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Futuro


Não sabemos do futuro. Não sabemos nada sobre a estrada que seguimos, que por vezes se torna sinuosa e, por vezes, se torna plana. Não sabemos se estaremos seguros se seguirmos por esse caminho, mas o seguimos mesmo assim. O seguimos por instinto, por vontade, quase por maldade. Uma maldade branda, que não faz mal à ninguém, a não ser a nós mesmos. O seguimos pela vontade de sentir, pela vontade do prazer. Somos reféns da nossa vontade, que anseia por água, mas que morre de sede por algo mais forte. Somos seres irracionais quando entramos nessa selva que se chama amor, que não tem placas, nem setas e nem avisos. Somos surpreendidos pelos atalhos da paixão, que nos arrebata, ao mesmo tempo que nos cansa. Então voltamos para a estrada velha, aquela de terra batida com vegetação rala e escassa até onde alcança a vista. Nos admira a paisagem ampla, com o sol batendo forte no rosto, como se quisesse nos acordar de mais um sonho bonito. E seguimos firmes nela até o dia em que ela não mais nos convidar a passar. E passaremos agradecidos ao futuro incerto, após termos vivido a mais incrível experiência que podíamos ter: amar. Fui! (Viver…)

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