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Todos Os Meus Tons

Escolho caminhar descalça pelas avenidas da minha solidão, desfrutando cada segundo de nostalgia que tenho em harmonia com os tons das canções que compõem o enredo da minha vida…

Sou eu, em uma versão pura e complexa, quem exalta as vantagens de ser assim: ousada, provocante e livre. Sou melhor quando estou ao meu lado, com todas as narrativas exageradamente rebuscadas e com a simetria das poesias que escolho compor; sou enorme quando abro as portas do desconhecido e entro sem pedir permissão, e sou ainda maior, quando busco ensinar algo no mesmo instante em que aprendo a interpretá-lo.

São os tons escuros que emolduram a cartilha da minha irreverência, mas são os tons pastéis que ganham minha atenção quando encontro conforto na cartilha da minha jornada; aquela que se mistura com minha alma em uma dança cheia de balanço, doses de drama e requintes de ironia.

Escolho caminhar do jeito que me emociona, com um sorriso peculiar no canto do meu rosto e com a certeza da vitória no final de cada destino. Escolho meus amigos de caminhada e troco o passo cada vez que a música fica entediante, ou cada vez que percebo que eles já não conseguem mais me acompanhar.

Escolho, por fim, as melodias que conjugam esse grande espetáculo, com todos os tons em suas cadências providenciais, com os agudos e graves sintonizados com meu caminhar, sempre tão certeiro e firme quanto meus pensamentos sobre minha existência neste espaço de composições vivas, entoadas no hino da minha história…

Fui! (Celebrar todos os meus tons…)

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