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Período sabático: uma pausa necessária.


Já ouviu falar de ano ou período sabático? A expressão se refere a um tempo de descanso da rotina que se leva, aconselhável para quem está insatisfeita(o) com o rumo que a vida tem tomado ou para quem anda se sentindo esgotada(o) e desmotivada(o). Mesmo aquelas pessoas que adoram o que fazem e que não se julgam cansadas, podem se beneficiar de uma mudança de hábitos e cenário.


A expressão vem da palavra judaica “Sabá”, que significa “dia de descanso”. A cada sete anos os judeus ficavam um ano inteiro sem trabalhar, que servia para que a terra pudesse se recuperar depois de seis anos de colheita ininterrupta.


Se até a terra precisa de uma pausa para voltar a dar frutos, imagina uma pessoa!

As novas gerações estão começando a trabalhar cada vez mais cedo e os adultos têm batalhado arduamente para alcançarem a independência financeira e poderem planejar uma futura aposentadoria. Todo esse empenho pode até garantir muito dinheiro no bolso, porém tem provocado também insatisfação.


Por essa razão muito se tem falado sobre período sabático nos últimos anos. Quando o cansaço e a vida pessoal cobram seu preço, interromper o ciclo vertiginoso de labuta e tirar um período para se reencontrar, se reconectar com seus sonhos e com o que e quem há de mais importante para si, e até descobrir outras habilidades, pode ser a única saída para não acabar sofrendo de Burnout ou depressão. Essa pausa pode ir de dois meses até um ano.


"Quando o cansaço e a vida pessoal cobram seu preço, interromper o ciclo vertiginoso de labuta e tirar um período para se reencontrar, se reconectar com seus sonhos e com o que e quem há de mais importante para si, e até descobrir outras habilidades, pode ser a única saída para não acabar sofrendo de Burnout ou depressão. "

Inspirado no shabbath judaico, a prática estreou oficialmente no mundo corporativo em 1880 como uma contrapartida da Universidade de Harvard para manter o filósofo Charles Lanman em seu quadro de docentes. Pela proposta, o professor teria direito a um ano de descanso remunerado a cada seis anos de trabalho. A partir de então professores acadêmicos dos Estados Unidos começaram a pedir um tempo de licença das universidades e na metade do século XX outros profissionais do ambiente corporativo acabaram adaptando os propósitos do período sabático para o mercado de trabalho. No Brasil algumas universidades incentivam os professores a tirarem um tempo de descanso, maior que as férias, e essa política também tem sido adotada por algumas empresas.


Durante um período sabático as pessoas, além de descansarem para se reconectarem consigo mesmas em busca de se autoconhecerem, costumam aproveitar para viajar, estudar, aprender algo novo, desenvolver habilidades, se dedicarem a antigas paixões que foram deixadas de lado e passarem mais tempo com a família e os amigos.


No entanto para tirar um período sabático é necessário primeiro se preparar para isso, inclusive financeiramente. Não é uma decisão simples, muito menos fácil e por essas razões acaba sendo postergada. É importante refletir sobre o momento certo de parar e se quando voltar estará pronta para assumir a mesma posição no mercado de trabalho ou se não pretende mais exercer a mesma profissão.


É preciso se planejar bem para esse momento tão ímpar e antes de sair pedindo demissão por aí, tentar conseguir uma licença não remunerada. É fundamental também saber como se manterá nesse tempo em que estará afastada do trabalho e ter a mente aberta para novas possibilidades e um novo modo de vida.


Período sabático não é férias, mas sim um tempo para focar nas coisas mais importantes da vida e desenvolver habilidades pessoais e profissionais, reconectar-se consigo mesma, recarregar as energias e recuperar a motivação.


Se já andava querendo desacelerar um pouco, espero que este texto te ajude a refletir sobre o que tem feito e o que deseja e te ajude a tomar uma decisão.


Deixo como sugestões sobre o tema o filme Comer, rezar e amar e o meu livro Cansei de ser a Mulher-Maravilha.


Beijos e até a próxima matéria!


Renata R. Corrêa.


Fontes de pesquisa:




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