Infinitas possibilidades: é o que o Universo nos dá. E em troca, aproveitamos cada segundo de todas as escolhas possíveis para ficarmos com… todas! São muitos programas, muitos amigos, muito prazer. Tudo muito, em excesso constante. E esse excesso é tanto que chega quase a cansar, mas como somos “brasileiros, não desistimos nunca”, e essa metodologia se estende para fora dos muros da nossa intimidade, melhor dizendo, para dentro da “nossa casa”. O sorriso, o abraço e a cartinha do filho amado, a demonstração tangível do amor correspondido, que antes ia para o rol de lembranças doces e também para a caixinha de recordações, hoje vai em primeira mão para todos os que se importam e que não se importam tanto, ou nada, com os gestos de amor sincero entre mãe e filho. E as comemorações íntimas? Íntimas? O conceito de “comemoração” já deixou de ser íntimo há muito, muito tempo… Se é comemoração, é em conjunto. Seja no momento dela ou através de postagens e compartilhamentos mil. Acordar sem maquiagem e divulgar tal “evento”? Algo impensável o tempo da mamãe, hoje é atitude cotidiana para muitas pessoas que gostam de dividir até a cama com o público… E o que era delicioso no passado vai ficando mesmo distante da nossa realidade atual: a intimidade sagrada, blindada, exclusiva. Essa intimidade de algo que é só “seu” enquanto você vive o momento e mesmo depois dele. A intimidade de ter o presente e o passado só pra você, sem platéia e sem público. A intimidade “Vip”, que só pode ser acessada por quem também é “vip” na suas escolhas. Fui! (participar da minha “orgia egocêntrica virtual”… Afinal, eu sou dona de um bordel, e a minha intimidade só vale se for pública… E a sua? )
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