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Autocuidado não é só skincare



Quem nunca entrou nas redes sociais e se deparou com um conteúdo que listava uma série de atividades que deveriam fazer parte da nossa rotina de autocuidado? Uma delas, com certeza, era o skincare. Eu me lembro de quando as pessoas começaram a discutir de forma abundante sobre a importância de criar hábitos saudáveis e a rotina de cuidados com a pele; se não estava no topo de importância, estava entre os três primeiros. Talvez seja por causa da gama de fotografias associadas ao assunto, como a de mulheres fazendo esfoliação de pele com uma toalha enrolada no cabelo acompanhada de rodelas de pepinos nos olhos.

"Mais importante do que cuidar da pele, é cuidar da alma; pois, se a nossa mente não está bem, nada mais está"

Eu não dispenso as minhas sextas-feiras de spa day. E nem você deveria se abster de um dia como esse só seu. Porém, mais importante do que cuidar da pele, é cuidar da alma; pois, se a nossa mente não está bem, nada mais está e não tem produtos de beleza — e pode ser o melhor e mais caro que for — que cure um espírito ferido.


Autocuidado também é autoconhecimento.


É saber reconhecer nossas luzes e nossas sombras. É entender e identificar os momentos em que somos verão e outros, inverno; pois existe uma natureza dentro de cada uma de nós, e saber respeitá-la é a maior atitude de amor-próprio que podemos ter conosco. Em nosso eu mais íntimo, tem uma consciência que nos guia e sussurra a todo momento, só precisamos escutar com mais atenção o que ela tem a nos dizer. Essa consciência é a nossa intuição.

"Você sabe discernir suas pétalas dos seus espinhos, e, principalmente, acolhê-los? "

Há um canal no YouTube que acompanho e já tive a honra de entrevistar a idealizadora, Pri Ferraz, desse projeto tão mágico que é o “Diário da Bruxa”. Em um de seus vídeos, ela faz a seguinte metáfora: “Assim como uma rosa possui suas pétalas, suaves e lindas, e também possui os seus espinhos, que ferem e machucam, a gente também possui nossas pétalas e nossos espinhos”.


Você sabe discernir suas pétalas dos seus espinhos, e, principalmente, acolhê-los?

É aprender a ser firme e a dizer uma palavra tão pequena quando necessário, mas que muitas de nós tememos pronunciar por medo. Seja de magoar alguém especial ou da reação de quem vai escutar: não. Mas o não liberta. Quando você dá um basta em uma situação que suga a sua energia, você está se colocando em primeiro lugar.

"Pergunte-se: “Quem sou eu?”. E se ainda não souber: “Quem eu quero ser de agora em diante?”

Preserve-se em prol da sua saúde mental.


Uma das práticas mais benéficas que podemos fazer por nós mesmas para nos conhecermos melhor e entendermos verdadeiramente quem somos — além da terapia — é escrever em um diário. Não pense que é infantil; na realidade, é muito prazeroso. Pense nessa ferramenta como uma fonte de poder pessoal. Um lugar para ser você mesma e escrever sobre tudo aquilo que você quiser: seus desejos, amores, frustrações, sonhos, vontades etc.


Pergunte-se: “Quem sou eu?”. E se ainda não souber: “Quem eu quero ser de agora em diante?”.


E escreva. Está aí uma prática que é um bálsamo para a alma.

Isso é autocuidado!


Matéria de Victoria Cabral para a coluna Empoderamento Feminino

Encontre-a no Instagram @abruxaescritora

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