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Por Onde Andei


Trago no peito as emoções que senti durante o meu caminhar. Trago na mente as lembranças do que vivenciei ao lado dos meus. E trago nos pés as marcas desta caminhada: a sujeira, as cicatrizes, as bolhas e os calos… Trago na bagagem os amigos de uma vida e os amigos de encontros fortuitos. Trago as risadas e as lágrimas. Trago tudo que ajudou a construir um pouco de mim, que criou as referências do que busco ser. Os traumas que tive que superar para chegar aqui, para encontrar um pouquinho da paz que sinto hoje. Trago as vitórias e as derrotas, todas sincronizadas na mesma estação. Hoje busco um caminho sem tantas pedras, ainda que esse caminho não seja tão atrativo, ainda que seja mais longo… mas prefiro sentir o calor dos abraços sinceros, aqueles que não vêm rebuscados com frases de efeito nem com convites irrecusáveis. Prefiro o frio da indiferença de quem não me quer mal, mas também não deseja compartilhar comigo o seu precioso tempo. Prefiro a ignorância nada sutil dos que não me adoram do que a arrogância dos que dizem estar a meu lado, mas que na verdade nunca estiveram… E esse caminho torto que segui me mostrou que não preciso me transformar em muitas para agradar aos que tanto quis bem, jamais os agradaria da forma que eles me buscaram. E jamais me tornaria um alguém que não consigo reconhecer em mim… Então sigo descalça, rumo a um lugar chamado “felicidade”. E levo minha bagagem pesada, mas na medida em que avanço nesse caminho, sinto cada vez menos o seu peso… Fui! (seguir em frente…)

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