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Do Meu Jeito

Escuto os conselhos do meu velho pai, para seguir com complacência e modéstia; aceito seu carinho em forma de palavras e reverencio sua preocupação com meu caminhar neste mundo cheio de incertezas e perigos iminentes, mas resolvo fazer do meu jeito.

Esse meu jeito nada rebuscado, que acomoda os pleitos em prol da minha liberdade constante em consonância com minha voz rouca e nada afinada. Sou eu, um alguém com muitas pretenções e pouca disciplina, quem busca subir nos patamares mais altos e arriscados, com a certeza de que não vou agradar à grande maioria, mas com o alívio de que conquistarei o amor verdadeiro dos que ousarem me seguir…

Busco enfeitar minha alma entediada com todos os desejos fortuitos que ilustram minha mente curiosa no cair da tarde e vislumbro um oceano de possibilidades, cada vez que visto em meu corpo algo com a cor vermelha, que enseja concentrar em si todos os pecados corriqueiros que carrego na minha bagagem de vida.

Faço do meu jeito, mesmo quando entendo que de outra forma seria mais produtiva ou mais aplaudida; faço do meu jeito porque gosto e porque quero. Faço do meu jeito porque é o jeito que eu consigo escutar as melodias soltas na minha mente ansiosa por novidades e ávida por discursos tórridos sobre encontros e desencontros de si mesma.

Peço perdão ao meu pai e sigo saltitante pela avenida de possibilidades que eu mesma criei, no enredo da minha canção e com os aplausos sinceros que consegui angariar pelo caminho pouco ortodoxo que traço todos os dias.

Fui! (Fazer do meu jeito…)

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