fraco. Porque o “selvagem livre” é sempre um alguém forte. Forte o suficiente para não esperar ouvir dos outros, ou da vida, o que ele deve fazer. Forte para desejar e buscar o que quer. Forte para encarar a sua vida com todos os dilemas e histórias que o envolvem e o atormentam. Esse gigante não se acovarda, não se encolhe diante das dificuldades. Para ele não existe muro que não possa ser escalado, e não existe dúvida em estabelecer-se do lado em que encontra certeza. Para os selvagens que são livres, os meus aplausos. Para todos os outros, que estão ao lado dos fracos e medrosos, o meu “com licença”. Fui! (Tirar todos os fracos do meu caminho… Afinal, tem muito carro inútil na rua!)
- Quero Menos
Quanto mais vivo, menos quero da vida. Mais exclusivos são meus desejos e menos exigentes são minhas opções. Quero menos, muito menos do que queria há anos atrás. Quero menos barulho e menos aventuras. Quero menos excessos, menos vaidades e menos sociais. Também quero menos verdade e menos realidade. Menos vida turbulenta, incendiada por longos debates e argumentações. Quero menos discursos. E menos promessas. Quero menos expectativas da vida e das pessoas que me cercam. Quero menos pessoas a me cercar também. Quero menos obrigações e menos horários marcados. Quero menos espera nas antessalas dos consultórios e menos repercussão dos fatos fúteis. Quero menos tensão e menos esforço. Quero menos notícias ruins e menos sofrimento. E quero menos pedidos de desculpas. Quero menos lembranças negativas e menos histórias ordinárias. Quero menos entusiasmo e menos pretensões. Quero menos de tudo o que me cansa para poder ter mais de tudo o que eu amo… Fui! ( pedir menos para ganhar mais…)
- Sem Filtro
Sem Filtro. Sim, hoje em dia as pessoas estão definitivamente, “sem filtro”. Isso porque já não existe algo importantíssimo em qualquer cultura, em qualquer tempo e espaço: a noção de limite próprio, pessoal. Tudo no mundo social atingiu a categoria de “limitless”, e tudo se tornou vulgar e banal. Os próprios momentos cotidianos, que sempre estiveram bem guardados dentro da intimidade privada de cada um, se tornaram momentos adulterados pelo poder de um compartilhamento em massa, na nova modalidade de intimidade coletiva a que nos submetemos. O simples gesto usual de um filho sorrindo já não tem a mesma graça se não for replicado diversas vezes em notória exposição midiática, que mais se parece com uma propaganda de pílulas da felicidade extrema. A dor se camufla nas esquinas das redes sociais, desaparecendo em meio à tanto carinho gratuito e fortuito. A vaidade se solidifica e gera agradáveis desdobramentos de gentilezas trocadas, afagos não tão genuínos, mas sempre muito bem vindos e, até, indispensáveis para a sobrevivência social. Não sou contra as redes sociais, nem a qualquer forma de contato social, seja ela virtual ou física. Sou contra a exposição exagerada, sem nenhum limite ou pudor. Como Dona de Bordel incentivava minhas meninas a tirarem a roupa, mas jamais as incentivei a tirá-la de uma só vez. A roupa deveria ser tirada aos poucos, na cadência de uma bossa própria, com ritmo e ginga. E o que eu vejo que acontece hoje em dia, em pleno século 21 é a necessidade em mostra-se por inteiro e em todos os ângulos possíveis. O compartilhamento de fotos hoje em dia, por exemplo, não é mais um simples ato de mostrar algo divertido ou bonito, faz parte de um ritual de “experiências coletivas” onde o mundo deve ser visto com os olhos de todos. Assim como o prato deve ser degustado e o cheiro deve ser sentido. Tudo deve ser “vivido a centenas” e não mais à dois como deveria ser. Uma pena encontrar almas perdidas à frente de uma máquina, ansiando viver uma vida que não é mais só delas, é de “todo mundo”. Fui! (Participar de uma orgia virtual!!! E sem filtro…)
- Páscoa
Páscoa significa o renascimento. E se bem me lembro, remonta às injustiças cometidas a um “homem do bem”. Partindo dessa premissa, mesmo não sendo católica e, na verdade, de religião nenhuma, aproveito o momento para desejar, na forma de oração, canção ou poesia, que todos os “homens de bem”, humilhados e traídos, sejam justiçados por alguma justiça divina. Porque a justiça dos homens não cala quem mente, não acusa quem trai e não acaba com o sofrimento dos justos. A justiça dos homens é dos homens. E por isso mesmo e, através disso, se vangloria por levar o caos a todos que dele tentam escapar. Que Jesus seja exemplo seguido por todos, como prova de que vale à pena ser bom, e que Judas e Pôncio Pilatos, mais ainda, sejam exemplos para os homens de bem. Exemplos de que a traição e a abnegação são virtudes premiadas na terra dos homens, mas que lá na outra Terra, na prometida, da qual eu tenho fé e acredito, essas virtudes são consideradas falta de caráter inafiançável. Até lá, sigo louvando as boas ações de “homens de bem” como Jesus, e rezando fortemente para que todos os Santos, de todas as religiões que ficam atrás do morro, julguem corretamente os homens que seguem os ensinamentos da “Santa Sé dos Homens de Judas e Pilatos”. Fui! (Me entupir de chocolate, porque ainda não é Copa e a Pasadena não vai dar em nada mesmo…)
- “Jusnaturalismo”
O “Jusnaturalismo”, falando em poucas e práticas palavras, é uma corrente que procura fundamentar a razão de tudo ao que é “natural” aos olhos do homem. Com base nesta máxima, muitos homens e mulheres transportam para o seu livre caminhar neste mundo sujo, cheio de doenças contagiosas e atos pecaminosos, o seu próprio “jusnaturalismo”, que bem poderia ser classificado como seu “jusridiculismo”. A pureza e o pecado convivem em contradição há muito mais tempo do que a existência de qualquer tipo de razão filosófica naturalista. O homem é um ser racional e hormonicamente irracional quando se vê seduzido por um belo par de seios ou por músculos bem definidos (a gosto do freguês), sendo assim, não é justificável aparecer nu, com toda a fauna e flora da sua ecologia escancaradamente desmatada para servir de ponto turístico de contemplação alheia, quando a idéia genuína seria o simples gozo do “ambiente natural” criado por Deus (vai saber…). O fato é que em pleno século XXI não existe mais praia que esteja livre de contaminação, não existe mais sol que não demande um bom protetor solar (quimicamente concebido), não existe mais nem um naturista que não vá para a praia sem o seu Iphone nas mãos! O sistema mudou, a tecnologia escravizou as relações humanas, o homem se perdeu em conceitos e tradições, e a vida se tornou uma eterna busca pela sobrevivência. Mulheres que idealizam o “parto natural” se esquecem que consomem rotineiramente produtos esquentados em microondas ou que enalam substâncias tóxicas a todo instante. E esse mesmo bebê que nasceu de parto natural vai se submeter a uma batelada de exames e vacinas, vai se viciar em televisão e vai ganhar um Ipad quando completar 5 anos (ou antes!). Quem hoje vive só de salada, muitas vezes não percebe que um simples macarrãozinho na rua pode ser mais saudável (mesmo com suas calorias) do que uma folha de alface mal lavada ou muito lavada… Voltando ao “Jusnaturalismo” a razão que impera hoje não é mais a da natureza, mas sim do que o homem consegue transformá-la. E a natureza que impera entre “jusnaturalistas” está bem longe de ser a ideal pura e natural, é a quimicamente tratada com corantes ultramodernos para parecer bem “saudável”. Mais legítima é a mulher que tira a roupa para promover a “comoção erótica” em revistas e filmes, enquanto outras tentam se enquadrar em modelos naturais criados dentro de suas iludidas mentes que vislubram o “paraíso perdido”. Fui! (Comprar um biquíni novo, bem grande, com muitos detalhes e dentro da “razão” da moda atual… )
- "Jusnaturalismo"
O "Jusnaturalismo", falando em poucas e práticas palavras, é uma corrente que procura fundamentar a razão de tudo ao que é "natural" aos olhos do homem. Com base nesta máxima, muitos homens e mulheres transportam para o seu livre caminhar neste mundo sujo, cheio de doenças contagiosas e atos pecaminosos, o seu próprio "jusnaturalismo", que bem poderia ser classificado como seu "jusridiculismo". A pureza e o pecado convivem em contradição há muito mais tempo do que a existência de qualquer tipo de razão filosófica naturalista. O homem é um ser racional e hormonicamente irracional quando se vê seduzido por um belo par de seios ou por músculos bem definidos (a gosto do freguês), sendo assim, não é justificável aparecer nu, com toda a fauna e flora da sua ecologia escancaradamente desmatada para servir de ponto turístico de contemplação alheia, quando a idéia genuína seria o simples gozo do "ambiente natural" criado por Deus (vai saber...). O fato é que em pleno século XXI não existe mais praia que esteja livre de contaminação, não existe mais sol que não demande um bom protetor solar (quimicamente concebido), não existe mais nem um naturista que não vá para a praia sem o seu Iphone nas mãos! O sistema mudou, a tecnologia escravizou as relações humanas, o homem se perdeu em conceitos e tradições, e a vida se tornou uma eterna busca pela sobrevivência. Mulheres que idealizam o "parto natural" se esquecem que consomem rotineiramente produtos esquentados em microondas ou que enalam substâncias tóxicas a todo instante. E esse mesmo bebê que nasceu de parto natural vai se submeter a uma batelada de exames e vacinas, vai se viciar em televisão e vai ganhar um Ipad quando completar 5 anos (ou antes!). Quem hoje vive só de salada, muitas vezes não percebe que um simples macarrãozinho na rua pode ser mais saudável (mesmo com suas calorias) do que uma folha de alface mal lavada ou muito lavada... Voltando ao "Jusnaturalismo" a razão que impera hoje não é mais a da natureza, mas sim do que o homem consegue transformá-la. E a natureza que impera entre "jusnaturalistas" está bem longe de ser a ideal pura e natural, é a quimicamente tratada com corantes ultramodernos para parecer bem "saudável". Mais legítima é a mulher que tira a roupa para promover a "comoção erótica" em revistas e filmes, enquanto outras tentam se enquadrar em modelos naturais criados dentro de suas iludidas mentes que vislubram o "paraíso perdido". Fui! (Comprar um biquíni novo, bem grande, com muitos detalhes e dentro da "razão" da moda atual... )
- Ordinária
Muito aquém de onde nossas expectativas podem chegar, está a facilidade em nos conformarmos com o medíocre, com o básico. Somos ordinários na superfície e profundos em um conteúdo quase inalcançável. Se queremos amor, o queremos para amanhã e com um ritual próprio, acompanhado de festa e vestido branco para complementar o figurino. Se queremos luxo, o queremos na forma de suaves prestações ao longo do ano, de modo a não impactar no nosso orçamento. E se queremos desafios? Ah, esses devem vir sempre cercados de obstáculos “possíveis” de serem ultrapassados, porque, se forem muito altos, dá preguiça de saltar… E na trilha sonora de tudo o que é ordinário estamos escutando o ritmo do “instantâneo”, que dá ao compasso da canção, o tom frenético de uma aula de spinning. Mas quando pensamos na melodia… Cadê a melodia? Melodia geralmente não é ordinária, tem cadência própria e combina com o amor verdadeiro. Essa sim dá trabalho. Então colocamos uma pitada no meio da canção, e seguimos rotineiramente no passo da multidão, que dança igualmente ensaiada, o mesmo ritmo do próximo carnaval. E nessa avenida de pequenos seres alienados está a nova moda de prazer: a banalização das emoções que consegue transformar até o gozo em um reflexo hormonal e ordinário… Fui! (Encontrar minha essência dentro de toda a minha “ordinariedade”…)
- Com Classe
Diante de todas as grosserias do mundo contemporâneo, só tenho mesmo uma resposta direta e objetiva a todas elas: “um sorriso”. E esse singelo sorriso não é um ato de covardia, como poderia soar, é um ato de renegação completa aos abusos vocais e gestuais que insistem em permanecer intactos na vil convivência social. É errado calar-se, mas na contramão da auto defesa, mais sensato é ocultar-se debaixo de toda a elegância nata e difusa dos contornados caminhos do bem-estar social. Já diziam os antigos do meu tempo que “O homem é um ser social”, mais além, digo que o homem é um ser social quando doutrinado por uma arte mais antiga ainda: a doutrina da boa educação. Ser cordial e gentil frente a uma ofensa ostensiva, até mesmo quando não se está errado, é sinal de classe. E “classe” é algo que não se encontra em qualquer esquina, nem nas dos endereços mais caros… Fui! (Subir no meu salto e sorrir para tudo de vulgar que esteja fora da minha cama…)
- Reencontro
Largos horizontes nos fazem caminhar muito e para bem longe. E muitas vezes nem nos damos conta de que nos perdemos em alguma esquina… Quando paramos, finalmente, nos descobrimos sem rumo, sem norte. E a orientação que precisamos não vem com uma bússola para indicar nos o caminho a seguir, mas com o retorno ao velho caminho para encontrar os fragmentos de nós que deixamos no acostamento. E repensar nossos novos valores em busca dos velhos, ou reencontrarmos a nós, mesmo em uma versão mais careta e ultrapassada, pode nos ajudar a modelar o novo “eu” que queremos construir. Porque nem tudo o que ficou para trás é pior ou menos providencial. O antigo, às vezes, funciona melhor que o moderno quando escalamos os atributos que nos classificam como um alguém “melhor”. O parâmetro ou ponto de vista menos oportuno no passado pode ser, e muitas vezes é, o ideal para o nosso momento futuro. Sermos realistas e menos exigentes não nos torna acomodados, nos torna possíveis. E a possibilidade de me reinventar todas as vezes que me reencontro com meu passado é o que me motiva a seguir em frente, com horizontes mais amplos e desafiadores. Fui! (me reencontrar no ponto de táxi em que me perdi, um pouco antes do carnaval…)


















