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Chega de sofrer calada

Mulher, sabe aquela sensação de que algo não está certo, mas você evita falar sobre isso? Muitas mulheres sentem dor durante a relação sexual ou desconforto persistente na região íntima e acabam sofrendo em silêncio, acreditando que isso é normal. Mas, deixa eu te contar algo importante: a dor não deve ser ignorada.

Hoje, vamos falar sobre três condições que afetam a saúde íntima feminina: dispareunia, vulvodínia e vaginismo.


Dispareunia: Dor durante a relação sexual


A dispareunia é a dor persistente durante ou após a relação sexual. Ela pode ocorrer logo na entrada da vagina ou em regiões mais profundas, afetando o prazer e a qualidade de vida. As causas podem ser físicas, como infecções, cicatrizes ou tensão muscular, e emocionais, como traumas ou ansiedade.


As causas podem ser diversas:

  • Físicas: Infecções, cicatrizes de partos ou cirurgias, endometriose, alterações hormonais (como a menopausa) e tensão muscular no assoalho pélvico.

  • Emocionais: Ansiedade, traumas sexuais ou dificuldades no relacionamento.


Vulvodínia: Dor crônica na região vulvar


A vulvodínia se manifesta como uma dor crônica na vulva, descrita como ardência, queimação ou hipersensibilidade, mesmo sem atividade sexual. Muitas mulheres sentem desconforto ao usar roupas íntimas ou mesmo ao sentar. As causas incluem alterações neurológicas e sensibilização nervosa.

Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, fatores como sensibilização nervosa, inflamações crônicas e alterações neurológicas podem estar envolvidos. O diagnóstico pode ser desafiador, já que não há alterações visíveis nos exames clínicos tradicionais.


Vaginismo: Contração involuntária que impede a penetração


O vaginismo é a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, dificultando ou impossibilitando a penetração. Essa reação pode ocorrer mesmo em tentativas de exame ginecológico ou uso de absorventes internos.


As causas podem ser tanto emocionais quanto físicas, incluindo:

  • Medo intenso de dor durante a penetração.

  • Experiências traumáticas passadas.

  • Falta de informação sobre a anatomia e a sexualidade feminina.


O impacto emocional e afetivo


Essas condições podem afetar a autoestima, os relacionamentos e a qualidade de vida. Muitas mulheres se sentem frustradas, culpadas ou incompreendidas. Mas sentir dor não é normal! O tratamento envolve, geralmente, uma abordagem multidisciplinar, com fisioterapia pélvica, suporte psicológico e, em alguns casos, medicações para alívio da dor e reequilíbrio hormonal.


Como a fisioterapia pélvica pode ajudar?


A fisioterapia pélvica é uma abordagem segura e eficaz no tratamento dessas disfunções para aliviar a dor e restaurar o bem-estar. O tratamento inclui:

  • Técnicas de relaxamento e consciência corporal.

  • Exercícios para o assoalho pélvico, exercícios de relaxamento e respiratórios.

  • Uso de vibradores e dilatadores vaginais de forma gradual e respeitosa.

  • Terapia manual e dessensibilização.

  • Orientações sobre autocuidado e práticas de bem-estar.


Rompendo o silêncio


Se você se identificou com algum desses sintomas, saiba que você não está sozinha. Falar sobre saúde íntima é um passo essencial para quebrar o ciclo de silêncio e vergonha. Procurar ajuda de profissionais capacitados é o caminho para uma vida plena, sem dor e com mais conexão com seu corpo.


Cuide-se, priorize seu bem-estar e lembre-se: o seu prazer e conforto importam. Com o acompanhamento adequado, é possível restaurar o equilíbrio, aliviar a dor e permitir que você recupere sua qualidade de vida.


Mirella Bravo para a coluna Saúde Íntima Encontre-a no Instagram: @mirellabravofisio


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