Resultados da busca
1112 resultados encontrados com uma busca vazia
- Segura, mas não aperta!
Mulher, já imaginou algo que te dá suporte sem te apertar? Que alivia dores, melhora a circulação e ainda te ajuda a se sentir mais confortável no pós-parto? Pois é, existe – e não, não é uma cinta! Estou falando do taping funcional, aquelas fitas elásticas adesivas que parecem detalhe estético, mas fazem toda a diferença no seu bem-estar. E sem prender seus movimentos! Se você quer um pós-parto mais leve e confortável, essa técnica pode ser sua aliada. Mas calma, nada de sair colando fita por aí! O ideal é que a aplicação seja feita por uma fisioterapeuta pélvica para garantir os melhores resultados. O que é o Taping e como funciona? O taping é uma técnica que utiliza bandagens elásticas adesivas aplicadas sobre a pele para proporcionar suporte muscular, aliviar dores e melhorar a circulação. Diferente de faixas compressivas, ele não restringe os movimentos e pode ser usado para auxiliar na adaptação do corpo às mudanças pós-parto. Benefícios do Taping no Pós-Parto: Alívio de dores lombares e pélvicas - Durante a gestação, a postura muda e pode sobrecarregar a coluna e a pelve. O taping ajuda a distribuir melhor essa carga, reduzindo o desconforto. Redução do inchaço e melhora da circulação - O pós-parto pode trazer retenção de líquidos e sensação de pernas pesadas. O taping auxilia no estímulo do sistema linfático, favorecendo a drenagem e reduzindo o inchaço. Suporte para o abdômen e sensação de firmeza - Após o parto, muitas mulheres sentem o abdômen instável. O taping pode ajudar a dar uma leve sensação de suporte, mas sem substituir exercícios ou tratamentos específicos para a recuperação da musculatura. Melhora da postura e conforto na amamentação - Com o tempo prolongado em posições fixas ao segurar o bebê, é comum sentir dores nas costas e nos ombros. O taping pode ser aplicado para ajudar na postura e aliviar tensões musculares. Quem pode usar o taping no pós-parto? O taping pode ser utilizado tanto por mulheres que tiveram parto normal quanto cesárea, desde que seja aplicado corretamente por um profissional qualificado. Ele é uma ferramenta complementar para promover bem-estar, mas não substitui exercícios ou acompanhamento especializado na recuperação pós-parto. Um novo olhar Se você está no pós-parto e busca alívio para dores, inchaço ou desconfortos musculares, o taping pode ser um excelente aliado. Converse com um profissional de fisioterapia pélvica para saber se essa técnica é indicada para você. Seu corpo merece esse cuidado! Mirella Bravo para a coluna Saúde Íntima Encontre-a no Instagram: @mirellabravofisio
- Nenhum homem vai te querer
Olá, maravilhosa! Hoje estou aqui para falar de uma situação extremamente desagradável que passei recentemente. O título desse texto é a frase de uma mensagem que recebi de um homem desconhecido, mas que me impactou bastante. Sabe por quê? Porque eu já ouvi e vi outras mulheres serem vítimas dessa frase por seus parceiros e eu acho isso triste demais. Mas, deixa eu explicar como tudo começou. Eu publiquei um vídeo treinando em casa, tenho esse hábito desde setembro. Esse vídeo teve bastante compartilhamento e com isso chegaram ao meu perfil novos seguidores, porém a maioria homens. Já falei aqui sobre os devotees, né? Caso você ainda não tenha lido, vale a pena ler no site. Devotee é o nome do fetiche que algumas pessoas têm por pessoas com deficiência, principalmente deficiência física. Eu relutei muito sobre se publicaria ou não este vídeo porque já sabia que receberia mensagens de homens com esse fetiche idiota, mas também cheguei a conclução de que não posso permitir que isso me pare. Dos diversos seguidores que ganhei, um ficou enviando mensagens. Todo homem que me envia mensagem é respondido assim: Olá, tudo bem? Este perfil é profissional e não respondo mensagens que não sejam sobre o meu trabalho (palestras, mentoria e consultoria). Alguns mesmo depois dessa mensagem insistem em continuar conversando, outros já desistem após essa mensagem. Um seguidor não desistiu, fez inúmeras perguntas sobre a minha vida, respondi que não iria responder, enviou mensagem no meu whatsapp comercial, então achei melhor bloquear. Não satisfeito, ele começou a me seguir no meu outro perfil de trabalho (onde falo somente sobre óleos essenciais), e continuou fazendo perguntas. Com a maior paciência do Mundo expliquei novamente que minhas redes sociais são para trabalho, que é errado ele fazer perguntas porque isso é caracterizado como capacitismo (preconceito relacionado às pessoas com deficiência) e foi aí que ele soltou a frase: se você continuar assim nenhum homem vai querer casar com você. Meu sangue ferveu! Primeiro porque ele não sabe como sou, segundo que eu fui grossa porque ele foi inconveniente e terceiro por que ele acha que tem o direito de declarar isso? Sim, eu sou grossa! Mas, não saio dando fora sem motivos. É que as pessoas mal me conhecem e já se acham íntimas mesmo eu não dando intimidade. Acho isso horrível e não deixa de ser capacitismo também, já que fazem isso muitas vezes por me acharem “fofa” por causa do meu tamanho. Só que isso não dá o direito de um homem que foi mal educado comigo dizer esse tipo de coisa. Não são os homens que vão me escolher, eu sou uma mulher capaz de escolher quem eu quero ao meu lado, e não ter um companheiro não me torna inferior. Essa frase me passa a impressão de que eu nunca terei um relacionamento e isso significa que sou uma fracassada. Já foi o tempo que as mulheres precisavam ter um homem para ser alguém. É claro que enviei uma resposta afiada para ele e o bloquiei novamente. Segue a mensagem que enviei: “Todos somos criaturas de Deus. Achar que uma pessoa é especial por ter uma deficiência e fazer coisas mesmo tendo uma deficiência é preconceito. Você já ouviu falar em capacitismo? Pesquise. Você precisa aprender a lidar com pessoas com deficiência. Sua mente é antiquada. Já evoluímos muito nessa questão de ver pessoas com deficiência com olhar de pena. Eu não preciso de um homem para me sentir segura e bem-sucedida. E a questão não é um homem me querer, mas sim eu achar que ele está à minha altura. Não sei de que país você é mas aqui no Brasil, graças a Deus, temos voz, não somos o sexo frágil ou inferior aos homens. Tenho muito orgulho da mulher que sou e vou continuar sendo assim. Espero mesmo que você aprenda que pessoas com deficiência não merecem e nem precisam de pena, elogios e nem são obrigadas a responder perguntas para sanar a sua curiosidade.” Uma prima minha falou que era para eu ter ignorado, mas se eu ignorasse isso, me sentiria mal, sabe? Me daria um sentimento de impotência. Se ele se achou no direito de falar também precisa ouvir. É aquele velho ditado: quem fala o que quer ouve o que não ver. Se algum homem um dia lhe disser essa frase não se cale. Não precisamos mudar para caber no mundo de alguém. Também não se frustre caso ainda não tenha tido um amor correspondido, tire da cabeça essa ideia de achar a metade da laranja. Você é uma laranja completa que encontrará ou não outra laranja completa para dividir a vida com você. Há pessoas que escolheram não ter ninguém e isso também não as torna inferiores. A vida é feita de escolhas, escolha ser feliz e não fazer algo seguindo regras de uma sociedade machista, preconceituosa e patriarcal. Até a próxima! Flávia Albuquerque para a coluna Empoderamento Feminino Encontre-a no Instagram: @flavia.albuquerqueoficial
- Prazer anal, sem tabus e descomplicado
Olá, queridíssima leitora! Bora desconstruir mais um tabu? O ânus é um lugar altamente erógeno pois tem em torno de 2 mil terminações nervosas na entrada (em volta). Já tocou por ali? O ânus desempenha um papel fundamental na conexão com a energia Kundalini e com o chakra raiz. Integrante essencial do sistema energético responsável pela sexualidade, essa região pode ser um canal para o despertar da energia sexual. Esse processo ocorre devido à passagem do nervo hipogástrico e suas conexões com outros nervos que percorrem a coluna vertebral, impulsionados pelo líquido cérebro-espinal, também conhecido como serpente de fogo. Esse fluxo energético penetra nos centros cerebrais, ativando e ampliando as nossas capacidades físicas, emocionais e espirituais. E olha só: A tensão acumulada na região anal pode agir como um bloqueio para a ascensão da energia Kundalini. Por isso, técnicas de relaxamento e conscientização dessa área são fundamentais para liberar essa tensão e permitir que a energia flua de forma natural e harmoniosa. A prática da respiração consciente, associada a exercícios suaves e graduais focados na região anal, auxilia na liberação de bloqueios energéticos. Esse trabalho promove uma maior consciência corporal e espiritual, criando um ambiente propício para o equilíbrio energético. O toque consciente no ânus tem o poder de equilibrar o chakra raiz, facilitando a ascensão da energia Kundalini pela coluna vertebral. À medida que essa energia sobe, ela integra e conecta todos os outros chakras, promovendo equilíbrio e harmonia em todo o sistema energético. O chackra raiz representa nossa capacidade de gerar recursos e prosperidade. O ânus faz parte do sistema digestivo que inicia-se pela boca, sendo o ânus o final. Ele possui dois músculos esfíncteres para controle das fezes e gases intestinais. O esfíncter anal interno é composto por músculo LISO que não está sob controle voluntário. Ele é responsável por manter o ânus fechado quando em repouso bem como para prevenir incontinência fecal. O esfíncter anal externo é composto por músculo estriado e é por meio dele que controlamos a evacuação. É controlado voluntariamente. O esfíncter anal externo é controlado pelo Sistema Nervoso Central – nos ajuda a controlar o movimento consciente. O esfíncter anal interno é controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo – Parassimpático que controla as coisas sobre as quais não pensamos conscientemente (ex.: pressão arterial ou digestão). Os esfíncteres têm uma incrível capacidade de se expandir quando estamos relaxadas. Mas estar realmente relaxada pode levar tempo, paciência e prática! sfíncteres anais são os guardiões do ânus por isso é importante mantermos relaxados, para o toque ou o sexo anal ser prazeroso. Ferramentas para você aprender a relaxar antes de ir para o sexo anal: Usar um plug anal em casa para treinar o relaxamento – marcar 10 minutos a 30 min diários – perceba a irradiação deliciosa. Mapeamento Anal: Toque explore devagar. Massagens no banho, ao redor e dentro. Quando for fazer estimulação no clitóris, aproveite o tesão e o relax para estimular o ânus. LUBRIFICANTE SEMPRE – já compra e deixa a mão. Preservativo SEMPRE! Cuidados Diários: Higiene adequada após evacuar. Limpe com suavidade com água e seque com toalha ou lenço umedecido para evitar irritações. Evite papel higiênico. Ter dieta rica em fibras, vegetais e grãos ajuda a manter as fezes macias e facilita a evacuação – reduzindo risco de constipação e consequentemente hemorróidas e fissuras. Manter-se hidratada para saúde intestinal e absorção das fibras. Exercício regular – para motilidade intestinal. O peso corporal saudável ajuda a reduzir a pressão nas veias da região do ânus. Evite esforço excessivo durante a evacuação. Posição para evacuar – pode melhorar a saúde intestinal. Colocar banquinho para elevar os pés, mantendo os joelhos acima do nível do quadril. Ficou com alguma dúvida? Manda pra mim! Um beijo carinhoso, Lu Terra. Lu Terra para a coluna Terapia Sexual Encontre-a no Instagram: @luterra.terapiasexual
- A fonte
O acontecimento narrado a seguir ocorreu em novembro passado, mais precisamente no dia três de novembro por volta das onze horas da noite. Ouçam. Era segunda-feira e havia chovido o dia inteiro e Lygia seguia sem rumo, confusa. Nada parecia fazer sentido. Seus músculos do corpo inteiro estavam pesados e doíam. Sua cabeça estava oca. Sentia-se cansada, até que resolveu sentar. “Como continuar? Como prosseguir?” – perguntava-se. Já era a segunda noite que iria passar na rua, sozinha, sentada no banco da Praça São Miguel. Ficava imaginando a possibilidade de atentar contra a própria vida e vinha junto uma vontade de chorar. Ao mesmo tempo, o choro estava preso por causa de uma sensação esquisita na região do esôfago que impedia a passagem, não sabia bem do que, da vida, talvez. Também sentia sono, tinha dormido muito pouco na noite passada. Chegava à sua mente flashes de imagens do rosto do filho e a angústia aumentava ainda mais. A respiração ficava curta, os ombros se contraíam e a sensação de pânico invadia todo seu ser, anestesiando-o. Não tinha mais forças para chorar. Só havia tristeza. Uma tristeza inesgotável, como um poço sem fundo, capaz de afogá-la. Não havia mais expectativas. Sentia-se completamente desamparada. Nesse momento, um grito de criança explodiu de dentro de uma das casas ao redor da praça. Suspirou. Algo passou a chamar a sua atenção, distraindo-a do turbilhão de pensamentos. Decidiu ficar olhando e reparou que o objeto tinha um reflexo furta-cor. Com certa surpresa, Lygia sentiu-se atraída pelo “brinquedo”. O seu olhar ia se convertendo. Admirava-se com certa curiosidade ao ver aqueles tons de cores se alternando à medida que movia o rosto. Foi aí que de repente, de maneira inusitada, em forma de magia, viu surgir a presença de um feixe espesso e luminoso através do objeto, deixando-a completamente capturada pela manifestação: — Nossa, como é bonito! – exclamou. Lygia ficou embevecida e observava com atenção, admirando a beleza do fenômeno. O feixe ia desde o objeto, que se encontrava ali no chão, até a direção do céu numa altura em que ela não enxergava o final. Era uma fantástica coluna formada por um conjunto de raios de luz que se propagavam no infinito. Ela ficou pasma. Pode ser que o leitor se pergunte: “Estaria ela tendo algum tipo de alucinação?”. Mas, na verdade não, parecia mesmo estar diante de algo semelhante a um Aleph . Contudo, este não tinha a propriedade de conter todos os lugares do orbe. Não era isso. Era sim inebriante por si mesmo, com um brilho assustador. Entendeu que ali estaria a fonte de todas as coisas existentes na face da Terra ou talvez mesmo do universo inteiro, desde todos os seres vivos até todos os objetos inanimados que são compartilhados na realidade material. Até que veio um pensamento. E... quem sabe ali, logo ali não reencontraria seu filho muito amado? Olhando para a fonte com esse pensamento, viu num lampejo o exato momento em que o rapaz tinha partido após ter sofrido o acidente. Sentiu um desespero e seu corpo começou a tremer por causa do calafrio. Como era difícil entrar em contato com tais imagens. Moto, caminhão, rosto, sangue... não, não, não podia ser! Havia de ter algum meio disso ser desfeito! – suplicava a si mesma. Seu filho não podia estar morto! Foi então que se levantou e seguiu caminhando de forma lenta e compassada na direção da fonte . Era como se sentisse atraída pela luminosidade e energia daquilo que emanava à sua frente. Aos poucos, foi reconhecendo um holograma se formar no meio do feixe luminoso. Seu coração começou a disparar como um bumbo sendo tocado em seu peito. Sentiu-se ofegante, mas ao mesmo tempo não tinha como recuar. Estava de alguma forma presa, paralisada. E via, como numa espécie de filme super-8, uma criança. Esta tinha caído e estava se levantando. Esforçava-se para subir de novo na bicicleta e tornou a se equilibrar no veículo de duas rodas que já não mais tinham as pequenas rodinhas que ajudavam no equilíbrio. Apesar de trêmula e insegura, a criança seguiu pedalando mais uma vez até voltar a cair novamente. Na verdade, agora ela admitia, a criança era ela mesma, Lygia... Lygia quando criança aprendendo a andar de bicicleta. E permanecendo vidrada na imagem, percebeu ainda que havia mais alguém. Quem seria? Por alguns instantes, ela procurou distinguir. Hum peraí... Com algum esforço, querido leitor, pelo que ela conseguiu reconhecer, era seu pai, seu próprio pai olhando e rindo com orgulho pra ela, acenando com um gesto para que ela prosseguisse com o seu intento, infelizmente dias antes dele vir a falecer de pneumonia. A partir daí, passou a perceber e a sentir com todo seu ser uma potência descomunal fluindo pelo seu corpo. Ficou ligeiramente tonta e, como que embriagada, caiu desmaiada com as pernas muito alvas aparentes mostradas pela saia desalinhada, estava muito magra (estaria doente?) e a raiz dos cabelos já revelando a cor prata. Uma gota de água, depois outra e outra... aos poucos, Lygia foi sentindo pingos frios do chuvisco tocando parte do seu braço direito que vinham da janela aberta. Foi despertando e procurando lembrar onde estaria. Viu que estava no seu quarto. Ficou confusa, afinal até onde lembrava, tinha estado vagando pela praça que fica próxima a sua casa. “O que será que houve? O que aconteceu?” – questionou ela, em voz alta, de si para si. Vocês, teriam alguma ideia, alguma possível explicação? Em seguida, ouviu um barulho que vinha da cozinha. Ficou em silêncio para ouvir melhor. Era um barulho de panelas de metal se chocando. Alguém estaria cozinhando? Que estranho! - pensou. Somente quem morava com ela era o seu único filho, muito amado, que... — Manhêêê! Cadê o azeite? Isabella Dias para a coluna Contos Literários Encontre-a no Instagram: @cuidadoterapeutico
- Nem todo Carnaval precisa ter seu fim
Na praia de Ipanema, Bella sentiu pela primeira vez o roçar do glitter sobre seus mamilos, aquilo a excitou, o calor, o corpo livre, as gotas de suor, o carnaval que experimentava pela primeira vez seu pulsar. Naquela tarde Bella, descobriu o Brasil. Franco chegou e pediu para dividir a canga com ela, um pedaço pequeno de pano que mal cabia em seu corpo. Cabelo caído ao rosto, torrada de sol, um sotaque carioca de castigar a alma de qualquer mulher desavisada. Depois de compartilhar um vidro de lança perfume, a carregou para uma daquelas ruelas entre Vinicius de Moraes e Farme de Amoedo. Rápido quanto os amores de carnaval, Franco afastou para o lado sua saia de odalisca, massageou sua buceta por cima de seu biquíni, seus dedos cravados em sua vulva e seus olhos a comiam com mais intensidade que seu pau. Bella esqueceu de onde vinha, esqueceu da moral que carregava e se tornou sua própria fogueira, uma mulher transgressora, livre, se apropriando de seus orgasmos. Ele foi embora, mas antes de se despedirem deixou com ele como um presente seu biquíni encharcado com cheiro de sua buceta para que se lembrasse dela. Na outra esquina, a mulher que tinha deixado seu país parecia distante, Bella não sonhava mais, só queria sentir o som alto da bateria e respirar com a capacidade de sustentar seus próprios desejos, sua vida na França era pequena, doméstica, rodeada de gritos e destemperos de seu último marido, tudo era apenas repetição, voltas e voltas que não davam em lugar nenhum. Agora se via ali, Bella nunca sonharia que estaria em meio ao fervo do carnaval carioca, sendo lambida por outra mulher, amiga de uma amiga, que era apenas uma estranha. Sorria e lembrava da última briga com o marido ao qual teve um impulso de comprar uma passagem para o Brasil. Sua vida andava amarga sem gosto, completamente diferente do gosto e língua molhada daquela loira cheia de curvas com seus peitos que se esfregavam com os dela. Os blocos davam voltas na cidade, as noites se misturavam com as manhãs, intermináveis dias de encontros e desencontros, mas Bella se reencontrava a si mesma em cada canto inusitado, em bocas sem nomes, paus, mãos, bucetas servidos como um grande cardápio majestosos de sexo com estranhos. Na verdade, ninguém nesta grande festa tem nome, somente cores, glitter, lantejoula. Ali não era francesa, brasileira, mãe ou esposa, era uma mulher livre, pronta para engolir o mundo com seus quadris. Primitiva, liberta e deliciosa. Depois de cinco dias de carnaval, Bella voltou ao apartamento alugado no bairro do Flamengo, prédio sem elevador, entrou no apartamento errado, ofegante e não parou mais de ofegar, lá morava Antônio, um erro programado pela vida. Antônio não ofereceu nada a ela, nem ao menos um chuveiro para limpar os dias de orgia, somente beijou seu corpo inteiro, disse que gostava dos seus pelos e seu suor, fez carinho em seus peitos, mordeu seus mamilos, lambeu sua buceta e pediu que ela falasse francês em seu ouvido. Bella acendeu, gozou tão forte que perdeu suas forças, o dia se tornou noite e se tornou manhã, Bella gozou algumas vezes, Antônio outras muitas, Bella perdeu o voo para seu país. E na imensidão do significado GOZO que ela soube: a vida é Vasta! Gabriela Prux para a coluna Papo de Bordel Encontre-a no Instagram: @gabiprux
- Amor e outras expectativas
Sempre me pergunto quando foi que me tornei alguém apta a falar sobre relacionamentos. Confesso que isso me parece uma loucura—tenho um divórcio no currículo, algumas histórias amorosas que não deram certo e agora um novo casamento que, em dias mais difíceis, me faz questionar se foi a decisão certa. Afinal, sou do tipo que ama estar sozinha. Mas há algo que não dá para negar: em algum momento, todas nós sentimos a necessidade de sermos amadas. A maturidade ajuda a enxergar padrões no amor e nos relacionamentos. Mais cedo ou mais tarde, nos deparamos com aqueles nós difíceis de desatar, aqueles que nos colocam cara a cara com a realidade nua e crua. Não o que vemos nas comédias românticas, mas aquela que Nelson Rodrigues descreveria com sua ironia implacável. Essa realidade chega afiada como uma lâmina, cortando os desejos ingênuos e os delírios de um “relacionamento perfeito”. Não importa a idade do casal nem as experiências vividas: a rotina um dia vai pesar. Vai desgastar, esgotar, testar. Vai transformar promessas apaixonadas em desafios diários difíceis de engolir. Mas o que fazer para resolver e amenizar as coisas? Bom, tudo que passei nesses 45 anos de erros e acertos e depois de muito observar, ouvir e compartilhar com amigas sobre as mesmas questões, posso dizer que detectei um grande padrão que pode causar inúmeros problemas nos relacionamentos mais apaixonados: a falta de diálogo sobre as reais expectativas de cada um. Simples, não é mesmo? Parece que sim, mas então porque a maioria de nós não é honesto com seu parceiro falando sobre o que espera e precisa numa relação? A verdade é que, na maioria das vezes, não somos totalmente honestas conosco. Indigesto, não? Muitas vezes, abafamos aquela voz interna que nos diz que a pessoa com quem nos relacionamos não nos entrega aquilo que realmente esperamos. E é justamente aí que começam os atritos. Saber o que você deseja de forma madura e honesta—e, mais importante ainda, compartilhar isso com seu parceiro em um diálogo aberto e sincero—faz toda a diferença. Da mesma forma, estar disposta a ouvir as expectativas do outro pode transformar a relação. No fim das contas, essa troca de verdades pode mudar completamente o jogo do relacionamento. E você, querida leitora, já teve uma conversa sincera com seu par sobre suas expectativas? Expectativas financeiras, emocionais, de tempo e dedicação, familiares, sexuais, de crescimento individual e conjunto… sobre o amor e a paixão? Se ainda não, talvez seja hora de olhar para tudo isso. Não importa em que fase seu relacionamento esteja—sempre é tempo de abrir esse diálogo. Porque, no fim das contas, a relação só pode se fortalecer quando ambos sabem o que o outro espera. E mais do que isso: quando temos clareza para decidir se conseguimos ou queremos corresponder. Nem sempre as expectativas se alinham, e está tudo bem. O mais importante é que, ao reconhecê-las, podemos fazer escolhas mais conscientes—seja para ajustar, negociar ou até seguir caminhos diferentes. Afinal, relações saudáveis não se sustentam em ilusões, mas em verdades compartilhadas. Ive Bueno para a coluna Universo Feminino Encontre-a no Instagram: @euivebueno
- Energia feminina e mudanças climáticas
Estamos em fevereiro. Nesta semana o Rio de Janeiro, onde moro, atingiu a temperatura recorde de 44 graus. Mas o que esta introdução tem a ver com uma revista feminina? Muita coisa, cara leitora, muita coisa! Nosso planetinha é um organismo vivo, cooperativo e interdependente. Cada fungo, cada folha, cada animal sabe que depende do conjunto que o cerca para sobreviver. Apenas a nossa espécie, em sua arrogância patriarcal, acredita que é melhor do que as outras e pode prescindir da convivência com o dessemelhante. Não pode e as mudanças climáticas, o aquecimento global estão aí, a pleno vapor (com perdão do trocadilho involuntário!) para nos lembrar a cada dia. Quando estudamos o sagrado feminino e nos aproximamos dos valores que nos definiam como mulher no passado e que podemos resgatar a cada momento, percebemos que a cooperação é a chave da sobrevivência feminina. Em um tempo remoto as comunidades se organizavam em termos coletivos. A terra pertencia ao conjunto de moradores, que a cultivavam ou coletavam alimentos em conjunto, cuidando, protegendo e alimentando os mais fracos e indefesos. As noções de cuidado, de inclusão fazem parte do afeto materno de não deixar ninguém para trás. E não é preciso ser mãe, nem mesmo ser mulher para funcionar de acordo com o Paradigma da Parceria, como prega Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta. Ao longo de séculos, milênios, as mulheres aguentaram desrespeitos, abusos e lugares subalternos apoiando-se mutuamente. Enquanto isso, um mundo organizado pela energia yang, masculina, estabeleceu um modus operandi global que privilegia a competição, a busca de vantagens pessoais a qualquer preço e a destruição do meio ambiente. E as consequências desastrosas estão à vista de todos e todas, mas muitos ainda se negam a assumir a nossa responsabilidade coletiva pela irremediável destruição do planeta. Seria utópico imaginar que, se o planeta fosse dominado pelas mulheres, a destruição seria menor? Claro! Até porque estamos falando de um paradigma, uma forma de ver o mundo que independe de gênero e contaminou a vida de todos e todas nós. Mas eu sigo sonhando com a possibilidade de que nós, maternalmente, aprendamos a cuidar da Terra como sendo nossa mãe, esse coletivo de seres maravilhosos que podem viver felizes em parceria e sororidade. Se conseguirmos espalhar esse grande afeto cuidadoso para o universo que nos cerca, seremos capazes de pequenas mudanças que podem gerar um grande impacto coletivo. Contra o calor das grandes cidades, plantemos árvores. Contra o acúmulo de lixo causado pelo nosso frenesi de consumo, reduza as compras, separe o lixo, recicle, use um coletivo de compostagem para seus restos orgânicos. Embora nosso impacto seja reduzido em relação às grandes corporações, podemos cuidar do que nos cerca, ensinar essa responsabilidade a nossos filhos e construir na nossa pequena escala um ambiente mais saudável. Espalhar essa energia yin, feminina, amorosa e comprometida ao nosso redor pode ser a nossa contribuição efetiva para mudar o mundo na nossa mini escala. Você conhece a fábula do beija-flor? Ela conta que houve um grande incêndio na floresta. Todos os animais que conseguiram escapar fugiram assustados e observavam as chamas, a uma distância segura. Apenas o beija-flor voava, repetidamente, até o rio onde pegava gotinhas d’água e levava em direção ao fogo. Os outros animais lhe perguntaram por que fazia isso, já que aquele esforço não adiantaria nada, que o incêndio era muito maior e mais forte do que ele. O beija-flor respondeu: “Sei disso. Estou apenas fazendo a minha parte.” Nós não podemos mudar o mundo sozinhas. Mas podemos fazer a nossa parte! Adriana Moretta para a coluna Ciranda da Terapeuta Encontre-a no Instagram: @psi.e.corpo_adrianamoretta
- Coisas que não aprendi. Ainda bem!
Minha mãe não me ensinou a sentar de pernas cruzadas, ensinou a subir em árvores. Nunca me disse para eu ser cordata e delicada, mas para lutar pelo meu lugar ao sol. Não aprendi com ela a cozinhar, mas a trabalhar desde cedo. Ela não me ensinou a fazer um belo arranjo de flores, mas a pegar jacaré nas ondas do mar. Ela me ensinou a caminhar em trilhas na floresta e saltar sobre as pedras em praias e rios. Me apresentou à natureza como um deslumbramento, não uma ameaça. Ela não me ensinou a ser uma boa esposa, mas a construir uma relação de parceria. Ela me garantiu que eu podia ocupar qualquer lugar que desejasse, qualquer trabalho. Até porque o pai dela lhe cortou a vocação dizendo: "Medicina não é profissão para mulher". Hoje sei que ela fez uma pequena revolução interna para abrir novos caminhos para mim e para minha irmã. Ela me falou abertamente sobre sexualidade, me falou de alegria e prazer, e nunca de pecado. Ela me ensinou perseverança, garra, coragem, ousadia. Não eram atributos ensinados às meninas em meados dos anos 60, quando nasci. Só depois, enfrentando o mundo lá fora, descobri como era pequeno e restrito o espaço reservado às mulheres. Mas aí já era tarde demais. Minha mãe tinha me educado para a liberdade. Por isso e por tanto, sou grata. Adriana Moretta para a coluna Ciranda da Terapeuta Encontre-a no Instagram: @psi.e.corpo_adrianamoretta
- Maternidade sem véu
Ser mãe nunca é fácil. Vocês podem romantizar, se quiserem. Mas para quem escolhe ter filho e ser presente, ser presença visceral, mão na massa, dia a dia, a realidade quase nunca é simples. Meu primeiro susto veio logo no puerpério: por que ninguém me avisou que seria tão difícil? Há quase 30 anos a maternidade ainda era coberta por um véu santificado e idealizado, onde tudo seria um idílio infinito. E quando não era? A gente sofria horrores, em silêncio, achando que o problema era só nosso, que éramos falhas e imperfeitas. Uma vez atravessados os anos da infância, quando construímos as bases do vínculo, nos deparamos com os desafios de criar adolescentes. Nosso espaço e influência na vida dos filhos diminuiu, o mundo deles se amplia e seguimos margeando, contornando, apoiando o que for necessário e possível. E um dia eles crescem. Tornam-se adultos, saem de casa, mudam-se para longe. E agora? O que fazemos com nossa enorme capacidade de amar e cuidar no cotidiano, quando não estamos perto? Não dá mais para fazer aquela gentileza, aquele agrado, aquele mimo. Os encontros de tornam preciosos, mas nunca, nem de longe, preenchem o vazio que essa separação deixou. E a gente não fala sobre isso, porque entregar os filhos ao mundo é nossa missão primordial como mães. Fizemos o melhor possível, dedicação intensiva e intensa, justamente para que eles não precisem mais de nós todos os dias. Para que possam seguir levando dentro deles o cuidado de mãe introjetado. Que se lembrem de escovar os dentes e passar protetor solar. Que evitem pessoas tóxicas e riscos desnecessários. Que sejam sérios, comprometidos e responsáveis. Que sejam gentis e respeitosos com todos. Que aproveitem o bom da vida. A gente ensina, repete, insiste e depois apenas confia. Vai, filho, vai ser feliz onde o vento te levar. Vai, filho, vai seguir seu destino, seu rumo, seus sonhos. Vai, filho, vai brilhar onde sentir o chamado da sua alma. A mamãe fica aqui, nos bastidores do seu caminho, na primeira fila da torcida, sempre pronta a correr para o abraço. A mamãe inventa novos projetos, novos vínculos, novos desafios. Tem uma vida plena de afetos e propósito. Mas lá, no cantinho escondido do coração, habita uma saudade imensa que em certos dias transborda pelos olhos, turva a vista, torna as horas mais longas. Então a gente escreve, faz contato, planeja visitas, encurta distâncias como puder. E segue. Porque esse é o fluxo natural da vida. E quem somos nós para atrapalhar? Adriana Moretta para a coluna Ciranda da Terapeuta Encontre-a no Instagram: @psi.e.corpo_adrianamoretta
- De Volta às Aulas: Mais do que Mochilas e Livros, É Hora de Ensinar Respeito e Diversidade
Queridos leitores, permitam-me compartilhar uma história pessoal que tem grande significado para mim e que reflete sobre a importância da educação para o futuro. No primeiro dia de aula da minha filha L*, sempre há uma atmosfera especial, repleta de expectativas e emoções para ela e para nós, pais. Porém, neste ano, mais do que me preocupar com o material novo, meu coração estava dedicado a preparar a minha filha não apenas academicamente, mas para ser uma pessoa melhor. Durante o café da manhã naquela manhã especial, decidi compartilhar com ela sobre a importância de ser amável, gentil e respeitar todos ao seu redor. Cada palavra proferida tinha o objetivo de plantar uma sementinha. Enquanto organizamos sua mochila, aproveitei o momento para destacar um aspecto essencial: a diversidade. Expliquei que as pessoas são diversas e únicas, e que é justamente essa diversidade que torna o mundo tão especial. Enfatizei que, acima de tudo, ela deve respeitar os colegas, cuidar de quem está ao seu lado e compreender que as diferenças nos enriquecem. Ao deixá-la na escola naquele dia, meu coração transbordava de esperança e orgulho. Sabia que, além de aprender matérias valiosas, L* está sendo educada para ser uma cidadã respeitosa, empática e compreensiva. Este primeiro dia de aula não era apenas sobre conhecimento acadêmico, mas sobre cultivar valores que a guiarão ao longo de sua jornada. E foi essa experiência que me fez trazer essa reflexão a vocês, caros leitores, por entender a importância crucial de direcionar nossos esforços não apenas para o desenvolvimento acadêmico, mas também para a formação de seres humanos conscientes e respeitosos. Estatísticas chocantes sobre bullying escolar, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que mais de 1,5 milhão de estudantes brasileiros foram vítimas de bullying em 2019. Esses números não podem ser ignorados, pois representam vidas impactadas. Diante disso, é crucial abordar o bullying não apenas como uma estatística, mas como um problema que afeta diretamente a saúde mental, autoestima e desempenho acadêmico de crianças e adolescentes. O ambiente escolar deve ser um espaço seguro e acolhedor, e é dever de todos contribuir para sua construção. Ao iniciar essa nova etapa do ano letivo, vamos além da organização de materiais. Destaquemos a importância de respeitar as diferenças e conscientizemos sobre os impactos negativos das práticas inadequadas. Independentemente da cor da pele, religião ou origem, todos merecem respeito e consideração. É imperativo entender que, embora haja consequências civis e criminais para os pais cujos filhos praticam comportamentos inadequados, nosso foco principal deve ser na educação, em vez da punição. Investir tempo para educar e promover uma cultura de respeito desde cedo é o caminho para construirmos um futuro mais inclusivo. Pode parecer clichê, mas é fundamental compreender que nossos filhos representam a promessa do amanhã. Ensinar-lhes sobre diversidade e respeito vai além de um simples investimento; é uma contribuição ativa para a construção de um mundo melhor. Que este novo ano letivo seja repleto não apenas de conhecimento acadêmico, mas também de valores que os orientarão ao longo de toda a vida. Unidos, embarquemos juntos nessa jornada educativa, ensinando sobre diferenças e diversidades, e estabelecendo um ambiente escolar verdadeiramente seguro e acolhedor, promovemos uma cultura de respeito e inclusão. Manuelly Mattos para a coluna Direitos das Mulheres Encontre-a no Instagram: @manuellymattos.adv
- O Que Faz Você Feliz?
Uma vez ouvi a seguinte pergunta: O que faz você feliz? A partir daí comecei a pensar sobre a felicidade. Sempre relacionamos a nossa felicidade a coisas e pessoas, mas, vai muito além disso. Até porque, se pararmos para analisar, coisas se quebram, somem, acabam e pessoas também. Nunca teremos aquela pessoa que gostamos muito ou um objeto sempre ao nosso lado. E, se a felicidade dependia disso, vai acabar. Certo?! Não tem que depender de coisas exteriores, ela está dentro de nós. E o que devemos fazer para libertá-la? É a felicidade que nos tira do chão, dá força para sonhar e acreditar num futuro melhor. Então, provoque bons sentimentos: Agradeça, ame e liberte a felicidade que vive em você. Faça tudo o que lhe faz feliz e não ligue para o que vão falar. Não deixe que as críticas, julgamentos e opiniões lhe parem. Movimente-se, corra atrás dessa energia forte, limpa e que faz tão bem ao corpo. Afinal, o que faz você feliz é você quem faz! E aí? Está esperando o que para ser feliz? Feliz Dia Internacional da Felicidade! Flávia Albuquerque para a coluna Espaço Zen Encontre-a no Instagram: @flavia.albuquerqueoficial
- Tudo é rio
Em “Tudo é rio” somos convidados a nos despir de nossas crenças e a abrir a mente para compreender cada acontecimento e cada fato impactante. Logo nas primeiras páginas mergulhamos no caos da vida de Lucy. Uma mulher sem pudor, decidida, consciente do seu poder e sem medo de usá-lo, uma mulher que um dia não passou de uma menina órfã assustada sendo acolhida pelos tios junto e duas primas até sua juventude. Época em que começou a se descobrir e a entender o poder que tinha nas mãos de manipular as pessoas e conseguir tudo o que queria, com isso veio junto a destruição e caos por lado. Para Lucy, o início de uma jornada onde as regras seriam dadas por ela, mas para as pessoas ao redor isso era o fim, a imoralidade e tantas outras coisas negativas que podiam pensar. Em meio a esse turbilhão todo chamado Lucy, outras vidas são entrelaçadas e devastadas, assim como a de Dalva e Venâncio. Um casal que se amou de uma forma linda e especial, mas que por ciúmes e crueldade, o castelo que construíram veio a se ruir. E foi em um puteiro, onde Lucy reinava, que a vida dela e de Venâncio se cruzaram, ele em estado apático e no automático, ela em seu auge. Acostumada a sempre ter os homens caindo aos seus pés, quando sofreu a recusa de Venâncio inúmeras vezes, seu mundo vira do avesso, sua pose de poderosa começa a cair e não sossega até descobrir o que esse homem tem e qual a história por trás de tanta tristeza em seu semblante. Será que os prazeres da carne serão suficientes para aplacar tamanha dor de Venâncio? A autora com sua narrativa poética e fluida, conduz essa história entre o passado e presente da vida de cada personagem, assim, envolvendo o leitor cada vez mais em cada página virada. É desafiante não acompanhar essa história e não se indignar em diversas partes e com os comportamentos dos personagens, isso causou um misto de emoções e questionamentos durante a leitura. Uma história visceral que mostra as diversas facetas do ser humano, suas opiniões, crenças e as consequências de cada escolha. Uma obra que te faz refletir, que fala sobre amor, perdão, família e recomeços! Nota da colunista: Essa experiência literária se deu através da plataforma da audiolivros, a Audible. Atualmente vivenciar esse novo formato de “leitura”, tem sido um divisor de águas em minha vida e tem, também, me ajudado a estar em contato com os livros mesmo na correria do dia a dia. Dessa forma, deixo a dica sobre essa nova modalidade que pode ajudar muitas outras pessoas e criar ainda mais acessibilidade. Andressa Adarque para a coluna Resenha da Maria Scarlet Encontre-a no Instagram: @meuladoleitora