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Traídos pelo Ego


Por anos e anos vejo amores se despedaçarem por caprichos infundados e egos inflados… Sou testemunha dos infortúnios que as traições deflagradas instauram na alma e na vida de um casal feliz. Não raras são as tentativas de reconciliação, também desmanteladas pelo caminho da raiva e da dor. É claro que ser traído não faz bem ao coração. Mas e quanto ao resto? Se a autoestima piora, o amor, quem sabe, melhora… Se não o amor, as tentativas que seguem. Ou ainda, quando cessam as tentativas e a vida segue só, abordada por convites dispensáveis de alegrias momentâneas e fúteis, é que nos entendemos fruto do nosso próprio reflexo de perfeição. Só que, se não somos perfeitos nem para o nosso próprio espelho, por que esperar que a perfeição venha justo dele, o “sobrecarregado relacionamento”?? Porque as expectativas são todas, ou quase todas, sobre a forma que queremos ser amados, e não do amor em si. E se, por algum momento, o “seu” amor seguir alguma via controversa? Não existe atalho que conserte esse desvio malfeito? Vivi muito para ver pobres almas vagando sozinhas por esse mundo de solidão, porque um dia preferiram buscar a razão em suas desavenças, sem notar que pior do que o corpo que se esquenta em camas de outrem é o corpo que jaz só em uma cama fria, no final de uma vida. Se existe a traição, também existe, e é fato, o perdão. Existe também algo mais valioso do que a “indignação”, e se chama: inteligência. Inteligência para não sucumbir à vaidade, inteligência para ver mais longe, inteligência para escolher uma vida feita ao lado de pessoas e não de ilusões… Fui! (Dormir ao lado do meu, quentinha e coberta de sonhos…)

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