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Amizades Antigas


Amigos, parceiros, colegas, competidores, admiradores, “irmãos da rua”. Anos e anos de amizade inocente, projetada à base de Nescau e picolé, não podem se perder no enredo de novos e modernos restaurantes da moda. Não podem ser esquecidos como livros velhos, cansados de serem manipulados e com bordas tortas. Isso porque esses livros têm muita história da sua própria vida contada neles. Tem muita vida feliz, excitante e desiludida com aprendizados compartilhados e fracassos premiados. Hoje é fácil trocar. Troca-se de emprego, troca-se de casa, troca-se até de parceiro como quem troca de opinião em campanha política. Mas eis que surge uma troca que não é nada fácil de concluir, a troca dos melhores amigos de infância. Essa troca afeta o princípio básico do próprio ato de “trocar”, que é desfazer-se do que já não nos serve com tanta paridade para buscar algo melhor, mais completo, mais ideal. E se a nova companhia de noitada ou de infindáveis papos é mais adequada a essa sua fase da vida, algo sempre faltará no hiato dessa conjunção, que é a história vivida, o conhecimento compartilhado do outro sobre você, o seu passado. Fui! (Conquistar o mundo de novos amigos, mas sempre com a segurança de que eu existo ainda na memória dos meus amigos da minha vida toda…)

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