Diante de tantas despedidas precoces, de tantos desencontros e desamores, só posso agradecer aos Deuses a oportunidade de entender o meu real tamanho nesse mundo ordinário.
A minha fortaleza se esconde na omissão dos fatos que não consigo controlar, e minha bravura se dissipa no abismo obsoleto que existe entre o agora e o depois. E no final, somos somente eu e os acontecimentos que visitam a minha vida. Eles me confrontam e me desafiam a mudar o que muitas vezes não pode ser mudado.
Obrigada a todos os que me ensinam, nesta caminhada, o valor de tudo o que é etéreo, que se esvai das nossas mãos com a mesma delicadeza com que entra na nossa rotina.
Agradeço, enfim, a ele, o senhor do destino. Ele, que me ensina a verdadeira graça da vida: a arte de aproveitar cada segundo ao lado “dos meus” como se fossem eles, os segundos, pequenos presentes fortuitos que aliviam o peso da despedida, quando ela vier, magistral e dilacerante.
Fui! (tentar entender e agradecer…)