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Perdão


Perdão. Perdão por não corresponder às suas expectativas. Perdão por ser teimosa o suficiente para não acreditar nos seus conselhos. Perdão por não ter te enxergado quando você precisava tanto de mim. Perdão por não ter sido sua amiga como eu deveria ou como você merecia… Te peço perdão por tudo que fiz e por tudo o que eu não fiz. Perdão pelo que fiz e ainda não sei ao certo o que foi, ou a dimensão do sofrimento que posso ter causado…  Perdão por ter falhado tantas vezes que já não sei direito a extensão dos meus erros, até que ponto eles te machucaram e até que ponto eu sou a responsável. Me desculpe se eu falhei com você. Provavelmente não foi a minha intenção e eu digo “provavelmente” porque em algum momento de fraqueza eu posso ter desejado algum mal, mas não o mal absoluto, apenas o mal passageiro, aquele da hora da “raiva”. Me perdoe pelas minhas fraquezas, pela desonra da minha alma imoral e suja, pela imundice das minhas palavras e pelas minhas atitudes desqualificadas. Acredite que eu não estava vestida da minha melhor versão quando fiz tudo o que fiz de ruim. Eu era aquela que estava perdida, aquela que não escutava, que se escondia nos labirintos da minha própria dor. E hoje, o que eu consegui foi aumentar o peso da culpa que carrego comigo. Da culpa que me acompanha e que me mostra que sempre é preciso tomar cuidado com o que pensamos, com o que falamos e com o que fazemos com a vida dos que mais amamos. E se eu conseguir hoje o seu perdão terei o alívio da sua bênção e seguirei somente com a minha culpa, em direção ao caminho do meu próprio perdão. Porque no final o perdão mais difícil de conseguir é o meu mesmo… Fui! (tentar me perdoar…)

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