Hoje você nos surpreendeu com a notícia mais triste que podíamos receber de você: a sua partida. Não foi através da sua voz que escutamos, inebriados de um pranto que não quer calar, que você é mais uma das várias tragédias que assolam nosso já machucado país. O nosso Brasil hoje chora a perda de um brasileiro, que lutava com toda a emoção para dar voz às causas que relatavam injustiças e absurdos cotidianos que se propagam em vários setores desse nosso enorme celeiro de notícias. Você foi tão cedo e tão rápido, em uma segunda-feira qualquer de um ano que vai marcar para sempre a história do jornalismo, já que foi o ano em que você deixou o microfone esperando por sua voz; o ano em que você nos deixou sem saber o que fazer, sem saber como serão as nossas manhãs, que agora ficarão órfãs dos seus comentários, da sua análise, do seu olhar tão claro e tão pungente. Consola-nos saber, talvez, que você tenha tido uma queda fulminante, em um desfecho que só você poderia ter, já que os grandes ícones costumam ter partidas à altura do seu tamanho; imaginamos, ainda, que você partiu quando ainda estava no ar, no lugar mais alto que você poderia tocar em vida, antes de dizer adeus à terra que você tanto amou. Pensamos, por fim, ser assim que você resolveu se despedir, da única forma que você conseguia viver: com intensidade. E nessa infinita intensidade você nos envolveu em um único tom, clamando por seus acordes genuínos, pedindo por um pouco mais de você, tão sério, tão ranzinza, tão maravilhoso e tão único. Vá em paz, nosso amigo de todos os dias. Nós estaremos aqui pensando em você e sentindo a sua partida como se fosse a partida de um membro da nossa própria família, o que, na verdade, foi o que você acabou se tornando: “um pouco de cada um de nós”. Fui! (…) #mariascarlet
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