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“Jusnaturalismo”


nuaestudando

O “Jusnaturalismo”, falando em poucas e práticas palavras, é uma corrente que procura fundamentar a razão de tudo ao que é “natural” aos olhos do homem. Com base nesta máxima, muitos homens e mulheres transportam para o seu livre caminhar neste mundo sujo, cheio de doenças contagiosas e atos pecaminosos, o seu próprio “jusnaturalismo”, que bem poderia ser classificado como seu “jusridiculismo”.  A pureza e o pecado convivem em contradição há muito mais tempo do que a existência de qualquer tipo de razão filosófica naturalista. O homem é um ser racional e hormonicamente irracional quando se vê seduzido por um belo par de seios ou por músculos bem definidos (a gosto do freguês), sendo assim, não é justificável aparecer nu, com toda a fauna e flora da sua ecologia escancaradamente desmatada para servir de ponto turístico de contemplação alheia, quando a idéia genuína seria o simples gozo do “ambiente natural” criado por Deus (vai saber…).  O fato é que em pleno século XXI não existe mais praia que esteja livre de contaminação, não existe mais sol que não demande um bom protetor solar (quimicamente concebido), não existe mais nem um naturista que não vá para a praia sem o seu Iphone nas mãos! O sistema mudou, a tecnologia escravizou as relações humanas, o homem se perdeu em conceitos e tradições, e a vida se tornou uma eterna busca pela sobrevivência. Mulheres que idealizam o “parto natural” se esquecem que consomem rotineiramente produtos esquentados em microondas ou que enalam substâncias tóxicas a todo instante. E esse mesmo bebê que nasceu de parto natural vai se submeter a uma batelada de exames e vacinas, vai se viciar em televisão e vai ganhar um Ipad quando completar 5 anos (ou antes!). Quem hoje vive só de salada, muitas vezes não percebe que um simples macarrãozinho na rua pode ser mais saudável (mesmo com suas calorias) do que uma folha de alface mal lavada ou muito lavada… Voltando ao “Jusnaturalismo” a razão que impera hoje não é mais a da natureza, mas sim do que o homem consegue transformá-la. E a natureza que impera entre “jusnaturalistas” está bem longe de ser a ideal pura e natural, é a quimicamente tratada com corantes ultramodernos para parecer bem “saudável”. Mais legítima é a mulher que tira a roupa para promover a “comoção erótica” em revistas e filmes, enquanto outras tentam se enquadrar em modelos naturais criados dentro de suas iludidas mentes que vislubram o “paraíso perdido”. Fui! (Comprar um biquíni novo, bem grande, com muitos detalhes e dentro da “razão” da moda atual… )

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