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- Camafeu funcional e Cracker
Eu digo que sempre da pra comer uma versão melhor de algo que a gente gosta muito! Se você está querendo ser mais saudável e não sabe por onde começar, eu vou te dar o caminho! Camafeu funcional A tâmara é um ingrediente super doce e um ótimo substituto do açúcar comum, visto que ela é riquíssimo em fibras, vitaminas e minerais importantes pra nossa saúde. O Tahine é feito de gergelim, fonte riquíssima de cálcio, o cacau cheio de antioxidantes, o coco carrega uma gordura excelente pro coração. As nozes apesar de calóricas são excelente anti-inflamatório, então SE JOGA nesse docinho! Ingredientes: 2 colheres de Tahine de Cacau (pasta de gergelim com cacau) 2 colheres de coco ralado sem açúcar (ralei coco fresco) 2 gotas de óleo essencial de cardamomo 6 tâmaras sem caroço Lascas de nozes para decorar Modo de preparo: Misture o Tahine com o coco ralado e o óleo essencial. Abra a tâmara e recheie com essa mistura e decore com a nozes por cima. É só comer! Cracker Se tem algo que eu AMO nessa vida são as sementes. Eu sempre recomendo a compra delas cruas e sem adição de sal, pra vc não correr o risco de ingerir muito sódio junto, pois elas são salgadas com glutamato monossódico, um realçado de sabor desnecessário. O cracker é uma ótima opção pra quem precisa introduzir esses “alpistes” na rotina alimentar e não sabe como! Da pra usar como torradinha, quebradinho na salada ou puro mesmo. IMPORTANTE é que você utilize sementes que formem GEL ao serem hidratadas, como a linhaça e a chia. Além de tudo é fácil de fazer! Delicie-se! Ingredientes: 1 colher (sopa) semente de girassol 1 colher (sopa) semente de abóbora 1 colher (sopa) de linhaça 1 colher (sopa) chia 1 colher (sopa) quinoa 1colher (sopa) gergelim Temperos de sua preferência. Usei pitada de sal rosa, 1 pitada de páprica defumada e 1 gota de óleo essencial Black Pepper dōTERRA 60 ml de água morna para hidratar. Em gramas, use em média 80g de sementes. Modo de preparo: Misture todas as sementes e temperos e deixe hidratar em água até formar um gel. Disponha numa assadeira (NÃO USE PAPEL MANTEIGA) use tipo Dover ou unte a fôrma. E leve para assar a 180 graus por uns 20 minutos. Deixe esfriar e está pronto! Roberta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha Da MS Encontre-a no Instagram: @abetaqfaz
- Chega de ser carregada!
O que você sentiria se embarcasse carregada ou carregado em um avião lotado? Foi exatamente isso que aconteceu comigo há bem pouco tempo. Eu, uma mulher cadeirante de mais de 40 anos, voltando de uma viagem com minha filha de 16 anos, fui carregada para a 8ª fileira de um avião com mais de 180 pessoas embarcadas, mesmo com leis obrigando a disponibilização de poltronas mais acessíveis para pessoas com dificuldade de locomoção. Sempre reforço o quanto a sociedade precisa avançar nas questões de Diversidade, Equidade e Inclusão. Quando vivencio experiências assim, sinto o quanto ainda temos para evoluir para uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Nesse voo com minha filha adolescente, percebi isso quando, mais uma vez, fui carregada no colo pela tripulação até o assento da aeronave. Comprei as passagens com um mês de antecedência e preenchi um formulário – oferecido pela companhia aérea – apontando minha deficiência e impossibilidade de caminhar. Imagino que a partir desse apontamento, eu e minha acompanhante, já deveríamos estar com nossas poltronas reservadas nos assentos mais acessíveis. É importante reforçar que eu escolhi a empresa aérea com mais “acessibilidade” , pois a maioria das aeronaves dessa empresa têm espaços amplos para eu chegar nas poltronas da 1ª fileira com a minha própria cadeira, faço a transferência sozinha e não leva mais que dois minutos para isso acontecer. Caso as seis primeiras poltronas da primeira fileira do avião estejam ocupadas por outras pessoas com prioridades estabelecidas por lei, na aeronave existe uma cadeira de bordo, que eu poderia utilizar para ser conduzida até outra fileira, com dignidade e sem precisar ser carregada. Nosso voo era de Maceió para São Paulo, com escala em Salvador. Em Maceió já fizemos os check-in para os dois trechos. Para o trecho Maceió – Salvador estava tudo certo, mas para o trecho Salvador – São Paulo, estávamos marcadas na fileira trinta e dois. Eu pedi para a atendente refazer e nos colocar na fileira um, mas ela disse que na porta da aeronave isso seria resolvido. Na conexão em Salvador, passei pelo check-in novamente e a atendente conseguiu dois assentos “melhores” (bem entre aspas), nas fileiras 4 e 5, mas eu preciso viajar ao lado da minha filha e, mais uma vez, a atendente garantiu que na aeronave isso seria resolvido. Chegando no avião – que já estava com todos os passageiros embarcados – recebi a informação que as fileiras da frente estavam ocupadas por outras prioridades. Até que o atendente de solo voltou dizendo que conseguiriam nos colocar juntas na fileira oito. Estávamos em cima da hora, eu achei melhor aceitar. Notei que as seis poltronas da frente de fato estavam ocupadas, duas delas por um homem tetraplégico e sua acompanhante, os demais assentos por pessoas que aparentemente não tinham nenhuma deficiência ou necessidade específica. No desembarque isso se confirmou, pois todos saíram andando, com independência e sem nenhuma dificuldade. Resolvi não insistir em usar as poltronas da primeira fileira quando embarquei, cheguei a pedir a cadeira de bordo, mas para agilizar os atendentes da empresa ofereceram-me carregar nos braços para a poltrona da fileira oito. Eu topei! Na hora achei que eu iria causar muito exigindo a cadeira de bordo e permiti que eles me carregassem. Fui sorrindo, brincando com os meninos que me carregavam, mas lá na poltrona oito percebi como toda situação foi constrangedora, não apenas para mim, mas também para minha filha. Eu não fui carregada sozinha! Eu fui carregada com ela, minha filha foi exposta comigo. O rapaz tetraplégico foi exposto comigo. A população com deficiência inteira foi exposta comigo! No calor do momento, eu não consegui calcular que o peso da exposição de ser carregada era maior. Só quando escrevi esse texto como desabafo, entendi que a minha simpatia, sorriso e brincadeiras ao ser carregada era uma defesa à opressão que eu estava passando. A população com deficiência inteira foi exposta comigo! Eu atuo para colaborar com o desenvolvimento de uma sociedade culturalmente mais inclusiva, esse é o meu trabalho como CEO do Grupo Talento Incluir. Nessa posição, tive algumas chances de estar em evidência, o que sempre entendi como oportunidade para a sociedade me perceber e consequentemente valorizar potencial em todas as pessoas com deficiência. Em Diversidade e Inclusão chamamos isso de representatividade ! O contrário ocorre, quando sou exposta a situações que me diminuem, essa representatividade continua existindo, mas de forma negativa, fortalecendo os rótulos que incapacitam, invisibilizam e invalidam todas as pessoas com deficiência. Estamos parando de nos esconder, saindo de casa, circulando, temos direitos conquistados, mas que ainda são negligenciados. O meu desabafo é para que minha existência seja considerada, para isso que preenchi o tal formulário ao comprar a passagem. A cadeira de bordo já existe, é regra da ANAC. A quebra da barreira arquitetônica estava ali, já existe a solução, o que faltou foi acessibilidade atitudinal. Os colaboradores da companhia aérea estavam perdidos, sem saber se atendiam o tempo do avião em solo e os clientes que pagaram por um assento conforto na primeira fileira ou se me davam dignidade! Faltou diretriz inclusiva, clara, convicta da liderança da empresa para seus colaboradores. A jornada para uma empresa ser inclusiva é longa e precisa de disposição. Empresas que não avançarem em cultura de Diversidade, Equidade e Inclusão não conseguirão sobreviver num futuro logo ali. Carolina Ignarra para a coluna Corpos Sem Filtro Carolina Ignarra é CEO e sócia fundadora do Grupo Talento Incluir, ecossistema que reúne 4 negócios sociais: Talento Incluir, Talento Sênior, UinHub e UinStock. Está entre as 20 mulheres mais poderosas do Brasil, eleita pela revista Forbes em 2020. Em 2018, foi eleita a melhor profissional de Diversidade do Brasil segundo a revista Veja. Encontre-a no Instagram: @carolinaignarra
- Barbie, a boneca multicarreira
Já que o assunto do momento é o filme da Barbie, a revista Maria Scarlet cedeu espaço no seu vermelho habitual para aderir à onda rosa. Eu não poderia ficar de fora deste momento, afinal, tem boneca que fala mais com as meninas sobre carreira que a Barbie? Talvez hoje até tenha, mas é consenso que a Barbie foi a precursora. Foi esta boneca que trouxe a aspiração profissional para a brincadeira das meninas. Se hoje ainda estamos lutando por equidade de gênero nas oportunidades de carreira, imagina como eram as condições nos anos 60, quando a Mattel começou a apresentar a boneca em diferentes profissões! Só para se ter uma ideia, nas minhas memórias de infância, as mães de amigos que trabalhavam fora, como costumávamos dizer, eram professoras, enfermeiras, cabelereiras ou trabalhavam no comércio. Em toda a minha infância na periferia do Rio de Janeiro, nos anos 80, não conheci uma mulher que fosse profissional em outra área. A primeira Barbie, lançada no final dos anos 50, era uma modelo, mas apesar do estereótipo do padrão de beleza e da cultura de moda da época, ela era à frente do seu tempo: era uma boneca adulta, independente e vestindo maiô. Nos anos seguintes, outras profissões foram inseridas, promovendo representações de mulheres em carreiras variadas. A segunda Barbie lançada era enfermeira, a terceira, comissária de bordo (conhecida como Barbie Aeromoça), a quarta, professora... De lá para cá, a Barbie já virou cientista, astronauta, atleta, até presidenta. E entre as diversas modalidades de atletas, também está lá a Barbie jogadora de futebol. Ao longo do tempo a Barbie foi se adaptando às mudanças culturais e aspirações das crianças, buscando promover mais representatividade e diversidade. A influência da Barbie não atingiu somente as meninas cujas famílias tinham condições financeiras de comprar a boneca, não. Mesmo quem não podia ter uma Barbie, foi impactada por sua presença em diversas mídias, das propagandas a filmes, desenhos e séries na televisão, e podia imaginar uma realidade em que as mulheres eram donas da sua casa dos sonhos, do seu carro, da sua carreira... A Barbie tinha tudo isso. Eu posso dizer que fui privilegiada, pois eu tive uma Barbie. Sim, eu tive uma, apenas uma, e não ganhei dos meus pais, pois a boneca era cara para nossa realidade. Ganhei da minha madrinha e, hoje, reconheço a sensibilidade que ela teve ao escolher uma Barbie diferente. Não havia Barbie negra na época, então ela me deu uma Barbie ruiva. A minha boneca não tinha uma profissão (que era uma linha ainda mais cara), mas assumia diversas carreiras nas minhas brincadeiras. Nunca a imaginei como uma “filha”, como as bonecas em geral eram associadas. Ela era uma projeção do futuro profissional e assumia papéis de professora, cabelereira (o cabelo que era comprido virou “chanel” numa dessas sessões), costureira (inclusive, eu costurava roupinhas para ela com retalhos da minha mãe), enfim, a Barbie podia ser o que eu quisesse. Guardei a minha boneca como relíquia, até passar para a minha filha, mais de 30 anos mais tarde. Mesmo quem não podia ter uma Barbie, foi impactada por sua presença em diversas mídias, das propagandas a filmes, desenhos e séries na televisão, e podia imaginar uma realidade em que as mulheres eram donas da sua casa dos sonhos, do seu carro, da sua carreira... A Barbie tinha tudo isso. Assistir ao filme com a icônica boneca como protagonista, ao lado do meu marido e filhos já adolescentes, foi um misto de nostalgia e senso de realização. O filme é sobre empoderamento feminino, quebra de estereótipos, desconstrução do patriarcado e o sonho de uma sociedade justa e igualitária, em que mulheres (e homens) possam ser o que desejam ser, e foi gratificante constatar, mais uma vez, que meus filhos (menino e menina) têm uma visão de mundo que permite contestar os modelos tradicionais e enxergar com naturalidade a igualdade de gênero, a rir das piadas ácidas, a concordar com as mensagens subliminares e com a crítica social envolvida em tons de rosa. Mesmo que seja considerado “lacração”, o filme Barbie traz uma inegável contribuição para o processo de avanço social ao estimular reflexões sobre as contradições de buscar ser você mesma; mas continuar sendo cobrada por um estereótipo de mulher inalcançável; sobre a falta de representatividade feminina em posições de liderança nas grandes corporações e de poder na sociedade em geral ou mesmo a importância das redes de apoio para que as mulheres possam alcançar seu pleno potencial. Barbie e Ken, o boneco que foi lançado para ser o namorado da Barbie, evoluíram na linha de produtos da Mattel para refletir a mudança nos valores sociais e a necessidade de promover oportunidades iguais e representatividade nas narrativas infantis. Ambos os personagens passaram a ser mostrados como indivíduos independentes, cada um com suas próprias ambições e interesses profissionais, reforçando a ideia de que homens e mulheres têm capacidades igualmente valiosas. Um mundo em que o Ken era só o namorado da Barbie só servia para reforçar o quão inverossímil era. Já um cenário em que o Ken também tem sua individualidade e suas escolhas de carreira, da mesma forma que a Barbie, faz mais sentido para sedimentar o conceito e impulsionar a mudança que desejamos. Apesar dos erros e acertos da Mattel com produtos da linha - como é natural em qualquer segmento no lançamento de produtos -, é fato que o mundo Barbie promove a diversidade e a inclusão para o imaginário infantil, com bonecas com diferentes etnias, profissões, estilos e condições, permitindo que as crianças se identifiquem e se conectem ao se verem projetadas. Nos últimos anos, a linha introduziu bonecas sem cabelo, com vitiligo, com deficiências (com prótese e usando cadeira de rodas), para proporcionar uma experiência cada vez mais representativa. A Barbie, definitivamente, se tornou um símbolo do empoderamento para as pessoas, não somente crianças, tampouco somente meninas. Por suas histórias e pelo seu potencial para despertar a imaginação a partir de temas sobre inclusão, diversidade e equidade, a Barbie inspira as gerações mais jovens a desafiarem os padrões que são prejudiciais à sociedade que respeita e oferece oportunidades iguais a todos que estamos construindo. Érica Saião para a coluna Mulher & Carreira Encontre-a no instagram: @erica.saiao
- Bem-vinda à nossa cozinha!
É com grande alegria que eu inauguro a coluna NA COZINHA DA MS. Um verdadeiro presente no dia do meu aniversário de 50 anos, uma data extremamente importante pra mim! Gosto de expressar sabor e beleza através da nutrição, minha formação desde 1994. Mas a comida vai além, pois conecta pessoas, lembra um momento ou alguém especial, e a boa alimentação cuida da nossa saúde e previne doenças, melhorando nossa qualidade de vida e bem estar como um todo! Meu propósito aqui é te guiar positivamente pra este mundo das comidas saudáveis, criativas e práticas. Bem vinda à minha, à nossa coluna! Receitas com manga Nosso país tropical tem a manga como um dos ingredientes mais consumidos, e apesar de não estarmos na safra ideal, sempre encontramos bons preços e qualidade. Ela é saborosa e tão versátil que eu trouxe uma opção salgada e uma doce nesta 1ª edição da coluna. Fiz com todo carinho pensando em vocês! CEVICHE DE MANGA Ingredientes: 2 mangas Tommy picadinhas em cubos 1 cebola roxa fatiada fininha em lâminas 1 lata de milho 1 limão grande espremido (Tahiti ou siciliano) 1 colher de chá de pimenta calabresa seca 2 colheres de sopa de azeite 1 colher de café de flor de sal (ou utilize o sal rosa) 1/2 xícara de salsinha ou coentro (sua preferência) Modo de preparo: Misture todos os ingredientes (menos a salsinha) num recipiente com profundidade, mexa e deixe curtir na geladeira por pelo menos 1 hora. Finalize com a salsinha fresca na hora de servir. Receita maravilhosa como entradinha junto com folhas verdes variadas, acompanhamento num buffet de saladas do seu churrasco e também em festas de fim de ano. Geleia de manga, maracujá e gengibre Ingredientes: 3 mangas picadas 1 maracujá com semente 1/2 xícara de açúcar demerara Suco de 1/2 limão 2 gotas de óleo essencial Ginger (sabor gengibre dōTERRA) A quantidade de adoçante é muito pessoal. Eu já não uso muito, mas gosto da doçura. Por isso usei açúcar demerara. Pode ser xilitol, Stevia ou açúcar da sua preferência (o mascavo e o açúcar de coco podem comprometer o sabor). Modo de preparo: Frutas, suco de limão e açúcar na panela, fogo baixo, panela meio tampada. Vá mexendo de vez em quando até reduzir e ficar em ponto de geleia. O óleo essencial deve ser adicionado ao final da receita. Adicione e mexa tudo por igual. Dica: o suco de limão é para liberar a pectina das frutas e ajudar na consistência de geleia. Beta Crudo Bellucci para a coluna Na Cozinha Da MS Encontre-a no instagram: @abetaqfaz
- A Liberdade de Escrever os Próprios Roteiros
Acredito na possibilidade de reescrever nossa vida como se estivéssemos criando roteiros teatrais. Se um roteiro não saiu como esperávamos, sempre temos a chance de escrever o próximo de forma mais alinhada com nossas expectativas. Um dos maiores equívocos que muitas pessoas ainda cometem é continuar "ensaiando" o mesmo roteiro que já não funciona, na esperança de que um dia ele melhore. Um dos momentos mais libertadores da minha vida foi quando percebi que não precisava seguir o roteiro padrão da maioria: estudar, arrumar um emprego, namorar, noivar, casar, ter filhos e esperar pela aposentadoria num trabalho que já não me fazia feliz pensando apenas na segurança financeira e esquecendo da emocional ou em um relacionamento amoroso desconectado por medo de ficar sozinha. Quando entendi que a escolha dos caminhos a seguir era exclusivamente minha e que não precisava tomar decisões baseadas nas crenças alheias, descobri o verdadeiro significado da liberdade. Há algum tempo, optei por viver uma vida criativa e livre, impulsionada por mim mesma e seguindo minha intuição. Não estou dizendo que casar, ter filhos ou se aposentar após anos no mesmo emprego esteja errado. O que defendo é que cada pessoa deve escrever seu próprio roteiro de vida, de acordo com o que seu coração pede e o que trará plenitude e felicidade genuína, aquela felicidade que traz emoção e orgulho por ser quem somos e fazer o que fazemos. Acredito que a liberdade é essencial para a dignidade. Uma mulher livre compreende seu valor diante da vida e sabe que merece vivenciar as melhores experiências, pessoais e profissionais. Ela não aceita migalhas de qualquer natureza e enxerga seu próprio valor no espelho, independentemente dos padrões de beleza impostos pela sociedade. Uma mulher livre se comunica sem se vitimizar, ela vai atrás do que acredita e busca seus objetivos com determinação e coragem. Essa clareza, sem dúvida, é adquirida ao longo da maturidade e das experiências de vida. Eu mesma, no passado, mantive relacionamentos tóxicos por tempo demais e permaneci em um trabalho que me deixava infeliz, tudo por medo do julgamento alheio. Naquela época, não percebia que estava dizendo SIM para os outros e NÃO para mim mesma, quando deveria ser o contrário. Como mulheres, precisamos aprender a dizer mais SIM para nós mesmas do que NÃO. Nós mulheres, somos frequentemente bombardeadas por tantas crenças negativas ao longo da vida que acabamos aceitando-as como verdades absolutas, sem nem mesmo questioná-las. Essas crenças nos colocam em posições inferiores no trabalho, nos relacionamentos amorosos e, o que é ainda pior, em nosso relacionamento conosco mesmas. Essas crenças nos impedem de "sentarmos à mesa", como bem descreve Sheryl Sandberg em seu livro "Faça Acontecer - Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar". É por todas essas razões que muitas vezes vivemos nossas vidas de forma reativa, sem assumir o papel de protagonistas que verdadeiramente somos em nossa jornada. Ao me deparar com a realidade de ser uma mulher livre, percebo que tenho o poder de criar uma vida que faça sentido para mim. Já passei por um divórcio e encontrei um novo amor, já tive a coragem de escrever um livro e pedir exoneração de um trabalho que não me completava. Ao longo do tempo, vivi diversas experiências e sei que ainda há muitas outras por vir, todas elas me aproximando cada vez mais da minha essência verdadeira. Não falo que é necessário passar por um divórcio ou escrever um livro para se sentir livre, essas são vivências minhas. É importante lembrar que essas decisões são pessoais e somente você sabe o que realmente ressoa em seu coração. No entanto, sugiro que reserve um momento para refletir sobre seus sonhos, desejos e objetivos, e avalie como seu roteiro de vida se encontra no momento presente. Ele está alinhado com sua essência? Ele verdadeiramente te faz feliz? As palavras, linhas, pontos e parágrafos deste roteiro estão onde deveriam estar? Independentemente do resultado dessa reflexão, é fundamental lembrar que você, como mulher, é naturalmente livre para viver e escolher o que faz sentido para você. Você possui um poder criativo que lhe permite reorganizar a rota e, acima de tudo, deve ser a principal impulsionadora do seu próprio caminho. Siga a voz da sua intuição e confie na sua capacidade de criar uma vida que seja autenticamente sua. Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram:@euivebueno
- O Poder da economia prateada
A economia prateada é a que junta renda, produção e consumo de produtos e serviços dos 50+. Um segmento econômico que movimenta R$ 2 trilhões ao ano só no Brasil, segundo a Data8, uma consultoria especializada em estudos e pesquisas sobre o comportamento e hábitos de consumo das pessoas maduras. Segundo a consultoria, a tendência é que o consumo na maturidade possa dobrar em poucos anos. Então, por que somos tão negligenciadas pelas marcas e empresas? Temos tido avanços nos últimos anos, mas é fato de que as empresas brasileiras ainda não estão preparadas para atender às nossas reais necessidades. A gente não encontra com facilidade produtos que atendam ao que realmente queremos, que dirá nos vermos representadas nas campanhas publicitárias! Para Michelle Queiroz, fundadora da Rede Longevidade, ONG que produz conteúdos educativos sobre envelhecimento saudável, isso acontece porque o envelhecimento no Brasil ainda é novidade. “Comparado a países da Europa e Ásia, o Brasil está fazendo essa transição mais tarde na história. É normal que tenhamos mais dificuldades em compreender essa cultura, tanto no impacto econômico quanto social”. Realmente, há muitos anos vemos os grisalhos europeus com seus sapatinhos confortáveis, bermuda e chapeuzinho estilo safari, aquele espeto de ajudar em escalada, e muita disposição, saracoteando por todos os cantos do planeta. É diferente mesmo. Michelle destaca que o mundo inteiro vive uma revolução da longevidade, mas aqui no Brasil está mais impactante, com uma forte mudança na demografia, e inversão da pirâmide social. A gente não encontra com facilidade produtos que atendam ao que realmente queremos, que dirá nos vermos representadas nas campanhas publicitárias! "Hoje a gente fala como se fosse nicho, mas daqui a pouco todo mundo vai ter que ser meio especialista em economia prateada; se não, perde mercado. Eles já representam mais de 30% dos consumidores da base de clientes de todos os setores", corrobora Laila Vallias, da Data8. É isso aí: ano passado, o público 50+ foi o que mais cresceu no consumo de e-commerce. E os produtos mais vendidos não foram remédios e medicamentos, mas sim eletrônicos, com celulares e computadores nos primeiros itens da lista. Me dá muita raiva quando vejo que algumas marcas acabam se apropriando da bandeira da longevidade saudável, antietarista, apenas para pontualmente se aproveitar de datas comemorativas, ou surfar na onda que vem valorizando a população madura, sem ter políticas efetivas de inclusão e destaque deste público. Chega o dia das mães, dia da mulher, e aparecem um monte de exemplos na mídia de mulheres maduras lindas e empoderadas, com as frases clichês de elogio de sempre. Fora destas datas, ficamos confinadas aos papéis de vovós acolhedoras e simpáticas, que fazem comidinhas gostosas. É uma imagem linda, quando eu for avó vou me identificar (tirando a parte de fazer comidinhas, sou uma negação na cozinha...) mas não dá pra generalizar no estereótipo, e nem pensar que o nosso interesse é restrito. Podemos ser vovozinhas fofas, boas cozinheiras, e termos uma coleção de NFTs. Podemos hospedar os netos no fim de semana, desde que não tenha uma festa dançante para irmos, ou uma viagem para os Lençóis Maranhenses. Podemos fazer tudo que a nossa condição física permita, e que o nosso coração deseje. Fora destas datas, ficamos confinadas aos papéis de vovós acolhedoras e simpáticas, que fazem comidinhas gostosas. Então, queridas empresas brasileiras, fica a dica: estamos na nossa melhor idade. Corram atrás de nós, se querem nos conquistar. Mandem flores, bombons, mas também nos respeitem e nos enxerguem como somos, potentes e plurais. Ana Lucia Leitão para a coluna 50+ Encontre-a no Instagram: @aninhaleitao2
- Não pare
A vida é repleta de oportunidades e desafios e não é diferente quando se trata de carreira. Mas muitas vezes temos medo de agarrar uma oportunidade, porque estamos presos em uma zona de conforto, mesmo inconscientemente, onde a rotina e a familiaridade nos proporcionam segurança e estabilidade. A zona de conforto é uma área mental onde nos sentimos seguros com nossas circunstâncias atuais. É um lugar onde sabemos o que esperar e onde as incertezas são minimizadas. Embora possa parecer agradável e acolhedora, também pode limitar nosso desenvolvimento profissional. Corremos o risco de estagnar e de não aproveitar todo o nosso potencial, porque o crescimento acontece quando enfrentamos desafios e exploramos territórios desconhecidos. Ao sair da zona de conforto e expandir nossos horizontes, estamos nos abrindo para novas experiências, desafios e aprendizados que moldarão nossa carreira de maneiras inimagináveis, mas a gente precisa ter coragem para esse movimento. E não vou evitar repetir aquela frase que já ouvimos diversas vezes, porque eu adoro um clichê: a coragem não significa ausência de medo, e sim, a capacidade de enfrentá-lo e avançar apesar dele. Não devemos subestimar o medo, essa emoção poderosa que pode exercer uma influência significativa em nossas vidas, especialmente quando se trata de tomar decisões relacionadas à carreira. Não podemos fingir que ele não existe. Queremos alcançar nossos sonhos, progredir, conquistar estabilidade e realização profissional, porém, o medo pode se infiltrar em nossos pensamentos e nos impedir de aproveitar oportunidades valiosas. Para alguns, o medo grita, para outros, sussurra, mas no fundo, ele está lá. Podemos ter medo de arriscar em um novo emprego, empreendimento ou projeto porque não sabemos se seremos bem-sucedidos. Podemos hesitar em aceitar uma promoção ou uma transferência devido ao medo do desconhecido ou da responsabilidade adicional. Às vezes, tememos até mesmo buscar novas oportunidades que tenham mais fit com o que sempre sonhamos, preocupados com o risco do fracasso. E como lidamos com isso? Estou aprendendo também, a cada dia. A primeira coisa é compreender que o medo é uma emoção normal e que todos nós enfrentamos dúvidas e incertezas. É essencial lembrar que os erros e fracassos fazem parte do processo de crescimento e aprendizado e que é melhor tentar e falhar do que nunca ter tentado (sim, outro clichê!). Certa vez, ao compartilhar que estava com um tremendo frio na barriga antes de fazer uma apresentação, um amigo me falou que até a Fernanda Montenegro assumia que ainda sentia frio na barriga antes de entrar no palco. Saber disso me ajudou naquela apresentação e fui pesquisar depois em que circunstância a atriz teria revelado isso encontrei uma entrevista sua para a revista Quem, edição 194, publicada em 2004, em que respondeu exatamente à pergunta se ainda sentia frio na barriga antes de subir ao palco: “Frio na barriga? Ainda sinto todo dia, toda hora, a cada cena!” (Fernanda Montenegro) Se até Fernanda Montenegro sente frio na barriga, a nossa pode até congelar que está tudo bem, não é mesmo? Uma vez reconhecido o medo, uma estratégia importante para lidar com ele é buscar apoio e orientação de pessoas confiáveis, como mentores, amigos ou profissionais experientes. Essas pessoas podem fornecer insights valiosos, encorajamento e perspectivas diferentes, ajudando-nos a enfrentar nossos medos e avançar em direção às oportunidades. Outra medida é se alicerçar nos seus pontos fortes e “se colocar no fogo” em situações pontuais e temporárias que possam lhe tirar da zona de conforto e gerar medo da exposição, do fracasso, do julgamento ou outro, para exercitar o enfrentamento. Não precisa ser exatamente na sua área profissional - acho até que o ideal é que não seja, para que a gente se sinta mais à vontade. A questão aqui é ir desenvolvendo habilidades para ganhar mais resiliência e confiança em si mesmo em territórios inexplorados. Estas experiências vão sedimentando a capacidade de lidar melhor com o novo, as adversidades e os contratempos que possam surgir em nossa carreira. Enfim, reconhecendo o medo, buscando apoio e desenvolvendo resiliência, podemos enfrentar esses temores de frente e nos abrir para um mundo de possibilidades. E por fim, já que citamos a admirável atriz Fernanda Montenegro, compartilho mais uma frase sua, extraída da mesma entrevista: "Se tenho certeza de uma coisa, é que sou uma atriz. Se me elogiam, eu não vou parar. Se me derrubam, também não vou parar.” (Fernanda Montenegro) Precisamos, acima de tudo, de maturidade profissional para seguir em frente independentemente de elogios e críticas. Alguns levam muito a sério os elogios e param de se desenvolver. Outros acreditam nas críticas e tombos e paralisam. Nada é definitivo, tudo é circunstancial. Que sigamos o exemplo dessa grande atriz e não deixemos que elogios ou críticas nos parem, porque nosso compromisso deve ser, acima de tudo, com nós mesmos, com a nossa carreira e com a evolução para o que ainda virá. Érica Saião para a coluna Mulher & Carreira Encontre-a no Instagram: @erica.saiao
- O que o LinkedIn poderia aprender com o Tinder?
Eu adoraria que o Linkedin tivesse um perfil que me encantasse, em sintonia com objetivos de vida, que fosse um crush simpático e que iniciássemos uma conversa leve e respeitosa. Depois do match e alguns papos virtuais, gostaria de ir para um 1o encontro. Um café seria perfeito. Na expectativa de conhecer melhor meu crush, adoraria engatar numa conversa animada, numa parceria. No Tinder, conseguimos fazer isso. No Linkedin, está cada vez mais difícil. Olhar no olho então, nem se fala. Networking só quando as pessoas têm interesse imediato em você. Quando você não tem mais o sobrenome da empresa, o mundo das conexões fica mais complicado e raramente as pessoas têm tempo para um café. Devia ser assim? Podemos fazer diferente? Podemos ser melhores e tomar café genuinamente com uma conexão nossa? O Tinder é um mundo de diversidade. Pessoas divertidas, outras sérias, muitas nada a ver com você. Algumas vezes seus usuários perdem a paciência. Outras vezes se preocupam com os golpes. Alguns casaram com os crushes e foram felizes. Outros não encontram nada por lá. Nem fale sobre o crush lixo. Sem a mínima empatia e responsabilidade emocional. O aplicativo ajuda em qualquer parte do mundo a se conectar com pessoas com objetivos comuns. A abrangência é fantástica, tal como no Linkedin. O Linkedin é um mundo de diversidade? Ao meu ver, parece pasteurizado. É sisudo. Não precisa ser. Podemos ser profissionais sérios, representando marcas pessoais e empresas, fazer negócios e compartilhar conhecimento, mas pode ser de uma maneira leve, interessante, divertida, curiosa. Podia ser menos “promoção pessoal” e mais serviço. Tenho uma amiga que não gosta do Linkedin, pois parece um ambiente fake, com gente se mostrando. Diz que as pessoas não são elas de verdade. Que os conteúdos não acrescentam. É isso que queremos? Que rede de conexões profissionais estamos construindo ou dando continuidade? Nossos conteúdos são de qualidade ou só estamos na corrida de chegada com o algoritmo? Mas quem não é visto, não é lembrado. Esse é o jogo do mercado de trabalho. Enquetes no Linkedin pesquisam se você já conseguiu uma entrevista, um emprego ou fazer negócio por aqui. Essa rede não é dedicada a esses propósitos? Ainda acredito no meu match com o Linkedin. Fazer negócios. Observar tendências. Refletir sobre opiniões diferentes. Reforçar minha marca pessoal. Mostrar quem sou profissionalmente. Reverberar minha voz. Interagir. Identificar talentos. Atualizar. Aprender. Ajudar as pessoas. Ser útil. Acrescentar algo. Fazer refletir. Impulsionar o networking. Estabelecer uma conexão verdadeira. Uma amizade, quem sabe. Seja num conteúdo educacional ou inspiracional. Seja a partir do meu exemplo pessoal ou de outras experiências. Construir novos tempos mais promissores, acolhedores e prósperos no mundo do trabalho. Maria Helena Carneiro para a coluna Sociedade Encontre-a no Instagram: @mhelenacar
- Vida de solteira
Dia desses uma das minhas amigas que estava conversando com um carinha na internet, disse que eles estavam falando sobre o clima da noite, quando, do nada, ele enviou um nude. Francamente, os que me acompanham pelas redes sociais sabem que sou totalmente a favor da putaria. O que não significa, que quero a foto de uma rola quando estou sentada na fila de espera do dentista. Não sei em que momento alguns homens começaram a achar que a foto aleatória de um pênis deixará uma mulher gamadinha por ele, mas, provavelmente são dos mesmos criadores que acham que chamar uma mulher de gostosa no meio da rua, fará ela entrar em seu carro e decidir construir uma família. Encontrar uma pessoa legal hoje em dia para se ter algum tipo de relação, tem sido difícil, sei disso porque tenho amigas que procuram, mas não encontram alguém com quem conseguem trocar mais que dois diálogos. Por outro lado, também tenho o amigo que mandou apenas um “bom dia” para a garota que ele era afim – depois da própria ter pedido seu contato - e foi ignorado sem qualquer justificativa. As pessoas têm medo de conversar ou estão apenas traumatizadas por relacionamentos passados? Hoje mesmo me deparei com uma mulher que conheceu o homem dos seus sonhos e estava vivendo um conto de fadas, não havia nada de errado. No entanto, ela, traumatizada pelo que viveu anteriormente, deu um pé na bunda dele e o perdeu. Ele ficou sem entender o que havia acontecido e não quis dar uma nova chance. Compreendo os dois lados da situação. Uma pessoa traumatizada, tende a temer a felicidade. Por outro lado, um homem não deve pagar pelo erro de outros. Independente do que tenha feito essa mulher agir no impulso, talvez ela tenha perdido um cara legal por um medo que está na sua cabeça. Talvez tenha se jogado em um novo relacionamento, sem ter superado o anterior. Talvez tenha começado algo, por não querer ficar sozinha. Há muitas pessoas com medo da solidão e acabam se arriscando em relacionamentos sem estarem mentalmente preparadas. Esse medo pode a colocar em situações desagradáveis e que a impedirá de ser feliz. Não há nada de errado em estar sozinha. Uma pessoa sozinha, não é uma pessoa solitária e infeliz. Assim como uma pessoa solteira, não é uma pessoa em busca de amor (já voltarei a falar disso). Não sei se os caras dos nudes são pessoas traumatizadas ou apenas homens escrotos, mas sei que há muitas pessoas com medo de intimidade e acabam se fechando e impedindo que outras a machuquem. Elas já foram tão quebradas, que preferiram se tornar superficiais. Também há pessoas com medo de relacionamento, apenas porque o do amigo não acabou bem e medem a própria vida pela régua de outros. As pessoas não são todas iguais, há um mundo imenso e não podemos colocá-las em uma caixinha e dizer que ao dar uma nova chance para o amor, você saberá de que forma ele acabará. Além de estar sendo injusta consigo mesma, está sendo injusta com o próximo. Experiências servem para te amadurecerem, não para te empedrarem e impedirem que você seja humana e sensível outra vez. Não é porque uma pessoa te traiu, que a próxima não reconhecerá seu valor. Também não é porque está solteira, que deve se entregar para qualquer babaca que não sabe dizer mais que duas palavras sem antes mandar a foto de uma rola. Quando for mergulhar novamente nesse mar de seres humanos em busca de algo profundo, esteja certa do que quer. Não vá pela mente dos outros e não comece uma relação se não se sentir preparada. Pontuo isso porque é muito comum que quando uma pessoa fica solteira, os amigos tentam, a todo custo, empurrá-la para alguém como um objeto que estava sem estoque e que acabou de ficar disponível. Você é dona do seu próprio tempo e apenas você pode decidir com quem gastá-lo. Ou melhor, qual nude merece sua atenção. R. Christiny para a coluna Papo de Bordel Encontre-a no Instagram: @r_christiny
- Salvador, BA
Oxe! Aqui é Bahia! Uma mistura de muito axé embalado com culturas e ritmos, Salvador traz através da arte da dança e da sua rica história muita alegria no sorriso dos baianos, é lindo de se ver. Venha que vou lhe contar! E o que não falta lá são histórias para contar, e lugares belíssimos para conhecer. Lembrando um pouco da sua história, Salvador, foi também a primeira capital colonial do país. Fundada em 1549 por Tomé de Souza, foi sede da Monarquia Portuguesa. É caracterizada pelo grande mercado escravista no continente sul americano. Hoje toda sua história é “VIDA”, pois, turistas e visitantes do centro histórico da cidade se encantam da cidade alta à cidade baixa. Preparada para conhecer mais sobre este destino incrível no Brasil? Então, embarque nessa aventura que vou compartilhar com você as dicas para viver as melhores experiências na Grande Salvador, BA. Pontos turísticos tem muitas opções para você visitar como o Mercado Modelo com várias opções de lembrancinhas para os colecionadores de mimos de viagens. Eu particularmente amo comprar ímãs de geladeira, são várias lojas comerciais, lá se vende de tudo um pouco. Possui restaurantes com comidas típicas da região, música boa e um povo carismático e carinhoso. O elevador Lacerda tem um visual fantástico para a parte alta da cidade e a Bahia de todos os Santos. A praça da Sé e o Pelourinho são os principais pontos turísticos dos cartões postais. Quem passeia pelas ruas do pelourinho viaja no tempo através da sua arquitetura que chama atenção de todos que ali trafegam. E por falar em lugar famoso foi no Pelourinho que Michael Jackson gravou o clipe da música “They Don’t Care About”. O clipe teve a participação da banda baiana Olodum, estourou nas paradas de sucesso e até hoje é lembrado por todos. A igreja do Senhor do Bonfim com seu estilo neoclássico com a fachada em rococó, acompanhando o modelo das igrejas portuguesas dos séculos XVIII e XIX chama a atenção dos turistas. É parada obrigatória para agradecer pelas oportunidades e também fazer aquele pedido que você já vem buscando realizar faz tempo. Claro que fomos lá fazer o nosso pedido e registrar toda gratidão. Os visitantes e fiéis amarram as fitinhas no gradil externo e interno da igreja levando esperança e muita fé. Que Salvador vai além dos passeios históricos e culturais, a capital baiana tem inúmeras praias, mirantes , faróis e como não lembrar do pôr do sol no Farol da Barra onde está localizado o forte Santo Antônio da Barra e o Museu Náutico da Bahia. Caminhar na orla do Farol da Barra e saborear um delicioso acarajé é um belo convite para curtir o clima gostoso que Salvador transmite e sentir as boas energias. O Farol da Barra é palco do carnaval na Bahia e recebe milhões de foliões do mundo inteiro. Quem nunca ouviu falar do Carnaval de Salvador? Ninguém fica parado com o ritmo baiano. Salvador tem praias uma mais bonita que a outra, basta você escolher qual te agrada mais e curtir à vontade. A maravilhosa Praia do Forte é o cenário perfeito para quem busca praia com águas claras, boa temperatura, paz e sossego. O projeto Tamar é um passeio imperdível ideal para curtir com toda família e você vai ver muitas tartarugas por lá, é sensacional. O passeio para as piscinas naturais localizadas bem ali na Praia do Forte é praticamente em frente ao projeto Tamar, você não pode deixar de aproveitar. Esse foi um dos passeios que mais curtimos pois como vocês sabem, nós amamos estar juntinhos da natureza. Nosso roteiro foram de 3 dias e fizemos tudo programado que foram o centro histórico e Praia do forte em mata de São João. Existem outros lugares bem próximos a Salvador que vocês também podem explorar como: Morro de São Paulo, Ilha de Itaparica entre outros. Agora difícil mesmo é escolher o roteiro… rsrs! Em Salvador é possível encontrar pousadas, hostel, hotéis luxuosos. Você só precisa escolher qual tipo de hospedagem deseja. Nossa escolha foi no hotel bem localizado no Farol da Barra, pois, optamos em ficar ali pertinho do mar e ver o pôr do sol no final da tarde. E vamos falar da gastronomia baiana, que por sinal é bem quente e saborosa. O acarajé é o mais procurado e comentado por todos, ir para Salvador e não provar um suculento acarajé podemos dizer que você não esteve na Bahia. São muitas barracas espalhadas pela orla e por toda cidade. Oxente! Bora comer um Vatapá?! Esse prato tem presença garantida nos cardápios baianos, seja servido como acompanhamento ou como recheio de um crocante acarajé. Assim deu água na boca! Hum… isso é Bahia! Vai uma dica importante, preste atenção ao responder se prefere seu prato quente ou frio. Para os viajantes que não são familiarizados com a pimenta, é bom saber que: pedir “frio” é a opção menos picante. Já se você pedir “quente” prepare-se que a dosagem de pimenta é bem forte. Alguns pratos da culinária local como o mungunzá, é o doce de milho branco, conhecido em todo nordeste Brasileiro, já em outros estados e regiões o mungunzá ganha o nome de canjica. O caldo de sururu e a maniçoba também são uma delícia. Cada vez que escolho um destino para explorar pelo Brasil vou me apaixonando ainda mais pela arte, cultura e gastronomia. É tão bom compartilhar com vocês essa cultura baiana que bateu até saudades. O coração viajante é intenso, o presente é saber que em cada lugar vai colher frutos de uma vida que no futuro nunca será esquecida. Viajar é viver e se encontrar no paraíso que é particularmente seu, é eternizar momentos da sua vida. Convido você a viajar comigo e te espero em nossa próxima aventura! Vivi Freitas para a coluna Bolsa de Viagem Encontre-a no Instagram: @aventuras.vr
- História do direito da mulher
Uma fantástica e extraordinária viagem pelo túnel do tempo. Vamos nessa? Considero salutar trazer a lume o conceito de Direito entendido como o conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de seus membros. Por outro lado, daqui em diante, sugiro que seja dada uma interpretação extensiva a palavra mulher de modo a abranger não apenas as pertencentes ao sexo feminino, mas também todos aqueles que se identificam com o gênero feminino, traduzido como uma construção social que não decorre de aspectos naturais ou biológicos. Iniciaremos fazendo uma digressão, afinal não faz muito tempo em que as mulheres eram equiparadas a coisas, não eram consideradas cidadãs e permaneciam à sombra de homens opressores que as subjugavam e não raras vezes sentiam-se donos não só de seus corpos, mas também de suas mentes. Nunca é demais lembrar que durante a inquisição eram consideradas bruxas àquelas que não seguiam os comportamentos e dogmas determinados pela Igreja e muitas delas foram queimadas vivas como forma de punição. Apenas após a Revolução Francesa em 1789 é que surgem os primeiros fundamentos dos direitos das Mulheres e esse cenário de privações, até então dominante, começa lentamente a se modificar. Durante a vigência do Código Civil Brasileiro de 1916 a mulher era considerada relativamente incapaz e só podia trabalhar fora de casa se o marido permitisse, sendo este o chefe da sociedade conjugal, o que perdurou até 1962. E não para por aí. Antes a mulher só podia receber herança se o marido deixasse, não podia administrar os bens do casal, ressalvadas raríssimas exceções, não podia ingressar com ação judicial sem anuência do marido e, para receber alimentos deveria provar além da necessidade, sua inocência. Para completar as mulheres não podiam ter estabelecimento comercial, abrir conta em banco ou mesmo viajar sem autorização do marido. Em suma, nós mulheres, antigamente, nos restringíamos aos cuidados com a casa e com os filhos, sendo o acesso à educação privilégio exclusivo dos homens. Durante a vigência do Código Civil Brasileiro de 1916 a mulher era considerada relativamente incapaz e só podia trabalhar fora de casa se o marido permitisse, sendo este o chefe da sociedade conjugal, o que perdurou até 1962. De fato, o Código Civil de 1916 retratava a sociedade da época, marcadamente, conservadora, machista e patriarcal. Assim, consagrava a superioridade masculina que outorgava ao homem o comando expresso da família, de modo que a mulher ao casar perdia sua plena capacidade, tornando-se relativamente incapaz e praticamente nada poderia fazer sem autorização do cônjuge. Naquela época as leis e as estruturas sociais, econômicas e políticas eram feitas excluindo a mulher do espaço público. Quem não se lembra da chamada legítima defesa da honra? Famosa tese defensiva utilizada intensamente para justificar o comportamento do homem agressor diante do adultério da vítima, que resultou em diversas absolvições. Assim, a vítima além de sofrer a ação criminosa ainda era considerada culpada por sua própria morte ou lesão pelo fato de o autor ter tido a sua “honra” supostamente ferida. Todavia, os direitos das mulheres foram ganhando força gradativamente. Atualmente vivenciamos um cenário mais otimista de expansão que, longe de ser considerado ideal, representou um inegável avanço a partir de uma progressão de direitos com a implementação de programas sociais e aprovação de legislações mais eficientes nas últimas décadas. A crescente escolarização das mulheres contribuiu para o aumento constante de sua inserção no mercado de trabalho remunerado, algo que teve início após a Revolução industrial no século XVIII. Não obstante todo esse avanço, no Brasil, mulheres recebem até 25% a menos que homens desempenhando trabalhos semelhantes, a taxa de mortalidade materna ainda é alta e na política apenas 10% dos assentos são ocupados por mulheres. No Brasil a mudança começou a acontecer mais intensamente a partir da promulgação da Constituição da República em 1988 que preconizou a igualdade, como um direito fundamental, entre homens e mulheres em direitos e obrigações, proibiu a discriminação por sexo e previu a ampliação dos direitos civis, sociais e econômicos das mulheres, além de afirmar expressamente que a sociedade conjugal deve ser exercida em igualdade pelo homem e pela mulher no interesse do casal e dos filhos. A partir de então, qualquer legislação que contrariasse os ditames constitucionais não seria capaz de subsistir em nosso ordenamento jurídico, sendo vedada também a criação de novas leis que fossem incompatíveis com a Lei Maior. Assim, apesar de a Declaração Universal dos Direitos Humanos desde 1948 afirmar que todos os seres humanos nascem livre e iguais em dignidade e direitos sempre existiram grupos vulneráveis que, historicamente, sofreram maiores violações e discriminações. Nesse contexto inserem-se os Direitos das Mulheres, os quais podem ser definidos como as leis que garantem os seus direitos fundamentais como o direito à vida, à igualdade, à liberdade e os direitos civis e políticos e visam defender as mulheres de fenômenos que ainda persistem em nossa realidade, como a violência e a discriminação, fomentando a implementação de políticas públicas que estabeleçam igualdade de oportunidades e tratamento entre homens e mulheres. Apenas em 1979 foi promulgada a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher, o primeiro tratado internacional que dispõe amplamente sobre os direitos humanos das mulheres, visando promover os direitos da mulher na busca da igualdade de gênero reprimindo qualquer discriminação contra a mulher pelos Estados parte. Percebam que os Direitos da Mulher e a luta pela igualdade de gênero são importantes fatores no processo de fortalecimento das instituições democráticas de um país. Nesse cenário de avanços e conquistas o feminismo ganha um destaque especial, sendo um movimento que visa à igualdade de direitos com relação aos homens, já que, historicamente, as mulheres sempre foram hostilizadas, discriminadas e excluídas do alcance de diversos direitos, apenas reservados aos homens. Essa distorção requer a efetivação de novos direitos e a manutenção daqueles já conquistados a duras penas, evitando-se retrocessos. Ressalto que o feminismo, ao contrário do machismo, não busca a superioridade de direitos, mas tão somente a igualdade, indignando-se contra esse processo histórico onde mulheres tiveram sua participação ignorada na sociedade. Desde a década de 70 os movimentos de mulheres já reivindicavam melhores condições de trabalho e de salário com relação aos homens, em prol da isonomia entre os sexos e por uma participação mais ativa da mulher na sociedade. Infelizmente 35% ou 1/3 das mulheres no mundo sofrem algum tipo de violência durante a vida, o que significa que ser mulher no mundo em que vivemos não é tarefa fácil. A violência afeta negativamente a saúde mental, física, sexual e reprodutiva da mulher, aumentando o risco de adquirir uma doença grave ou sequela que pode impactar na sua qualidade de vida. Sensível a esta triste realidade e atendendo aos anseios da população o legislador pátrio elaborou recentes leis no combate à violência doméstica e familiar visando acabar com a impunidade do agressor e proteger com mais eficiência os direitos da mulher, além de incriminar condutas extremamente graves até então tratadas com insuficiente rigor penal. Diante disso, toda essa evolução precisa ser lembrada e comemorada nos dias atuais para que nós mulheres nos orgulhemos e reconheçamos que hoje estamos muito melhores que ontem e que precisamos trabalhar arduamente para que esse processo de empoderamento não seja interrompido, já que os direitos das mulheres são espécie do gênero direitos humanos como expressão máxima da dignidade que existe dentro de cada uma de nós - valor absoluto que não pode ser relativizado jamais. Então vamos às datas mais importantes na luta pela igualdade de gênero: 24/02/1932 – Dia da Conquista do Voto feminino no Brasil, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto e, mesmo assim, somente uma categoria de mulheres poderia exercê-lo, isto é, as casadas (com autorização do marido), as viúvas ou as solteiras com renda própria. Somente em 1934 tais restrições ao voto feminino foram eliminadas do Código Eleitoral. 08/03 – Dia Internacional da Mulher que surgiu como forma de homenagear 129 mulheres queimadas vivas em um fábrica de tecidos em Nova York em 1957 por reivindicarem um salário justo e a redução da jornada de trabalho. A polícia trancou as portas da fábrica e ateou fogo no imóvel, o que veio a custar a vida dessas mulheres. Naquele momento era confeccionado um tecido da cor lilás, origem da cor do movimento pelos direitos das mulheres em todo mundo. 30/04 – Dia Nacional da Mulher. Durante a ditadura militar (64 a 84) foi proibida a comemoração do dia internacional da mulher. Por tal razão instituiu-se essa data como dia nacional da mulher como forma de escapar de tal proibição. 28/05 – Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Morte Materna. 23/09 – Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. 10/10 – Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. 25/11 – Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Encerro por aqui fazendo um convite a todas vocês para acompanharem as novidades trazidas pela coluna MS DIREITOS DA MULHER. Continuem enaltecendo todos os atributos que envolvem a maravilha do universo feminino. Informem-se, cuidem-se e libertem-se de tudo aquilo que as aprisiona. Encerro essa matéria fazendo um merecido brinde à felicidade de todas nós! Até breve. Matéria de Maria Madalena para a coluna Direitos das Mulheres Maria Madalena, é delegada de Polícia Civil há mais de 13 anos. Coordena ao todo 7 delegacias no Estado do Rio de Janeiro, incluindo a Delegacia do Complexo do Jacarezinho. Maria Madalena não possui perfil em redes sociais para preservar a sua segurança e da sua família.
- Meu filho tem direito ao BPC?
Como mãe, é natural que você busque o melhor para o seu filho e que queira garantir que ele tenha acesso aos recursos e apoios necessários para o seu desenvolvimento e bem-estar. Se o seu filho possui uma deficiência, é importante considerar se ele tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e como esse benefício pode ajudá-lo. O BPC é um benefício assistencial garantido pela Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993) e pelo Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007 . Ele é destinado à pessoas com deficiência e idosos que se enquadram em determinados critérios socioeconômicos. Para determinar se o seu filho tem direito ao BPC, é necessário avaliar alguns aspectos: Deficiência: O BPC é direcionado às pessoas com deficiência que apresentam impedimentos de longo prazo, ou seja, limitações permanentes que os impossibilita de participar plenamente na sociedade. Se o seu filho se enquadra nesse perfil, ele pode ser elegível para receber o benefício. Critério socioeconômico: Além da deficiência, o BPC também considera o critério socioeconômico. A renda mensal per capita da família deve ser de até 1/4 do salário mínimo vigente. Isso significa que se a renda da sua família se encaixa nesse critério, o seu filho poderá ser considerado elegível para receber o benefício. Agora, vamos explorar como o BPC pode ajudar o seu filho: Assistência financeira: O benefício oferece uma ajuda financeira mensal para a família, que pode ser utilizada para suprir as necessidades do seu filho. Esse valor pode ser direcionado para a aquisição de medicamentos, tratamentos, terapias, material educativo adaptado, equipamentos e outros recursos que auxiliem no seu desenvolvimento e bem-estar. Acesso a serviços e suporte: Além do suporte financeiro, também pode proporcionar acesso a serviços e suportes adicionais. Por meio do benefício, você poderá buscar atendimentos médicos, terapias especializadas, acompanhamento multidisciplinar, entre outros recursos que sejam necessários para promover o desenvolvimento e a inclusão do seu filho. Melhoria na qualidade de vida: O benefício pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do beneficiário. Ajudando a garantir que as necessidades básicas sejam atendidas e que tenha acesso a oportunidades e recursos que promovam seu desenvolvimento, autonomia e bem-estar. Isso pode contribuir para uma melhor qualidade de vida e possibilitar que o beneficiário alcance seu potencial máximo. Lembramos que cada caso é único, e é importante buscar informações atualizadas junto ao órgão responsável pelo BPC, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para garantir que você siga os procedimentos corretos e obtenha todos os benefícios aos quais seu filho tem direito. Busque apoio de profissionais especializados e organizações de apoio à pessoas com deficiência para auxiliá-la nesse processo. Vou explicar de forma mais detalhada como uma mãe com filhos com deficiência pode requerer o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para o (a) filho (a): Compreenda a deficiência do seu filho: Antes de iniciar o processo de solicitação do BPC, é importante que você compreenda a deficiência do seu filho de maneira abrangente. Busque informações sobre a condição específica dele, suas limitações e como isso impacta sua participação na sociedade. Converse com profissionais da área de saúde e educação, e procure apoio em grupos de pais que tenham filhos com deficiência semelhante. Consulte um profissional especializado: Para obter um parecer mais completo sobre a elegibilidade do seu filho ao BPC, busque a orientação de um profissional especializado, como um assistente social ou advogado que tenha experiência em questões relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência. Eles poderão avaliar o caso do seu filho e fornecer orientações específicas para o processo de solicitação. Reúna a documentação necessária: Você precisará reunir a documentação adequada. Isso pode incluir a certidão de nascimento do seu filho, documentos de identificação (CPF e RG), comprovante de residência, laudos e relatórios médicos que atestem a deficiência e o impacto dela na vida do seu filho. É importante obter relatórios de profissionais da área de saúde que atendem seu filho, como médicos, terapeutas e psicólogos. Verifique os critérios socioeconômicos: O BPC também considera o critério socioeconômico, ou seja, a renda familiar. Verifique se a renda mensal per capita da sua família está dentro dos limites estabelecidos: Atualmente a renda per capita deve ser de até 1/4 do salário mínimo vigente. Caso a renda familiar ultrapasse esse limite, pode ser necessário buscar informações sobre possíveis exceções e flexibilizações, levando em conta as despesas adicionais relacionadas à deficiência do seu filho. Contate o órgão responsável: No Brasil, o BPC é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para solicitar o benefício, o responsável poderá entrar em contato com o 135, fazer o pedido pela internet, através do site Meu INSS, ou pessoalmente em uma agência da Previdência Social, através de prévio agendamento. Após iniciar a solicitação do BPC, acompanhe de perto o processo e mantenha-se informada sobre seu status. É possível que sejam solicitados documentos adicionais ou que ocorram entrevistas e avaliações para comprovar a elegibilidade do seu filho. Caso enfrente dificuldades ou tenha dúvidas durante o processo, busque apoio junto a organizações de apoio à pessoas com deficiência, grupos de pais ou profissionais especializados. Lembre-se de que cada caso é único, e o processo de solicitação pode variar dependendo de fatores individuais e da legislação em vigor. E o mais importante, saiba que você não está sozinha nessa jornada. Existem recursos e apoios disponíveis para auxiliar você e seu filho, e o BPC pode ser uma ferramenta valiosa para ajudá-los a superar desafios e alcançar uma vida plena e inclusiva. Manuelly Mattos Lourenço para a coluna Direitos Das Mulheres Encontre-a no Instagram: @manuellymattos.adv


















