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  • “Rótulos”

    Uma vez me perguntaram se eu gostava de homens ou de mulheres. Eu respondi: eu gosto de pessoas. E pessoas não têm rótulos, têm nomes. Têm também uma história de vida, têm hábitos, têm gostos, têm essência. E também têm cara, claro. Mas se a cara é bonita ou feia, é apenas uma questão de percepção… Na contramão da escola de marketing atual, eu gosto é de “desclassificar” tudo o que é classificável. Gosto de desconstruir o que é certo, porque esse certo, muitas vezes, só é certo para quem é “sócio do clube”… Gosto de não ter que gostar porque é bom, porque é devido. Gosto de gostar simplesmente porque quero. E quero mais do que um rosto bonito enfeitando minha mesa no jantar. Quero gente com cheiro de gente. E, se for cachorro, o quero com todos os pelos e desconfortos que um animal pode trazer. E também com as alegrias mais que humanas… Quero errar sem tanto medo da cobrança, porque é assim que muitas vezes se consegue chegar no acerto. E esse acerto é o ponto de partida para descobrir que posso viver sem “rótulos”. Descobrir que, nas enormes prateleiras deste supermercado, existe mais do que uma única opção, um único sabor. Eu posso querer variar ou comer sempre o meu “pão de cada dia”. Se vale a pena ou não, se é caro ou barato, isso quem vai dizer é a minha consciência. E o “preço” de cada escolha, esse, nós vamos saber lá no final, no último caixa da grande loja… Se sou esposa consagrada ou amante “mal dita”, se sou correta ou errada, bendita ou puta, sou só o que sou, nessa imensidão de valores, categorizados em um rol de promiscuidades mais baixas que os vilões do senso crítico. Sou um ser que não utiliza rótulos para o Mundo. Para esse mesmo Mundo que teima em me dizer com quantas letras devo escrever meu nome… Fui! (Viver mais e me preocupar cada vez menos…)

  • Momentos…

    Momentos. É só o que temos no final. E no final, é quando descobrimos que toda a nossa vida foi um gigante mosaico de momentos importantes. Momentos simples ou complexos, intensos ou suaves, são todos eles importantes, desde que sejam lembrados. E quando lembrados, mesmo os momentos que foram vergonhosos, são todos legitimados na condição de pilares que sustentam as nossas crenças e atitudes, muito provavelmente modificadas pelos péssimos momentos passados. E os bons? São eles que nos ajudam a reforçar os nossos ideais, e a nossa busca (seja lá pelo que for…). São eles, os momentos vividos, que formam a base do que somos hoje, e foram “eles” que ajudaram a construir o que chamamos de “nossa vida”. E por isso, se você me disser que um dia me afetou de forma a me fazer contar uma história diferente do que seria, digo que não. O que me tocou foi o momento que vivi ao seu lado, que mudou o caminho do meu trilho e me fez entender você participando da minha história… Fui! (Viver meus novos momentos e guardar os antigos só pra mim…)

  • Amizades Antigas

    Amigos, parceiros, colegas, competidores, admiradores, “irmãos da rua”. Anos e anos de amizade inocente, projetada à base de Nescau e picolé, não podem se perder no enredo de novos e modernos restaurantes da moda. Não podem ser esquecidos como livros velhos, cansados de serem manipulados e com bordas tortas. Isso porque esses livros têm muita história da sua própria vida contada neles. Tem muita vida feliz, excitante e desiludida com aprendizados compartilhados e fracassos premiados. Hoje é fácil trocar. Troca-se de emprego, troca-se de casa, troca-se até de parceiro como quem troca de opinião em campanha política. Mas eis que surge uma troca que não é nada fácil de concluir, a troca dos melhores amigos de infância. Essa troca afeta o princípio básico do próprio ato de “trocar”, que é desfazer-se do que já não nos serve com tanta paridade para buscar algo melhor, mais completo, mais ideal. E se a nova companhia de noitada ou de infindáveis papos é mais adequada a essa sua fase da vida, algo sempre faltará no hiato dessa conjunção, que é a história vivida, o conhecimento compartilhado do outro sobre você, o seu passado. Fui! (Conquistar o mundo de novos amigos, mas sempre com a segurança de que eu existo ainda na memória dos meus amigos da minha vida toda…)

  • Amarras

    As amarras que nos prendem são também as amarras que nos fortalecem. Isso porque, sempre que tentamos sair delas, somos machucados, e violentamente lembrados pela dor, do quão fortes temos que ser para podermos seguir em frente. As cicratrizes muitas vezes não se fecham completamente e necessitam de reparos e soluções alternativas. O mesmo serve para a dor que elas provocam, e que constantemente volta em forma de aviso e nunca na forma de uma simples lembrança. Porque, se as amarras são fortes, mais forte ainda é a nossa ligação com elas. E essas amarras são, na prática, a nossa ligação com as fraquezas da nossa alma, que não queremos ver ou ouvir. O que nos faz, muitas vezes, levantar e recomeçar, não é o futuro brilhante que lampeja amistoso ao longo, oferecendo um universo de novas possibilidades, é a vontade de nos livrarmos de uma dor do passado, da ponta afiada de um arame que insiste em nos ferir, e dos nós, atados e emaranhados, de todo o drama do nosso empoeirado passado.  E se olhamos para trás e não enxergamos as amarras, é porque, muito provavelmente, elas já foram retiradas por algum cirurgião. Mas se olharmos bem de perto, vamos notar que existem cicatrizes por todo o lado, ainda que pequenas e aparentemente imperceptíveis… Fui! (Buscar um “bom” cirurgião plástico…)

  • Intimidade

    Infinitas possibilidades: é o que o Universo nos dá. E em troca, aproveitamos cada segundo de todas as escolhas possíveis para ficarmos com… todas! São muitos programas, muitos amigos, muito prazer. Tudo muito, em excesso constante. E esse excesso é tanto que chega quase a cansar, mas como somos “brasileiros, não desistimos nunca”, e essa metodologia se estende para fora dos muros da nossa intimidade, melhor dizendo, para dentro da “nossa casa”. O sorriso, o abraço e a cartinha do filho amado, a demonstração tangível do amor correspondido, que antes ia para o rol de lembranças doces e também para a caixinha de recordações, hoje vai em primeira mão para todos os que se importam e que não se importam tanto, ou nada, com os gestos de amor sincero entre mãe e filho. E as comemorações íntimas? Íntimas? O conceito de “comemoração” já deixou de ser íntimo há muito, muito tempo… Se é comemoração, é em conjunto. Seja no momento dela ou através de postagens e compartilhamentos mil. Acordar sem maquiagem e divulgar tal “evento”? Algo impensável o tempo da mamãe, hoje é atitude cotidiana para muitas pessoas que gostam de dividir até a cama com o público… E o que era delicioso no passado vai ficando mesmo distante da nossa realidade atual: a intimidade sagrada, blindada, exclusiva. Essa intimidade de algo que é só “seu” enquanto você vive o momento e mesmo depois dele. A intimidade de ter o presente e o passado só pra você, sem platéia e sem público. A intimidade “Vip”, que só pode ser acessada por quem também é “vip” na suas escolhas. Fui! (participar da minha “orgia egocêntrica virtual”… Afinal, eu sou dona de um bordel, e a minha intimidade só vale se for pública… E a sua? )

  • Luxo & Riqueza

    Desde o começo dos tempos, desde que o homem começou a se relacionar como um ser social, lá atrás, muito antes até mesmo da minha existência nesse Mundo, o conceito de riqueza é algo cotidiano em qualquer civilização…  O curioso é que o Mundo “evoluiu”, em parte, mas evoluiu… Mulheres hoje em dia têm direitos (!!!), crianças têm direitos, homossexuais têm direitos, religiosos têm direitos, homens negros têm direitos, índios têm direitos e, até mesmo cahorros (?) têm direitos… Todos têm direito de ser o que são. Em maior ou menor grau, dependendo da sorte que tenham em função do seu nascimento, pois é claro que, do lado de lá do globo, mulheres são espancadas até a morte por traição e cachorros viram prato do cardápio de restaurante chique, mas… . Do lado de cá, mais especificamente em um lugar chamado “Brasil”, todas as figuras humanas (ou não) têm certos direitos de existir no meio social. Mas, de uns tempos prá cá, observo que uma parte da população não possui mais o direito de ser quem é, e essa parte da polulação é a parte que usufrui de características como “luxo & conforto”. Sim, é a parte “rica” da população. Isso porque todo e qualquer indivíduo que tenha acesso ao tal “status elevado”, ou “alto padrão de qualidade de vida” é indecentemente, discriminado. O motivo? A falta desta mesma riqueza para a maior parte da população. O divertido é que sempre existiram “reis e rainhas”, “plebeus e plebéias” e nunca a atmosfera gritou tanto por “igualdade material”. E justo em um Mundo que clama pela diversidade, pela democracia e pela liberdade, presenciamos uma repulsa natural e direta aos que têm e ostentam o que tem. E isso não é, embora possa parecer, discurso político contra o vermelho… Eu, mais do que ninguém amo a cor vermelha! Mas no tom certo…  E, por favor, sem brilhos e paetês bregas! Fui! (degustar meu Veuve Cliquot, sem nenhum pudor…)

  • “Tesão”

    Nesse dia dos namorados desejo que todos, sem exceção, se sintam beijados. E não importa o sexo, o tamanho ou a cor do seu namorado. Não importa se essa pessoa é casada com você ou com outro, se ela divide a vida com você ou somente a cama, e se ela sabe o que você pensa ou o que deseja. Não importa também que essa pessoa não esteja com você nos momentos importantes ou difíceis. E não importa que ele ou ela não sejam ideais dentro das suas expectativas. O importante, e fundamental, é que essa pessoa te entregue um único e simples presente: o seu “tesão” por ela. Aquele tesão que é descrito como frio na espinha, o sabor e o cheiro, o olhar e as palavras que são ditas só pra você. A vontade de “entrar” dentro da pessoa (literalmente ou romanticamente). Esse tesão é o que vai nortear todo o seu desejo e vai levar você a enxergar a vida com mais leveza, independente do quão pesada ela possa estar. E para isso não é necessário que seu “namorado” esteja do seu lado, você pode simplesmente lembrar do beijo, ou imaginá-lo. O importante é que esse  “tesão” te faça sorrir… Fui! (sorrir muito, muito mesmo!!!)

  • Parcialidade

    Vivemos em um Mundo em constantes transformações, em busca da homogeneidade. Os seres humanos não serão, em breve, classificados por sexo, cor ou idade. Serão instrumentos híbridos em forma e conteúdo. As opiniões divergentes serão transformadas em tabuadas decoradas na ciência da nova política mundial: a “Ditadura da Desdemocratização”. E nesse momento nos trasnformaremos em ratos de laboratório humano, guiados pela cultura do coletivo em busca do “modesto” e do “médio”. A dramaturgia deve ser sempre retocada em tons pastéis, e a novela, liberada para todas as idades, sem limites para os pudores e melindres do bom senso, em temperatura sempre morna. Todos nós, sem exceção, nos transformaremos em seres imparciais, que precisam de atos desumanos para se destacar em um mundo “humano” demais, porque a ideia de humanidade será a da imparcialidade a todo momento e a toda discussão. Opinar será uma tarefa consagrada aos grandes “novos eclesiásticos”, vulgarmente chamados “políticos”, que determinarão com base no critério do óbvio o que deve ser pensado. E eu? Continuarei daqui do inferno aconselhando minhas meninas a gritarem em alto e bom som o que são, o que querem da vida e o que pensam do Mundo. Sem medo de serem parciais. Fui! (gritar e ser bem parcial, mesmo que não gostem de mim…)

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