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Desapegar dói, não é fácil...


Coração aperta, seguramos as lágrimas e fazemos cara de forte. Dá até vontade de rir, porque basta um segundo em um porto seguro, que relaxamos e elas rolam soltas, aliviando esse coração teimoso.


Somos apegadas não apenas as coisas, as pessoas e as relações. O pior apego de todos é aquele que nos dita regras. Nos apegamos intensamente as regras sociais e culturais as quais somos expostas durante o nosso desenvolvimento.


Nos apegamos a ideias! E essas se transformam em crenças que passam a reger nossas vidas de um jeito bastante rígido e cruel.


Nos apegamos a ideias! E essas se transformam em crenças que passam a reger nossas vidas de um jeito bastante rígido e cruel.


Nos apegamos a versão de nós mesmas que deveríamos ser, que precisaríamos nos tornar para que nos permitíssemos nos amar, nos aceitar e sofremos a frustração da idealização insana de nós mesmas, uma versão inatingível e cruel que adotamos sem perceber o mal que causamos a nós mesmas neste processo.


É o apego ao senso comum que nos faz sofrer. A grande sacada é que a nossa geração está pronta para questionar o que grita a maioria! O ser humano é um ser individual, único, que para ser pleno precisa se escutar e se aceitar incondicionalmente. Não existe amor-próprio com condições. Não existe “eu preciso emagrecer para me amar mais”, não existe “eu preciso me formar ou ter” X” na conta bancária para me amar mais, ou pior, eu preciso me casar para validar meu valor e meu amor-próprio”.


Amor-próprio precisa estar onde estamos, como estamos, apesar do processo, do caminho.


Daí a gente respira... respira... respira... e lembra do mantra: “está tudo bem...” e realmente está!


Lembramos que a vida é feita de ciclos... que as memórias nos pertencem eternamente, e que o antídoto ao apego está aí, na nossa cara, facinho, facinho de alcançar... É só chamar por ela... a linda, poderosa e maravilhosa gratidão. Quando sentimos a gratidão pelos momentos vividos, pela paz que o desapegar pode nos oferecer, pelo passado, pelos ensinamentos, pelas conquistas, pelo presente e também pelo que a vida está por trazer, certamente ela irá nos surpreender.... Lembra? Essas são produções do ego, apegado a tudo que ouvimos e vimos em casa, nas mídias, nos filmes, na vida!


Ela sempre nos surpreende! Quando conseguimos sentir gratidão pelo que estamos vivendo, gratidão incondicional mesmo, de olhos vendados, ah! O coração se expande, a alma fala e o ego cala... Gratidão transborda! Gratidão por poder sentir gratidão!


O alívio é certo, é doce, é amor, é benção....

Que maravilha é viver quando a alma fala e o ego cala.


Fabi Guntovitch para a Revista MS

Disponível nas colunas:

Universo feminino


Encontre-a no Instagram: @fabianaguntovitch

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