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Ciúme: um sentimento traiçoeiro



Quem nunca sentiu ciúme que atire a primeira pedra! Sentir ciúme é algo natural, que faz parte da essência humana. A forma como isso afeta a nós e aos nossos relacionamentos amorosos é que determina se esse ciúme é “normal”, sadio, aquele “temperinho” para a relação, ou se já se tornou algo doentio e destrutivo.


Esse sentimento traiçoeiro e tão incômodo é motivado pela insegurança e nasce de um medo de perder a atenção e o interesse do outro. Ele está relacionado ao desejo de exclusividade.


Ficar enciumado diante de algumas situações é natural e muito comum. Algumas pessoas, inclusive, gostam quando seu par demonstra isso, já que a ausência completa de ciúme pode dar a ideia de indiferença.


Quando é algo controlado, reflete cuidado, carinho, apego e desejo de conservar a relação. No entanto, quando ele se torna exagerado, passa a ser um martírio para ambas as partes, colocando em risco a felicidade e até o futuro do relacionamento.


"Quando ele se torna exagerado, passa a ser um martírio para ambas as partes, colocando em risco a felicidade e até o futuro do relacionamento."

Pessoas inseguras têm uma tendência maior a sentirem ciúme, mas mesmo o mais autoconfiante dos indivíduos pode senti-lo diante de um contexto potencial de ameaça e possível traição/rejeição.


Para evitar crises de desconfianças infundadas, é fundamental que o casal mantenha um bom diálogo, pautado no afeto, no respeito e na transparência. Também é muito importante cuidar da autoestima e do amor-próprio, pois pessoas fragilizadas emocionalmente tendem a não se sentirem merecedoras de quem têm ao lado, e qualquer coisa banal pode ser considerada uma ameaça.


A necessidade de controlar o outro o tempo todo, o medo demasiado de uma possível infidelidade e o receio infundado de uma rejeição são sinais de alerta para procurar um psicoterapeuta e obter ajuda para lidar com as emoções desenfreadas.


"É preciso exercitar a autoconfiança, a confiança no outro e a capacidade de reconhecer o valor próprio. "

A pressão causada pela desconfiança e a perda da individualidade que o ciúme doentio causa podem levar uma pessoa a desenvolver depressão e transtornos de ansiedade graves, além de poderem tornar um relacionamento abusivo.


É possível e necessário aprender a lidar com as emoções. Cuidar da autoestima e manter um diálogo franco com o parceiro ou parceira, conversar sobre o que os deixa desconfortáveis, são primordiais para manter um relacionamento saudável. O diálogo aberto traz cumplicidade, confiança e companheirismo. Ao ocultarmos nossas angústias, alimentamos algo negativo que só nos faz sofrer.


É preciso exercitar a autoconfiança, a confiança no outro e a capacidade de reconhecer o valor próprio. Quando conseguimos enxergar as nossas qualidades e sabemos que somos dignas do amor e do respeito de nosso parceiro ou parceira, deixamos de ter motivo para tanta insegurança.


A psicóloga Thaiana F. Brotto falou sobre o tema para o site Psicólogos Berrini: “São vários os gatilhos que podem levar uma pessoa aos ciúmes, tais como: sensação de abandono, traumas, falta de afeto, negligência de atenção e cuidados, entre outros. Essas questões podem, inclusive, estar apenas na cabeça de quem sente ciúmes, exigindo cuidados especiais”.


Se você anda tendo ciúme de forma exagerada, sem motivos reais, e isso tem te deixado angustiada e abalado o seu relacionamento, converse com seu parceiro ou parceira, exponha como tem se sentido e procure ajude. Afinal, a vida a dois deve ser repleta de cumplicidade, amor, carinho e harmonia.


Beijos e até a próxima matéria!











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