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Resignação


Qual é o limite? Até onde temos que ir para conseguirmos alcançar o que queremos? E quando será que é hora de parar de buscar algo que não está destinado a ser nosso? Muitas vezes achamos que algo está na reserva, nos esperando. E acabamos nos decepcionando quando descobrimos que esse algo está na reserva, mas no nome de outra pessoa… Queremos para nós o que achamos que deve ser nosso. Queremos o destino idealizado, o presente colorido, o namorado alto e forte. E rico. Queremos mais do que há de melhor. E queremos esse “mais”, que prometemos a nós mesmos, há tempos atrás… E mesmo sabendo que o tempo passou, a vida andou e nossa mente mudou, os desejos antigos permanecem ali, intactos. É como uma implicância inconsciente que não nos permite resignar. E a inconstância dos nossos sentimentos sempre nos lembra do que foi “perdido”, mesmo sabendo que aquele “objeto destinado” jamais passou de uma vontade. São as ilusões que criamos da vida que fazemos existir quando queremos algo que amamos demais. Essas ilusões alimentam nossas esperanças infundadas, nos dão segundos de alegria por vislumbrarmos a chance que pensamos ter perdido, mas que na verdade nunca nos foi ofertada. E não importa quantas ofertas “reais” recebemos da vida, se não houver resignação em aceitá-las e desfrutá-las, elas passarão sempre despercebidas.  E estaremos sempre correndo atrás da coleção passada… Fui! (Me resignar, aceitar e viver. O melhor que eu puder…)

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