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Você Quer Ser Livre?

Alguém me disse uma vez: “se você quiser ser livre de verdade, escolha a mentira que ronda a vida de todos e se esconda nos arbustos da sua vaidade, antes que encontrem sua versão mais plena e sincera”. E foi com esse intuito que caminhei até aqui, com a vontade genuína de encontrar meu propósito neste mar de emoções que lido dentro da minha mente confusa e indecisa…

É claro que quero ser livre, mas qual o real conceito de sentir-se livre? Seria impor naqueles, que mal me suportam, a minha verdadeira voz? Aquela que tem um tom rouco e que aumenta de volume na medida em que meus batimentos cardíacos aceleram? Ou ainda, seria tentar enganar a mim mesma, para assim poder enganar a todos?

Sinto-me livre quando beijo o vento gelado que circunda meu rosto, quando respiro um pouco do meu passado recheado de boas lembranças e quando abraço meu corpo nos pequenos momentos em que consigo admirar a maravilha que é tê-lo inteiro, da forma que ele se apresenta para mim.

Sinto-me livre quando estou completa de mim, em êxtase pela sintonia que encontro sozinha nas músicas que ditam a trilha sonora da minha vida; sinto-me inteira, repleta de todas as emoções mais sagradas, quando percebo que minha liberdade nada tem a ver com a sociedade controversa em que estou inserida, mas sim com o meu universo, que consegue ser tão ou mais complexo que o Mundo lá fora…

E ainda que eu tenha um milhão de dúvidas quanto à sobriedade dos meus sentimentos, sigo livre em busca desse algo a mais, que me enche de orgulho cada vez que marco um passo de dança certeiro, no contrapasso desta valsa louca, cuja música não para e pelo qual o palco triplica de tamanho para acolher meu corpo sedento por liberdade…

Fui! (Buscar-me…)

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