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Complexos


Todos nós, seres humanos, somos complexos. Somos donos dos nossos destinos desde que haja um mestre a ser seguido. Precisamos de doutrinas e comandos, somos escravos da vontade alheia e nem nos damos conta disso… Esquecemos nossa identidade em cada esquina e compramos sempre, o “sabonete” da melhor marca. E quando achamos que algo passa despercebido, abrimos os olhos e encontramos uma série de clones exatamente idênticos, assistindo ao mesmo canal e brigando pela mesma causa, mesmo sem filiação partidária ou motivo aparente. Estão todos muito certos dos seus atos, sempre que esses atos não se transformem em luta alguma, por ideal nenhum. Porque o que queremos não é a resolução do problema… Queremos mesmo são aplausos! E aplausos fortes, no tom da nossa agonia imensa por aparecer. Queremos ser especiais e únicos, mas  vestimos todos as mesmas roupas. Queremos o diferente, desde que esse diferente não seja exatamente “divergente”. Queremos apenas o quase igual, mas com tons mais fortes. O discurso também precisa ser livre, mas com vírgulas cuidadosas e boas aspas para marcar o descompasso da letra que corre disforme pelo texto “semi-sincero”… Na verdade nossa complexidade não nos deixa espaço para muita originalidade, somos diferentes na essência, bem lá dentro, escondida e pouco iluminada. Na atmosfera visível a nós mesmos somos um aglomerado de muitas caras sem nenhuma grande diferença aparente… Fui! (me reiventar e me soltar…)

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