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Menopausa: como vencer essa vilã?


Todas as etapas da vida têm alguma fase chata para desafiar a gente. A vilã da velhice feminina, não temos dúvida, é a menopausa. Ela diminui nossas defesas, nosso ânimo, nossa lubrificação, nossa libido... nossa, mas é muito ruim, né? A boa notícia é que nem todas as mulheres passam tão mal, e as que passam têm vários aliados na luta contra essa praga!


Cada mulher é única, não somos receita de bolo. Então fui assuntar com outras mulheres como foi ou está sendo a experiência delas. No meu caso, tive menopausa precoce, com cerca de 40 anos. Calores esquisitos, menstruação irregular, mau humor, parecia que eu estava sempre em TPM. Aí minha ginecologista na época disse: não, você está muito nova para a menopausa. Quem me socorreu foi a homeopata, que passou um medicamento que minimizou os sintomas, até sumirem! Depois, fiz histerectomia, e fiquei sem o indicativo mais evidente da chegada da menô (já somos íntimas). Recentemente voltei a sentir calores, um suador danado, algo de insônia, ansiedade, e novamente recorri à homeopatia. Eu estava achando estranho esse vai e volta da fase, a gente começa a duvidar até do que sente... mas nesse bate-papo nos grupos de mulheres maduras descobri que não era só eu. Márcia também teve menopausa precoce, parou de menstruar cedo, mas os sintomas apareceram depois de alguns anos. E vieram com força total! Pele muito seca, cansaço, tanta insônia que teve que tomar remédio para dormir. Entrou na reposição hormonal, com o devido acompanhamento médico, e apenas passado um ano começou a fazer efeito. Ela e muitas outras tomam um medicamento para compensar a deficiência de estrogênio após algum tempo na menopausa. De efeito colateral, a grande reclamação é que engorda... nada é perfeito.


Para várias mulheres, a reposição é fundamental, apesar dos efeitos indesejados. A Patrícia, mesmo com reposição, sentia calores. Mudou de médico para médica, mudou a medicação, e agora se sente muito melhor. Luciana ressaltou que ter uma ginecologista mulher dá mais segurança de sermos ouvidas e atendidas nas nossas necessidades nessa fase. Eu também prefiro, em todas as fases. Não que sejam perfeitas (vide a minha aos 40, que não aceitou minha menopausa precoce), mas é mais provável que entendam, como pessoa, o que estamos passando. Cristina não sentiu calores, mas muita irritação e indisposição. A melhora com a reposição foi tão drástica que ela declara que “a fez renascer”. Mônica foi enfática no nosso bate-papo: reposição salva!


E quem quer fazer, mas não tem esta opção? Maria estava em tratamento de câncer, e passou 3 anos minimizando os sintomascom fitoterapia. O chá de folha de amora foi citado mais de uma vez e, como eu não conhecia, fui pesquisar. Encontrei um estudo realizado pela Universidade Federal de Lavras que constata sua eficácia. O estudo faz parte da dissertação de mestrado da nutricionista Jéssica Petrine Castro Pereira, sob orientação do professor Bruno Del Bianco Borges. A pesquisa foi realizada com cobaias em laboratório, utilizando a folha de amoreira e também linhaça, pois ambas contêm grandes quantidades de fitoestrógenos, que são moléculas que possuem o efeito do hormônio estrógeno no organismo. “Com isso, podemos demonstrar que a suplementação de linhaça e/ou folha de amoreira tiveram um resultado benéfico para a saúde desses animais, demonstrando, assim, que essas substâncias podem ser um adicional à melhora desses sintomas causados pela falta dos estrogênios.”, relatou o professor Bruno, em entrevista ao site da Universidade (www.ufla.br).


Geraldine é instrutora de Yoga, e ressalta a importância que a prática teve na manutenção do seu equilíbrio hormonal. O metabolismo mudou, como é natural, mas os sintomas não apareceram. Trinidad também coloca a atividade física como a principal responsável por ela ter passado por esta fase sem problemas. A consequência que foi comum a todas nós foi o ressecamento da pele e mucosas. Para os olhos, colírio; para a pele, mil opções de cremes; e para a vagina? A melhor dica que achei foi da Luzia, que usa lubrificante à base de água e sem cheiro, natural e menos agressivo a esta área tão sensível. O da marca que ela usa é hidratante também, ela usa todo dia, como usamos os creminhos de rosto, para manter o viço. Vou provar, aí conto pra vocês em primeira pessoa.


É isso, como já falei, cada uma sente e vive esta fase de um jeito. O ponto em comum entre todas nós foi constatar a importância do apoio e da troca das nossas experiências. Por mais distintas que sejam entre si, sempre aparece uma dica, um conselho que nos serve e melhora a vida. E, claro, sentir-se acolhida e ouvida em um momento complexo nos dá mais força para enfrentá-lo. TMJ!


Ana Lucia Leitão para a coluna 50+

Encontre-a no Instagram: @aninhaleitao2




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