Saudade dela… dela do jeito que era. Com o sorriso largo me convidando a rir junto. Saudade das frases inoportunas, das brincadeiras, das besteiras. Saudade da alma, e do corpo também. Dos cabelos cacheados, da pele branca, das unhas comidas. Saudade de nós juntas. De um tempo que não vai voltar. Saudade desse amor incondicional e até anormal. Desse amor errado que só ela podia me dar. Da forma livre, impulsiva e irreverente. Saudade de sentir o cheiro dela, o cheiro de frescor do desodorante que já não é mais fabricado. O cheiro do condicionador que ainda existe, mas que saiu de moda. Saudade do cheiro masculino que exalava do seu corpo de mulher, do cheiro único e perfumado dela. Saudade de sentir seu olhar me acompanhando, de ouvir as suas músicas preferidas e de contemplar seus sonhos. Saudade de tudo o que me remete à ela. Em sua magistral despedida não me deu tempo de entender o quão importante ela era para mim. E, mesmo sem entender, peço que seu caminho seja iluminado, que suas intenções sejam as melhores e que o perdão de todos os seus erros lhe seja concedido. Que ela continue sua caminhada com o combustível de todo amor que compartilhamos. Que seja mais e melhor em outro lugar, em um lugar maior, que acomode a grandiosidade da sua alma curiosa e única. Enquanto isso, eu continuo seguindo a minha vida, com um pouco dela dentro de mim, com um pouco de nós duas, em uma equação que não vai se desfazer nunca… Fui! (viver.)
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