Olá, queridíssima leitora! Feliz Ano Novo!
Com certeza você já escutou falar de ginástica íntima e pompoar. Talvez não saiba a diferença entre os dois e nem a real importância para a vida de todas as mulheres.
Eu digo: TODAS as mulheres!
Ambas as práticas nos ensinam a exercitar o canal vaginal, trazendo mais saúde e prazer para esse lugar, que pra muitas mulheres, fica totalmente esquecido.
Antes de continuar vou dar um alerta e um spoiler, ok?
ALERTA: Antes de começar uma rotina de contrações no canal vaginal entenda que, tão importante quanto contrair, é relaxar. Se você sente dor ou incômodo na penetração, provavelmente seu assoalho pélvico tem pontos de tensão. Então esses exercícios não são indicados para você nesse momento, ok? Fale comigo ou com uma fisioterapeuta pélvica para cuidar disso mais de perto antes de qualquer coisa. Esse provavelmente será o melhor investimento que você fará na sua sexualidade. Indispensável.
SPOILER: Trabalhar seu canal vaginal irá fazer com que você aumente o aporte sanguíneo nos genitais, aumentará sua sensibilidade e lubrificação. Ainda de quebra, você irá se prevenir de uma possível incontinência urinária que, digo com quase 100% de certeza, virá com a idade.
Já rolou algum escape de xixi quando você pula, espirra, dá risada muito forte ou algo assim? Esse já é o início da incontinência urinária. Se não tratar, só piora. Não queremos isso, né?
Então, vamos lá! A principal diferença entre ginástica íntima e pompoarismo é que a ginástica íntima é mais voltada para a saúde e o bem-estar físico, enquanto o pompoarismo é mais focado ao prazer sexual. Apesar do foco ser diferente, ambos atuam em todas as áreas, como já descrevi aqui.
A ginástica íntima, também conhecida como os exercícios de Kegel, criados pelo ginecologista Dr. Arnold Kegel em 1948 para tratar incontinência urinária e outros problemas relacionados ao enfraquecimento do assoalho pélvico.
O pompoarismo é uma prática que tem origem nas tradições orientais, principalmente na Índia e Tailândia. Desenvolvido inicialmente em contextos tântricos e de saúde íntima, era usado para aumentar o controle e o prazer sexual, além de ajudar na recuperação pós-parto. A técnica envolve a contração e relaxamento dos músculos vaginais, podendo ser realizada com o uso de bolinhas ben-wa, pesos e yoni eggs.
Eu sou facilitadora em PEL – Pompoar Efeito Lilás. Além dos exercícios de contração e relaxamento, indico para minhas clientes o uso do ovo de jade nefrite (yoni egg) como um recurso importantíssimo para aquelas que têm pouca consciência dos músculos da região pélvica. Vale ressaltar que mais de 50% das mulheres não têm conhecimento sobre essa região.
Importante dizer que alguns fatores podem causar atrofia do canal vaginal e, se não tratados, podem causar dores e doenças.
Para quem não sabe, a atrofia vaginal é o afinamento e enfraquecimento das paredes vaginais, geralmente causados pela queda nos níveis de estrogênio.
Os principais fatores que podem causar a atrofia vaginal incluem:
Menopausa: A diminuição de estrogênio é a causa mais comum.
Amamentação: Redução hormonal temporária pode afetar a lubrificação.
Uso de anticoncepcionais hormonais: Podem diminuir a produção de estrogênio.
Histerectomia: Remoção do útero ou ovários pode reduzir drasticamente os níveis hormonais.
Radioterapia e quimioterapia: Tratamentos para câncer podem afetar a saúde vaginal.
Distúrbios hormonais e medicamentos: Problemas hormonais e certos medicamentos também contribuem.
Tabagismo e estresse crônico: Afetam a circulação e os hormônios, agravando a condição.
Envelhecimento: A redução gradual de estrogênio com a idade contribui para a atrofia vaginal.
A atrofia vaginal pode causar várias consequências, incluindo:
Secura vaginal e dor durante a relação sexual (dispareunia), devido à redução da lubrificação e da elasticidade vaginal.
Aumento do risco de infecções vaginais e urinárias, pois a mucosa enfraquecida facilita a proliferação de bactérias e fungos.
Perda de tônus e elasticidade vaginal, o que pode afetar o prazer sexual e dificultar exercícios físicos.
Alterações no aparelho reprodutor, como o prolapso vaginal, devido ao enfraquecimento muscular.
Impacto psicológico, com diminuição da autoestima, ansiedade e depressão devido à dor e desconforto.
Alterações no orgasmo, podendo reduzir a intensidade ou dificultar o alcance do prazer.
Dificuldade com tampões ou absorventes internos, devido ao ressecamento vaginal.
Em resumo, a atrofia vaginal pode afetar a saúde física, sexual e emocional, mas o tratamento adequado pode aliviar muitos desses sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Eu sou fã do pompoar porque ele é auto aplicável. Não precisa de médico, laser, sair de casa etc. Você aprende, você mesma resolve!
Então para fechar essa 1º coluna do ano, pensei em indicar aqui 2 exercícios básicos para você começar a trabalhar o seu canal vaginal com amor, carinho e dedicação. Todos os dias, intercalando os 2 exercícios.
Obs.: Lembre-se que ele tem que estar sem nenhum ponto de tensão.
FORÇA E TONICIDADE
3 séries de 5 contrações segurando 10 segundos
Inspira lento
Exala e contrai sustentado 10 segundos
Inspira relaxando 2 vezes.
Faça isso 5X
Relaxe 1 minuto
Recomece – são 3 séries assim
AGILIDADE E DESTREZA
3 séries de 20 contrações rápidas
Inspira lento
Exala e contrai 20 vezes bem rápido
Relaxe 1 minuto
Recomece – são 3 séries assim
Gostou? Que venha 2025!
Um beijo carinhoso, Lu Terra.
Lu Terra para a coluna Terapia Sexual
Encontre-a no Instagram: @luterra.terapeutasexual