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Não Quero a Sua Cura!


Quero caminhar ao meu encontro. Quero experimentar as maravilhas da vida. As maravilhas que eu enxergo, da vida que é minha. Quero andar por caminhos tortos e construir meus rastros por esse mundo igualmente torto. Quero ser eu em meu corpo durante toda a caminhada e não, não quero a “cura” para as minhas opções. Porque são as minhas escolhas que me definem. Quero ser definido por elas e não por quem insiste em dizer que minhas escolhas estão erradas. Se sou um “mal” para a sociedade em que vivo, serei esse mal para sempre, e serei cada vez mais “mau”. Porque vários podem tentar me acorrentar, vários podem tentar me modificar e vários podem tentar acabar com a minha essência. Mas eu digo: não vão conseguir. Eu não vou mudar. E eu não quero mudar… Essa pele é a pele em que eu habito, e esse corpo é o corpo que contempla meus desejos. E meus desejos são todos reflexos da minha representação, do meu eu mais profundo e honesto. É nesse corpo que vou carregar o peso das contrariedades e despropósitos de um mundo sem sentido, mas um mundo que é meu também. E é nesse corpo que gritarei mais alto, que jamais me curvarei aos que desejam minha abnegação.  Porque eu não quero curar a minha alma, ainda que lhe pareça suja ou imoral. É a alma que carrego dentro do meu corpo, que é meu santuário, escoltado pelos desejos que me tornam humano.  Não, eu não quero a sua cura.  Não preciso da sua cura.  Preciso apenas do seu respeito. Fui! (gritar…)

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